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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Os paradoxos do amor 2



A referência é ao arquétipo. Posso não ter nenhum planeta num signo, mas este mesmo signo está em algum lugar em meu mapa enviando vibrações que poderão me influenciar da mesma forma em áreas importantes de minha vida. A assim também poderei expressar a energia desse signo com totalidade como se fosse nativo desse signo. Posso não ter nenhum planeta dentro dele, mas nos assuntos da casa cuja cúspide estiver neste signo eu serei aos olhos dos outros uma expressão desse signo enfatizado. Ninguém tem o privilégio de não possuir quaisquer atributos, sejam eles considerados positivos ou negativos.

O processo de rejeição quanto a signos solares é talvez uma das maiores ilusões de quem estuda Astrologia. De uma forma ou de outra aquela expressão arquetípica não reconhecida e não integrada ressurgirá na forma de alguém que tem o regente daquele signo em grande evidência no mapa. Pode acontecer de evitarmos quaisquer pessoas cuja sinastria mostre o tal regente em condição aflitiva com algum fator de nosso mapa. Não adianta. Aquilo estará presente no trabalho, na família, nos filhos e até andando na rua. Vamos vivenciar o arquétipo de qualquer maneira. É possível, então, que a melhor solução seja compreendê-lo e assimilá-lo nos períodos em que ele precisa estar presente, mas sem jamais recalcá-lo.

A sociedade também tem expressões arquetípicas na organização social - o "bom" e o "ruim" - sob a ótica do preconceito. Um ótimo exemplo é a prostituição. Somos preconceituosamente levados a crer que toda e qualquer prostituição é um mal e que as pessoas que a isso se prestam na verdade não prestam. Quão hipócrita é nossa sociedade, isto é, todos nós! A prostituição só existe porque muitos senhores e até senhoras distintas a alimentam, mesmo quando a criticam após terem dela se utilizado.

Seja de forma direta, no contato carnal, seja de forma indireta, nos vídeos e revistas. Muitos tabus sociais, aliás, fazem parte do simbolismo da casa 8 e do signo misterioso do Escorpião. Tudo o que se relaciona com a excreção e com o sexo precisa ficar entre quatro paredes, escondido, considerado perverso e nocivo. A saliva, quando sai do corpo, é "nojenta", mas enquanto permanece dentro da boca é normal. A prostituição e a sexualidade, enquanto relegadas ao "submundo", estão ilusoriamente separadas do restante da sociedade. Entretanto, a prostituição faz parte da sociedade, por mais que se deseje ignora-la. A maioria das pessoas critica programas eróticos, mas que sem duvida se excitam ao vê-los. Isso acontece pela necessidade de um meio-termo.

Relacionado a este ao tabu do individualismo está o signo de Áries e o planeta Marte. Agir isoladamente significa, para este paradigma, egoísmo e falta de consciência social. A sociedade reage quando alguém deseja agir por si. Quão egoísta é a sociedade (nós), que impede o indivíduo isolado de realizar-se em suas necessidades pessoais e só aceita o que ela crê estar dentro de seu conceito! Isso foi sempre na historia do homem o principal fator de desequilíbrio e demandas sociais.

Astrologia é uma prática limitada a um círculo de elite. Poucos são os astrólogos que se dignam a dedicar esforços a comunidades carentes e a pessoas que realmente precisam de orientação, mas não podem pagar. Alem do mais muitos se consideram estrelas que só estão acessíveis através da mídia eletrônica ou escrita. Acham-se verdadeiros “mestres”, mas na verdade não passam de pessoas egoístas que só querem ganhar dinheiro e fama.

Gostamos de ver a nós mesmos como idealistas e altruístas. Um símbolo bastante aquariano. Então porque os astrólogos não se empenham em projetos humanitários, já que a astrologia é regida por Aquário e Urano. E agora na época em que vivemos sentimos cada vez mais a influencia da Era de Aquário. Mas percebemos que a maioria dos astrólogos “influentes” sente mais a energia orgulhosa e egocêntrica do signo oposto regido pelo Astro Rei (o Sol). Isso se dá porque sendo astrólogos ou não seremos sempre seres humanos limitados e como tal governados pelos desejos, em especial de fama e poder. Esses atributos de Leão signo oposto a Aquário.

Isso vai imediatamente ao encontro dos gravíssimos problemas sociais do Brasil e do mundo que todos nós insistimos em não perceber ou acreditamos não ter meios para mudar. Para mudar, não basta apenas compaixão (Peixes) e idéias (Aquário), é preciso organização (Virgem-Capricórnio) para aplicá-la. Não basta apenas organização, é preciso coragem (Áries-Leão-Escorpião) para iniciá-la. Não basta apenas coragem, é preciso bom senso para não sermos injustos (Libra). Não basta apenas bom senso, é preciso conhecer cada contexto, núcleo social, linguagem e sociedade para não explodirmos em conflitos culturais (Sagitário-Câncer-Gêmeos). Não basta tudo isso. É preciso continuar a tentar indefinidamente (Touro).

Ademais temos que ter em mente que todos esses signos e forças podem atuar em seu lado negativo. Peixes por exemplo agindo negativamente revela os inimigos ocultas as tramas e esses pensamentos aliados aos desejos ocultos, podem ser a origem da corrupção do Brasil. Amplificada maleficamente por Urano.

É muito importante que cada um, dentro de suas limitações, faça sua parte. Igualmente importante é saber que tudo se desenvolve e que os limites de hoje podem ser os alicerces de amanhã. A junção de todos os atributos contidos nas regências astrológicas atuando sobre a vida do homem é o esforço para alcançar uma expressão verdadeiramente mais humana. O importante é que todos tenham consciência de que é preciso fazer sua parte. Todos nós somos responsáveis pelo mundo em que vivemos.

Dentro das Possibilidades Amorosas da Astrologia está seu potencial para a distribuição de conhecimento acerca do ser humano. Isso seria a partilha de percepções que podem, algum dia, melhorar nosso processo de vida neste planeta já tão maltratado por nossa ânsia de sobrevivência e por nossa compreensível ignorância. Conhecer as motivações dos indivíduos de acordo com suas culturas pode ser mais fácil se dispusermos da disciplina astrológica de traçar correspondências entre realidades aparentemente isoladas. O potencial conscientizador de nossa astrologia talvez contribua para uma vida menos sofrida não por eliminar o sofrimento, mas por levar o Homem a compreender sua função e terminá-lo tão logo possível.

Talvez uma das melhores contribuições da Astrologia para o desenvolvimento de uma consciência de fato amorosa, no sentido mais completo da expressão, seja a percepção do processo de total-inclusão.

Isso faz parte de um processo gradativo e que a cada passo somos mais capazes de unificar fatores. Cada passo, aliás, não livre de muitas crises e dores. A sombra nada mais é que algo que faz parte de nossa totalidade inerente, mas que não reconhecemos e segregamos. Como o universo é todo-inclusivo, e como somos análogos a ele, os processos interiores e exteriores ao Homem se refletem e se inter-influenciam mutuamente numa total interdependência.

Neste caso, "amar o próximo como a si mesmo" significa entender que tanto aquela pessoa que nos incomoda quanto aquela que nos dá prazer são partes de nossa própria totalidade esquecida. São reflexos do que está dentro de nós. Mais ainda: aquela expressão externa não pode ser eliminada, pois equivaleria a eliminar a nós mesmos. Acontece assim porque não se trata apenas de uma circunstância externa, mas de uma expressão de partes de nossa totalidade das quais não estamos conscientes. E assim continuará acontecendo até que nos tornemos conscientes de que é preciso "incluir", ou seja, amar. No entanto, o processo de inclusão pelo amor é gradativo. É através das experiências cruciais ou extremas que tomamos consciência de seus anversos. Isso se dá porque somos limitados. Nossa consciência percebe a Realidade através dos contrastes, da dualidade.

Tenho por certo que se tivéssemos que perceber o amor totalmente inclusivo de uma só vez deixaríamos de existir como seres dissociados. Não haveria uma chance de darmos permanência à existência, porque tudo seria admitido. Se tudo fosse admitido e incluído sem gradação ou percepção de contrastes nem mesmo nosso organismo seria capaz de manter-se vivo. Assimilaríamos todas as substâncias, adequadas e inadequadas, não sentiríamos repulsa por algo que pode nos envenenar. Contudo, por incrível que pareça, até mesmo nisso a realidade parece ser todo-inclusiva. Os produtos químicos, por exemplo, na mesma substância pode ser curativa ou venenosa. O que faz a diferença entre a cura e a morte é a dosagem.

Mais uma vez: somos limitados, mas isso não nos impede de realizar o processo de inclusão. Nada mais plutoniana ou marcial que uma substância forte o suficiente para destruir o organismo, mas que, em dosagem adequada, expele o que o estava destruindo. Ora, Plutão, regente moderno de Escorpião, é considerado, desde sua descoberta, do mesmo modo que Marte, um planeta "maléfico". Mas se não fosse sua ação destruidora, uma vacina não poderia curar as doenças graves. É o Ato de Amor, implícito no ato de curar ou no ato de destruir o "pernicioso", de purificar, que está por trás do símbolo agressivo e violento de Marte e de Plutão.

Para que a existência fosse possível, mostra a Cabala, foi preciso um ato de amor infinito que nós humanos não poderíamos compreender sem uma idéia de total-inclusão. Este ato de Amor Infinito foi justamente a Restrição. O Infinito tornando-se existente no Finito. A seletividade, neste ato de Amor, visto sob o ângulo da Astrologia, equivale às ênfases de atributos que cada planeta e signo representam, mas que não passam de graus diferentes de uma mesma coisa.

Um diagrama do começo do século XVI da Arvore de Serirot dos cabalistas mostra-nos como, no seu entender, a beleza estava no cerne de tudo que o homem busca. Portanto, os antigos místicos hebreus descobriram que a “Beleza” é o verdadeiro centro da vida! O que importa entender é que a beleza, seja moral, espiritual, física ou em qualquer outro nível, desempenhou um papel importantíssimo no avanço da civilização. Como podemos ver, a questão de bem e de mal, feio e belo, é bastante relativa à cultura e ao desenvolvimento da consciência individual.

Nem sempre os "portadores de luz" são dóceis, bondosos, ingênuos e materialmente muito produtivos como o ideal da sociedade capitalista impõe. Eles trazem consigo boa dose de inquietação e de insatisfação com a realidade previamente existente e são os mais passíveis de sentirem raiva das condições limitadas em que à humanidade vive. Antes de expressarem seu amor aos semelhantes, detestam as instituições criadoras de regras humanas. Pressente-se que a reinserção do elemento ódio no contexto cultural iria somente reforçar os problemas que se deseja reduzir. O contrário seria sectarismo e terrorismo.

Quando dizemos "eu te odeio!", estamos dizendo "eu excluo você de mim!" ou "você não faz parte do que para mim é sagrado!". Entao exclusão pode ser sinomino de mal, pelo menos para quem é excluído. Essa é a idéia do Inferno e da Morte os quais excluem o homem da vida e da luz.

É fácil fazer esta associação entre pessoas ou costumes segregados e o sentimento de nojo. Em vários estudos antropológicos, como os de Mircea Eliade e de José Carlos Rodrigues , os autores mostram como o que sai de nosso corpo é considerado impuro, profano, distante do que é sagrado. Isso quer dizer que se algo não faz parte de nós, o "sacrossanto templo onde habita a divindade celeste", esse algo precisa ser rejeitado e, se possível, eliminado. Visa-se a pureza e a proximidade com o aspecto luminoso em detrimento do "outro lado". Não se percebe que esse outro lado faz parte de nós, sai de nós e retorna a nós através do processo de reciclagem da natureza.

A raiva e a insatisfação funcionam como um referencial para busca de melhorias de qualidade de vida. Para tal situação é preciso rejeitar primeiro para compreender que é possível existir uma outra realidade. Contudo, essa "energia-ódio", se permanece como tal, torna-se sem propósito e destrói a si mesma, pois não alcança sua finalidade superior, que é a total-inclusão na forma de Amor. É o que acontece em casos como, os conflitos político-ideológico-religiosos do Oriente Médio.

O luminoso se disfarça de trevas, de rebelde, de transgressor ou de pária para romper com aquilo que mantém a escravidão. Neste mundo onde tudo é invertido, aquele que liberta figura como agressor e precisa adotar, na maioria das vezes, posturas contrárias à manutenção da ordem social e de seu círculo vicioso.

É preciso arcar com isso, às vezes às custas da própria vida, o que seria um ato de amor altruísta e incondicional, possivelmente sendo entendido por uma cultura como um crime até que esta o absolva. Como no caso de Galileu Galilei, só posteriormente "redimido" pela Igreja.

. O homem deve entender que cada sociedade possui sua cultura e as culturas precisam ser respeitadas. Para que isso aconteça é preciso direcionar o sistema educacional e a mídia para a assimilação e entendimento de outros padrões culturais. Os Estados Unidos, por exemplo, têm uma política intervencionista que prega a supremacia de seu sistema sobre as outras culturas, mas não resolve os conflitos raciais e ideológicos existentes em seu próprio território.

O importante é fazer com que haja um meio-termo entre as coisas que um povo respeita e cultua e aquilo que outro povo faz que possui harmonia com as necessidades culturais do primeiro.

A restrição e a seletividade acabam, portanto, sendo um ato de Amor, quando se tem bom senso. Ocorre que, em nossos tão humanos e imperfeitos exageros, restringimos ao ponto do preconceito e da destruição do que consideramos "nocivo" ou "indigno". Esquecemos de que nem sempre algo é de fato nocivo, senão num contexto cultural segregacionista.

O mapa astrológico, portanto, figura como um gráfico que mostra claramente, seja no mapa natal, seja nos trânsitos e progressões, o modelo de rejeição e de inclusão, além de perspectivas de conciliar as duas coisas. Isso se dá através do entendimento do conceito de complementaridade.
Convém lembrar que mesmo a total-seletividade está incluída na total-inclusão. Para que sejamos de fato todo-inclusivos é imprescindível que também sejamos, em algum grau, seletivos, senão não será inclusão e sim absorção indiscriminada. Assim até mesmo o signo selecionador de Virgem pode também agir num nível de integração e complementação absoluta.

A integridade de sistemas num determinado período faz parte de um ciclo de experiências, e ciclos obedecem a um contexto. Cada ciclo de experiências vivenciado é um acréscimo no elemento todo-inclusivo de nossa existência. Até para sermos seletivos é preciso haver um mínimo de experiência com aquilo que desejamos excluir do sistema no qual estamos provisoriamente inseridos. Para isso devemos ter a experiência baseada na Referenciação, Distinção, Discernimento e Compensação.

Mas para isso, é indispensável que exista a distinção para podermos conhecer o que desejamos incluir. No entanto, isso não é excluir de fato! Estamos incluindo na categoria de referencial aquilo que distinguimos como diverso do nosso sistema. Em seguida, compensamos com uma atitude oposta, mas que se apóia justamente no elemento de referencial. Talvez o que cause mais sofrimento seja a falta de percepção de que aquele referencial nunca deixou de estar em nosso contexto de vida. Pensamos tê-lo feito deixar de existir, porém é exatamente o contrário. É ele quem forma a base para nosso bem-estar contextual. Ele está mais do que nunca, presente.

A total-inclusão leva a prezar pelo desenvolvimento de atributos, e não à exclusão preconceituosa. A seletividade deve existir, do contrário não estaríamos falando de total-inclusão. Entretanto, ela deve ser contextual e relativa, dando chances para que haja desenvolvimento. Não deixamos de ser seletivos ao ser todo-inclusivos, mas contextualizamos e relativizamos em cada situação e necessidade. Mais do que isso, admite-se que seja possível a passagem de um estado de consciência ou de cultura a outro. Não há um esforço para impedir tal desenvolvimento em quem, em dado momento, não apresenta os requisitos necessário a uma inclusão social qualquer, seja ela a de uma empresa, função, sociedade ou grupo de elite.

É a diversidade que provoca conflito, mas é este conflito que gera uma adaptabilidade maior e uma humanidade melhor. A admissão da diversidade leva ao crescimento individual e, conseqüentemente, coletivo.

Como alguns pintores europeus foram capazes de descobrir há alguns séculos atrás, se um homem é visto sentado num sofá, o homem e o sofá agem um sobre o outro, interpenetrando-se – quer dizer, as formas de ambos agem uma sobre a outra conforme são percebidas juntas, como um todo composto. Mais ainda, as manchas de cores numa pintura adquirem características especiais e significados esteteco, de acordo com sua colocação relativa dentro do espaço da tela. uma pincelada vermelha numa paisagem verde se destaca com intensidade exagerada; ela capta inevitavelmente a atenção do olho; e pintores, como Corot, fizeram uso constante de tais justaposições de cores, para conseguir uma expressão dramática ou simplesmente para enfatizar valores estruturais, distorções, etc.

Em anos mais recentes, esse principio de percepção da forma transformou-se num tipo muito penetrante e pormenorizado de observação psicológica. A escola alemã da psicologia, Gestalt, baseia-se no estudo do fator da forma nas percepções humanas. Gestalt significa forma, estrutura ou organização espacial.

Para o psicólogo dedicado a esse tipo de abordagem psicológica, o senso de forma aparece como um dos elementos mais básicos da percepção humana e como um fator, igualmente característico, no desenvolvimento da personalidade individual. Os indivíduos podem ser classificados de acordo com as suas típicas a padrões associativos de pontos, linhas, espaços e objetos. O fenômeno das ilusões de ótica, recentemente destacado na arte visual, são aplicações dessa pesquisa na natureza do nosso senso de forma. Eles simplesmente enfatizam o que ocorre, até certo ponto, quando abrimos os nossos olhos e vemos objetos no espaço.

O uso definitivo do mapa circular levou, a percepção lógica de que o elemento da forma, ou gestalt, era essencial na astrologia. Os astrólogos começaram a falar da “configuração planetária” como um todo e a dar um significado a ela, sem levar em conta “qual planeta estava em aspecto com qual”. A contribuição, talvez mais importante, de Marc Edmund Jones para a astrologia foi utilizar esse principio da forma, primeiro enfatizando o conceito de “equilíbrio em peso” e de influencia “isolada” – depois, mais tarde, classificando os mapas de acordo com a forma geral produzida pela disposição dos planetas no circulo das casas e, secundariamente, no zodíaco. Entender isso é o primeiro passo para se compreender a complementação e inclusão com o cosmos.

O Gestaltismo é uma Doutrina relativa a fenômenos psicológicos e biológicos, que veio a alcançar domínio filosófico. Consiste em considerar esses fenômenos não mais como soma de elementos por isolar, analisar e dissecar, mas como conjuntos que constituem unidades autônomas, manifestando uma solidariedade interna e possuindo leis próprias. Disso resulta que o modo de ser de cada elemento depende da estrutura do conjunto e das leis que o regem, não podendo nenhum dos elementos preexistir ao conjunto; teoria da forma.

Existem pessoas que agem em função de conhecimentos budistas que os levam a se esforçar por aquilo que sabem que podem mudar, rogando às suas Consciências Superiores que as façam compreender e aceitar aquilo que não podem. Quem deseja ter um bom relacionamento com as outras pessoas e deseja expandir a consciência percebe que é necessário incluir outros pontos de vista, por mais diversos que sejam.

Talvez nós jamais cheguemos a ser absolutamente inclusivos, mas sempre podemos deixar uma brecha em nossa seletividade. É esta brecha que faz com que deixemos o Amor penetrar em nossas vidas. Admitimos o fato de não sermos ilimitados e, por isso, o infinito age em nós. O mínimo esforço de cada membro da sociedade no sentido da inclusão, isto é, do Amor, por menor que fosse provavelmente criaria condições para a existência de um círculo virtuoso. É preciso perceber que toda a natureza e toda a humanidade estão infundidas em nós mesmos e até na pessoa amada. O relacionamento pessoal é uma réplica em miniatura do relacionamento com a humanidade.

A essência o Amor contida no universo é uma energia coesiva, onipresente e infinita, difícil ou impossível de conceituar. Como o ser humano é um universo em miniatura, um microcosmo, então sua essência também é amorosa. Mas o ser humano não percebe a realidade como um todo e sim em partes separadas. Por isso tende a perder a noção de totalidade e criar a noção de certo e errado, de bom e mau. Todos os signos e todos os fatores contidos no mapa astrológico seriam condizentes com a expressão maior do Amor, que transcende as partes que cada um desses fatores representa. Portanto a função da Astrologia é dar uma noção da totalidade, é fazer percebê-la e servir como uma ferramenta de retorno a esta unidade interior, o que, em última análise, permite maior qualidade de vida e harmonia em circunstâncias exteriores.

A Psicologia junguiana, Astrologia, filosofias holísticas e religiões, quando entendidas com bom senso, também funcionam como ferramentas de encontro desta integração. No entanto nós não percebemos tudo de uma só vez. E também sabemos que não existe uma fórmula mágica para "definir a totalidade", mas sim algumas técnicas e ensinamentos que nos fornecem um material que nos ajude a lidar com as incoerências da vida. Isso se dá quando alguém se depara com uma situação em que pode vir a odiar alguém, mas, por momento resolve, antes, olhar para dentro de si mesmo, então este já se encontra atingindo seu objetivo de auto-compreensão.

Conceituar é o mesmo que limitar, mas é preciso conceituar para poder ter maior abrangência; é preciso focalizar para relativizar. O mais importante é escolher em primeiro lugar o caminho que nos podem fazer felizes. Para isso meditação e um bom “mestre” é muito importante.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

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