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domingo, 18 de julho de 2021

Energias da Sensualidade




Desde a nossa formação no ventre de nossa mãe somos impregnados de energia. E é essa energia que nos mantem vivos. Tudo que compõe a vida é gerado e mantido pela energia cósmica que sustenta o planeta. Recebemos diariamente sobre nós muita energia cósmica. O trabalho da astrologia perante o estudo da posição dos astros no céu é descobrir por meio de simbolismos formados por aspectos, de que forma essas energias nos influenciam e se manifestam em nós. Por meio do conhecimento de nosso horoscopo podemos calcular que tipo de simbolismo tem influencia sobre nossa alma e que tipo de elemento ou força magica age em nossa vida. 

 Assim ao sabermos que planeta nos influencia em cada área de nossa vida e sobre nosso corpo, podemos ter noção de que forma ele age e quais os materiais afins com este astro, para que busquemos extrair mais dessa energia. Por exemplo: Vênus, sabemos que influencia a beleza, as mulheres, os desejos, as flores, o amor etc., Assim podemos ver de que forma ele se posiciona em nosso horoscopo e de que forma buscamos nos integrar a sua força pra que tenhamos uma captação maior de sua força. Muitas pessoas melhoram seu astral, seu ambiente e seu corpo, com o uso de perfumes, incensos, e banhos que servem como energizadores desbloqueando os chacras. 




Como também traz uma energia cósmica natural contida nos elementos certos que ajudam o ser a se sentir melhor. Muitas mulheres por exemplo, que sofrem de obsessão e são vitimas de espíritos imundos ao tomarem certas providencias conseguem até casar, arranjar paz no amor e afastar péssimas energias. Eu já tive casos reais de clientes que conseguiram melhorar e muito com banhos e rituais. Mas não depende só dos alimentos e sim da mentalização, pois a mente limpa gera a fé elevada e traz equilíbrio. Já vi uma mulher casada que queria de todo jeito seduzir o marido que só andava com amantes e mau olhava pra ela. Ela se produzia toda ardendo de tesão, usando roupas bonitas com calcinhas bem sensuais, mas nada chamava atenção dele. 

Perfumes caros no ambiente e um clima erótico ainda não era capaz de chamar atenção do cara. Mas com algumas dicas simples a atenção dele foi aos poucos voltando, pois ela começou a lavar os forros de cama com uma erva bem baratinha, usar incensos certos e o perfume indicado com essências de banho. Então ele que se deitava sem o menor interesse começava a acordar no meio da noite bem excitado inebriado com o cheiro bom no quarto num clima muito afrodisíaco do ar. Então ao se virar via a esposa bem sensual com uma calcinha chamativa que ele logo tratava de arrancar e sem pensar muito penetrava ela com todo furor como se fosse a primeira vez. E assim a paixão foi voltando e tudo ficou ao normal. Não quero aqui afirmar que isso funcione pra todo mundo, pois cada caso é um caso. Também sabemos que tem questões que não tem mais jeito, mas o que quero voltar a dizer aqui é que muita coisa depende de atitude, saber usar a alquimia certa e usufruir das energias que nos cercam. Assim já vi muitas mulheres sem graça se tornarem em fêmeas cobiçadíssimas e fatais, desejadas por todos os homens que as conheciam. Então mulheres se cuidem se valorizem e tenham em mente amor e fé! Como fazia as antigas bruxinhas no passado que sabiam captar a energia dos astros, da natureza e usar bem com harmonia o próprio corpo. Isso se chama "Integração Mulher/Natureza", e tudo nasce da fusão da alma com a matéria com equilíbrio e bem estar.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador. 03/05/20110

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Signos: Os Elementos




OS QUATRO ELEMENTOS 


Na Astrologia. A astrologia é baseada nos quatro elementos do universo: Ar, Terra, Fogo e Água, cada qual representando um aspecto da natureza humana. Cada um dos quatro elementos é representado por três signos, formando assim quatro trígonos. Utilizar a magia dos quatro elementos é, simplesmente, seguir as leis e os acessórios fornecidos pela Mãe-Terra... A astrologia é a leitura da linguagem simbólica da energia criadora que se manifesta na natureza. 






Os quatro elementos representam diferentes formas de expressão dessa energia e são os construtores invisíveis das estruturas da vida. Cada elemento é, portanto, um tipo básico de consciência ou atividade que opera em cada indivíduo. Cada pessoa responde a essa influência de um modo particular, conforme o modelo básico que corresponde ao seu mapa de nascimento. O balanço dos elementos permite identificar se essas quatro forças do universo estão equilibradas ou desbalanceadas na psique das pessoas. - O elemento água traz a sensibilidade, a emotividade e a empatia. - O elemento terra traz a estabilidade, a praticidade e o contato com a realidade. - O elemento fogo traz a iniciativa, o entusiasmo e a expressividade. - O elemento ar traz o pensamento racional, a intelectualidade e a sociabilidade. Para exemplificar um balanço de elementos vamos entender o que acontece com uma pessoa que possui muitos planetas em signos de fogo. 

Isso implica que essa pessoa possui um desequilíbrio dos elementos devido ao excesso de fogo. E isso traz conseqüências para a formação psíquica dessa pessoa, fazendo com que ela tenha um excesso de energia vital que traz exageros na autoconfiança, no entusiasmo e na individualidade, podendo ser uma pessoa egoísta, vaidosa, egocêntrica, sem tato, extravagante e auto-indulgente. "O estímulo da vida é o equilíbrio dos quatro elementos...”. AR — "O pensamento tanto pode te defender, como pode te matar...”. 

O ar representa o mundo do pensamento, do intelecto, da razão e simboliza o mundo das idéias e das palavras. Do lado positivo é extremamente simpático, totalmente adaptável e social e tem muito "jogo de cintura", agora, do lado negativo não é prático e não tem direcionamento. Astrologicamente, o ar é também um elemento positivo e masculino, do tipo sanguíneo, expansivo, quente e úmido, cuja função é estimular as trocas com o meio ambiente, a comunicação e a expressão. 

Os signos de ar são os mais sociáveis e tem a habilidade para se afastar da experiência mais concreta, o que lhes dá a visão de perspectiva sobre o mundo e as pessoas. São por isso ótimos companheiros e amigos. Necessitam partilhar as experiências da vida e são ávidos por todo estímulo intelectual ou cultural, adaptando-se rapidamente as novas situações. A nível pessoal raramente demonstram seus sentimentos mais íntimos, são vistos como pessoas frias ou indiferentes, que racionalizam seus sentimentos e não gostam de excessos emocionais. Precisam entender e questionar tudo, esquivam-se de formas de pensamentos toscas, ou primitivas. 

Na vida social e profissional, os tipos aéreos são atraídos por atividades na área da comunicação, pois são versáteis, curiosos e originais. Sua grande identificação é com a informação rápida. Essas características lhe possibilitam uma eterna jovialidade. Dentre todos os elementos, o ar é o mais civilizado, curiosamente são os únicos cujos símbolos gráficos não são representados por animais e sim por figuras humanas, ou objetos criados pela mão humana. O elemento ar é a ponte entre a matéria e o espírito. E este elemento confere aos signos de Gêmeos, Libra e Aquário: idéias, fala, comunicação, capacidade intelectual, inteligência, entender os conceitos abstratos. Na magia, quando se quer maior capacidade de raciocínio e eloquência, é usual acender um incenso para os silfos, senhores do ar, pois, estes ajudam a desenvolver os pensamentos. 

O excesso de ar confere ao nativo muitas idéias, comunicação estimulada, mas pouca ação. Relaxe mais seu lado racional e estimule mais as energias interiores. A falta de ar implica em: faculdades mentais e sensoriais prejudiciais, e as emoções prevalecendo. Confere solidão, falta de liberdade, sempre quer ficar sozinho e não conversa muito. Pode provocar falta de ar e bronquite. Representação: O ar, silfos, fúrias, furacões, o assopro, as espadas, a primavera, a cor amarela. Casas zodiacais: III, VII e XI. Plano de Vida: Mental, intelecto. TERRA A terra representa o mundo material e objetivo, com temperamento frio e seco e com característica coesiva. É comum aos indivíduos deste elemento um contato estreito com os sentidos físicos e com a realidade material. Seu universo precisa de direção e utilidade, pois tem um forte senso de dever. 

A natureza construtiva dos signos de terra é direcionada para a praticidade: ocupam-se com tudo aquilo que é tangível, pragmático e sólido. Seu enfoque básico é a funcionalidade das coisas. Gostam de física e matemática. Norteado pelas sensações, deixa as considerações teóricas e intuições para segundo plano. Esta atitude acaba por restringi-los, pois lhes dá uma visão estreita, presa ao mundo das formas, o que anula qualquer outra maneira de compreensão da realidade. Por serem cautelosos tudo o que empreendem é minuciosamente calculado e organizado. São dignos de confiança, amantes da ordem e precisão. O tipo terra sente-se a vontade com o seu corpo, sabendo expressar sem dificuldades seus desejos físicos. 

O difícil para estes signos é manter separados os sentimentos dos processos corporais, perdendo muito da sua intimidade psíquica. Esta é uma característica que só existe nestes signos, isto é, a inclusão do corpo em quase toda a experiência psíquica. Sua medida de valor baseia-se no grau de rendimentos que se traduz materialmente, seja sobre a forma de posses ou da consideração geral. Com isso tornam-se muitas vezes escravo de uma rotina maçante, tendo medo de perder os pés do chão. Este elemento confere aos signos de Touro, Virgem e Capricórnio: persistência, durabilidade, paciência, realismo, praticidade, materialização, dinheiro, o poupar e a realização. 

Na magia, quando se busca acentuar o lado prático e explorar a prosperidade, é costume oferecer uma pedra ou uma maçã aos gnomos, os senhores da terra, ou duendes, pois eles estão neste elemento e ajudam a conseguir dinheiro e bens materiais. O excesso de terra em um tema provoca materialismo, preguiça, rotina, rigidez, frieza, irritação, solidão, ambição; e o excesso de ordem atrapalha um pouco a sensibilidade e a criatividade. Se solte mais e despertem seus sentimentos profundos. Representação: A Terra, o inverno, a cor marrom. 

Casas zodiacais: II, VI e X. Plano de Vida: Ação, densidade, eu faço, eu realizo, eu somatizo. FOGO O fogo representa a luz da inteligência, da intuição, da espiritualidade, é energia radiante, fonte de calor, luz e expansão. Num plano positivista o elemento fogo confere ao nativo gosto por esportes, maior direcionamento, também tem "jogo de cintura", é magnético, alegre, cheio de energia; e num nível negativista ele pode ser antipático, sofrer de solidão e possuir uma ambição desregrada. É também um elemento do tipo quente e seco. Exatamente como sua expressão na natureza, os indivíduos que tem ênfase nesse elemento são exuberantes, ardentes, apaixonados, brilhantes e esquentados. Sua energia vital flui espontaneamente, surgindo de uma forma dinâmica, criativa e voluntariosa. Esta auto-expressão de caráter é fundamental para as pessoas de fogo. Para estes indivíduos, a vida é um infinito mar de possibilidades a explorar sem fronteiras e sem limites. 

Na vontade e na conseqüente afirmação da vida, estes signos tendem a seguir em frente, libertados de cada momento do passado, seja ele qual for. Capaz de inspirar, conduzir e apoiar os outros, é aí que se encontra todo o seu carisma. Possuem uma fé inabalável na generosidade do destino, jogando com a vida, dinheiro e emoções muitas vezes de uma forma irrefletida, sem avaliar as conseqüências dos seus atos. Tem o hábito de exagerar em seu comportamento, dramatizando situações mesmo quando sozinhos, e que precisam deste colorido e das suas fantasias para se sentirem vivos. Se por ventura entram em contato com a monotonia da vida, são capazes de entrar em pânico. No seu lado sombrio, o fogo é por demais auto-centrado, tornando-se insensível à condição do outro, o orgulho e a vaidade dificultam em muito o reconhecimento dos seus erros e frustrações. Sofrem com febres altas, doenças agudas e enfarte. Esse elemento confere aos signos de Áries (luta), Leão (brilho) e Sagitário (filosofia): criatividade, brilho, vontade, energia, inspiração, iluminação interior, entusiasmo, impulsividade, atitudes menos pensadas, respeito, praticidade, ambição, inteligência, intelectualidade e ação. 

Na magia, quando se quer atingir a elevação espiritual, acende-se uma vela para as salamandras, senhoras do fogo, pois são elas que levam o nosso recado ao reino angelical. O excesso de fogo confere ao nativo capacidade de conseguir atingir tudo o que está à sua volta, mostra também uma pessoa muito afetiva, mas para poder tomar uma decisão, precisa se acalmar e colocar as idéias em ordem; procure ter mais tranqüilidade. A falta de fogo implica em carência de brilho e um desequilíbrio da identidade. Representação: O fogo, as salamandras, o verão, a cor vermelha. 

Casas zodiacais: I, V e IX. É o triângulo da Vida. Plano de Vida: Espiritual, intuição. ÁGUA A água representa o sentimento e o mundo das emoções, é fluente e tem temperamento linfático, e é do tipo frio e úmido. Num plano positivo a água confere intuição, profundidade, simpatia, adaptação, emotividade, sociabilidade, romantismo e num plano negativo timidez, introspecção e um exagero emocional. No conhecimento astrológico a água representa também a vida instintiva, íntima e subjetiva. Pessoas cujos mapas tem ênfase nesse elemento falam a língua do coração e por isso são muitas vezes irracionais, permeáveis e mesmo imprevisíveis. Suas atitudes freqüentemente infantis são como crianças que esperam do mundo respostas sentimentais de aprovação e afeto. 

Os signos de água são os mais enigmáticos do zodíaco. Receptivos, envolvem-se profundamente nos relacionamentos pessoais, pois sabem “mergulhar” na intimidade do outro. Sua noção da realidade depende daquilo que podem sentir, o que os tornam aptos a grandes decepções amorosas. Em nome da paixão e da entrega, os tipos de água absorvem tanto o parceiro que terminam por paralisá-lo, sendo notadamente o elemento que desconhece os limites na relação amorosa. 

De temperamento sensível e intuitivo, possuem uma imaginação criativa e deliciam-se com suas próprias fantasias. Na vida social são afáveis e cordiais e não tem receio de expor suas fraquezas. Tornam-se cativantes porque, mais que ninguém, os signos de água captam as necessidades dos outros, sem fazer julgamentos ou discriminações. Este elemento confere aos signos de Câncer, Escorpião e Peixes: intuição, sentimentos, sensibilidade, emoção, mediunidade. Todos os sinos de água são signos cármicos. O excesso de água provoca sentimentos que fluem desordenadamente, a pessoa é muito emotiva, tem muita sensibilidade e sensações; tente equilibrar-se em suas energias interiores e em seus conflitos emocionais. 

A ausência de água carece da capacidade de sentir profunda e intuitivamente, carece de sensibilidade, as emoções são controladas, não demonstram seu estado de espírito. Na magia, quando se quer encontrar novos rumos para o amor ou atingir equilíbrio emocional, costuma-se oferecer uma vasilha com água para as ondinas, senhoras da água; as sereias e mantras também fazem parte deste elemento, elas ajudam no amor e na intuição. Representação: A água, o outono, a cor azul. Casas zodiacais: IV, VIII e XII. É o triângulo do Destino. Plano de Vida: Desejo, psique, emoção, sentimento. 

 Quantidade de elementos em uma carta natal Para se descobrir no geral qual é o elemento que o indivíduo mais tem e qual ele não tem, para ser trabalhado e se direcionar a este fim, segue uma tabela onde o Sol, a Lua e o Asc. valem 3 pontos; Mercúrio, Vênus e Marte valem 2 pontos e os outros planetas valem 1 ponto cada. No final a soma tem que dar 20 pontos, só assim terá certeza de que a conta estará certa. A combinação dos elementos: Fogo (quente e seco) + Ar (quente e úmido): esporte, vibração, artista no geral, artista corporal, cantores, não tem disciplina, são quentes. Fogo (quente e seco) + Água (úmido e frio): Um lado quer entusiasmo e o outro quer isolamento.Fogo (quente e seco) + Terra (frio e seco): administrador, ambição, empresário, político, a praticidade da Terra mais o entusiasmo de conquista, objetividade.Água (úmido e frio) + Ar (quente e úmido): flexibilidade, intuição, romantismo, idealista, escritores, músicos, criatividade, artes plásticas.Água (úmido e seco) + Terra (frio e seco): introspecção, pessoa fechada, fria, medicina, contador, engenheiro, arquiteto, coisas técnicas. 

 Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
12/06/2008


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Astrologia: Discrição do Próprio Tema




DPT — Discrição do Próprio Tema Imagine um círculo cortado em quatro pedaços iguais, a linha horizontal que divide o círculo em duas metades, nós chamamos de eixo do espaço ou linha do livre arbítrio. Ela proporciona duas partes, a superior que representa o diurno, o consciente, o extrovertido, a vida exterior, e a parte inferior que representa o noturno, o inconsciente, o introvertido, a vida interior. Agora, uma linha vertical que divide o círculo em outras duas metades, chamamo-la de eixo do tempo ou linha do destino, ela proporciona também duas partes, a direita, o lado ocidental representa o alocêntrico, aquele que escuta pouco, e a parte da esquerda, o lado oriental representa o egocêntrico, aquele que sabe o que quer, que é determinado e que fala mais. Uma vez determinado o ascendente (ASC), criou-se também o Descendente (DESC), o MC e o FC; todos juntos formam os pontos que determinam ângulos de 90º. São os ângulos cardinais ou cardeais, quadraturas que tencionam, dimensionam, colocam, definem o ego, representa o "crucifixo", ou a imagem do homem na cruz, a do Cristo, é o simbolismo do homem assumindo uma totalidade sua individual diante, para e com uma totalidade maior na vida. Esses ângulos determinam a cruz da vida que o homem carrega por 12 estações (signos), até o calvário, onde sua vida se consuma ou se realiza (morrer e renascer). 

É o básico da existência, é a interseção entre tempo e espaço, onde o ser se define em correspondência com um dado momento, o seu nascimento. A astrologia não usa a lógica que é dual, binária, mas a analogia como raciocínio, o qual percebe funções interagindo em uma dinâmica ternária, como simbolismo chinês da vida de um homem representado por um cocheiro conduzindo uma carruagem atrelada a um cavalo, onde o cocheiro representa a mente, o intelecto; a carruagem o material, o físico e o cavalo as emoções, os desejos. O eixo do Asc. - Desc. determina a divisão do espaço em dia e noite. O Asc é o "eu", o Desc. é o "tu" ou "outro". 

O movimento do eu em busca do tu, do outro, pode se dar pelo caminho que passa pelo MC ou pelo FC. O eixo do MC - FC determina o tempo, o passado (FC) e o futuro (MC). O FC está associado a família, a hereditariedade, aos condicionamentos, aos hábitos. O MC está associado ao status, à imagem social, ao trabalho no mundo. Os quatro pontos cardinais determinam as casas terrestres angulares: Asc. - casa I, Desc. - casa VII, MC - casa X e FC - casa IV. Quando o eu busca o tu, pode fazei-lo conquistando uma posição social, ou buscando afinidades com a sua própria formação no seio da família. Nas casas de água, ou seja, no triângulo de água: Quando o passado (casa IV) busca o futuro (casa X) passando pelo tu (casa VII), há uma morte (separar-se do passado), uma transformação, uma iniciação, pois é necessário passar pela (casa VIII). 

Quando o passado (casa IV) busca o futuro (casa X) passando pelo eu (casa I), há um reconhecimento da própria essência, do projeto de vida e consequentemente, uma iluminação, um resgate do que jazia oculto no inconsciente; um maior conhecimento de si mesmo, pois é necessário passar pela (casa XII). Nas casas de terra, ou seja, no trígono de terra: Quando o futuro (casa X) se realiza passando pelo eu (casa I), o que se obtém é o senso de valor que se atribui às coisas e a si mesmo, nesse caminho se adquire auto-estima, que é a capacidade que se tem de estimar, avaliar quanto se vale, pois foi necessário passar pela (casa II). 

Quando o futuro (casa X) se realiza passando pelo filtro do tu (casa VII), o que se obtém é trabalho, disciplina, método, pois foi necessário passar pela (casa VI). O signo onde está o Sol significa que a consciência está sintonizada e, portanto, é um canal aberto de passagem de uma dada natureza de energia representado pelo signo. Não há bons ou maus signos, assim como não há bons ou maus aspectos e ainda mapas bons ou maus. Nascemos em perfeita harmonia e sintonia com a natureza, de um dado momento no tempo e espaço. Somos como uma célula que nasce com uma determinada função dentro de um tecido orgânico. 

Nossos sofrimentos e frustrações não são devidos ao nosso mapa, mas a nossa pouca ou nenhuma compreensão do que somos e a de que iremos ser e de como podemos realizar nosso ser em plenitude. O horóscopo não diz em que nível uma pessoa está o tema mostra potencialidades, mas só por ele não podemos saber como e em que nível alguém está atualizando estas potencialidades. Qualquer pessoa é sempre mais importante que seu horóscopo. Horóscopos semelhantes poderão indicar uma essencialidade comum, mas não uma mesma realidade. Pesquisando encontramos vários horóscopos de personalidades bem semelhantes astrologicamente, no entanto as pessoas tiveram vidas completamente diferentes. Até porque, a época e local de nascimento também influem consideravelmente na vida de uma pessoa. 

Um exemplo de horóscopos semelhantes é sem dúvida o tema de Chaplin e Hitler, pessoas com vidas, metas e atitudes bem diferentes. Pois as escolhas fazem com que vivamos de acordo com o que os astros nos revelam ou não. Além de isso depende muito de como se assimila as energias e influencias cósmicas enviadas a nós pelo Universo. Pois tenho por certo que não somos escravos do destino e que temos sim o direito de escolher. Assim uma pessoa com um horóscopo cheio de aspectos harmônicos poderá ter uma vida bem complicada dependendo de como ele decide usar essas energias. Por outro lado alguém com um horóscopo bem desafiador poderá ter uma vida cheia de conquistas e prazer se souber extrair o lado positivo das energias desafiadoras. No entanto tenho por certo também que não somos totalmente livres. 

O que viemos fazer aqui foi cumprir a nossa missão evolutiva e livrar-nos do carma. Nota-se claramente que todos temos metas a cumprir e que o nosso direto de escolha se limita a escolher o que o Criador nos impõe. Afirmo isso por observar que todo o universo tem um ritimo cíclico e que Deus não deixaria toda criação simplesmente sob a escolha de seres tão incoerentes como nós humanos. Como disse certo pensador: “Deus não joga dados no Universo”. 

 Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
12/06/2008


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A Divisão do Horoscopo - 1


A Divisão do horóscopo em 36 decanatos parte 1 


 Na astrologia contemporânea, o sistema de divisão por decanatos tem sido utilizado, em termos práticos, por um número reduzido de astrólogos, apesar do revival promovido por entusiastas da astrologia antiga e medieval. Não há, porém, uma tradição empírica confiável que demonstre, de alguma forma, que essa subdivisão de cada signo zodiacal em três segmentos de 10 graus de arco indique correlações válidas com o comportamento humano e com fatos sociais de ordem política, econômica ou relacionados a fenômenos naturais de grande impacto. Infelizmente, como é costume entre certos profissionais, a avaliação sistemática de uma determinada técnica é o que menos conta, é o que menos importa. 

Basta acreditar que funciona. Basta que seja fascinante. Embora estando fora do mainstream da astrologia praticada atualmente, nem por isso o sistema de decanatos deixa de ser um tema importante, especialmente pelo significado histórico que possui e pelas lições que dele podemos extrair. Em suas origens encontramos implicações das mais relevantes para a astronomia e para o modo como organizamos o tempo. Se hoje dividimos o dia em 24 horas, devemos este método aos egípcios e aos seus decanos (de onde veio a palavra decanato), ou seja, a um determinado tipo de calendário, ou de sistema hemerológico, em que se utilizavam algumas constelações ou asterismos como referência para o cômputo das horas. 

Vejamos como tudo isso começou. Pesquisadores descobriram em pleno deserto do Saara, mil quilômetros ao sul da cidade do Cairo, numa depressão conhecida como Nabta Playa, alinhamentos megalíticos e círculos de pedra erguidos aproximadamente há 7.000 anos. Essas estruturas passam, portanto a ser o mais antigo complexo astronômico-cerimonial da pré-história. Aqui, o que mais nos interessa é que, em cálculos efetuados recentemente pelo astrônomo J.M. Malville, um dos descobridores desse sítio arqueológico, o alinhamento mais longo de Nabta Playa aponta para o nascer helíaco da estrela Sírius, ou seja, o ponto no horizonte leste onde ela aparecia pouco antes do nascer do sol. 

 Os proto-egípcios estariam interessados nesse tal de nascer helíaco por que simplesmente porque esse fenômeno indicava a primeira aparição anual de Sírius acima do horizonte oriental. Este momento coincidia, aproximadamente, com o solstício de verão e a inundação provocada pelas cheias do rio Nilo. Era o início do Ano Novo egípcio, marcado por festividades que celebravam a fertilidade da terra e a renovação, portanto base para um calendário agrícola e tudo que isto significa em termos de sobrevivência para a população. O ciclo anual era dividido em três estações: Inundação, de julho a novembro; Semeadura, de novembro a março; e Colheita, de março a julho. Além desse calendário havia outros: lunar, solar e lunissolar. 

O primeiro povo há dividir o ano em 365 dias, com12 meses de 30 dias e mais 5 dias extras (epagômenos), foram os egípcios, já por volta de 2900 a.C. A partir do Novo Império, conhecemos até os nomes desses meses: Thoth, Phaophi, Athyr, Choiak, Tybi, Méchir, Phamenoth, Pharmouthi, Pachons, Payni, Epiphi e Mesore. A princípio, os egípcios não levaram em conta, porém, a pequena diferença de um quarto de dia que, com o decorrer do tempo, acaba gerando distorções em relação às estações do ano solar verdadeiro, daí este calendário civil ser chamado de ano vago. Vale observar que o nascer helíaco de Sírius coincidia exatamente com o começo do ano civil somente uma vez a cada 1460 anos (ciclo sótico) e, portanto, correspondia a um ciclo diferenciado e mais antigo, como já vimos. Mesmo assim, o ano civil egípcio seria adotado, e adaptado, mais tarde pelo imperador romano Júlio César, passando então a ser usado em todo o Ocidente. 

 Os Decanos Egípcios É no período da Décima Dinastia, por volta de 2100 a.C., que encontramos a primeira referência aos decanos em tampas de sarcófagos. Dos 365 dias do ano, 360 eram divididos em 36 semanas de 10 dias. Cada uma dessas semanas ou décadas começava com o nascer helíaco de uma determinada constelação ou decano, que podia ser observada sucessivamente até que no décimo primeiro dia outro decano surgisse pouco antes do nascer do sol, marcando o início da próxima década ou período de 10 dias. Os decanos serviam também como uma espécie de “relógio estelar”. 

Observando o surgimento no horizonte oriental de cada uma dessas constelações, logo após o ocaso do sol, o nascer acrônico (momento em que o nascer de um astro coincide com o pôr-do-sol) do primeiro decano correspondia à primeira hora da noite. Aproximadamente uma hora depois aparecia outra constelação identificada como o decano seguinte, início da segunda hora da noite, e assim por diante. Esta dinâmica noturna permitiu a elaboração de um calendário diagonal organizado em 36 colunas de 12 linhas cada. Neugebauer explica como funcionava essa tabela. As horas decanais tinham, na verdade, a duração de 40 minutos. Teoricamente, seriam 18 decanos para o período de uma noite, mas na prática, descontando o tempo dos crepúsculos matutino e vespertino, apenas 12 eram considerados. 

A princípio, as horas eram sazonais, isto é, variavam conforme a estação do ano; no inverno, como as noites são mais longas, o primeiro e o último decano tinham maior duração. Mais tarde, no período helenistas, foram introduzidas as horas equinociais, isto é, todas de igual duração, e também o sistema sexagesimal dos babilônios. Chegamos assim ao dia de 24 horas, cada hora com 60 minutos. As constelações decanais também tinham uma função religiosa e mágica. No século IX a.C. já estavam associadas a divindades protetoras que exerciam influência sobre os homens e igualmente sobre a natureza. 

Nos monumentos de Seti I e Ramsés IV (1300 a.C e 1700 a.C.), os decanos são representados no corpo de Nut, a deusa do céu. Essas constelações ou asterismos situavam-se ao sul da eclíptica – o plano da órbita aparente do sol na esfera celeste – e apenas duas foram identificadas, Sírius, a estrela alfa de Canis Major, a mais brilhante do céu, que os gregos chamavam de Sothis e os egípcios de Sepdt, e a constelação de Órion. Além de acreditarem que as estrelas de alguma forma estavam associadas a deuses e deusas – Sírius, por exemplo, estava relacionada à Ísis -, os egípcios também construíram um calendário no qual atribuíam a cada dia do ano um caráter favorável ou desfavorável, seu significado mítico e o comportamento indicado para aquele dia específico. 

 Os 36 decanos, a intervenção de divindades celestes na vida da terra e a crença em dias favoráveis e desfavoráveis era tudo que os egípcios podiam oferecer como elementos para uma futura astrologia. Aqui não temos sequer uma proto-astrologia, como na Babilônia, com a utilização de eclipses como presságios; aliás, não há sequer registro de antecipação de eclipses, nem tampouco zodíaco. Foi provavelmente no século IV a.C. que apareceu o primeiro documento egípcio – o Papiro de Viena – que trata de presságios envolvendo a lua. 

Nessa época, porém, o Egito já vinha recebendo inegáveis influências da Babilônia. Pouco depois de 729 a.C., o Império Assírio invadiu e anexou o Egito. É o primeiro contato sistemático entre essas duas civilizações. Em 539 a.C., a Pérsia, sob o comando do rei Ciro, conquista a Babilônia e o Egito, e mais uma vez as duas culturas se aproximam. Alexandre da Macedônia invade o Egito em 332 a.C. Na primavera do ano 331 funda a cidade de Alexandria e em seguida, em outubro do mesmo ano, derrota Dario III, dominando toda a Pérsia e a Mesopotâmia. Alexandria viria a ser um ponto de encontro entre várias culturas: a matemática, a astronomia e a astrologia da Babilônia; a ciência, a filosofia, a mitologia e a astrologia dos gregos; e a religião, o calendário e a modesta ciência egípcia. 

O país das pirâmides ainda não conhecia a astrologia, mas foi palco de uma criativa fusão de doutrinas que daria novo alento à ciência dos astros e, particularmente, introduziria a subdivisão dos decanatos no zodíaco babilônico. Antes de passarmos para a evolução da astrologia na Babilônia, é interessante mencionar um esquema mitológico-astronômico encontrado na Mesopotâmia e que parece guardar uma certa semelhança com os decanos egípcios.
13/06/2008


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A Divisão do Horoscopo - 2


As 36 Constelações da Babilônia Alguns textos astronômicos/astrológicos da Mesopotâmia antiga indicam a existência de um sistema de 36 estrelas ou constelações do tipo que havia no Egito, talvez até mesmo com funções hemerológicas semelhantes. Traduções mal-elaboradas e associações apressadas acabaram, porém, criando certa confusão em torno desses asterismos. Tudo começa com o texto que dá origem à crença na existência de um zodíaco já no terceiro milênio a.C. - o Enuma Elish, o Épico da Criação babilônico, escrito por volta de 1200 a.C., mas cujos mitos têm origens bem mais antigas, remontando à época dos sumérios. Trata-se de uma narrativa cosmogônica que exalta, principalmente, a figura do deus Marduk, que logrou derrotar Tiamat, o dragão representante do Caos primordial. 

Depois de vencê-lo, ele separa o céu da terra, organiza os corpos celestes e cria o homem. Pois bem, a confusão se inicia quando, segundo a narrativa, Marduk cria o calendário lunar de 12 meses. Nesta passagem, que aparece logo no começo da tabuinha de número 5, alguns autores pressupõem uma referência ao zodíaco. Como veremos mais adiante, esta referência é precoce e sem qualquer fundamento. Examinemos primeiro a tradução de Leonard W. King. Ele (Marduk) estabeleceu locais para os grandes deuses; As estrelas, as imagens delas, como as estrelas do Zodíaco, ele fixou. 

Decretou a existência do ano e em partes o dividiu; Para os doze meses, ele fixou três estrelas. Outro autor, Stephen Langdon, chegou a utilizar a expressão “signos do zodíaco” onde King se refere á “partes” do ano. Em seguida, apresentamos duas outras traduções para o mesmo trecho. Lembrando que se trata do começo da 5a tabuinha. Os tradutores são Stephanie Dalley e N. K. Sandars respectivamente. Ele [Marduk] construiu estâncias para os grandes deuses. Para as estrelas, formou constelações que lhes correspondessem. 

Designou o ano e demarcou-lhe as divisões.Distribuiu três estrelas para cada um dos doze meses. Ele [Marduk] projetou notáveis posições no céu para os Grandes Deuses, Deu-lhes aspecto de estrelas como constelações; Fez a medida do ano, dando-lhe começo e fim, E para cada um dos doze meses, três estrelas nascentes. Podemos ver como esses dois últimos autores, além de não incluírem o zodíaco, evitam a “cilada” de interpretar “ano” como ano solar e “doze meses” como os doze meses do ano solar. Como já dissemos o deus Marduk aqui está elaborando o calendário lunar referente ao ano lunar de 12 meses sinódicos, ou seja, o mês de 29,5 dias, que corresponde ao intervalo entre duas luas novas. Esta é a verdadeira divisão do ano citada no Enuma Elish. 

O zodíaco ainda não tinha sido inventado. Mas do suposto zodíaco aos decanos ou decanatos foi uma inferência bem fácil, pois o texto em seguida fala de “três estrelas” para cada um dos “doze meses”. Ora, 3 x 12 = 36. Pronto, temos aqui três “decanos” para cada um dos doze “signos zodiacais”, à semelhança do sistema construído no Egito helenista. Mas se não há um zodíaco, pois não é o sol que está em jogo, de qualquer forma é óbvio que 36 constelações ou estrelas formavam algum sistema astronômico que para alguma coisa deveria servir. 

 A resposta parece estar nos Astrolábios (1100 a.C.), cartas estelares que correlacionavam o nascer helíaco de certas estrelas com datas do calendário (não confundir com o instrumento de mesmo nome). Três estrelas eram designadas para cada mês, que por sua vez dividia-se em três partes, o que faz lembrar as proezas de Marduk na divisão do céu, quando atribuiu três estrelas a cada um dos doze meses. O esquema, em essência, é muito semelhante ao das constelações decânicas do Egito, mas a etapa seguinte, a da divisão do próprio zodíaco, mais tarde, em 36 partes, não sabemos se realmente ocorreu. Havia, sim, outras divisões, como veremos no próximo segmento. 

 Neugebauer menciona textos muito antigos, possivelmente da dinastia cassita (1595-1153 a.C.), que apresentam o céu dividido em três zonas de 12 partes cada, contendo o nome de constelações e de planetas. Mais uma vez, esses 12 segmentos representam os 12 meses lunares e não os signos do zodíaco. Esse tipo de divisão do céu em três faixas aparecerá posteriormente num dos mais importantes textos astronômicos da Babilônia, as tabuinhas MUL.APIN. Babilônia – onde tudo começou 

 Os textos mais antigos da Babilônia, que remontam ao começo do segundo milênio a.C., mencionam métodos bastante primitivos de adivinhação, como o exame das vísceras de uma ovelha sacrificada, o movimento das nuvens, a direção dos ventos e outros fenômenos atmosféricos. Esses “presságios” era o que havia de mais importante para que os sacerdotes barus pudessem adivinhar eventos futuros. Os eclipses lunares também eram utilizados, mas secundariamente, e acreditava-se que as estrelas fossem divindades propiciatórias que podiam de algum modo interferir na vida aqui na terra. 

Apesar disso, não há nada que indique uma sistemática observação dos astros nessa época. Nos arquivos reais de Níneve foram encontradas cerca de setenta tabuinhas com inscrições cuneiformes que constituem uma compilação de presságios e previsões. Esse verdadeiro manual de adivinhação, denominado Enuma Anu Enlil, segundo alguns, foi escrito no século VI a.C. e faz referência a um material bem mais antigo, do tempo da dinastia de Hamurabi, por volta de 1700 a.C. Seu conteúdo inclui presságios lunares, solares e meteorológicos, além de indicações sobre o nascer e o ocaso de planetas e estrelas. Vejamos alguns exemplos. Se, no dia de seu desaparecimento, o deus Sin [a Lua] diminuir seu passo no céu [em vez de desaparecer de repente], haverá seca e fome no país. [Se] no oitavo mês, no décimo primeiro dia, Ishtar [Vênus] desapareceu no Leste e esteve ausente do céu por dois meses e... 

Dias, e tornou-se visível novamente no Oeste no décimo mês, no... Dia, a colheita será próspera. Se a estrela da Dignidade, o vizir de Tispak, aproximar-se do Escorpião – durante três dias haverá resfriado grave; tosse e fleuma se manifestarão. Outro texto de grande importância para entender o desenvolvimento da astronomia/astrologia dos babilônios é o MUL.APIN, elaborado em 700 a.C., embora sua forma final talvez já existisse por volta de 1000 a.C. Aqui o céu é dividido em três faixas paralelas por onde se distribuem as várias constelações. Cada faixa ou banda é o Caminho de um deus: 33 estrelas formam o Caminho de Enlil; 23, o de Anu; e 15, o de Ea . 

São dezessete ou dezoito constelações que se encontram no curso da Lua, entre as quais nove daquelas que seriam futuramente as constelações zodiacais: Touro, Caranguejo, Leão, Balança, Escorpião, Peixe-Cabra (Capricórnio), As Caudas (Peixes), Talo de Cevada (Virgem) e os Grandes Gêmeos. A eclíptica é dividida em quatro partes, cada uma correspondendo a uma estação do ano, além de constar à data em que o sol entra nas quatro estações, passando de um “Caminho” para outro. Em 747 a.C começam a ser registradas observações datadas de eclipses. Agora os presságios celestes passam a predominar. 

Em meados do século VII a.C. surgem os “Diários” astronômicos, resumos mensais dos movimentos planetários, suas posições em relação às constelações e também as datas da primeira e da última visibilidade. Provavelmente por volta do século VI a.C. é que ocorre a divisão da eclíptica em 12 partes iguais. O registro do primeiro zodíaco, uma elaboração genuinamente babilônica, é de 464 a.C. segundo alguns estudiosos não se conhecem nenhum outro zodíaco anterior a este em qualquer parte do mundo, nem mesmo na Grécia, muito menos no Egito. Segundo datações de A. Sachs, as primeiras “cartas” astrológicas individuais ou temas natais remontam ao ano 410 a.C. 

Na mais antiga (13 de janeiro), as posições dos planetas não são indicadas em relação ao zodíaco, nem ao dia de nascimento, mas com referência à aparição sinódica desses corpos celestes em torno da época do nascimento. Os dados são apresentados de forma semelhante ao conteúdo dos Diários: Mês Tebetu, 24 para a manhã de 25, ano 13 de Dario [II], a criança nasceu. Mês Kislimu, por volta do 15° dia, Mercúrio atrás de [=a leste de] Gêmeos, primeira visibilidade no leste. Mês Tebetu: Tebetu 9 solstício; o 26° [última visibilidade lunar antes do nascer do sol]; Mês Shabatu: Shabatu com densas nuvens, por volta do 2°, Mercúrio em Capricórnio ultima visibilidade no leste [...] Mês Tashritu, o 22°, Júpiter 2° ponto estacionário em frente a Aquário... No segundo horóscopo, datado de 29 de abril do mesmo ano, já aparecem às posições dos planetas no dia em questão: Mês [?] Nisan [?], noite [?] do 14° [?] ...filho de Shuma-usur, filho de Shuma-iddina, descendente de Deke, nasceu. 

No momento em que a Lua estava abaixo do chifre do Escorpião, Júpiter em Peixes, Vênus em Touro, Saturno em Câncer, Marte em Gêmeos. Mercúrio, que havia se posto [pela última vez], estava [ainda] in[visível]. Mês Nisan, o 1° [dia em seguida ao 30° dia do mês anterior] [o novo crescente tendo estado visível por] 28 [ush] , [a duração da visibilidade da Lua após o nascer do sol no] 14° [?] foi 4,40 [?] [ush]; o 27° foi o dia em que a lua apareceu pela última vez. [As coisas?] ficarão boas para você. Mês Du’uz, ano 12, [a]no [?] 8... 

 Os “horóscopos” subsequentes revelam uma continuidade em relação ao discurso tradicional. As interpretações, quando incluídas, lembram claramente as previsões individuais da literatura que trata dos presságios, além de prenunciarem a futura astrologia helenista. Mais uma vez, é Sachs quem nos dá a data de um “horóscopo” babilônico calculado para o dia 3 de junho de 235 a.C., já no período grego. As posições planetárias incluem os graus do zodíaco, embora sem citar o Ascendente. Ano 77 [da Era Selêucida, mês] Siman, [do] 4° [dia até? algum? tempo?] na última parte da noite [do] quinto [dia], nasceu Aristócrates. 

Nesse dia, Lua em Leão. Sol em 12;30° em Gêmeos. [...] Júpiter...em 18 graus de Sagitário. O lugar de Júpiter [significa]: [sua vida? Será] normal, boa; ele ficará rico, chegará à velhice [...] Vênus em 4 graus de Touro. O lugar de Vênus [significa]: para aonde quer que vá, será favorável [para ele]; ele terá filhos e filhas. [...] Existem ainda textos da época dos primeiros “horóscopos” que poderíamos chamar de teóricos, pois dão instruções para interpretação. Curiosamente, encontramos aqui uma subdivisão zodiacal. Cada um dos 12 signos é dividido em 12 partes de 2°30’ de arco. São, segundo a terminologia grega, as dodecatemorias de um dodecatemorium, ou seja, 1 doze avos dividido em 12 partes. Outro aspecto dessa proto-astrologia babilônica é que também leva em conta o momento da concepção e a possível utilização das triplicidades. 

 Pouco mais de um século antes de aparecerem esses “horóscopos”, algo em torno de 315 a.C.,o astrólogo Kidinnu (Cidenas ou Kidenas, em grego) funda uma escola de astrologia na Babilônia, onde estudaram muitos gregos que foram para a Mesopotâmia após as conquistas de Alexandre. Consta que ele posicionava os equinócios e solstícios no oitavo grau dos signos cardeais, e que também, segundo Estrabão, teria influenciado o grande astrônomo (e provavelmente astrólogo) Hiparco. Este, aliás, posicionava o equinócio vernal em 0 grau de Áries, embora os calendários romanos geralmente usassem o oitavo grau, a exemplo dos antigos babilônios. 

Outro importante astrólogo babilônio, sem dúvida o mais célebre, foi Beroso. Por volta de 281 a.C., ele teria fundado uma escola de astrologia na ilha de Cos, na Grécia. Segundo Plínio, os atenienses chegaram a erguer uma estátua em sua homenagem. Em horóscopos babilônicos não há nenhuma indicação sobre o Ascendente, cujo primeiro registro aparece num horóscopo grego feito em 22 a.C. e que se refere a um nascimento ocorrido em 27 de dezembro de 72 a.C..

13/06/2008

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Grécia Na há nada na história da Grécia antiga que sinalize a existência de uma prática proto-astrológica, nada que sequer lembre a astrolatria dos babilônios ou de outros povos. Os gregos não adoravam estrelas; Sol e Lua, sim, faziam parte de sua mitologia religiosa. Hélios era um deus importante, mas Selene pouco significava. O documento mais antigo em que se faz referência a dias favoráveis e desfavoráveis, bem como ao nascer e ao ocaso das constelações no horizonte e sua função agrícola, é O Trabalho e os Dias, de Hesíodo, escrito por volta de 700 a.C. 

Na Teogonia, do mesmo autor, aparecem provavelmente versões gregas de mitos babilônicos, e já no século VI a.C. nomes de estrelas e de constelações da Babilônia aparecem traduzidos para o grego. Só a partir do século V a.C. os planetas começam a ser diferenciados das estrelas. Antes, portanto, da expansão do império de Alexandre, que abrangeria também a Mesopotâmia, houve contatos entre babilônios e gregos. Especula-se, por exemplo, sobre a possibilidade de Pitágoras, no século VI a.C., ter viajado para o Egito e para a Babilônia. Na reforma do calendário de Atenas, ao redor de 432 a.C., Meton e Euctemon, recorrem a técnicas desenvolvidas pelos babilônios. 

No século IV a.C., Eudoxo de Cnido introduz na Grécia o calendário anual de 365 dias, que conhecera no Egito. Segundo Cícero, Eudoxo rejeitava a doutrina dos caldeus sobre previsões baseadas no dia de nascimento de um indivíduo. Ainda neste século, Teofrasto fazia alusão à teoria que permitia aos caldeus prever os eventos da vida de uma pessoa e não apenas se o tempo seria bom ou mau. Demócrito de Abdera, o famoso atomista, discípulo de Leucipo, também é citado como introdutor de idéias orientais sobre o zodíaco, os planetas e as constelações. 

 Outros eruditos gregos como Epígenes de Bizâncio, Apolônio de Mindus e Artemidoro de Parium também diziam ser discípulos dos caldeus, tendo estudado em suas escolas sacerdotais. Um provável astrólogo da Babilônia, Sudines, trabalhou para o rei Atalus I, rei de Pérgamo, para quem fazia adivinhações por volta do ano 238 a.C. Como vimos no segmento anterior, no começo do período helenista (pós-Alexandre), muitos gregos foram à Babilônia para aprender astrologia e astronomia. É quando tem início um intenso intercâmbio entre essas duas culturas, e a astrologia passa a atrair a atenção dos gregos. 

 O Egito Helenista 

 O período helenista, no Egito, começa com o domínio grego em 331 a.C. e vai até o século VI d.C., já sob o controle dos romanos. As conquistas de Alexandre levam a filosofia, a ciência e a arte dos gregos a todas as partes do império. A cidade de Alexandria torna-se o grande pólo cultural da época, onde a cultura grega se mistura com a dos egípcios, babilônios, persas, judeus, gerando resultados interessantes e profícuos. Graças a essa combinação ocorrem novas especulações filosóficas, avanços científicos e o surgimento do hermetismo, em cujo contexto se desenvolvem a magia, a alquimia e também a astrologia. Aqui nasce a astrologia tal como a conhecemos hoje, ou pelo menos a sua estrutura e técnicas principais. 

É difícil, no entanto, saber o que é autenticamente egípcio e o que já existia na Babilônia, especialmente nas escolas de astrologia daquela região. Vimos que, no século IV a.C., os babilônios já faziam mapas natais com os planetas posicionados em graus do zodíaco. É até possível que já então usassem o Ascendente. O que nos interessa nesta fase, digamos, grega da astrologia – pois já incluía contribuições gregas à ciência dos astros – é justamente o tema deste nosso artigo: os decanatos. 

 Os decanatos - Astronomicamente, o zodíaco babilônico era um círculo dividido em doze partes iguais, os chamados signos zodiacais, cada um com 30 graus de arco, perfazendo um total de 360 graus. Correspondia a uma representação esquemática da eclíptica, onde eram projetadas as órbitas dos planetas, do Sol e da Lua, e também de algumas estrelas. Para os que adotavam a teoria geocêntrica, todos esses corpos celestes giravam em torno da Terra. Ora, não satisfeitos com essa divisão dodecatenária, e lembremos que já na Babilônia houve uma experiência de subdivisão de cada signo em mais doze partes iguais, ao que tudo indica os astrólogos helenistas aplicaram o sistema dos antigos decanos egípcios ao zodíaco. 

Como eram 36 constelações decanais, que se distribuíam num período de 360 dias, cada uma tinha a duração de 10 dias. No círculo, isso equivale exatamente a 10 graus de arco. Não foi necessário, portanto, um grande salto de imaginação para enxertar em cada signo do zodíaco três decanos. E assim chegamos àquilo que posteriormente passou a ser chamado de decanato. A cada decano egípcio estava associada, tradicionalmente, uma divindade, que passaria a presidir e influenciar aqueles 10 graus. Este era um dado importante em atividades que combinavam magia e astrologia. Fragmentos de dois textos muito importantes destacam-se pela sua antiguidade. Provavelmente devem estar entre os primeiros manuais de astrologia produzidos no Egito helenista e que revelam uma evolução das técnicas puramente babilônicas. Ambos talvez tenham sido escritos no século II ou III a.C. São eles o Salmeschiniaka e o livro de Nechepso-Petosiris. 

O primeiro, que é citado pelo segundo, e portanto o antecede, aborda o tema dos decanos egípcios. Robert Schmidt cita o que seria um trecho do Salmeschiniaka mencionado por Hefaísto de Tebas: “Os decanos devem ser examinados, visto que o primeiro do Horoskopos trata do nascimento; o 28° do Horoskopos, que culmina cedo, trata da subsistência; o 25°, que culmina ao meio-dia, trata da doença; o 9°, que nasce tarde no leste, trata dos ferimentos; o 17°, que nasce no oeste, trata do casamento e da esposa; o 8°, o portal de Hades, trata dos filhos; aquele no [pivô] subterrâneo trata da morte.” Fica evidente nesta passagem que os decanos funcionavam de modo análogo ao que seriam futuramente as Casas Terrestres. 

O Salmeschiniaka também trabalha com idéias babilônicas ao apresentar uma divisão baseada em intervalos de cinco dias, que configuram 72 imagens, e ao citar o deus babilônico Nebu. Estas 72 imagens também coincide com a divisão que faz a Cabala dos anjos que tem nomes derivados do nome de Deus. O outro texto, os fragmentos do livro de Nechepso-Petosiris, é, sem dúvida, bem mais relevante e influenciou muitos autores, como Hefaísto de Tebas, Vettius Vallens e Firmicus Maternus, que freqüentemente fazem uso de seu conteúdo. Nechepso foi um rei egípcio que viveu por volta de 600 a.C. e Petosiris, provavelmente um sacerdote de Thoth que teria vivido no final do século III a.C. 

A autoria certamente é apócrifa, aproveitando-se talvez da autoridade desses personagens, que segundo a tradição eram iniciados nos mistérios de Hermes Trismegisto, a quem se atribuíam conhecimentos esotéricos sobre metafísica, magia, alquimia e astrologia. Daí veio à palavra hermetismo, que diz respeito à doutrina de Hermes, ou Hermes-Thoth, de muito prestígio na época do Egito dos Lágidas e futuramente entre os europeus do Renascimento. 

 Esses fragmentos introduzem presságios a respeito de eclipses e cometas, semelhantes àqueles formulados na Babilônia, previsões baseadas no nascer helíaco de Sírius, a questão da data da concepção e o cálculo da Parte da Fortuna, também usada para computar a duração da vida; mencionam ainda visões em que Nechepso, orientado por Petosiris, recebe conhecimentos astrológicos, incluem um tratado sobre astrologia botânica e médica, além de discorrer sobre decanos e numerologia. 

 Os fragmentos de Nechepso-Petosiris parecem sintetizar em si a freqüente alusão que astrólogos e autores helenistas faziam aos “antigos egípcios” e à sabedoria de Hermes. Na verdade, tal referência configura os sacerdotes egípcios helenizados, versados em astrologia e hermetismo, mas que mesmo antes de Alexandre já vinham recebendo, talvez através dos persas, informações sobre a astronomia e a astrologia da Babilônia. A palavra “antigos” aqui é enganosa, pois nada tem a ver com o Egito antigo faraônico, embora alguns elementos da astrologia hermética fossem de fato nativos. 

 Os decanos aparecem constantemente na literatura hermética. Assim como na antiga mitologia egípcia, estão sempre associados a divindades estelares. Uma imagem bem viva do zodíaco de 12 signos circundado pelos 36 decanos é a do célebre zodíaco egípcio do Templo de Hathor, em Denderah, provavelmente elaborado no século I d.C. Quase todos os autores da época utilizavam os decanos ou citavam essa técnica, que como vimos fazia parte de uma tradição. Interessante notar que Cláudio Ptolomeu, o grande astrólogo e astrônomo de Alexandria, sequer a menciona em seu Tetrabiblos, obra que se tornaria uma verdadeira bíblia da astrologia ocidental. Mesmo sem a intenção de comparar a obra de Ptolomeu com a de outros astrólogos contemporâneos, mas essa omissão talvez revele um grau de independência típico de uma pessoa com senso crítico apurado. 

 Astrólogos como os autores dos textos atribuídos a Nechepso e Petosiris (sec I/II a.C.), Marcus Manilius (10 d.C.), Doroteu de Sidon (50 d.C.), Firmicus Maternus (337 d.C.), Paulus Alexandrinus (~ 378 d.C.), Hefaísto de Tebas (~ 380 d.C.) e o(s) autor(es) do Livro de Hermes (Liber Hermetis, sec V d.C.)., todos utilizavam o sistema dos decanos, ou decanatos, como passariam a ser conhecidos futuramente. Sabemos também que os textos de Nechepso-Petosiris foram fundamentais para disseminar a divisão decânica na interpretação de mapas astrológicos. 

Desconhecemos, porém, qualquer obra anterior que já incluísse os decanos no zodíaco. Na Astronomica de Manilius, cada signo é dividido em três decanos, e cada decano, por sua vez, está associado a um signo, na seqüência natural do zodíaco. Os três primeiros decanos de Áries têm a natureza de Áries, Touro e Gêmeos; os de Touro são Câncer, Leão e Virgem; os de Gêmeos, Libra, Escorpião e Sagitário; e assim por diante. A distribuição de Manilius é diferente da de outros autores. (Nestes, os decanos estão ligados aos planetas, seguindo a ordem: Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua). 

O primeiro decano de Áries, no entanto, pertence a Marte, e daí continua com Sol e Vênus, e depois Mercúrio, Lua e Saturno para os três decanos de Touro. Mas nenhum signo tem o controle exclusivo sobre si mesmo: todos compartilham sua natureza com certos signos em partes iguais, e, por assim dizer, num espírito de hospitalidade, formam uma fraternidade celeste e cedem suas partes constituintes para custódia de outros signos. Este aspecto de nossa arte os gregos denominaram sistema de decanos. Em Mathesis, o astrólogo romano Firmicus Maternus afirma que a efetividade dos decanos, ou seja, sua influência, não se estende ao signo inteiro, mas apenas a certos graus, que ele chama de ocupados, ao contrário dos graus vazios, onde não operam os poderes de nenhum decano. 

Quanto mais planetas, e também o Ascendente e o Meio-do-Céu, nesses graus ocupados, e, portanto sob a ação de decanos, melhor será a vida de uma pessoa. Maternus revela também que Nechepso utilizava os decanos para prever doenças e aflições, conhecendo a relação entre aqueles e as diversas enfermidades. No Livro de Hermes (Liber Hermetis), escrito provavelmente no século V d.C., mas cujo conteúdo é bem mais antigo, encontramos mais uma vez os decanos associados a certas doenças e mesmo a partes do corpo. São idéias de origem egípcia, de um passado remoto, pré-helenista, que misturam magia, constelações e divindades decanais com a astrologia zodiacal greco-babilônica. [...] o 3° decano de Gêmeos produz dores musculares; o 1° decano de Câncer, doenças das artérias; o 2° rege o pulmão; o 3° produz males cardíacos; o 1° decano de Leão rege o estômago; o 2° é causa de obstruções [de vasos?] e de abscessos; o 3°produz a diafrixis (?) do ventre; o 1° decano de Virgem, os males do ventre; o 2° rege o fígado; o 3°, o baço... 

 Outro exemplo extraído da literatura hermética são os Discursos de Hermes a Tat, que fazem parte da Anthologium, de Estobeu, uma compilação de autores gregos, entre os quais textos atribuídos ao lendário Hermes Trismegisto, elaborada no século V. No Excerto VI dessa obra, Hermes explica á seu filho Tat o que são os 36 decanos: Eu lhe disse, meu filho, que há um corpo que envolve todas as coisas. Tu deves conceber sua forma como sendo circular, pois tal é a forma do universo. [...] E entende que abaixo do círculo desse corpo estão os trinta e seis Decanos, entre o círculo do universo e o do zodíaco, separando um círculo do outro; eles sustentam, por assim dizer, o círculo do universo, e estão acima do zodíaco. Em outra obra da tradição hermética, o Asclépio, há também referência aos decanos. Mais uma vez é Hermes Trismegisto quem passa ensinamento, agora para o discípulo Asclépio. 

 O ousiarches do céu... É Júpiter, pois, através do céu, Júpiter concede a vida a todas as criaturas. A luz é o ousiarches do sol, pois a bênção da luz derrama-se sobre nós através do orbe do sol. As trinta e seis (o termo é “horóscopos”), as estrelas sempre fixas no mesmo lugar, têm como regente ou ousiarches aquele cujo nome é Pantomorphos ou Omnimorfo, que constrói várias formas dentro de várias classes. Numa interpretação relativamente recente sobre o enigmático significado dos desenhos da famosa Tazza Farnese, uma sofisticada taça de libação feita de sardônica, presumivelmente originária de uma corte alexandrina do século I a.C., Dwyer identifica nessa extraordinária obra de arte correspondências entre planetas, constelações, zodíaco e decanos. Segundo este autor, as figuras que aparecem no interior da taça representam uma alegoria da criação de acordo com o tratado hermético Poimandres, o Livro I do Corpus Hermeticum. 

13/06/2008

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