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sábado, 30 de janeiro de 2010

A Umbanda é simples e fascinante ao mesmo tempo



A Umbanda mostra que não são necessárias palavras bonitas, rebuscadas e intransponíveis à compreensão comum para um espírito ser considerado evoluído. O que conta e, lamentavelmente é esquecido, é o trabalho que o guia exerce; seu carinho, compreensão e humildade no trato com os que necessitam; as palavras simples que saem de sua boca dando o consolo e o apoio ao desesperado; sua força e energia ao curar os doentes; sua sabedoria no trato das magias e na quebra dos trabalhos de magia negra. A Umbanda é até a última pessoa sair do terreiro, é trabalho, é dedicação, é pé no chão, é suor, é paz, é amor, é luta, é anonimato, é ver a luz onde os outros só vêem as trevas, é ensinar, é se importar com o outro, é ser discriminado, é ter paciência, é sacrifício, é sacerdócio dos mais difíceis e o mais bonito que existe.

O ser humano, como todos os seres, é constituído por elementos coletivos, representações deslocadas das Entidades genitores, místicas ou divinas e ancestrais ou antepassadas, e por uma combinação de elementos que constituem sua especificidade, ou seja, sua unidade individual. O corpo é um pedaço de barro modelado, uma forma rudimentar, uma cabaça ou uma vasilha de barro que o representa. Depois da morte, o corpo deve ser posto na terra para que sua matéria prima volte à massa de onde ela foi separada para ser modelada.

O retorno ao Ígbánlá é obrigatório, e o contrário constitui uma grave infração para os membros do Eglé com possíveis sanções e distúrbios para o espírito. O corpo é constituído de duas partes inseparáveis, o Ori ( cabeça ) e o àperé, seu suporte. Para que um corpo adquira existência, deve receber e conter o "emi " princípio da existência genérica, elemento original soprado por Olorum, o dispensador de existência, Eléèmi, o ar e massa, a proto-matéria do universo. A respiração, elemento essencial que diferencia um ára-àiyé de um ará-Òrún.

Cada elemento constituído do ser humano, é derivado de uma Entidade de origem que lhe transmitem suas propriedades materiais e seu significado simbólico. Essas Entidades de origem existência genérica ou "matérias - massas", ancestrais divinos ou familiares, são os símbolos coletivos místicos dos quais partes individualizadas se desprendem para constituir os elementos de um indivíduo. Esses elementos possuem dupla existência: Enquanto uma parte reside no Òrún, a outra parte reside no indivíduo, em regiões particulares do seu corpo, ou em estreito contato com ele.

A cabeça Orí-àpéré, com suporte, são modelados com porções de substâncias-massas progenitoras, mas o interior, o Orí-inú, é único e representa uma combinação de elementos intimamente ligados ao destino pessoal. É esse conteúdo, o orí inú que expressa a existência individualizada. O doublê do ori, residindo no Òrún, é, pois, o doublê da existência individualizada de cada pessoa. Se por um lado o Orí-inú do Aiyé reside no corpo, na cabeça de cada indivíduo, sua contra parte, o orí-`'orún é simbolizado materialmente e venerado. Durante as cerimônias de borí ( = bo+orí = adorar cabeça ) ele é invocado e os sacrifícios são oferecidos ao orí-inú, sobre a cabeça da pessoa, e a Igbá - ori cabaça simbólica que representa sua contra parte no Òrún. Cada Orí é modelado no Òrún e sua matéria mística progenitora varia.

A porção de matéria extraída da "matéria - massa progenitora com a qual é modelada cada cabeça constitui o Ìpòre da pessoa”. Esse contato é muito importante porque estabelece uma série de relações entre o indivíduo e sua matéria de origem mística. Determinará o Orixá que o indivíduo deverá adorar; Ele estabelecerá suas possibilidades de escolha e indicará suas proibições, os èwò, particularmente em matéria de alimentação. "ORÍ CRIA CADA UM DE NÓS, NINGUÉM PODE CRIAR ORÍ. ORIXÁ PODE MUDAR QUALQUER UM NA TERRA, NINGUÉM PODE MUDAR ORIXÁ " Oriki de Ifá.

O Orixá apara uma porção de palmeira para criar alguém. As pessoas dessa espécie, criadas a partes da palmeira, quando nascem (quando vêm para o Àiyé) deverão venerar Ifá. O Orixá pega um fragmento de pedra para criar uma outra espécie de pessoa. Quando esta nasce deverá adorar Ògún a ponto dele ser seu Olúwarè, seu Senhor do mundo. Da porção de lama cria outra espécie de pessoa. Essa não deve ser mentirosa, porque Ògbóni e Ifá wa Òró Malé, são seus progenitores e serão seus protetores no Àiyé e constituirão seu Òke Ipòri = símbolo individual do progenitor místico. O Orixá pega uma porção de água para criar uma outra espécie de pessoa. Oxum, Yemanjá, Erinlé, Ajé, Olókum, constituirão seu Òké Ipóri.

O Orixá serve-se da brisa para criar uma outra espécie de pessoa . Isto quer dizer que Òranfe, Oyá, Xangô, constituem o Òké Ipóri a esta espécie de pessoa. Ajalá é um Orixá antigo que Olodumaré colocou no Óri para modelar todas as cabeças e pô-las no Àiyé. Todos os odús que com Osé-túwá são 16, trabalham com Ajalá em modelar Orí todos os dias. A porção retirada no qual todo Orí é modelado é o Egúm Ipóri ( matéria ancestral).

Cada um deve venerar sua matéria Ancestral para prosperar no Mundo e para que ela venha ser seu guardião. A espécie de material com o qual são modelados os Orís individuais indicará que tipo de trabalho é mais conveniente proporcionando satisfação e permitindo a cada uma alcançar a prosperidade. Indica também as interdições - ewo - àquilo que lhe é proibido comer, por causa do elemento com o qual seu Orí foi criado. Não se pode comer do mesmo corpo do qual sua cabeça foi feita, para que as pessoas não venham a enlouquecer, não se matem ou não viva uma existência miserável.

Com efeito, Orixalá e Ijalá são assistidos pelos 16 odús - se quando modelam os Orís. A tradição quer que cada ser criado no momento de escolher seu Orí, escolha seu odú, o signo que regula seu dever com o qual nasce cada ser no Àiyé. A entrada de cada um na vida depende de se ajoelhar e escolher; isto é, crê-se que antes do nascimento, o homem se ajoelha diante de Deus e escolhe sua sorte na vida. "Nao haverá uma religião única para todos os homens, mas sim tantas religiões quantos forem os homens." (Vivekananda).

Não é incomum deparar-nos com este assunto dentro dos Terreiros, grupos de debates e em centenas de site falando sobre Umbanda. Alguns inclusive já escreveram obras "definitivas" sobre o tema, apresentando "códigos", cartilhas, "bíblias" que vendem como "pão quente", sendo que a maioria destes títulos encontra-se esgotados. Um bom negócio para as editoras e os autores, mesmo em um país que tem um dos menores índices de venda de livros "per capita" do mundo. Mas, além de melhorar a vida financeira de alguns, tantas obras com as mais variadas teorias, fatos "históricos" em relação à Umbanda, deturpações e outras tantas invencionices que alguns juram ter sido reveladas por um "Orixá" ou "Entidade de altíssima elevação", vem tentando fazer o impossível, ou seja, criar um padrão ritualístico, doutrinário, enfim, litúrgico para a Umbanda. Seria mais fácil matar uma legião de Cérberos. A ritualística não é o que se geralmente se julga ser.

Todos os Umbandistas sabem que isto é apenas o símbolo exterior da obra interna. Milhares de homens e mulheres de boas qualidades tomam a letra do Espírito e é nesse modo de agir que começa o seu engano. Nada de novo pode suceder a Umbanda, porém há, nela, uma vasta soma de Verdades que a maioria nada sabe. E é por esta razão que se apegam mais aos aspectos externos da religião do que aos aspectos internos, espirituais.

Os quais nos levam realmente aos objetivos que a Espiritualidade Superior realmente quer que alcancemos. Os Rituais da Umbanda, independente da linha doutrinária que sigam, são baseados em uma Lei natural: "A Iniciação e a Regeneração são termos sinônimos". A simples inculcação de princípios morais ou as lições de moral, e sua ilustração simbólica e representação, não são coisas vãs. Elas despertam a consciência e o sentimento moral de todo homem, e nenhum ser humano perdeu suas boas qualidades por seguir este ou aquele Ritual, desde que seu objetivo esteja em sintonia com a Espiritualidade Superior.

A cerimônia exterior é morta e de utilidade apenas como símbolo e ilustração, esclarecendo assim a mudança interna. Transformar significa "regenerar", e isso se dá por provas, por esforço, pela desilusão, pelo insucesso, e uma renovação diária da luta. É assim que o Umbandista deve, a meu ver, buscar uma "codificação", um caminho comum a todos. A consumação do Ritual e da doutrina é o encontro com o Sagrado e não uma questão de didática. Mas é muito importante que se ensine aos menos esclarecidos a doutrina como ela realmente se apresenta em sua parte ritualística.

Não sabemos uma coisa porque a dizem a nós. Que os Orixás gritem continuamente a Verdade de todos os tempos nos ouvidos do tolo, ele continuará sempre preso à tolice. Aqui está a concepção e a base essencial de toda a ritualística. É o conhecimento, desenvolvido gradualmente, de um modo ordenado e sistemático, passo a passo, à proporção que a capacidade de aprender se abre ao Adepto. O resultado não é uma posse, mas sim um crescimento, uma evolução.
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador

Na busca espiritual, prudência é fundamental!



Na Umbanda, em que a Magia permeia todos os seus atos litúrgicos e rituais, também precisamos ter o cuidado com aqueles que, teimam de forma reducionista, colocar a Magia como objetivo e fim e não como meio ou ferramenta. Podemos exprimir "MAGIA como a MANIPULAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO DA ENERGIA nos vários planos em que ela se manifesta. É por isso que a Magia é a MÃE DE TODAS AS CIÊNCIAS, pois toda ciência estuda as transformações das energias aplicadas a fatores e utilidades várias, alem disso ela foi a primeira a se manifestar no primeiro instante da criação. É também a SABEDORIA INTEGRAL; a ARTE SAGRADA; a ARTE DO MAGO, pois ele sabe como aplicar sua vontade sobre as várias potências, fazendo as mesmas atuarem sobre as transformações da energia de plano a plano, visando é claro atingir um objetivo. Mais objetivamente, diremos que MAGIA é uma concentradora, condensadora de energias que, ao detonar (mudar de plano) libera energia capaz de alcançar o objetivo visado. Isto é feito através das próprias LINHAS DE FORÇA, constituintes de todas as "matérias" mais sutis, sendo que suas condensações formam os estados mais densos, como suas dissociações formam os elementos mais sutis ou menos densos".

Desta forma, a Magia é arte e ciência sob o seu aspecto puramente energético, tendo como função original precípua, servir de instrumento e ferramenta das realizações de um Mago. Chegamos então ao cerne da questão, o Mago. Ninguém alcança essa condição sem ter evoluído espiritualmente. A condição de Mago representa um estágio evolutivo em que o ser humano descerrou definitivamente os véus de Maya, alcançou o autoconhecimento e conseguiu realizar em si a convergência do exterior com o interior.

O Mago é um SER INTEGRAL na mais profunda acepção da palavra. Por isso, caros irmãos, é que enfaticamente afirmo que não se chega ao Grau de Mago através de cursos de fim-de-semana ou modulares de pequenas e longa duração, workshops e seminários. No entanto eles podem colaborar para que achemos nossas potencialidades, descubramos nossos dons e talentos. Foi assim que inicie me busca no caminho do taro. Num tempo em que eu andava desnorteado e confuso fiz um curso de fim de semana e aqui estou eu.

Com mais de quinze anos de experiência e pesquisas estudando uma arte que eu amo. Assim como não alcançamos a perfeição evolucional apenas por lermos livros espirituais, sermos adeptos fervorosos e disciplinados de uma religião etc., mas pra que sabe tirar proveito e é disciplinado e prudente consegue achar muitos conhecimentos importantes. Se faz necessário que tenhamos alcançado a auto-realização, e isto somente é possível após milenares vivências e experiências de aprendizado, não rara vezes necessitando de uma grande quantidade de reencarnações para se atingir essa meta. No entanto nos nascemos pra cumprir missões e metas nesta vida. por isso temos que aprender algo aqui e agora. Por isso o Mestre nos disse: “Quem tem ouvidos ouça”. Isso quer dizer que temos que estar atentos a todo instante.

O verdadeiro mago é aquele que sabe acumular conhecimentos e que não perde tempo nem vacila em instante algum. Logo é imprescindível que antes de galgarmos a escalada na busca do Grau de Mago, busquemos perenemente resolver os nossos conflitos mais emergentes. Estamos em plena vigência do terceiro milênio, vivendo momentos difíceis com várias cisões no âmbito social, cultural, político e econômico, demonstrando que a Humanidade, em sua maior parte, demora-se em valores fundamentalmente materiais e temporais (ilusão), distanciada dos valores espirituais e atemporais (Realidade). Estas cisões são provocadas, sobretudo pela dissociação que existe em nosso interior, consubstanciada na fragmentação da gnose humana nos quatro pilares do conhecimento, Ciência, Filosofia, Religião e Arte.

Em cada um destes quatro setores da gnose humana encontramos uma porta que pode nos levar ao encontro da Origem, o religare telefinalístico com o Sagrado que, por sua vez, encontra-se por dentro e acima desses pilares do Conhecimento Humano. O Movimento Umbandista do Brasil e do mundo, trabalha abertamente para que os consciências da coletividade planetária se abram definitivamente para essência, através das semelhanças, que propiciam a convergência consonante, deixando de lado a forma, dissonante pelas fronteiras das diferenças. Mas nem todos têm esse interesse e se deixam levar pela ganância, egoísmo e egocentrismo desenfreado. Por isso aqueles que têm um auto-grau de consciência não percam tempo e busquem fazer algo por nossos irmãos de fé, como eu estou fazendo agora: repartindo conhecimentos.


Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador

OS M I S T É R I O S F E M I N I N O S






O Vaso da Transformação só pode ser efetuado pela mulher, porque ela tem um poder em seu corpo o qual corresponde ao da Grande Deusa, é o caldeirão da encarnação, nascimento e renascimento. E é por isso que o caldeirão mágico está sempre nas mãos de uma figura humana feminina, a sacerdotisa e a bruxa. Mas o homem também pode dominar parte desse poder, pois sem a dualidade a vida não opera. O feto não é gerado somente com o óvulo da mulher, antes precisa haver a fecundação pelo espermatozóide revelando a gênese da vida.

A Wicca é, entre outras coisas, essencialmente um culto lunar no qual residem os Mistérios Femininos da Antiga Europa. Os Mistérios Femininos podem ser divididos em três categorias principais: os Mistérios das Tríades, os Mistérios do Sangue e os Mistérios Obscuros. Cada um deles contém em si outros aspectos relativos dos mitos associados nos quais residem. Já o culto masculino que completa os 7 mistérios da Arvore da Vida podem ser divididos em quatro categorias principais: os quatro pilares que são as bases de toda ciência. Esses tão divulgados por todas as ciências místicas e esotéricas que conhecemos hoje.

Os Mistérios das Tríades Femininas são compostos dos seguintes aspectos: Preservação, Formação e Transformação. Estes se relacionam aos mistérios mundanos, segundo os quais as mulheres tradicionalmente exercem domínio sobre o lar, a mesa e a cama. Em tempos longínquos, os símbolos do poder de uma mulher estavam ligados a essas facetas da vida humana. A vassoura, o caldeirão, a lareira e o travesseiro eram símbolos de seu reinado doméstico. Em tempos antigos, as mulheres eram honradas por seu dom de alimentar a família - o lar era um local de estabilidade e tranqüilidade.

As mulheres controlavam, direta ou indiretamente, todas as facetas da vida familiar e exerciam papel vital na comunidade. Os Mistérios do Sangue (Consagração do Ventre) associam-se aos ensinamentos e ritos ligados à menstruação, ao renascimento dentro do mesmo clã e à magia sexual. Todos são conceitos extremamente antigos, que se originaram ao menos na Era Neolítica. Os Mistérios do Sangue são em sua maior parte exclusivos às mulheres e serviam para elevá-las na antiga estrutura dos clãs.

O poder inerente a esses mistérios levava os homens a uma posição de anuência dentro dos primitivos cultos matrifocais. Dessa Tradição Misteriosa surgiu o clero matriarcal da Wicca. Mas outros cultos iluminados entre os povos celtas observaram-se através de grandes magos e mestres que sem a dualidade a magia não operava completa. Assim a figura masculina foi inserida em cultos profundos, iluminados e verdadeiros. Por isso a imagem de um deus e uma deusa era muito comum como vemos hoje em baralhos de bruxas.

Os Mistérios Obscuros envolvem elementos de natureza oculta. Sob essa categoria temos coisas como magia lunar, culto de Diana, de Hécate e de Perséfone, morte e renascimento, magia dos sonhos e, geralmente, elementos do "Outro Mundo". Esse é um dos mais perigosos, e talvez mais poderosos, aspectos dos mistérios. Sem dúvida, o poder pessoal resultante do domínio dessa tradição é à base do medo em relação às bruxas durante o período da Inquisição.

Essa manipulação de forças ocultas perigosas é que resultou em sérios desequilíbrios ainda observados hoje no planeta. Muitos demônios foram evocados e invocados. Muitos deles fortes e violentos que causaram loucura, violência e desgraça a muita gente. Nesse tempo também muitos contribuíram na criação de muitas Pombagiras sanguinárias e dominadoras desenvolvendo uma total desarmonia na feminilidade até mesmo trazendo choques com as Correntes do Astral Superior.

Pela ação dos Magos Braços do Astral, muitos espíritos foram capturados e presos, mas muitos conseguiram escaparem ajudados pela energia de adoradores ambiciosos e sem caráter. A Tradição dos Mistérios Femininos surgiu do fato de que as mulheres primitivas viam a si mesmas como um mistério. Havia uma necessidade de compreender coisas como o sangue menstrual, a gravidez e o parto. Esses elementos separavam claramente as mulheres dos homens, cujos corpos não apresentavam tais poderes.

Para os humanos primitivos, certamente havia uma forma mágica em ação, e aparentemente ela só atuava sobre as mulheres do clã. Tal mentalidade resultou na elevação do status das mulheres e estabeleceu um sentimento de reverência entre os homens. Até aqui nada de mal. Mas o uso, abuso e contato com forças das trevas descontroladas, desequilibraram o carma e trouxe muita dor e morte. Originalmente, o clã funcionava como um grupo de indivíduos, uma consciência coletiva. Durante esse período, os Mistérios Femininos consistiam principalmente de ritos da fertilidade que envolvia o clã como um todo.

A alteração da consciência pela qual o indivíduo (bem como as relações entre indivíduos) era importante evoluiu gradualmente, dando origem a vários cultos interiores. Esses cultos eram extensões dos mistérios regidos pelas mulheres. Dessa nova estrutura, surgiram regras acerca das relações sexuais e da menstruação. As mulheres foram as primeiras a perceber a ligação entre o ato sexual e a concepção. As iniciadas aprendiam como evitar a concepção juntamente com os segredos da magia do amor.

Com o passar do tempo, os indivíduos passaram a se destacar por suas habilidades especiais ou qualidades exclusivas. A mudança fica bem evidente no culto do caçador-guerreiro dos Mistérios Masculinos, em que o mais valente e o mais forte possuía papel especial. Entre as mulheres, isso se desenvolveu mais na forma de práticas xamânicas. Certos indivíduos apresentavam uma singular afinidade com o mundo natural das plantas e dos animais, e possuíam alto grau de habilidades mágicas e psíquicas. Esses indivíduos, então, se transformaram em facilitadores dos ritos tribais, alguns secretos, outros públicos.

Nesse tempo tudo era acompanhado pelos Senhores da Natureza e a ajuda dos Orixás dava cada vez mais controle sobre a Magia Criadora. Pois sabemos que o sexo bem desenvolvido e sem amarras libera a energia das pessoas, as tornam-se mais felizes e realizadas. Mas com o envolvimento de muitas pessoas ambiciosas com a Baixa Magia descontrolou tudo. Transformou sexo elevado e sagrado em Luxuria; amor em obsessão e carinho virou ciúme descontrolado. Para o verdadeiro mago o principal dever é controlar os desejos e evoluir cada vez mais no caminho da prudência.

Como tal não é fugindo desses desejos que iremos dominá-los, pois só conhecendo as causas podemos decifrar os efeitos. Por isso assumir os nossos desejos é fundamental. Para que conheçamos e os dominemos com equilíbrio e seleção. Muitos reprimem a sexualidade e sofrem muito por isso. Assim muitas mulheres que poderiam ser boas mães se tornam em simples lésbicas sem vontade de procriar ou homens que poderiam ser bons pais cumprindo a missão Divina de multiplicar a raça humana tornam-se gays.

Muitas mocinhas que ao longo da historia tiveram a vida ditada por seus pais e foi colocada em conventos a força. À noite ardiam de desejo só por ter visto um rapaz pela janela. E depois de dias sonhando com a figura de homens nus começavam a se masturbar chegando até a atingir um orgasmo gostoso acaricida o clitóris. E só por atingirem esse orgasmo “inventado” já acordavam mais alegres e felizes. Pois não tenha duvida o sexo faz bem ao corpo e a alma. Desde que seja feito com respeito a nós e aos outros, ou ao menos dentro de nossos padrões e limites.

OS MISTÉRIOS DAS TRÍADES



A transformação de tribos de coletores-caçadores em comunidades agrícolas, foi um processo instituído pelas mulheres. Elas cuidavam do fogo e preparavam as refeições; eram o centro da própria vida. Eram, também, fundamentais à construção e manutenção de abrigos; eram tecelãs, atando e unindo, criando tramas para os telhados e outras partes essenciais da casa. Também criavam vasos para armazenar alimentos e transportar água.

Durante períodos nos quais os alimentos eram menos abundantes, as mulheres controlavam a utilização das provisões ao ocultar o alimento em silos de armazenamento subterrâneo. Os homens, geralmente envolvidos em caçadas, defesa contra inimigos da tribo ou executando trabalhos braçais, não tinham ciência das atividades das mulheres. Foi dessa prática de ocultar os alimentos que as mulheres aprenderam sobre os ciclos da vida vegetal. Tubérculos e diversos grãos enterrados no solo começaram a brotar ou se enraizar, possibilitando às mulheres a primeira observação do cultivo.

Habilidade em transformar barro em cerâmica e sementes em plantas foi à base para os Mistérios da Transformação. Deles evoluiu o conhecimento do preparo de poções herbais ou bebidas intoxicantes. Tais descobertas e associações estimularam a mente das mulheres e elas desenvolveram uma consciência diferente da dos homens. As mulheres passaram a pensar em níveis mais expansivos, rompendo com as barreiras do pensamento primitivo.

Os homens estavam mais concentrados nas ligações imediatas; o rastro recente de um animal significando que estava por perto, à distância a que uma lança podia ser atirada, e assim por diante. Isso estimulou diferentes modos de consciência para os homens, e eles evoluíram por um caminho mental diferente do das mulheres. Cada uma dessas mentalidades era necessária para o bem-estar do clã; sem esse equilíbrio, muito provavelmente não estaríamos aqui hoje. O fato de que as mulheres eram, geralmente, responsáveis pelas crianças do clã, significava que elas permaneciam próximas à aldeia.

A aldeia era relativamente mais segura do que a vastidão onde o perigo dos animais selvagens e dos intrusos nômades constituía uma ameaça real. Fora desse cenário, as mulheres naturalmente iniciaram a formação de sistemas sociais. Nos Mistérios da Formação, a estrutura social era matrilinear. Somente após o homem tomar ciência de seu papel na procriação, foi que esse sistema começou a se alterar. Entretanto, em algumas partes do mundo atual como na áfrica e na América do Sul, as sociedades matrilenares ainda existem.

As mulheres estabeleceram certos fatores sociais para controlar os naturalmente fortes desejos sexuais dos homens. Possivelmente as mulheres entravam em greves sexuais para forçar os homens a sair em caçada. Retornar com carne fresca, significava o fim da greve - uma troca de sexo por alimento. Para que os homens não se preocupassem com a possibilidade de os jovens desfrutarem de privilégios sexuais durante sua ausência, as mulheres criaram tabus quanto ao coito entre irmãos e irmãs, mães e filhos.

As mulheres também desenvolveram um relacionamento entre irmãos e irmãs, para que os interesses sexuais de outros machos que permanecessem na aldeia fosse inibido pelos irmãos das mulheres. Do mesmo modo como controlavam o fogo que cozinhava seus alimentos e transformava o barro, as mulheres também controlavam o fogo da natureza sexual do homem. Na verdade a mulher sempre foi sabia e só agiu sem sabedoria quando se envolveu com forças satânicas as quais ela não conseguiu controlar. Assim essa espécie de “prostituta do lar” perdeu o controle e se transformou em “prostituição profissional”.

No entanto até mesmo essa prostituição profissional que existe desde o começo da civilização teve personagens iluminadas ao longo da historia que souberam usar o sexo com o intuito somente de sobrevivência. Isso foi e ainda é possível pela ajuda de poderosas Magas do Astral como a Senhora Bombogira que sempre lutou pelas mulheres e pela manutenção da vida. No entanto outros magos negros poderosos infiltrados usaram da fraqueza de muitas sacerdotisas para espalhar o mal.

Assim, encontramos no antigo papel das mulheres, os mistérios da preservação, formação e transformação. Desse essencial papel, surgiram as tradições internas associadas a suas necessidades privadas e pessoais. O sistema de tabu foi originalmente criado pelas mulheres para se abster das exigências/necessidades da comunidade e, então, concentrar-se nos mistérios que as afligiam: menstruação, gravidez e parto.

OS MISTÉRIOS DO SANGUE



Os pigmeus BaMbuti, da floresta do Congo, referem-se à menstruação como "ser abençoada pela Lua". Não há, naquela cultura, nada de aparentemente negativo associado ao período da menstruação. O primeiro sangue menstrual é comemorado com uma festa chamada "elima", que envolve toda a aldeia. Após sua primeira menstruação, ser novamente abençoada pela lua no futuro é simplesmente visto como parte natural da vida da mulher, e não há nenhuma celebração posterior associada a isso.

Não existem tabus ligados ao período menstrual e isso, talvez, represente bem a antiga mentalidade não-judaico-cristã. O fluxo de sangue e seu cessar estão ambos intimamente ligados aos Mistérios Femininos. Menstruação, gravidez, parto e menopausa são aspectos do ciclo vital de todas as mulheres. O sangue, ou sua ausência, assinala naturalmente os estágios de transformação de uma mulher, desde a ruptura do hímen ao sangue do parto, ao fim dos sangramentos na menopausa.

Em tempos remotos, o modo como uma mulher usava sua guirlanda era um sinal externo de qual estágio de sua vida ela já havia alcançado. Os primitivos humanos que habitavam as florestas dormiam na copa das árvores sob o céu noturno. Os ciclos de luz da lua apropriadamente influenciavam os ciclos menstruais. Pesquisas indicam que, na maioria das mulheres, o ciclo menstrual começa durante a lua nova e ela ovulava por volta da lua cheia. Luisa Francia, em seu libro Dragon Time Magic and Mystery of Menstruation (Ash Tree, 1991), também afirma que as mulheres que vivem e dormem ao ar livre (longe das luzes artificiais) estão sintonizadas a esse ciclo. Algumas interessantes descobertas da biologia feminina apontadas por estudos.

Um estudo sobre a duração de 270.000 ciclos de mulheres, representando todas as idades da vida reprodutiva, revelou o seguinte: a mais alta percentagem simples das mulheres do estudo, menstruaram durante a lua nova. A segunda percentagem mais alta, menstruou durante a lua crescente e apenas 11,5% menstruou durante a lua cheia. Essa pesquisa também indica que a maioria das mulheres mostraram um ciclo menstrual de 29,5 dias. Esse ciclo apresentou-se também como o mais fértil. O estudo ainda trouxe à descoberta de que mulheres heterossexuais que praticavam sexo com regularidade semanal, possuíam ciclo mais intimamente ligado ao ciclo da lua do que mulheres cuja vida sexual era de natureza esporádica ou celibatária.

O estudo também indicou que os feromônios masculinos podem estar envolvidos no alinhamento do ciclo menstrual ao chamado ciclo "normal" que se inicia com a lua nova. Nos Mistérios Femininos, vemos que o sangue menstrual era mais do que o indicador do ciclo de fertilidade de uma mulher. A vagina era vista como um portal mágico através do qual a vida surgia de uma misteriosa fonte interna. O orgasmo produzido pela vagina no pênis do homem também é diferente dos orgasmo produzidos de outras maneiras. Este orgasmo é mais mágico e ligado aos portais da vida e da criação. Na religião matrifocal, era um portal tanto para a regeneração física como para a transformação espiritual. As mulheres estão mais sintonizadas à sua natureza psíquica durante a menstruação.

Uma vez que o fluxo de sangue menstrual tende a absorver energia, as mulheres estão mais aptas a curar os outros durante esse período. Assim, mulheres em menstruação podem absorver a energia dos outros e aterrá-la através de seu próprio sangramento físico. Uma vez que o sangue é lançado à terra, a energia é neutralizada e a cura pode ter início na pessoa adoentada. O sangue menstrual era, também, utilizado para fertilizar as sementes para o plantio, passando a essência da vida a elas.

Campos eram, por vezes, borrifados com uma mistura de água e sangue menstrual para estimular o crescimento. As sementes e plantas absorviam um pouco da energia antes que o solo neutralizasse a carga. Xamãs femininos também transferiam cargas mágicas aos campos cultivados através do sangue menstrual, criados para influenciar a mente grupal da comunidade que se alimentaria da colheita. Durante a Idade Média, as bruxas eram constantemente acusadas de enfeitiçar as plantações... Outra função do sangue menstrual era a de ungir os mortos. Acreditava-se que isso asseguraria seu renascimento, graças às propriedades vitalizantes do sangue que jorrava do próprio portal da vida.

Durante o Neolítico e o início da Idade do Bronze, na Antiga Europa, a região do Egeu testemunhou a criação de tumbas redondas com pequenas aberturas voltadas para o leste, na direção do sol nascente. Essas tumbas representavam o ventre da Deusa, e a abertura era a sua vagina. Vasos sagrados eram utilizados para coletar o sangue menstrual para ungir os mortos. Eram vasos da fertilidade, luz e transformação. Os mortos eram ungidos com sangue menstrual e posicionados no interior das tumbas.

A luz do sol nascente simbolizava a renovação e a regeneração, enquanto penetrava na abertura da tumba (o falo solar penetrando a vagina telúrica). Posteriormente, essas tumbas terrenas evoluíram na forma de montes, remanescentes do Culto aos Mortos. Como os ritos e cerimônias funerários pré-históricos incluíam atos sexuais. Tais atos visavam conectar a tumba à energia da procriação. Símbolos espirais eram constantemente gravados em tumbas neolíticas como sinais da regeneração. Também simbolizavam a transformação xamânica da consciência que empregava cogumelos alucinógenos.

Os cogumelos têm fama de afrodisíacos e sua semelhança com a genitália masculina ficava certamente evidente aos primitivos europeus. A rapidez com que os cogumelos crescem e desaparecem também contribuiu para sua associação com o falo. Assim, podemos facilmente associar as danças extáticas com os ritos funerários da magia do sangue. Nos Ensinamentos Misteriosos, a magia do sangue está ligada às fases da lua.

A lua cheia inicia a ovulação e simboliza os poderes de transformação da energia lunar (e, por conseqüência, da energia feminina). Por seu aspecto fértil no ciclo de uma mulher, a lua cheia é o período da mãe. Durante essa fase, é melhor formular e visualizar o que quer que seja desejável na vida de um indivíduo. As imagens mágicas lançam raízes durante essa fase, e o sangue é carregado com quaisquer formas de pensamentos que direcionamos a ele. A lua minguante põe em movimento o que foi concebido durante a lua cheia, para que se manifeste. É um período para estabelecer as conexões com o mundo físico, que irão auxiliar o fluxo de energia relacionada rumo aos desejos do indivíduo. A lua nova libera o sangue carregado do caldeirão mágico do ventre. A energia mágica é, então, usada e é tempo para reflexão e introspecção. A lua crescente é um período de potencialização, de leitura e estudos, preparando o solo fértil do ventre para a semente mágica que será plantada na lua cheia.

Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

O Tempo dos verdadeiros magos 1






Um mago nunca se atrasa, ele tem em sua natureza todos os sentidos conectados ao cosmo. Ele sai e chega a cada lugar na hora exata. Por isso ele aceita tudo o que lhe é imposto e quando age ao contrario vai buscar poder na Magia Negra passando assim a desobedecer as Forças da Natureza e as Hierarquias Superiores. Temos que nos conformar com o que a vida nos impõe e aceitar nosso destino. Eu aprendi ao longo de minha vida que não adianta “chorar pelo leite derramado”. Temos que aceitar nossa missão e lutar para evoluirmos e nos livramos do pesado jugo do carma. Um mago obedece aos parâmetros necessários e busca desenvolver seus conhecimentos observando a natureza e o ambiente a sua volta.

De onde tirou Moisés seus poderes? Com que força conseguiu desatar as dez pragas do Egito, segundo declara o Êxodo? Pois, foi aquele agente maravilhoso que lhe permitiu demonstrar sua sabedoria diante do faraó – a potência sexual. Aí está o poder dos poderes! Agora ficará explicado para vocês por que a Arca da Aliança tinha quatro cornos de bode. Esses quatro cornos serviam para representar os quatro homens que puderam levá-la de um lugar para outro. Essa arca em si mesma está representando o Lingam-Yoni da Lei. Aqui, pois, é onde está o poder e a força. Sem ela, para nada serviria o TAO dos profetas, de nada serviria o bastão dos Grandes Iniciados... O mercúrio já fecundado pelo enxofre, isto é, pelo fogo. Assim, pois, devemos compreender a necessidade de se elaborar o Mercúrio.

Os alquimistas da Idade Média guardaram silêncio sobre o segredo do Bode de Mendes. Quando na Idade Média, os iniciados neófitos eram levados à meia-noite às cavernas da Iniciação, nos santuários secretos, se lhes vendavam os olhos. Tirada a venda, encontrava-se o neófito diante do Bode de Mendes, o diabo, porém na testa dele resplandecia o pentagrama, a estrela flamígera, não à inversa, como a usam os tântricos negros, mas com o ângulo superior para cima e os dois ângulos inferiores para baixo. Então, se ordenava ao neófito que beijasse o traseiro do diabo. Se se negasse, punham-lhe novamente a venda nos olhos e o tiravam por uma porta escondida por onde jamais poderia entrar. Lá, os irmãos o advertiam sobre os perigos da Santa Inquisição e sobre aquela pedra cúbica, onde estava sentado o diabo.

De uma porta, saía uma Ísis do templo... Precisa-se ser suficientemente inteligente para dar-se conta do profundo significado da cerimônia. De fato, entregava-se ao trabalho na Grande Obra. O fundamental, meus queridos irmãos, é fazer a Grande Obra. Para que serviria se nos tornássemos eruditos, se não fizéssemos a Grande Obra? É óbvio que no começo devemos fabricar o mercúrio. O segredo da elaboração do mercúrio nunca foi revelado por ninguém e vocês sabem disso. No arcano AZF está a chave. Com que objetivo preparamos o mercúrio? Para que? Para fazer a Grande Obra, é claro. Devemos transmutar na Sahaja Maithuna. Porém, essa energia em si mesma já é um mercúrio, a alma metálica do azougue em bruto do esperma.

Depois essa energia sobe pelos canais Ida e Pingala. Da união de átomos solares e lunares nasce o fogo. É verdade, esse fogo torna fecundas todas suas manifestações. Esse fogo é o enxofre, o mercúrio fecundado pelo enxofre. Devemos fazer todo o trabalho, porém qual é o trabalho? Necessitamos compreender qual é o trabalho que vamos fazer, temos de acabar com muitos conceitos equivocados. Dizem as diferentes organizações de tipo pseudo-esoterista e pseudo-ocultista que o homem tem sete corpos: Físico - Etérico - Astral - Mental - Causal - Búdico – Átmico. Citam estes corpos também com outros nomes: 1. O físico. 2. O vital chamam-no de lingam sarira. 3. O astral dizem que é kamas ou princípio de desejo. 4. O mental dizem que é manas inferior. 5. O causal chamam de manas superior. 6. O intuicional dizem que é o corpo búdico. 7. Átmico. Como disse Maomé: Alá é Alá e Maomé é seu homem. Ele é perfeito e eu não sou. Não entendo que seu filho seja perfeito porque perfeito só há um, o Pai que está em segredo. Nenhum de nós é perfeito. Há diversos reinos e, assim como aqui, tais remos são governados por devas ou hierarquias. Uma vez que se conseguiu a fabricação do corpo astral mediante o fogo e o mercúrio da filosofia secreta, devemos nos dedicar a trabalhar na fabricação do corpo mental. Todo mundo pensa que tem um corpo mental próprio e isso é falso. As pessoas não têm mente próprias, as pessoas têm muitas mentes. Pensem no seguinte: o eu é múltiplo. O eu é um conjunto de pessoas que cada um leva dentro.

O corpo é uma máquina e através dessa máquina de repente se expressa um eu, isto é, uma pessoa, porém essa pessoa sai e se mete outra. Depois, essa outra sai e se mete uma outra e assim sucessivamente. Total: o animal inte-lectual não tem individualidade definida. É uma máquina controlada por muitas pessoas, porém cada uma dessas pessoas chamadas eus têm uma mente diferente. Como quer que são tantos os eus, as mentes são muitas. Cada eu tem a sua mente, suas idéias, seus critérios próprios etc. Então, meus queridos irmãos, onde está a mente individual do pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem? Onde está a mente desse pobre mamífero racional? Qual deles se é? Infelizmente, devemos nos dar conta do que somos. Cada um destes corpos tem suas leis. O corpo físico está governado por 48 leis, o astral por 24, o mental por 12 e o causal por 6. Julgarmo-nos homens nestes momentos atuais é uma falsidade. Se colocarmos um homem e um animal intelectual juntos, veremos que os dois se parecem, há uma semelhança, porém, se observarmos seus costumes, veremos que são diferentes. Os costumes de um homem verdadeiro são tão diferentes dos do animal intelectual como os de um cidadão culto são completamente diferentes dos de um canibal da selva. Observem em detalhe um homem um animal intelectual, observem seus comportamentos e formas e verão que são radicalmente distintos, diferentes, intimamente não se parecem em nada, ainda que a aparência física de ambos seja igual.

Que nos animais intelectuais estão às possibilidades de se converter em homem isso é coisa bem diferente! Neles estão os germes dos corpos existenciais superiores do Ser! Tais germes são emanações do Sagrado Sol Absoluto que podem ser vivificados através do trabalho com a alquimia sexual e isto é importantíssimo! Muito bem, uma vez recebido o princípio anímico, o qual se chama na gnose de pneuma ou espírito, vem à segunda parte do trabalho que é bem mais profunda: trata-se de refinar mais o mercúrio e de se intensificar a eliminação do mercúrio seco e do sal vermelho. Que é o mercúrio seco? Já dissemos que está formado ou representado pelos eus que carregamos dentro. Que é o sal vermelho ou enxofre arsenicado? E o fogo infra-sexual, o fogo que emana do abominável órgão kundartiguador.

Para a criação dos corpos existenciais do Ser é necessária também à eliminação e a eliminação se intensifica na segunda parte do trabalho: a eliminação dos elementos indesejáveis, do mercúrio seco e do sal vermelho ou enxofre arsenicado. No terceiro trabalho, meus estimados irmãos, na terceira cocção, porque são três cocções ou três purificações pelo ferro e pelo fogo, temos de converter os corpos existenciais superiores do Ser em veículos de ouro puro. De onde vai sair o ouro puro? Transporta-o mercúrio... Assim como São Cristóvão leva o menino, assim também o mercúrio leva em si o ouro. Porém, necessita-se de um artífice que seja capaz de unir os átomos do ouro com o mercúrio. Este artífice o temos todos dentro de nós mesmos, é uma das partes de nosso Ser: o alquimista particular de cada um de nós e que é conhecido como Antimônio. Que poderíamos fazer nós sem essa parte, sem esse alquimista? Felizmente, ele conhece a arte e é um grande artista. Ele sabe como irá conseguir a união dos átomos do ouro com o mercúrio. Em seguida, a alma-espírito deverá se transformar em alma de ouro e por último, o mais valioso que temos, o Atman do qual falam os hindus, terá de se converter em ouro puro. Quando se conseguiu isto, quando todos os veículos foram recobertos pelas diferentes partes do Ser, quando todo o mercúrio seco e todo o sal vermelho foram eliminados, chega o nosso Pai.

Ele levanta-se de seu sepulcro, entra em seu envoltório e ressuscita em nós e nós n'Ele. Chegou-se ao mestrado. Quem chega a estas alturas ganha o Elixir da Longa Vida e assim poderá conservar seu corpo físico durante milhões de anos. Quem chega a estas alturas recebe a medicina universal e de seu organismo ficam erradicadas as enfermidades. Quem chega a estas alturas poderá transmutar o chumbo físico em ouro puro como o fizeram os grandes Mestres. Porém, tacitamente Lúcifer entrou. Que tem que ver Lúcifer com o Bode de Mendes nesta questão? Por que Moisés tinha cornos de bode em sua testa com raios de luz? Meus irmãos, esse Lúcifer, diríamos é a mina de onde vamos extrair o mercúrio. Muitas vezes dissemos que o cavaleiro tem de enfrentar o dragão. Muitas vezes dissemos aqui que Miguel luta contra o dragão, São Jorge também luta contra o dragão. Muitas vezes dissemos que o cavaleiro toma algo do dragão e o dragão algo do cavaleiro para fazer disso uma estranha criatura. Muitas vezes afirmamos que essa estranha criatura por sua vez, por desdobramento, que resulta como síntese, é o mercúrio, o qual é simbolizado pelo peixe que o pescador tira do lago com suas redes. O grande Mago para ser considerado Branco tem que eliminar o Negro de dentro de si.

Por isso o embate com Lúcifer sempre tem que acontecer. Até mesmo Cristo passou por essa provação no deserto. Para vencer o pecado e o mal não temos que fugir deles mais enfrenta-los. No entanto é obvio que necessita-se sempre de prudência, sabedoria e cautela. Assim, pois, desse Lúcifer extraímos todo o mercúrio e à medida que o tempo for passando, Lúcifer vai se convertendo todo em mercúrio até que no fim a única coisa que resta em nós é o Mercúrio. Que é um Mestre Ressurrecto? Mercúrio já purificado e convertido em ouro. Por isso se o representa com a Taça de Alabastro, com o alabastro vivo, com a rosa elétrica que se espera. Há alguns Cavaleiros da Ordem Superior dos Ressurrectos, mas eles não têm organização física visível em nenhuma parte.

Nos dias d´hoje, com a queda acelerada e conseqüente desaparecimento dum Ciclo “apodrecido e gasto” pelo dealbar doutro mais promissivo e feliz para a Terra, o de AQUARIUS que já entrou no Ciclo zodiacal e só falta entrar no Ciclo consciencial de um e todos, assiste-se, impávido ou aterrado, aos humanos frutos amargos e venenosos do Passado agitarem-se de tal modo lutando por sua sobrevivência à extinção completa que já lhes está sentenciada pela LEI MAIOR. É assim, não raro com surpresa e admiração de muitos que ainda mantêm a lucidez d´alma, que se assiste ao surgimento agigantado de díspares e disparatadas seitas usando de “manás e bênçãos”, de “escrituras novas e iniciações cósmicas”, de “curas estelares e ocultismo cinematográfico”, etc., etc. Fazendo a delícia das massas impúberes que, além de sugadas na carteira, servem em sua ingênua ignorância mesmerizada de alimento psíquico a forças tenebrosas cujas teorias e práticas as denunciam. Ao menos a quem vê na lucidez do desprendimento, sabendo que o Mundo da Alma não é como se quer, mas como em si mesmo é.

A terra tem sido vitima da ação nefasta dos chamados Nirmanakayas Negros, a qual intensificou nos últimos decênios e os quais agem nos bastidores psicossociais de duvidosos agrupamentos aos quais, verdade se diga, gostaria muito de arrancar boa mas ingénua gente em risco iminente de perder para sempre o seu quinhão evolutivo (“o tesouro do Céu”, diria Jesus) até agora duramente conquistado no imenso rosário das vidas sucessivas, e ter de recomeçar tudo desde o início numa próxima Cadeia ou Manvantara, o que implica um sofrimento indescritível por perda do Espírito e da Alma, ficando a Mónada vazia e abandonada no abismo gélido do Pralaya precoce ou antecipado, por ter perdido os veículos de manifestação que a vivência intensa e impenitente no Mal levou à perdição.

Este é o Avitchi ou Inferno dantesco, ardente na consciência corroída pelo remorso do mal feito, gélido como espaço último do Universo ou “8.ª Dimensão”, “Cone da Lua” ou, mais vulgarmente, “Astral inferior”. Os ditos “barretes vermelhos” são os distintivos dos Rakshasas ou magos negros, os seguidores da “Via Sinistra” (Smaritta, em sânscrito), mas também são referência oculta à energia vermelha Tamas, a força material de que estão impregnados como opositora à energia espiritual Satva que é amarela, esta a cor dos barretes dos Gelung-Pa, liderados por GELUNG da Linha KUT-HUMPA cujo Choan ou Líder Supremo é KOOT HOOMI, logo sendo os Adeptos da Vida Direita (Diritta, em sânscrito) como Senhores da Boa Magia Divina, logo, TEÚRGICA. Como já apliquei o termo, e para melhor definição posterior de quanto aqui tenho a dizer, desde já explicarei o termo Nirmanakaya. Este define a Veste Física e os consequente poderes físicos dum Adepto Perfeito (inclusive o de poder prolongar a vida física além do normal), seja vocacionado para o Bem ou para o Mal.

Quando é para o Bem ele será então um Adepto Branco, e quando para o Mal se assume um Adepto Negro. Em ambos a disciplina é a mesma, só as intenções é que divergem... Não pensar no Mal é realmente não o alimentar psicomentalmente. Mas isso não contraria a sua existência organizada e propósito sinistro. Então há que esclarecer para se saber por que assim é... Tendo sempre em mente que o Mago Branco PROPÕE enquanto o Mago Negro IMPÕE. 7 NIRMANAKAYAS NEGROS (Adeptos Negros ou Qliphoth) Cada um tem 7 Discípulos Sinistros, logo: 49 RAKSHASAS (Magos Negros) Cada um tem 12 Sub-Aspectos ou Dad-Dugpas, logo: 988 SHAMARES ou KAMARES (Feiticeiros). Todos eles se manifestam por multivariadas formas humanas e sociais, todas elas avessas à Evolução Verdadeira, ou seja, querendo impor psicossocialmente a Anarquia à Sinarquia, a Discórdia à Concórdia Universal dos Povos.

Ela patenteia-se por todo o Globo e em todas as latitudes sociais (econômicas, políticas, militares, culturais, religiosas, etc.). Servindo-se duma lógica profunda que, verdade se diga, nunca foi nem será sinônima de VERDADE em qualquer preposição filosófica, os Rakshasas e seus representantes na Terra, estes conscientes ou não dessa representação, não deixam de ser, afinal, o instrumento oculto e inconsciente do cumprimento implacável da LEI KÁRMICA na Humanidade e no Globo, não deixando eles mesmos de serem os primeiros a sentir o vergel da JUSTIÇA DIVINA. A isso Jesus se referia quando afirmava: “O escândalo é necessário, mas ai por quem ele vier”... Tenho ainda, em abono da Verdade e da Igreja Universal de Melkitsedek. ou seja, da Mui Nobre, Augusta e Soberana ORDEM DO SANTO GRAAL, a afirmar que os charlatões e seus associados mesmo eles não deixam de ser, sem o saber ou sequer sonhar, o véu que esconde os verdadeiros Adeptos Independentes.

Porque, como dizia o Venerável Mestre JHS, “detrás da mentira está à verdade”. O MAGO NEGRO encarnado ou desencarnado, poderá ser uma entidade com um grande intelecto, mas SEM AMOR algum; poderá possuir grande determinação, mas SEM RESPEITO pelo seu próximo, não olhando a meios para alcançar os seus fins; poderá ter as melhores BOAS INTENÇÕES APARENTES, mas interiormente corrói-o a cobiça, a inveja, a avareza, o despotismo...; ajuda em INTERESSE PRÓPRIO, sem deixar de cobrar em dobro... enfim, vive do ódio (que como o Amor são os únicos sentimentos que imortalizam e fazem um Nirmanakaya) e DESPREZA A COMPAIXÃO.

A Face da Terra possui o seu Duplo Astral que se prolonga até ao espaço balizado pela LUA, e ele é o palco da ação oculta dos magos negros, sempre encontrando pela frente a oposição tenaz dos Mestres Reais e dos seus insignes Discípulos, afinal os únicos e consagrados “Guardiões da Luz Sagrada. A “Nova Civilização” não será senão filha da antiga, e só temos que deixar a Lei Eterna seguir o seu curso para que faça sair os nossos mortos das suas tumbas; se bem que seja verdade que “nos ligamos supersticiosamente às relíquias do Passado”, a nossa Ciência não desapareceu da vista dos homens. Ela é o “Dom dos Deuses” e a Relíquia mais preciosa de todas.

Os Guardiões da Luz Sagrada não atravessaram com sucesso tantos séculos para virem esmagar-se contra o rochedo do cepticismo moderno. Os nossos Pilotos são navegadores muito experimentados pelo que não acreditamos em tal desastre. Encontramos sempre voluntários para substituir as Sentinelas fatigadas, e o Mundo, por muito mal que esteja no presente momento de transição, pode no entanto fornecer-nos alguns homens de tempos a tempos. A presença dos Nirmanakayas Brancos – os Grandes Choans – no Plano Astral é muito rara, pois esses maravilhosos Seres geralmente habitam Planos acima do Mental Inferior.

Contudo, se desejam manifestar-se no Mundo kama-Kaya (o Astral) para aí realizarem algum tipo de trabalho do seu interesse, revestem-se dum corpo kamásico constituído do mais puro material desse Plano. Os mais interessantes Seres do Astral são naturalmente os Kama-Rajas. De evolução diferente da Humana, têm, no entanto, muita intervenção junto dos homens, principalmente no desenvolvimento e apuramento do seu corpo psíquico. Tais Seres, desempenhando tarefa muito semelhante à dos elementais, todavia pertencem a uma categoria muitíssimo superior à destes, pelo que são denominados genericamente de Kama-Rajas, isto é, “Reis do Astral”.

A aura do mago negro é o seu espelho denunciador a quem a saiba entender. Nunca ostenta cores brilhantes, mas sempre pesadas e escurecidas. Por exemplo, se possuir um forte intelecto discursivo, frio e sem bondade, apresentará um acinzentado amarelo ocre na aura astral, invés do amarelo dourado da Sabedoria. Caso as suas tendências apresentem propensão religiosa de teor exclusivista e fanático, ver-se-á o azul escurecido e pesado típico dos “perigosos fanáticos armados”, ao contrário do azul céu luminoso do Amor característico do verdadeiro Místico. E ainda se poderá ver o vermelho lívido e sangrento próprio de quem concentra toda a sua atividade vital nos baixos padrões passionais, invés do vermelho róseo, quase ou mesmo purpurino, de quem transmutou a energia kâmica ou passional em actividade puramente espiritual que é SUPRA-INTELIGÊNCIA, SUPRA-EMOÇÃO e SUPRA-VONTADE, respectivamente para o ESPÍRITO (Satva), ALMA (Rajas) e CORPO (Tamas).

Essas últimas são as qualidades da Tríade Espiritual do Homem e a qual é a sua própria INDIVIDUALIDADE, na qual o Teurgo ou Mago Branco possui focalizada a sua consciência. A ela o Goécio ou Mago Negro (Rakshasa em sânscrito, Shamar-Dad-Dugpa em páli e tibetano, Qliphoth em hebreu e Shaitan em árabe) não tem acesso, por não ter ESPIRITUALIDADE – AMOR – SABEDORIA. Mesmo querendo alçar-se por meios inaturais à mente abstrata, fica-se pela mente concreta, não passando do nível mais baixo do Plano Mental ligado ao Emocional. Portanto, da Região de Kama-Manas (Psicomental), na qual a PERSONALIDADE transitória encontra sempre estímulos para a criação de novos “desejos” ou nidanas, indo enriquecer a mesma Personalidade e empobrecer a Individualidade. Sobre a diferença entre o Homem Verdadeiro e o Ilusório, escreveu Mestre Koot Hoomi nos finais do século passado: «Falamos de “individualidade” e “personalidade”, de Amata-Yana e Paceka-Yana.

Estes dois termos são a traduções fiel e literal dos nomes técnicos pális, sânscritos e mesmo sino-tibetanos atribuídos às numerosas entidades personais fundidas numa única individualidade, ao longo das vidas emanando da mesma e imortal Mónada. Deveis lembrar-vos: «1.º O Amata-Yana (em sânscrito, “Amrita”) é traduzido como o “Veículo Imortal” ou a Individualidade. O Ego Espiritual ou Mónada imortal, combinação dos quinto, sexto e sétimo princípios. Enquanto que: «2.º O Paceka-Yana (em sânscrito, “Pratyeka”) significa literalmente o “Veículo Personal” ou Alma pessoal, a combinação dos quatro princípios inferiores.» Os corpos ou veículos interpenetram-se por seu grau de subtilidade e diferenciam-se por seu grau de densidade, correspondente à vibração dos diversos estados ou planos que lhes são afins, dentro dum estado-limite de globo ou “círculo não se passa”. Essas sete expressões da Consciência humana dividem-se em três partes constituindo o já chamado ESPÍRITO – ALMA – CORPO, divisória feita já por São Paulo na sua Carta aos Hebreus, e que Papus alegorizava como o Cocheiro (Espírito) conduzindo a Carruagem (Alma) puxada por fogoso Cavalo (Corpo). Assim tem-se: O Rakshasa possui a sua consciência centralizada no quaternário inferior, material, e por isso é amigo da fenomenologia e tem mais propensão a provocá-la no plano físico que o Mago Branco, que a evita por ser causadora de mayas ou ilusões, e por entender a CAUSA, o NÓMENO mesmo, pelo que chega a desprezar o fenômeno que hoje em dia é o instrumento predileto de certas seitas para deslumbrar, fascinar o povo ignorante do perigo mortal que corre.

O desmesurado crescimento da Personalidade em detrimento da Individualidade, embrutecendo e enfeiando a Alma com a constante ingestão de energias grosseiras que corrompem o maleável corpo kama-manásico, leva o mago negro a possuir no Astral as mais hediondas formas animalescas e a assumir as mais nabalescas atitudes que, de serem tão horripilantes. Os seus “templos”, cadinhos infernais onde se coze, tempera e serve a desgraça humana, apresentam invariavelmente as cores próprias da natureza bestializada, cada qual com o tom afim à atividade que aí se exerce sobre “mortos” e “vivos”. Por exemplo: cinzento significa ignorância a qual, quando levada ao extremo do ódio, torna a aura ambiental negra; castanho = inveja; vermelho escarlate = luxúria sexual; laranja ocre = intelectualidade despótica; roxo intenso = dor e sofrimento; verde lama = doença... E assim por diante, numa lista áurica dos males psicomentais carregados pela própria criatura humana que os criou. Quando um Ser de Luz aparece diante de uma dessas criaturas demoníacas, ela se contrai, aterroriza e acaba debandando ante a aparição do Testemunho do Poder Divino.

E debanda ou escapa de maneiras assaz curiosas: ou rastejando ou dando pulos, por estar agrilhoada, encadeada à matéria tamásica que preenche inteiramente a sua alma corrompida. Mas, à medida que se voltar para a Luz de Deus e o Arrependimento e o Amor a inundar purgando-a com novos e mais elevados pensamentos e sentimentos, essa alma tornar-se-á mais rarefeita e límpida ao libertar-se como um “aerostato” dos grilhões ou cascões de natureza astral ou psíquica.

O Tempo dos verdadeiros magos 2



De onde tirou Moisés seus poderes? Com que força conseguiu desatar as dez pragas do Egito, segundo declara o Êxodo? Pois, foi aquele agente maravilhoso que lhe permitiu demonstrar sua sabedoria diante do faraó – a potência sexual. Aí está o poder dos poderes! Agora ficará explicado para vocês por que a Arca da Aliança tinha quatro cornos de bode. Esses quatro cornos serviam para representar os quatro homens que puderam levá-la de um lugar para outro. Essa arca em si mesma está representando o Lingam-Yoni da Lei. Aqui, pois, é onde está o poder e a força. Sem ela, para nada serviria o TAO dos profetas, de nada serviria o bastão dos Grandes Iniciados... O mercúrio já fecundado pelo enxofre, isto é, pelo fogo. Assim, pois, devemos compreender a necessidade de se elaborar o Mercúrio.

Os alquimistas da Idade Média guardaram silêncio sobre o segredo do Bode de Mendes. Quando na Idade Média, os iniciados neófitos eram levados à meia-noite às cavernas da Iniciação, nos santuários secretos, se lhes vendavam os olhos. Tirada a venda, encontrava-se o neófito diante do Bode de Mendes, o diabo, porém na testa dele resplandecia o pentagrama, a estrela flamígera, não à inversa, como a usam os tântricos negros, mas com o ângulo superior para cima e os dois ângulos inferiores para baixo. Então, se ordenava ao neófito que beijasse o traseiro do diabo. Se se negasse, punham-lhe novamente a venda nos olhos e o tiravam por uma porta escondida por onde jamais poderia entrar. Lá, os irmãos o advertiam sobre os perigos da Santa Inquisição e sobre aquela pedra cúbica, onde estava sentado o diabo.

De uma porta, saía uma Ísis do templo... Precisa-se ser suficientemente inteligente para dar-se conta do profundo significado da cerimônia. De fato, entregava-se ao trabalho na Grande Obra. O fundamental, meus queridos irmãos, é fazer a Grande Obra. Para que serviria se nos tornássemos eruditos, se não fizéssemos a Grande Obra? É óbvio que no começo devemos fabricar o mercúrio. O segredo da elaboração do mercúrio nunca foi revelado por ninguém e vocês sabem disso. No arcano AZF está a chave. Com que objetivo preparamos o mercúrio? Para que? Para fazer a Grande Obra, é claro. Devemos transmutar na Sahaja Maithuna. Porém, essa energia em si mesma já é um mercúrio, a alma metálica do azougue em bruto do esperma.

Depois essa energia sobe pelos canais Ida e Pingala. Da união de átomos solares e lunares nasce o fogo. É verdade, esse fogo torna fecundas todas suas manifestações. Esse fogo é o enxofre, o mercúrio fecundado pelo enxofre. Devemos fazer todo o trabalho, porém qual é o trabalho? Necessitamos compreender qual é o trabalho que vamos fazer, temos de acabar com muitos conceitos equivocados. Dizem as diferentes organizações de tipo pseudo-esoterista e pseudo-ocultista que o homem tem sete corpos: Físico - Etérico - Astral - Mental - Causal - Búdico – Átmico. Citam estes corpos também com outros nomes: 1. O físico. 2. O vital chamam-no de lingam sarira. 3. O astral dizem que é kamas ou princípio de desejo. 4. O mental dizem que é manas inferior. 5. O causal chamam de manas superior. 6. O intuicional dizem que é o corpo búdico. 7. Átmico. Como disse Maomé: Alá é Alá e Maomé é seu homem. Ele é perfeito e eu não sou. Não entendo que seu filho seja perfeito porque perfeito só há um, o Pai que está em segredo. Nenhum de nós é perfeito. Há diversos reinos e, assim como aqui, tais remos são governados por devas ou hierarquias. Uma vez que se conseguiu a fabricação do corpo astral mediante o fogo e o mercúrio da filosofia secreta, devemos nos dedicar a trabalhar na fabricação do corpo mental. Todo mundo pensa que tem um corpo mental próprio e isso é falso. As pessoas não têm mente próprias, as pessoas têm muitas mentes. Pensem no seguinte: o eu é múltiplo. O eu é um conjunto de pessoas que cada um leva dentro.

O corpo é uma máquina e através dessa máquina de repente se expressa um eu, isto é, uma pessoa, porém essa pessoa sai e se mete outra. Depois, essa outra sai e se mete uma outra e assim sucessivamente. Total: o animal inte-lectual não tem individualidade definida. É uma máquina controlada por muitas pessoas, porém cada uma dessas pessoas chamadas eus têm uma mente diferente. Como quer que são tantos os eus, as mentes são muitas. Cada eu tem a sua mente, suas idéias, seus critérios próprios etc. Então, meus queridos irmãos, onde está a mente individual do pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem? Onde está a mente desse pobre mamífero racional? Qual deles se é? Infelizmente, devemos nos dar conta do que somos. Cada um destes corpos tem suas leis. O corpo físico está governado por 48 leis, o astral por 24, o mental por 12 e o causal por 6. Julgarmo-nos homens nestes momentos atuais é uma falsidade. Se colocarmos um homem e um animal intelectual juntos, veremos que os dois se parecem, há uma semelhança, porém, se observarmos seus costumes, veremos que são diferentes. Os costumes de um homem verdadeiro são tão diferentes dos do animal intelectual como os de um cidadão culto são completamente diferentes dos de um canibal da selva. Observem em detalhe um homem um animal intelectual, observem seus comportamentos e formas e verão que são radicalmente distintos, diferentes, intimamente não se parecem em nada, ainda que a aparência física de ambos seja igual.

Que nos animais intelectuais estão às possibilidades de se converter em homem isso é coisa bem diferente! Neles estão os germes dos corpos existenciais superiores do Ser! Tais germes são emanações do Sagrado Sol Absoluto que podem ser vivificados através do trabalho com a alquimia sexual e isto é importantíssimo! Muito bem, uma vez recebido o princípio anímico, o qual se chama na gnose de pneuma ou espírito, vem à segunda parte do trabalho que é bem mais profunda: trata-se de refinar mais o mercúrio e de se intensificar a eliminação do mercúrio seco e do sal vermelho. Que é o mercúrio seco? Já dissemos que está formado ou representado pelos eus que carregamos dentro. Que é o sal vermelho ou enxofre arsenicado? E o fogo infra-sexual, o fogo que emana do abominável órgão kundartiguador.

Para a criação dos corpos existenciais do Ser é necessária também à eliminação e a eliminação se intensifica na segunda parte do trabalho: a eliminação dos elementos indesejáveis, do mercúrio seco e do sal vermelho ou enxofre arsenicado. No terceiro trabalho, meus estimados irmãos, na terceira cocção, porque são três cocções ou três purificações pelo ferro e pelo fogo, temos de converter os corpos existenciais superiores do Ser em veículos de ouro puro. De onde vai sair o ouro puro? Transporta-o mercúrio... Assim como São Cristóvão leva o menino, assim também o mercúrio leva em si o ouro. Porém, necessita-se de um artífice que seja capaz de unir os átomos do ouro com o mercúrio. Este artífice o temos todos dentro de nós mesmos, é uma das partes de nosso Ser: o alquimista particular de cada um de nós e que é conhecido como Antimônio. Que poderíamos fazer nós sem essa parte, sem esse alquimista? Felizmente, ele conhece a arte e é um grande artista. Ele sabe como irá conseguir a união dos átomos do ouro com o mercúrio. Em seguida, a alma-espírito deverá se transformar em alma de ouro e por último, o mais valioso que temos, o Atman do qual falam os hindus, terá de se converter em ouro puro. Quando se conseguiu isto, quando todos os veículos foram recobertos pelas diferentes partes do Ser, quando todo o mercúrio seco e todo o sal vermelho foram eliminados, chega o nosso Pai.

Ele levanta-se de seu sepulcro, entra em seu envoltório e ressuscita em nós e nós n'Ele. Chegou-se ao mestrado. Quem chega a estas alturas ganha o Elixir da Longa Vida e assim poderá conservar seu corpo físico durante milhões de anos. Quem chega a estas alturas recebe a medicina universal e de seu organismo ficam erradicadas as enfermidades. Quem chega a estas alturas poderá transmutar o chumbo físico em ouro puro como o fizeram os grandes Mestres. Porém, tacitamente Lúcifer entrou. Que tem que ver Lúcifer com o Bode de Mendes nesta questão? Por que Moisés tinha cornos de bode em sua testa com raios de luz? Meus irmãos, esse Lúcifer, diríamos é a mina de onde vamos extrair o mercúrio. Muitas vezes dissemos que o cavaleiro tem de enfrentar o dragão. Muitas vezes dissemos aqui que Miguel luta contra o dragão, São Jorge também luta contra o dragão. Muitas vezes dissemos que o cavaleiro toma algo do dragão e o dragão algo do cavaleiro para fazer disso uma estranha criatura. Muitas vezes afirmamos que essa estranha criatura por sua vez, por desdobramento, que resulta como síntese, é o mercúrio, o qual é simbolizado pelo peixe que o pescador tira do lago com suas redes. O grande Mago para ser considerado Branco tem que eliminar o Negro de dentro de si.

Por isso o embate com Lúcifer sempre tem que acontecer. Até mesmo Cristo passou por essa provação no deserto. Para vencer o pecado e o mal não temos que fugir deles mais enfrenta-los. No entanto é obvio que necessita-se sempre de prudência, sabedoria e cautela. Assim, pois, desse Lúcifer extraímos todo o mercúrio e à medida que o tempo for passando, Lúcifer vai se convertendo todo em mercúrio até que no fim a única coisa que resta em nós é o Mercúrio. Que é um Mestre Ressurrecto? Mercúrio já purificado e convertido em ouro. Por isso se o representa com a Taça de Alabastro, com o alabastro vivo, com a rosa elétrica que se espera. Há alguns Cavaleiros da Ordem Superior dos Ressurrectos, mas eles não têm organização física visível em nenhuma parte.

Nos dias d´hoje, com a queda acelerada e conseqüente desaparecimento dum Ciclo “apodrecido e gasto” pelo dealbar doutro mais promissivo e feliz para a Terra, o de AQUARIUS que já entrou no Ciclo zodiacal e só falta entrar no Ciclo consciencial de um e todos, assiste-se, impávido ou aterrado, aos humanos frutos amargos e venenosos do Passado agitarem-se de tal modo lutando por sua sobrevivência à extinção completa que já lhes está sentenciada pela LEI MAIOR. É assim, não raro com surpresa e admiração de muitos que ainda mantêm a lucidez d´alma, que se assiste ao surgimento agigantado de díspares e disparatadas seitas usando de “manás e bênçãos”, de “escrituras novas e iniciações cósmicas”, de “curas estelares e ocultismo cinematográfico”, etc., etc. Fazendo a delícia das massas impúberes que, além de sugadas na carteira, servem em sua ingênua ignorância mesmerizada de alimento psíquico a forças tenebrosas cujas teorias e práticas as denunciam. Ao menos a quem vê na lucidez do desprendimento, sabendo que o Mundo da Alma não é como se quer, mas como em si mesmo é.

A terra tem sido vitima da ação nefasta dos chamados Nirmanakayas Negros, a qual intensificou nos últimos decênios e os quais agem nos bastidores psicossociais de duvidosos agrupamentos aos quais, verdade se diga, gostaria muito de arrancar boa mas ingénua gente em risco iminente de perder para sempre o seu quinhão evolutivo (“o tesouro do Céu”, diria Jesus) até agora duramente conquistado no imenso rosário das vidas sucessivas, e ter de recomeçar tudo desde o início numa próxima Cadeia ou Manvantara, o que implica um sofrimento indescritível por perda do Espírito e da Alma, ficando a Mónada vazia e abandonada no abismo gélido do Pralaya precoce ou antecipado, por ter perdido os veículos de manifestação que a vivência intensa e impenitente no Mal levou à perdição.

Este é o Avitchi ou Inferno dantesco, ardente na consciência corroída pelo remorso do mal feito, gélido como espaço último do Universo ou “8.ª Dimensão”, “Cone da Lua” ou, mais vulgarmente, “Astral inferior”. Os ditos “barretes vermelhos” são os distintivos dos Rakshasas ou magos negros, os seguidores da “Via Sinistra” (Smaritta, em sânscrito), mas também são referência oculta à energia vermelha Tamas, a força material de que estão impregnados como opositora à energia espiritual Satva que é amarela, esta a cor dos barretes dos Gelung-Pa, liderados por GELUNG da Linha KUT-HUMPA cujo Choan ou Líder Supremo é KOOT HOOMI, logo sendo os Adeptos da Vida Direita (Diritta, em sânscrito) como Senhores da Boa Magia Divina, logo, TEÚRGICA. Como já apliquei o termo, e para melhor definição posterior de quanto aqui tenho a dizer, desde já explicarei o termo Nirmanakaya. Este define a Veste Física e os consequente poderes físicos dum Adepto Perfeito (inclusive o de poder prolongar a vida física além do normal), seja vocacionado para o Bem ou para o Mal.

Quando é para o Bem ele será então um Adepto Branco, e quando para o Mal se assume um Adepto Negro. Em ambos a disciplina é a mesma, só as intenções é que divergem... Não pensar no Mal é realmente não o alimentar psicomentalmente. Mas isso não contraria a sua existência organizada e propósito sinistro. Então há que esclarecer para se saber por que assim é... Tendo sempre em mente que o Mago Branco PROPÕE enquanto o Mago Negro IMPÕE. 7 NIRMANAKAYAS NEGROS (Adeptos Negros ou Qliphoth) Cada um tem 7 Discípulos Sinistros, logo: 49 RAKSHASAS (Magos Negros) Cada um tem 12 Sub-Aspectos ou Dad-Dugpas, logo: 988 SHAMARES ou KAMARES (Feiticeiros). Todos eles se manifestam por multivariadas formas humanas e sociais, todas elas avessas à Evolução Verdadeira, ou seja, querendo impor psicossocialmente a Anarquia à Sinarquia, a Discórdia à Concórdia Universal dos Povos.

Ela patenteia-se por todo o Globo e em todas as latitudes sociais (econômicas, políticas, militares, culturais, religiosas, etc.). Servindo-se duma lógica profunda que, verdade se diga, nunca foi nem será sinônima de VERDADE em qualquer preposição filosófica, os Rakshasas e seus representantes na Terra, estes conscientes ou não dessa representação, não deixam de ser, afinal, o instrumento oculto e inconsciente do cumprimento implacável da LEI KÁRMICA na Humanidade e no Globo, não deixando eles mesmos de serem os primeiros a sentir o vergel da JUSTIÇA DIVINA. A isso Jesus se referia quando afirmava: “O escândalo é necessário, mas ai por quem ele vier”... Tenho ainda, em abono da Verdade e da Igreja Universal de Melkitsedek. ou seja, da Mui Nobre, Augusta e Soberana ORDEM DO SANTO GRAAL, a afirmar que os charlatões e seus associados mesmo eles não deixam de ser, sem o saber ou sequer sonhar, o véu que esconde os verdadeiros Adeptos Independentes.

Porque, como dizia o Venerável Mestre JHS, “detrás da mentira está à verdade”. O MAGO NEGRO encarnado ou desencarnado, poderá ser uma entidade com um grande intelecto, mas SEM AMOR algum; poderá possuir grande determinação, mas SEM RESPEITO pelo seu próximo, não olhando a meios para alcançar os seus fins; poderá ter as melhores BOAS INTENÇÕES APARENTES, mas interiormente corrói-o a cobiça, a inveja, a avareza, o despotismo...; ajuda em INTERESSE PRÓPRIO, sem deixar de cobrar em dobro... enfim, vive do ódio (que como o Amor são os únicos sentimentos que imortalizam e fazem um Nirmanakaya) e DESPREZA A COMPAIXÃO.

A Face da Terra possui o seu Duplo Astral que se prolonga até ao espaço balizado pela LUA, e ele é o palco da ação oculta dos magos negros, sempre encontrando pela frente a oposição tenaz dos Mestres Reais e dos seus insignes Discípulos, afinal os únicos e consagrados “Guardiões da Luz Sagrada. A “Nova Civilização” não será senão filha da antiga, e só temos que deixar a Lei Eterna seguir o seu curso para que faça sair os nossos mortos das suas tumbas; se bem que seja verdade que “nos ligamos supersticiosamente às relíquias do Passado”, a nossa Ciência não desapareceu da vista dos homens. Ela é o “Dom dos Deuses” e a Relíquia mais preciosa de todas.

Os Guardiões da Luz Sagrada não atravessaram com sucesso tantos séculos para virem esmagar-se contra o rochedo do cepticismo moderno. Os nossos Pilotos são navegadores muito experimentados pelo que não acreditamos em tal desastre. Encontramos sempre voluntários para substituir as Sentinelas fatigadas, e o Mundo, por muito mal que esteja no presente momento de transição, pode no entanto fornecer-nos alguns homens de tempos a tempos. A presença dos Nirmanakayas Brancos – os Grandes Choans – no Plano Astral é muito rara, pois esses maravilhosos Seres geralmente habitam Planos acima do Mental Inferior.

Contudo, se desejam manifestar-se no Mundo kama-Kaya (o Astral) para aí realizarem algum tipo de trabalho do seu interesse, revestem-se dum corpo kamásico constituído do mais puro material desse Plano. Os mais interessantes Seres do Astral são naturalmente os Kama-Rajas. De evolução diferente da Humana, têm, no entanto, muita intervenção junto dos homens, principalmente no desenvolvimento e apuramento do seu corpo psíquico. Tais Seres, desempenhando tarefa muito semelhante à dos elementais, todavia pertencem a uma categoria muitíssimo superior à destes, pelo que são denominados genericamente de Kama-Rajas, isto é, “Reis do Astral”.

A aura do mago negro é o seu espelho denunciador a quem a saiba entender. Nunca ostenta cores brilhantes, mas sempre pesadas e escurecidas. Por exemplo, se possuir um forte intelecto discursivo, frio e sem bondade, apresentará um acinzentado amarelo ocre na aura astral, invés do amarelo dourado da Sabedoria. Caso as suas tendências apresentem propensão religiosa de teor exclusivista e fanático, ver-se-á o azul escurecido e pesado típico dos “perigosos fanáticos armados”, ao contrário do azul céu luminoso do Amor característico do verdadeiro Místico. E ainda se poderá ver o vermelho lívido e sangrento próprio de quem concentra toda a sua atividade vital nos baixos padrões passionais, invés do vermelho róseo, quase ou mesmo purpurino, de quem transmutou a energia kâmica ou passional em actividade puramente espiritual que é SUPRA-INTELIGÊNCIA, SUPRA-EMOÇÃO e SUPRA-VONTADE, respectivamente para o ESPÍRITO (Satva), ALMA (Rajas) e CORPO (Tamas).

Essas últimas são as qualidades da Tríade Espiritual do Homem e a qual é a sua própria INDIVIDUALIDADE, na qual o Teurgo ou Mago Branco possui focalizada a sua consciência. A ela o Goécio ou Mago Negro (Rakshasa em sânscrito, Shamar-Dad-Dugpa em páli e tibetano, Qliphoth em hebreu e Shaitan em árabe) não tem acesso, por não ter ESPIRITUALIDADE – AMOR – SABEDORIA. Mesmo querendo alçar-se por meios inaturais à mente abstrata, fica-se pela mente concreta, não passando do nível mais baixo do Plano Mental ligado ao Emocional. Portanto, da Região de Kama-Manas (Psicomental), na qual a PERSONALIDADE transitória encontra sempre estímulos para a criação de novos “desejos” ou nidanas, indo enriquecer a mesma Personalidade e empobrecer a Individualidade. Sobre a diferença entre o Homem Verdadeiro e o Ilusório, escreveu Mestre Koot Hoomi nos finais do século passado: «Falamos de “individualidade” e “personalidade”, de Amata-Yana e Paceka-Yana.

Estes dois termos são a traduções fiel e literal dos nomes técnicos pális, sânscritos e mesmo sino-tibetanos atribuídos às numerosas entidades personais fundidas numa única individualidade, ao longo das vidas emanando da mesma e imortal Mónada. Deveis lembrar-vos: «1.º O Amata-Yana (em sânscrito, “Amrita”) é traduzido como o “Veículo Imortal” ou a Individualidade. O Ego Espiritual ou Mónada imortal, combinação dos quinto, sexto e sétimo princípios. Enquanto que: «2.º O Paceka-Yana (em sânscrito, “Pratyeka”) significa literalmente o “Veículo Personal” ou Alma pessoal, a combinação dos quatro princípios inferiores.» Os corpos ou veículos interpenetram-se por seu grau de subtilidade e diferenciam-se por seu grau de densidade, correspondente à vibração dos diversos estados ou planos que lhes são afins, dentro dum estado-limite de globo ou “círculo não se passa”. Essas sete expressões da Consciência humana dividem-se em três partes constituindo o já chamado ESPÍRITO – ALMA – CORPO, divisória feita já por São Paulo na sua Carta aos Hebreus, e que Papus alegorizava como o Cocheiro (Espírito) conduzindo a Carruagem (Alma) puxada por fogoso Cavalo (Corpo). Assim tem-se: O Rakshasa possui a sua consciência centralizada no quaternário inferior, material, e por isso é amigo da fenomenologia e tem mais propensão a provocá-la no plano físico que o Mago Branco, que a evita por ser causadora de mayas ou ilusões, e por entender a CAUSA, o NÓMENO mesmo, pelo que chega a desprezar o fenômeno que hoje em dia é o instrumento predileto de certas seitas para deslumbrar, fascinar o povo ignorante do perigo mortal que corre.

O desmesurado crescimento da Personalidade em detrimento da Individualidade, embrutecendo e enfeiando a Alma com a constante ingestão de energias grosseiras que corrompem o maleável corpo kama-manásico, leva o mago negro a possuir no Astral as mais hediondas formas animalescas e a assumir as mais nabalescas atitudes que, de serem tão horripilantes. Os seus “templos”, cadinhos infernais onde se coze, tempera e serve a desgraça humana, apresentam invariavelmente as cores próprias da natureza bestializada, cada qual com o tom afim à atividade que aí se exerce sobre “mortos” e “vivos”. Por exemplo: cinzento significa ignorância a qual, quando levada ao extremo do ódio, torna a aura ambiental negra; castanho = inveja; vermelho escarlate = luxúria sexual; laranja ocre = intelectualidade despótica; roxo intenso = dor e sofrimento; verde lama = doença... E assim por diante, numa lista áurica dos males psicomentais carregados pela própria criatura humana que os criou. Quando um Ser de Luz aparece diante de uma dessas criaturas demoníacas, ela se contrai, aterroriza e acaba debandando ante a aparição do Testemunho do Poder Divino.

E debanda ou escapa de maneiras assaz curiosas: ou rastejando ou dando pulos, por estar agrilhoada, encadeada à matéria tamásica que preenche inteiramente a sua alma corrompida. Mas, à medida que se voltar para a Luz de Deus e o Arrependimento e o Amor a inundar purgando-a com novos e mais elevados pensamentos e sentimentos, essa alma tornar-se-á mais rarefeita e límpida ao libertar-se como um “aerostato” dos grilhões ou cascões de natureza astral ou psíquica.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O Tempo dos verdadeiros magos 3



A segunda questão. O livre-arbítrio é princípio universal que nenhum Adepto Verdadeiro ousa sonhar transgredir, pois que é a alavanca charneira do processo vital de transformação da vida-energia em vida-consciência. Por ele todo o ser racional é livre, dentro do seu “limite não se passa”, de agir consoante as suas apetências. O bem ou o mal que daí resulte será colheita que lhe caberá como conseqüência kármica.


Quando um mago negro desencarna, ele poderá despertar imediatamente no Plano afim, se poderes de imortalidade desenvolveu para tanto, ou então, e é o mais comum, entrar num longo período de hibernação astral (do qual nunca sairá, nos casos extremos), após o qual despertará no “habitat” kamásico que lhe é afim, arrastando as suas penas, mas revoltado contra as mesmas indo culpar outros que não ele próprio... Afinal, o verdadeiro e único culpado.


Se quando encarnado desenvolveu os sidhis ou “faculdades psíquicas” no sentido egoísta de proveito próprio, geralmente usados para atropelar a integridade dos seus semelhantes, eles mesmos irão ser o seu vergel implacável, que de revoltas a atribulações acabarão demonstrando-lhe o quão infame e conspurcador da Vida foi! Aproximando-se o momento de nova reencarnação, o Ego Espiritual dessa criatura entra aos poucos em letárgio e adormecimento recolhendo-se sobre si mesmo até ficar do tamanho de uma “cabeça de alfinete”, passando o seu átomo-semente causal a projetar de si mesmo os restantes átomos-sementes mental, astral e físico, indo constituir a nova personalidade.


Quando mais uma vez nasce neste mundo, ela traz em si latentes todos os defeitos do passado (inclusive os sidhis desenvolvidos prematuramente na vida anterior). E quando os defeitos são mais que as virtudes, o seu karma irá levá-la a ambientes afins à sua natureza e assim retomar o que na desencarnação anterior havia sido interrompido. Todavia, a Lei Divina lhe infligirá pesados tributos de modo a fazê-la ingressar no Caminho do Bem.

O sofrimento, aguilhão indispensável para estes casos extremos, já fez com que muitos magos negros – alguns tristemente célebres, como foi o caso de Cipriano o feiticeiro que se transformou em santo – volvessem as suas consciências para a Boa Lei que é a Regra da Moral Universal estipulada pelo Eterno e garantida pelos Senhores do Karma. Mas quando essas criaturas se mantêm renitentes e impermeáveis ao Bem Maior, aglomerando consecutivamente de vida em vida pesadas energias tamásicas até se lhe tornarem insuportáveis, elas se lhe fazem fúnebres. Ante o desmensuradamente excessivo peso da impermeabilidade da personalidade para o Ego Espiritual puder se manifestar nela, ele acaba rompendo com ela, abandona a ligação à alma e assim sai do curso natural da Evolução.


Enquanto surge um novo ente “desalmado”, de existência muito limitada, no palco terreno, a Mónada abandonada passa ao Pralaya Planetário precoce, ficando aguardando prematuramente um novo Manvantara Planetário. Isto equivale à entrada no “Cone da Lua”, na “8.ª ou Zero Dimensão”, o que acarreta sofrimentos indizíveis para a Mónada “expulsa fora da Corrente”, os quais se podem traduzir, muitíssimo palidamente, por uma solidão cósmica cuja mortalha é o frio sideral para a agasalhar, para a envolver... Se não a decrepitude de ficar para trás. Isso é o Avitchi ou Inferno prematuro, a antítese do Nirvana ou Estado Espiritual mais elevado que o Homem pode almejar e alcançar, o qual é o Paraíso das delícias eternas dos Homens Superados.

Quando acontece o rompimento do Espírito com a Alma, dá-se o fenômeno (hoje não raro) das “Almas sem Espírito” que continuaram vivendo na Terra até esgotar o prazo da encarnação vigente. Agirão com verdadeiros psicopatas, criaturas sem amor-próprio e infinitamente menos ao seu próximo, “títeres” do Mal, “bandeiras” rasgadas das hostes do vício e do crime não raras vezes, depois de esvaziadas do conteúdo espiritual, ocupadas por algum mago negro astral. Esse foi o caso de Hitler.


Dessa maneira, esses tulkus ou “aspectos” satânicos estabelecem e mantêm o vínculo físico-psíquico entre a Loja Negra na Terra e a sua contraparte Astral ou Kamásica. E como alimentam tal vínculo? Vampirizando os vivos, incitando-os à luxúria, à inveja, ao ódio e ao crime, estabelecendo para as nações o lema anárquico “dividir para governar”, invés do sinárquico “unir para reinar”. Um episódio que demonstra até onde pode levar a Goécia (termo oriundo do grego Goetheia, “encantamento”, cujo diminutivo é Gohes, “feiticeiro”, oriundo da raiz gon, donde gohos, “gemido, clamor”, referindo-se aos gritos e imprecações que os magos negros empregam para conjurar as potências malignas aos seus interesses).

Passo, finalmente, à terceira questão. Assim como há Involução Cósmica como descenso do Espírito à Matéria, igualmente há Evolução Cósmica como ascenso da Matéria ao Espírito. No Período Involutivo da Humanidade, várias Hierarquias Criadoras Espirituais, Cósmicas, ajudaram-na a constituir-se tal como hoje é. Essas Hierarquias ao terminarem o seu trabalho ficaram para trás na Marcha da Evolução Planetária, pelo que pertencem ao Passado longínquo e prosseguem a sua Evolução Cósmica para nós, humanos, um mistério.


Nada têm a ver com o Presente da Terra e com essas Hierarquias que por ora auxiliam o Homem no Caminho de Retorno ao Espírito Universal. Os “Irmãos Tenebrosos” e seus discípulos costumam invocar nomes tais como Píton, Asmodeus, Lâmia, Belzebu... Afinal, de que se tratam? Tão-só de Seres Cósmicos auxiliares da formação do Homem no Passado Cósmico longínquo de milhões e milhões de anos (para Eles, segundos...) e que nada têm a tratar com o Presente movimento planetário do qual, ademais, em sua grandiosidade nem sequer têm consciência alguma dele, tal como Homem não a possui de uma única célula do seu corpo... Contudo, permanecem as suas “sombras” ou chayas, e permanecem porque a Linha Negra se encarrega de mantê-las através dos seus vassalos, muitos deles usando pomposamente tais nomes.


Píton, a Alma-Grupo das serpentes, será também um poderoso Arqueu ou Assura que auxiliou à formação do Mental no Homem. O seu “veneno” (venena bibas) é o FOGO DA RAZÃO que então nos faltava, e, curioso, ou não tanto, as serpentes mais inteligentes e adiantadas são precisamente as mais venenosas.


Asmodeus, o “Espírito mau da concupiscência”, é afinal poderoso Arcanjo ou Agnisvatta que ajudou à constituição do Emocional (Psíquico ou Astral) no Homem. Lâmia, a “Tentadora”, terá colaborado na elaboração do princípio Vital (Duplo-Etérico) no Homem, através das energias apásicas ou lunares. Belzebu, também chamado “deus das moscas” e “senhor dos escaravelhos”, estes insectos considerados sagrados no Antigo Egipto por a sua função reprodutora ser semelhante ao encerrar da Alma num Corpo denso feito de lama, é também a designação da Alma-Grupo dos escaravelhos que iniciaram a sua evolução como moscas, e igualmente do Ser Cósmico que ajudou a Alma Humana a ajustar-se a um veículo carnal.

Todos essas e outras mais divindades do já longínquo Período da Involução pertencem ao PASSADO, e as querer importar ao PRESENTE é sumamente contraproducente em termos EVOLUTIVOS, mais do que para as Entidades em causa para os desgraçados invocadores, que assim retardam o seu progresso e de quantos os cercam, acarretando tais actos infames inaturais não poucas vezes doenças, loucura e morte.


A Magia Negra o é por servir-se das energias do Passado invertendo (eis a razão das “missas negras” serem feitas ao contrário, desde as palavras aos atos do rito) o Poder Divino da TEURGIA (Theos+Ergon = A Obra de Deus), e assim tornando-se instrumento de dinamização da personalidade tendo por base métodos cruéis e imorais, em suma, destruidores de tudo quanto signifique EVOLUÇÃO. Quanto à influência de Píton parece que ela se faz sentir na moda em dia dos “extraterrestres reptilários”, demonstração cabal da ligação d’alguns às regiões mais baixas do Astral, onde a consciência onírica se mistura inextrincavelmente à consciência física... para todos os efeitos, visivelmente atormentada.

O Tempo dos verdadeiros magos 4



Saiba-se que a Magia Branca dos Sete Raios de Luz, empenhada na MISSÃO Y ou da Mónada Peregrina pelo Itinerário de IÓ, assenta em três regras básicas: 1.ª - Vontade firme de fazer o Bem, a todos os níveis de consciência. 2.ª - Trabalho de salvação da Humanidade, instruindo-a e iniciando-a. 3.ª - Colaboração permanente nos planos social e espiritual. Essas três regras cumprem-as o TEÚRGICO como “Obreiro do Eterno na Face da Terra” por via dos sistemas Yama e Niyama, os quais constituem as Colunas de Realização nesta mesma OBRA DIVINA, bem se podendo considerar, neste tempo tempestuoso por que passa o Mundo, espiritual Barca de Salvação para todos os aspirantes ao Bem, ao Bom e ao Belo.

YAMA refere-se às cinco restrições fundamentais: Estamos inseridos no quadro dos SERVIDORES DA NOVA ERA, estamos criando cada vez mais o NOVO PRAMANTHA, com Regras e Técnicas Iniciáticas, JINAS, que nos outorgou o nosso Venerável Mestre JHS, as quais levam a desintegrar, na Ara do Fogo Sagrado, as querelas e mazelas kármicas de quantos sofrem na vida, todos esses que, no final de contas, são nossos irmãos em Humanidade. Ajudando-os ajudamo-nos, e comparticipamos ativamente no Desígnio do Eterno na intenção nobilitante de tornar o Homem mais Homem e Deus mais Deus, concorrendo assim, no dizer do mesmo JHS, para a consumação da “Bastilha Universal”, a quando se dá a final e suprema Concórdia de todas as criaturas humanas da Terra.

No vale do Nilo acontece essencialmente algo paralelo ao ocorrido na China, Índia e Mesopotâmia. Uma civilização mítica ali emerge, por volta do terceiro milênio antes de Cristo, de um neolítico centrado na cultura do trigo. Essa mantém ritualisticamente as paleotécnicas da agricultura, da cerâmica e da medicina e estabelecem as da mineração e metalurgia, as da arquitetura e, principalmente, a das tinturas de vidros, tecidos e cosméticos. Também a astrologia e a paleomatemática egípcia são de origem mítica.

As primeiras são técnicas mágico-míticas e as últimas são mânticas. As técnicas dos metais e da forjaria, assim como as da fabricação de vidros coloridos e das tinturas, de um lado; e de outro, as da medicina e da astrologia, mostram analogias e coincidências significativas entre si, como se o refino dos metais e o preparo das pedras ornamentais se relacionassem com a cura das doenças e a conquista da imortalidade. Algo de específico, no caso do Egito, é que essas técnicas originárias da alquimia estavam muito ligadas ao culto dos mortos. A protoquímica do processo de mumificação deve ter sido importantíssima nessa unificação. O simples fato de a mumificação ter como objetivo a imortalidade e divinização dos mortos devem ter sido por isso, decisivos para o posterior aparecimento da alquimia egípcia. Não se dispõe de documentos que atestem à atividade desses grupos de proto-químicos ou proto-médicos da civilização mítica egípcia; mas há testemunhos de persistência de tais atividades, já então arcaicas, em épocas mais recentes. Um deles é o célebre Papiro de Leiden, o outro é o Papirus Holmiensis de Estocolmo, encontrados numa mesma coleção, no fim do século passado em Tebas, e que datam dos primeiros séculos de nossa era.

Ambos tratam de simples técnicas proto-químicas, de metalurgia, de tinturas, de preparação de pedras ornamentais e da fabricação de ouro e prata. São tais documentos que permitem concluir pela existência de tais técnicas na civilização mítica egípcia. Em 525 a.C., Cambises, rei da Pérsia, anexa o Egito ao Império Persa. Neste momento, embora sagrando-se Faraó, ao fundar a XVII dinastia, Cambises destrói a civilização mítica egípcia, forçando seu confronto com a sapiência caldaica. Não há dúvida que os antigos mitos egípcios persistem; mas, agora sujeitos a uma interpretação sapiencial, isto é, sujeitos à reflexão individual, preocupada com a procura de uma verdade única. Ísis, Hórus, Osíris e Thot não seriam, a partir de então, personagens míticos, mas deuses revelados ou profetas reveladores. Por volta do ano 300 a.C. a conquista do Egito por Alexandre veio estabelecer definitivamente o advento de uma civilização sapiencial no Egito, pelo estabelecimento, em Alexandria, da cultura helenística. Aliás, tal cultura era baseada numa forma toda peculiar de sabedoria: a filosofia grega, que apareceu na Grécia clássica 600 anos antes de Cristo. Um dos mais antigos textos helenísticos referentes á alquimia intitula-se A Profetiza Ísis para Seu Filho, onde Ísis revela como obteve de um anjo - que a desejava sexualmente - o grande segredo da técnica egípcia.

Note-se que isso se dá num momento favorável da posição dos astros no céu: é o Kairos, o momento favorável - que domina um dos aspectos da alquimia helenística. O que revela o anjo não são somente receitas mágicas para obtenção do ouro alquímico, mas, também, a necessidade da união dos opostos para consegui-lo, no momento favorável; o que é expresso pela exortação final de Ísis a seu filho Osíris: "De modo que tu és eu e eu sou tu". Isso indica que, nessa época, a técnica mítico-mágica da transmutação dos metais já se subordinava a um princípio sapiencial: o de que tudo resulta da constante oposição dos contrários e sua final conjugação.


Dessa forma, a alquimia egípcia - semelhantemente à chinesa, à hindu e à caldaica - provém de técnicas mágico-míticas. Mas, ela só se constitui definitivamente como tal depois de se tornar possível a visão dessas técnicas sob um ponto de vista sapiencial, baseado em meditações sobre a unidade e a verdade. Tal sabedoria aparece-me Alexandria, entre o terceiro século antes e o terceiro depois de Cristo, como resultado de um sincretismo do neoplatonismo grego, da cabala judaica, da mântica caldaica e da mítica egípcia. Plotino (205-270), o filósofo neoplatônico helenístico, com sua procura mística de união com o bem, através da inteligência, constitui-se como ponto de ligação entre a filosofia grega e a sapiência alexandrina.

Essa ligação foi expressa pelo neoplatônico sírio Jâmblico (250-330) que transformou a filosofia mítica de Plotino numa teurgia ou conjugação mágica de deuses. Seu livro mais conhecido, Os Mistérios do Egito, escrito em grego, é uma resposta à carta de Porfírio a Amélio refutando qualquer teurgia e as práticas de adivinhação da época.


O livro Jâmblico é, portanto, uma defesa da teurgia, isto é da possibilidade da manipulação mágica dos deuses em prol da satisfação de desejos humanos. Faz ele apelo à sabedoria caldaico-egípcia, a qual se apóia na crença de uma co-naturalidade entre a alma humana e os seres divinos que governam o cosmo e a matéria. A verdade única vem dos deuses, mas pode ser conhecida pelos homens através da mântica - as adivinhações em todos os seus aspectos: pelos sonhos, pela inspiração ou processão, pelos oráculos, etc. Mas é de se notar que a defesa da teurgia é feita recorrendo à filosofia grega, especialmente a platônica e, freqüentemente, à de Plotino.


Os mistérios do Egito são, além do mais, um testemunho do parentesco entre doutrinas caldaicas, a literatura hermética e o neoplatonismo; pois, uma das fontes de Jâmblico seriam os Oráculos Caldaicos, redigidos o segundo século de nossa era, onde velhos mitos babilônicos são associados a teorias filosóficas em torno da heliolatria zoroastriana. Mas, enquanto para os neoplatônicos o conhecimento da divindade é um meio de comunicação com os seres espirituais, para Jâmblico isso poderia ser conseguido pela conjuração mágica, embora guiada pela filosofia.

Tal parentesco é visível nos livros do Corpus Hermeticus - coleção de tratados - escritos em grego, provavelmente compostos entre o primeiro e o fim do terceiro século de nossa era, atribuídos ao personagem lendário Hermes Trimegisto, nome também atribuído ao deus Thot, revelador das técnicas e da escrita. São revelações da sabedoria divina, nas quais o cosmo constitui uma unidade cujas partes são interdependentes - princípio este que se tornou básico na alquimia. Mas, para tornar este princípio operativo e atuante na prática, seria necessária uma sabedoria hermética, secreta e sagrada.

Evidentemente os tratados herméticos não são de alquimia, mas estabeleceram, além de preceitos de conjuração dos deuses em prol da satisfação de anseios humanos, inclusive imortalidade, uma interpretação sapiencial das técnicas mágico-míticas egípcias. Um dos primeiros textos alquímicos helenísticos é a Physica kay Mistika do pseudo Demócrito, do segundo século de nossa era. O livro inicia-se por uma revelação. O autor é conduzido ao templo de Mênfis pelo mago caldeu Ostanes. Uma das colunas abre-se e mostra o aforismo zoroastriano: "a natureza é encontrada pela natureza, a natureza vence a natureza, a natureza domina a natureza". Assim é um tratado grego que confessa uma influência caldaica na alquimia grega.

O interessante é que as receitas mágicas para obtenção do ouro e da imortalidade são, neste livro, justificadas fazendo apelo, de um lado, à teoria grega dos quatro elementos e, do outro, à mântica caldaica da astrologia e do culto do fogo. Contudo o primeiro alquimista egípcio autenticamente identificado, é Zózimo de Panápoles, que floresceu por volta do ano 300 de nossa era, em Alexandria. Zózimo, embora tenha sido o primeiro alquimista a ser chamado "filósofo", refere-se à alquimia como técnica sagrada (leratiche techné) que trataria tanto da transformação dos metais em ouro, por sua morte e ressurreição, como da encarnação ou desencarnação de espíritos. Tudo isso feito através de operações proto-químicas de destilação, sublimação e coagulação, em instrumentos inventados e construídos pela alquimista Maria, a Judia (daí o famoso nome do equipamento de laboratório trazido até nossos tempos: o "banho-maria").


É de Zózimo também a idéia de que existe uma substância que produza a transformação imediata do metal em ouro, quando projetada nela - a substância que sucessivamente toma o nome de tintura, elixir e, finalmente, pedra filosofal. Seria considerada de virtudes semelhantes às dos remédios, que curavam doenças ou davam longa vida ou, mesmo, eternidade. Zózimo aceita a idéia caldaica de que os processos alquímicos dependem da conjuntura dos astros e que cada astro corresponde a um metal.

Operar com a prata exige uma posição adequada da lua, tanto como para operar com sucesso sobre o cobre é necessário que Vênus ocupe uma posição correta no céu. Isso corresponde à idéia do Kairus revelada por Ísis. Por isso a obra alquímica tomou o nome de Kairus Baphoi na tradição helenística. De Alexandria a alquimia passou para Bizâncio quando essa cidade formou-se como capital do mundo helenístico e, depois, do império oriental.

Um célebre alquimista bizantino é Olimpiodoro (século V), tido como o autor do livro Sobre a Sagrada Arte da Pedra Filosofal - o qual testemunha a alquimia bizantina nos mesmos moldes que a helenística. Entretanto, há uma diferença fundamental: Olimpiodoro é cristão e, além disso, versado na filosofia grega. Portanto, para ele, o processo alquímico não necessita da magia para realizar-se, mas, é possível ser compreendido pela teoria grega aliada à mística cristã. Esta atitude nova inaugura uma divisão, no mundo cristão, entre a alquimia dita séria e o charlatanismo mágico. Ele procura interpretar os textos e receitas alquímicas "sérias" à luz das escrituras, entendendo o sentido último de ambos, não os aceitando literal, mas, simbolicamente. Um texto de Olimpiodoro é citado e interpretado sobre este enfoque, por Marie Louise von Frans, onde se descreve a transformação de algo personificado no Adão original - o homem moldado de barro, a matéria-prima original, a substância assimilada ao chumbo no processo alquímico.

Depois de sofrer a morte pelo fogo e a ressurreição, une-se, como metal trazido das profundezas da terra, a sua esposa, seu oposto, simbolizado no vapor. Desta conjuntion, a união dos opostos, resulta uma substância líquida amarga, significando uma reflexão profunda da qual resultaria algo verdadeiramente desagradável para a consciência: o limiar do inconsciente, com suas formas obscuras e a ausência das ilusões do consciente. A opus alchimica prossegue até que o líquido amargo se vá engrossando e, finalmente, coagule em ouro alquímico. Tudo isso é, para Olimpiodoro, expressão simbólica do desejo de perfeição e imortalidade humana. Assim, a alquimia seria para Olimpiodoro mais um processo mental que uma sabedoria da matéria. Aliás, isso já era sustentado, quase um século antes, por Sinésio de Cirene (c370-413), bispo de Ptolemais, na Líbia.

Quando os árabes conquistaram a Pérsia e o Egito, no século VII, entraram em contato com estas duas civilizações sapienciais, e absorveram-lhes a cultura por meio da tradução de seus livros. Entre os livros gregos, traduzidos para o árabe, estava O Livro dos Segredos da Criação - uma cosmogênese entremeada de conceitos alquímicos atribuída a Apolônio de Tiana, provavelmente do primeiro século de nossa era, um neoplatônico cuja figura biográfica, embora pagã, assemelha-se muito à de Cristo. Uma parte deste livro é a célebre Tábua Esmeraldina que, embora nada diga sobre as técnicas alquímicas, tornou-se para os árabes a obra básica de sua alquimia. O prestígio desta Tábua tornou-se tal que sua autoria foi atribuída ao próprio Hermes Trimegistro.

A Tábua Esmeraldina inicia-se pela conhecida frase: "O que está em cima é semelhante ao que está abaixo, e o que está abaixo é semelhante ao que está acima". Segue-se uma série de máximas cujo significado hermético foi interpretado pelos alquimistas não só árabes, mas, também, europeus, como uma interpretação sapiencial do que ocorria durante a opus. A partir do princípio do que o mais alto provém do mais baixo e vice-versa, e que tudo é obtido do único por meio da conjunção dos opostos, a obra, partindo da união do sol com a lua, engendra o sopro vital: o mercúrio, cuja aura é a terra. Ele é o fermento da transmutação dos metais, separa a terra do fogo, e o que é precioso do que é grosseiro; eleva-se da ao céu e retorna para unir o que está embaixo ao que está acima.


É a força que penetra tudo que é sólido e assim cria-se o microcosmo, imagem do universo. Esse é o processo alquímico, interpretado pelos árabes, a partir da sabedoria helenística. Por outro lado, as fontes caldaico-persas da alquimia árabe são evidentes na importância conferida ao fogo, como agente das transmutações nas operações alquímicas. Disse ser a cidade de Harram, na Síria, a fonte principal da alquimia árabe; mas é possível que essa influência caldaica já tenha sido anteriormente, transferida e incorporada à alquimia helenística, antes dos árabes a terem absorvido. De qualquer forma, a alquimia árabe tem uma peculiaridade.


Ela, em si mesma, não evoluiu de um estado de técnica mágico-mítica, nem é um resultado de uma interpretação sapiencial de uma técnica preexistente. Ela foi adquirida pelos árabes, por assim dizer, já pronta. Foi transposta de suas origens alexandrino-caldaicas para o contexto árabe já na forma de alquimia e não de técnica mágico-mítica. Tanto é assim que é possível que o primeiro livro árabe de alquimia seja o Livro da Composição Alquímica, escrito pelo conquistador árabe do século VII, Príncipe Chalite ibn Yazid, relatando o que lhe fora transmitido por um monge romano-egípcio, Morienus. Por outro lado, os alquimista árabes puderam distinguir nitidamente entre o conteúdo proto-químico das operações alquímicas e as diferentes interpretações sapienciais projetadas sobre ele. Isto porque estavam em contato direto com as diferentes sabedorias: as alexandrinas, com sua origem sincrética greco-egípcio-judaica; os persas e sírios, com sua origem caldaica; e as hindus, com sua origem budista. Percebiam que a interpretação sapiencial era diferente, mas a técnica subjacente era a mesma. Disto resultou que muitos destes foram mais proto-químicos experimentais que místicos sapienciais. Daí o grande desenvolvimento da paleoquímica árabe - a qual realmente formou a base da química européia. Assim é que o interesse principal da alquimia árabe era o da preparação dos elixires para a cura das doenças.


Formaram eles uma farmacopéia de remédios, à base de sais minerais, a qual permaneceu em uso até bem próximo de nossos tempos. Entre os responsáveis por essa farmacopéia estão os dois primeiros grandes alquimistas árabes. O primeiro é Jabir ibn Hayyan (c721-815), o mesmo que esteve na Índia e é dito erroneamente criador da alquimia hindu. Era médico da corte de Harum-al-Rashid. Fazia sua paleoquímica a partir da teoria grega dos quatro elementos, dos quais decorriam os dois princípios básicos: o mercúrio e o enxofre, a partir dos quais se formavam todos os metais, quando combinados em proporções diversas, a quantidade fabulosa de tratados atribuídos a uma coleção de escritos produzidos escondidamente em Bagdá, durante uma perseguição religiosa aos alquimistas.


O segundo é Al-Razi (c860-923) conhecido pelo nome latino de Rhazes, médico persa que viveu em Bagdá, autor da Enciclopédia médica Continente de Medicina e mais uma centena de livros. A medicina de Rhazes era baseada na grega; no entanto não faltavam nela os elementos mágicos que a traziam francamente para a alquimia, no que concerne, principalmente, ao uso de drogas da farmacopéia árabe, cujas virtudes eram atribuídas a poderes mágicos. Apesar disso não se podem esquecer os aspectos decorrentes da filosofia grega e místicos decorrentes da sabedoria alexandrina, tanto como a magia, a numerologia e a astrologia caldaica, nunca saíram dos interesses dos alquimistas árabes.


Quando Constantino, o Africano - que era um médico muçulmano formado em Bagdá e morreu como monge cristão em Monte Cassino, em 1087 - trouxe a farmacopéia árabe para a Europa, esta paulatinamente foi perdendo seu caráter mágico e transformando-se em medicina leiga. Referências a essa coleção de "elixires" árabes começaram a aparecer na Espanha a partir do século XI, incluídas nos tratados alquímicos árabes, os quais foram traduzidos para o latim a partir do século XII. Trabalhos Esotéricos. Magia Branca. Magia Negra. Teosofia. Teomancia Kabalah.Gematria.

A Teosofia é um estudo esotérico que se debruça sobre os mistérios divinos. A Teosofia dedica-se ao estudo das leis de Deus, ou das leis do mundo espiritual e das esferas celestes. Diz-se que os que conhecem a Teosofia, conseguem comunicar com demónios e anjos, espíritos de luz e espiritos de trevas, fazendo-os actuar no sentido de obter certos resultados na vida das pessoas, sendo essa a esfera dos seus trabalhos místicos. A Teosofia diverge da teologia, porquanto a teologia limita-se a estudar filosoficamente as doutrinas espirituais sobre as quais se debruçam as suas reflexões. A Teosofia, enquanto um sistema de conhecimentos espirituais e celestes, é também um conhecimento de teor teológico; Contudo a Teosofia possui depois uma «praxis», ou uma vertente de aplicações ao mundo físico, ou seja, possui um leque de conhecimentos com implicações muito praticas e muito objectivas na vida das pessoas.

A Teosofia, ao contrário da Teologia, não só se limita a ser um estudo apenas teórico ou «passivo» dos assuntos espirituais, mas é uma ciência esotérica que permite fazer uso dos conhecimentos espirituais para realizar tarefas místicas e trabalhos esotéricos com consequências muito objectivas. A Teosofia possui uma vertente teórica e uma vertente pratica. Uma das vertentes da «theoria» na Teosofia, é a Kabalah, ou seja, a ciência de Deus, ou seja, o estudo das Leis de Deus ou das Leis que regulam o mundo espiritual.

O estudo desta ciência é fundamentalmente baseado nos textos sagrados e em todas as verdades místicas e sabedorias magicas que estão subtil ou secretamente inscritas naqueles textos bíblicos e outros directamente relacionados, mas que são secretos e por isso não são aqui revelados. Uma das vertentes da «praxis» na Teosofia, é a Gematria, hoje em dia vulgarmente denominada como «Numerologia», sendo que esta é uma técnica muito pratica para dois fins: por um lado, é um instrumento de descodificação dos segredos ocultamente inscritos nos textos sagrados, ao passo que por outro lado, é um instrumento muito pratico de produção profética, pois permite conhecer e mesmo dominar de forma objectiva as leis e realidades espirituais que afectam a nossa existência terrena e física.

No seu todo, a, Kabalah e Gematria constituem um saber hebraico milenar denominado Teomancia, que é uma complexa ciência esotérica, a chamada ciência das leis de Deus, ou ciencia das leis e mecanismos do mundo espiritual. A origem da numerologia cabalística remonta os tempos dos sábios da Babilónia e do Egipto dos faraós, fazendo parte do ensino dos Grandes Mistérios. Na Grécia antiga os filósofos iniciados, ( alguns deles que tiveram mesmo contactos culturais com o Egipto), também trabalharam através da numerologia com a finalidade de conhecer as Leis espirituais que regulam e governam o mundo espiritual, bem como a vida terrena. Moisés, que tinha tido acesso aos conhecimentos esotéricos e mágicos da corte Egípcia que frequentou e onde estudou, ( sendo um conhecedor profundo dos mistérios da teologia e do misticismo, conhecimentos entre os quais se encontrava a Numerologia Mística), foi ele mesmo o escolhido para receber as Leis e as palavras de Deus, tanto aquelas que o povo deveria conhecer, como aquelas que são secretas e contem verdades divinas ocultas.

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