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domingo, 29 de junho de 2008

O Dragão pelos Nodulos em 2008



Os Nodos Lunares em 2008.

O Nodo Norte entrou o ano de 2008 transitando o signo de Aquário. Ele entra nesse signo em dezembro de 2007 e fica nele até agosto de 2009. Transitando por esse signo o Nodo Norte representa a dedicação impessoal à humanidade por parte das pessoas. O Nodo Sul em Leão simboliza vidas anteriores onde muito revolveu em torno do Ser. O Nódulo Norte em Aquário aponta para um futuro de serviço à humanidade, onde o individuo assumira o papel de “Aguardeiro”, a fim de que seja um instrumento na cruzada pela evolução do mundo. Antes que possa fazer isto, precisa lidar com o enorme poder do Nódulo Sul em Leão. Todas as pessoas que se empenharem em ajudar o próximo em 2008 serão bem recompensadas pela Hierarquia Superior e terão seus cármas aliviados. Por isso se sentir que pode ajudar alguém não se furte a isso e faça as boas ações que seu coração desejar.
O Nódulo Norte entrou o ano em conjunção com a cúspide da casa 4 mas voltando pra dentro da casa 3. Aqui ele diz a humanidade que ela está aqui pra aprender como integrar o entrelaçamento de pessoas e idéias à espera de sua compreensão. O Nódulo Sul na casa 9 mostra que uma ênfase no desenvolvimento em vidas passadas de toda raça humana. Literalmente milhões de horas de pensamento foram gastas para desenvolver em abundancia a sabedoria. Muito foi sacrificado para fazer isto, particularmente o prazer de relacionamentos significativos como outros. Assim muitas pessoas que lutaram pela educação no mundo deram total dedicação a meta de ensinar e levar a educação a todos. Por isso nesse ano de 2008 é necessário uma maior atenção do governo a área da educação e buscar melhorar o ensino no país e a valorização dos professores.
O Nódulo Norte se encontra em trigono com Marte isso é muito bom porque esse planeta é o regente de 2008. Aqui a vibração de Marte será bem aceita pelos Nódulos e ação de Marte vibrará em sintonia com as metas de aprimoramento do universo, mostrando assim que a ação do planeta será para evolução da humanidade e não para sua degradação. Só se dará mal aqueles que agirem na contra mão dos conceitos evolutivos e que não visarem o aprimoramento caro, ais sim poderão sofrer muitas conseqüências. Como Marte transita a casa 7 mostra que a evolução passara pelas cooperações, associações, uniões e relacionamentos amorosos.
O Nódulo Norte se dirige a uma conjunção com Netuno que se dará em 4 de maio. A vibração de Netuno somada ao Nodo traz a possibilidade de relacionamentos idealizados ou confusos. Por isso pense bem quando decidir se envolver em relacionamentos, casamentos ou associações durante esse primeiro semestre.
Essa posição dos Nódulos traz as pessoas que são afetadas diretamente por essa posição e também para o carma coletivo, somatizações sentidas na saúde gerando problemas no coração e sistema circulatório. Por isso que tem esses problemas de saúde e passar por essas influencias, especialmente os nativos de signos de Ar, poderão ter seus problemas aumentados. Também pode haver um aumento significativo no numero de pessoas que venham a sofrer desses problemas em 2008.

Rezemos a Hierarquia Superior e ao Criador que diminua nossa carga carmica.

Carlos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

Focando os Nodulos Lunares


NODOS LUNARES
Os Nodos de um planeta são os dois pontos virtuais da intersecção de sua órbita com a Eclíptica (que é o caminho aparente do Sol). Esses pontos são opostos entre si e, portanto formam um Eixo. Os Nodos que usamos comumente na astrologia são os Nodos Lunares: o Nodo Norte, também chamado de Nodo Ascendente ou Cabeça do Dragão é o ponto onde a órbita da Lua cruza a Eclíptica de sul para norte; o Nodo Sul, também chamado Nodo Descendente ou Cauda do Dragão corresponde ao ponto onde a órbita da Lua cruza a Eclíptica de norte para sul. No entanto, existem algumas questões com relação aos eles que devem ser abordadas. A primeira diz respeito à qual Nodo nós devemos usar: se o Médio (Mean) ou o Verdadeiro (True). Tradicionalmente o Nodo Médio é o aconselhado, mas vale mencionar que a diferença entre ambas as posições pode chegar, no máximo, a pouco mais que 2 graus. Por isso cabe a cada um a escolha.
Curiosamente muitos astrólogos e estudantes não configuram seus programas de Astrologia para representarem ambos os Nodos marcando apenas o Nodo Norte. Fazendo isso eles correm o risco de ignorarem uma conjunção com o Nodo Sul. Como sabemos, em toda e qualquer teoria astrológica a conjunção é sempre o aspecto mais forte. E especialmente quando estamos lidando com um Eixo (como no caso dos Nodos), o que deve ser levado em conta é a conjunção e não a oposição. Assim, a conjunção com um Nodo é importante para determinarmos de que forma o planeta se expressa. O Nodo Norte tem a natureza de Júpiter, portanto exerce uma influência benéfica sobre o planeta envolvido. Já o Nodo Sul tem a natureza de Saturno, portanto é indicador de dificuldades envolvendo a função representada pelo planeta em questão.
Freqüentemente existe uma outra dúvida com relação aos Nodos Lunares é quanto à maior importância de sua localização: se por casa ou por signo. Como sabemos o Ciclo Nodal Médio (período em que o Nodo percorre o zodíaco e volta a sua posição de origem no mapa) é de 18,6 anos e, portanto ele permanece num mesmo signo em torno de 1 ano e meio. Mas, em função do movimento de rotação da Terra, todos os dias ele passará por todas as Casas. Assim podemos concluir que é a sua posição por casa no mapa natal que, de fato, particulariza a interpretação. Considerando seu movimento retrógrado (permanente no Nodo Médio) temos que se o Nodo cai próximo de uma cúspide devemos estar atentos, pois na verdade ele está se dirigindo para a casa anterior. Quanto mais próximo à uma cúspide devemos investigar com o cliente sobre as casas em que os Nodos podem estar atuando. Alias podemos nos surpreender com uma atuação em ambas as casas. Segundo Dom Néroman serão nessas áreas que a influência do Céu se fará mais intensa já que ali "o influxo estará mais concentrado e intensificado". Já o astrólogo Martin Schulman diz: “O Nódulo Norte simboliza a área de expressão mais elevada a ser atingida na vida atual e, portanto, deve ser interpretado através das mais altas qualidades do signo e da casa onde estiver localizado na carta natal”.
Aliás, a técnica de Evolutivo o Fatum de Néroman, dá-se grande ênfase aos Nodos. Segundo ele, o Dragão (como se refere aos Nodos Lunares) é o grande receptor dos influxos que o Céu emite e que constituem a base de sua teoria. E somente quando há também um envolvimento dos Nodos nos aspectos que o Fatum forma com os planetas natais (ou em trânsito) é que acontece uma transmissão perfeita desses aspectos, sem interferências nesses influxos. Segundo ele, o Dragão é a resultante de todas as influências às quais nos submete o Céu na nossa condição terrestre.
Segundo Schulman os Nodos tem que concordar com o restante do mapa para terem uma aplicação e significado eficiente. Também Dane Rudhyar e Alexander Ruperti têm trabalhos interessantes em que dividem o mapa por setores ou zonas à partir dos Nodos e interpretam os planetas levando em conta sua localização nessas áreas.
Temos ainda zodíacos gerados à partir das posições dos Nodos e cada um com uma função específica. O primeiro tem o Nodo Norte como Ascendente, num sistema de Casas Iguais e serve como uma opção, além do Mapa Solar (Sol no Ascendente), para casos em que não se conhece a hora do nascimento.
Há também um método desenvolvido pelo argentino Néstor Echarte chamado Zodíaco Dracônico, , e que tem o Nodo Norte como correspondente ao grau 0º de Áries. Á partir daí, transformando as posições natais dos planetas para essas novas coordenadas temos um mapa de apoio para a interpretação do Mapa Natal. Esse novo mapa serviria para nos falar sobre fatores inconscientes. Na verdade, este é um zodíaco da Lua, não do Sol.
Cabe aqui também incluir o Mapa do Nodo Sul que nos é apresentado por um pioneiro no campo da Astrologia Médica o astrólogo Robert Jansky. Esse mapa é gerado à partir do Nodo Sul (tomado como o Ascendente), num sistema de Casas Iguais, e que vai tratar exclusivamente de questões de ordem física e da saúde do indivíduo.
Os Nodos são de grande importância nas técnicas de Sinastria. Contatos de planetas de uma pessoa com os Nodos de outra contam como fatores de atração entre as mesmas. Segundo Elói Dumón, eles representam o impulso de nos unirmos aos demais, buscando o companheirismo, o amor à adaptabilidade, ou pelo contrário, a falta de adaptabilidade ou mesmo uma conduta anti-social.
Ainda que possamos ter dificuldades com pessoas do signo onde está a nossa Cauda, há quem já tenha observado que o problema esteja no signo da Cabeça (o que também faz sentido, sendo a Cabeça um ponto menos "familiar", o qual precisamos de um esforço consciente para incorporar). Verificar qual dessas teorias é mais válida é bastante fácil e pode gerar uma pesquisa interessante.
Segundo Schulman, a vantagem de um nódulo sobre o outro não é uma constante, até o tempo em que o Nódulo Sul atue em seu mais elevado nível permitido, o individuo achara menos recompensa no Nódulo Norte do que espera. Ainda segundo ele, desde que o Nódulo Sul simboliza o auge das características comportamentais de muitas vidas, seria somente levando tal comportamento, através de uma evolução progressiva, que o individuo estaria pronto pra beneficiar-se de seu Nódulo Norte. Se ele esforça para superar os caminhos nos quais seu Nódulo Sul o está segurando, então encontrará a Direção Divina na surpreendente benção que seu Nódulo Norte lhe concede.
Sobre os aspectos Schulman nos diz que as conjunções planetárias com o Nódulo Sul, representam as lições cármicas, levando mais de uma vida para se aprender, aparecem com fortes conjunções. Já as conjunções planetárias ao Nodo Norte estimulam o individuo a deixar seu passado para traz. Ao invés, ele aprenderá uma nova lição cármica na vida atual. Mas quando o planeta regente de qualquer um dos Nódulos está no signo do Nódulo oposto, entao o aspecto da recepção mutua deve ser considerado. Aqui o passado e o presente estão tão inevitavelmente ligados, que será necessário para o individuo recorrer a seu passado a fim de preencher seu presente. Conjunções aos dois Nódulos, a alma é confrontada com a resolução de um conflito muito poderoso, que não pode ser adiado alem da vida atual. Já as quadraturas de planetas com os Nódulos atuam como desordens ao tema central na vida. nos trigonos com o Nódulo Sul eles oferecem ao individuo oportunidades de, simbolicamente, reviver e aperfeiçoar seu passado. Os trigonos com o Nódulo Norte contem a promessa de uma experiência de vida ricamente recompensada.
No signo de Martin Luther King encontramos os Nódulos Touro-Escorpião. Aqui o carma da alma é afastas-se do passado de violência de Escorpião para a paz de Touro regido por Vênus. O Nódulo Sul na sétima casa indica que em encarnações passadas esta alma deve ter sofrido por impulsos destrutivos de outros. Nesta vida, houve uma identificação a ser feita com a construção do ser (Touro na primeira casa) e de uma maneira sólida, firme, mas não violenta. Curiosamente, seus Nódulos caem nos dois signos que eram os signos do Sol e da Lua de Gautama budha, cuja vida representou princípios muito parecidos. Quando vemos fortes semelhanças entre diferentes cartas natais, isto quase sugere que diferentes almas podem ter recebido parte de seus ensinamentos no mesmo lugar. (Martin Schulman – Os Nódulos Lunares – Editora Ágora).

Carlos Lima - Astrólogo e Pesquisador.

sábado, 28 de junho de 2008

Mas o que era a Estrela de Belém?


Ms o que era a estrela de belem ?
Desde que Kepler procurou uma explicação astronómica para o que os magos terão visto no céu, que os astrónomos têm estudado o problema. Os magos do Oriente terão provavelmente vindo da Babilónia, actual Iraque, onde viviam algumas comunidades judias, ou da Pérsia, actual Irã, onde residiam também algumas comunidades judias, menos numerosas e interpenetradas estas com os seguidores de Zoroastro. Os magos eram homens sábios, mágicos e astrólogos, altamente respeitados por todo o Médio Oriente, pelo que chamá-los reis apenas reflecte a sua importância na sociedade do tempo.
A imaginação popular tem retratado o episódio das mais variadas formas. Por vezes, aparece uma estrela por cima da manjedoura; outras vezes, um cometa, como no célebre quadro de Giotto existente em Pádua, pintado nos inícios do século XIV, pouco depois de uma espectacular passagem do cometa Halley. A cena é sugestiva, e imagina-se os magos seguindo uma estrela que, pouco a pouco, lhes indicava o caminho. Outra imagem curiosa é a da «Adoração dos Magos» da oficina de Vasco Fernandes, pintada no início dos anos 1500, pouco depois da descoberta do Brasil. Um dos magos é um índio brasileiro, com o seu traje de penas. Vale a pena ir ao Museu de Grão Vasco, em Viseu, para observar a pintura.
Em 1603, Johannes Kepler, à época astrónomo e astrólogo imperial, observou uma conjugação dos planetas Júpiter e Saturno, que apareceram no mesmo meridiano celeste, um por debaixo do outro, e foi seguida por um agrupamento de Marte, Júpiter e Saturno, que apareceram muito perto. Pouco depois, uma supernova brilhante, resultante da explosão de uma estrela, apareceu na mesma área do céu. Kepler supôs que a supernova teria sido criada pelos planetas, o que hoje se sabe ser impossível. Fez cuidadosamente as suas contas e reparou que entre os anos 7 e 4 a.C., data já então considerada provável, para o nascimento de Cristo, se tinha verificado uma conjunção de planetas e um agrupamento. Imaginou que uma «estrela nova» tivesse também aparecido na altura e que ela tivesse guiado os magos a Belém. Sem o saber, Kepler originou uma polémica que ainda hoje perdura, originando anualmente dezenas de artigos científicos, livros e reflexões religiosas.
O que terá sido, afinal, a estrela de Belém? Algumas respostas são muito simples. Foi um milagre, dizem alguns crentes, pelo que não há explicação possível. Não se deve tomar a Bíblia como verdade histórica, dizem outros, pelo que, naturalmente, nunca houve nenhuma estrela de Belém. Muitos astrónomos, contudo, ficaram fascinados com o problema. Todos os anos aparecem novas interpretações e novos dados científicos e históricos. A polémica persiste, contudo, e as explicações são variadas.
Todas estas interpretações possuem duas falhas gritantes. Por um lado, não conseguem explicar o estranho movimento da estrela de Belém, que teria precedido os magos na sua viagem de oriente para ocidente, os teria depois orientado de norte para sul, ao viajarem de Jerusalém para Belém, e teria parado sobre o local onde se encontrava Jesus. Nenhum dos fenómenos celestes apontados poderia manifestar comportamento tão estranho. Por outro lado, e este será o argumento mais forte, nenhuma destas teorias permite explicar que apenas os magos tivessem visto um fenómeno espectacular no céu. Os judeus de Jerusalém deveriam ter igualmente visto o cometa ou a supernova, não se percebendo que uns tenham ficado impressionados com o fenómeno e outros o tenham ignorado.
Dois livros recentes parecem lançar mais alguma luz sobre o problema. Um deles é de Mark Kidger, um astrónomo britânico que actualmente trabalha no Instituto de Astrofísica das Canárias. A obra, intitulada The Star of Bethlehem: An Astronomer’s Point of View saiu sob a chancela da Princeton University Press. O outro é da autoria de Michael Molnar, um astrónomo norte-americano. Tem como título The Star of Bethlehem: The Legacy of the Magi e foi publicado pela Rutgers University Press.
Ridger apresenta como explicação não uma mas várias «estrelas de Belém». Segundo este astrónomo, o «primeiro sinal» terá sido uma tripla conjunção de Júpiter e Saturno, que se registou no ano 7 a.C. na constelação Peixes. Argumentando que Peixes é o signo da Judeia, Ridger diz que qualquer fenómeno astronómico aí registado seria seguido com atenção pelos magos, que esperavam por um sinal anunciador do nascimento do Messias. Ao contrário dos habitantes locais, que não se interessavam por fenómenos celestes nem por astrologia, o alinhamento dos dois planetas no mesmo meridiano, passando um por debaixo do outro, seria seguido com interesse pelos magos da Babilónia ou da Pérsia que, apesar de terem origem judia, viviam sob influência da astrologia grega, romana e zoroastrista. O «segundo sinal» seria um agrupamento dos planetas Júpiter, Saturno e Marte, que se registou em Fevereiro do ano seguinte, 6 a.C., igualmente em Peixes. O «terceiro sinal» seria uma conjugação de Júpiter e da Lua, que se realizou em Fevereiro de 5 a.C. na mesma constelação. Depois de todos estes acontecimentos celestes, os astrólogos magos ter-se-iam convencido da chegada do Messias e ter-se-iam preparado para a caminhada até Jerusalém. O «quarto sinal», ainda segundo Ridger, seria o aparecimento de uma explosão estelar, uma nova ou supernova, que o astrónomo britânico levanta como possibilidades, baseado em estudos de registos chineses. A «estrela nova» não seria tão espectacular que tivesse despertado grande interesse na Judeia, mas seria o sinal decisivo para astrólogos magos, que teriam passado os últimos anos a seguir os acontecimentos celestes. Os magos ter-se-iam posto a caminho para o local lógico de nascimento do novo rei dos judeus: a Judeia. Chegados a Jerusalém, pelo movimento natural dos céus, a nova, que teriam visto a oeste durante a madrugada, apareceria agora a sul, indicando o caminho para Belém.
A explicação de Ridger parece bastante plausível e vem trazer novos elementos a esta longa polémica. Mas Michael Molnar, o astrónomo que publicou o segundo livro sobre o tema apresenta um argumento que parece demolidor: não era Peixes mas sim Carneiro o signo associado à Judeia. Molnar apresenta dezenas de autores e estudos da antiguidade, nomeadamente Ptolemeu, em apoio à sua tese, enquanto Ridger apenas se baseia no testemunho do rabi Abarbanel, um sefardita espanhol que viveu no século XV.
A explicação avançada por Molnar é completamente inovadora e baseia-se numa leitura das edições mais antigas do Evangelho de Mateus, escritas em grego. Molnar diz que a estrela não era mais do que o planeta Júpiter, que teve uma conjugação com a Lua em 17 de Abril de 6 a.C. na constelação Carneiro, o signo dos judeus. Essa conjugação não seria visível, pois registou-se perto do Sol, e apenas astrólogos a poderiam ter calculado. Indo ao texto grego, Molnar interpreta os versículos de Mateus tal como eles seriam lidos por astrólogos magos da época. A frase «vimos a sua estrela no Oriente», depois de confrontada cuidadosamente com o texto grego, significa apenas «vimos a sua estrela (isto é, o planeta Júpiter) nascer a oriente do Sol» (logo antes do Sol, o chamado nascimento helíaco). Quando o texto bíblico afirma que a estrela «ia adiante» e «parou», isso apenas significa que a estrela (Júpiter) seguia o movimento de leste para oeste nos céus (hoje chamado retrógrado, para um planeta) e depois ficou estacionária, o que terá acontecido em 19 de Dezembro do mesmo ano, antes de recomeçar o seu movimento aparente normal, de oeste para leste, habitual nos planetas.
As datas, tanto de Ridger com de Molnar, são compatíveis com o que se admite ter sido o momento de nascimento de Cristo, situado em data incerta, entre 7 e 4 a.C., provavelmente num mês de Abril ou Maio. As explicações parecem igualmente credíveis, mas a obra de Molnar, com uma interpretação puramente astrológica da estrela de Belém, parece estar a despertar mais interesse entre os estudiosos. Owen Gingerich, astrónomo e historiador de Harvard, diz que o livro de Molnar é a contribuição recente mais importante na procura de uma explicação natural para a famosa Estrela de Belém. Talvez a explicação da Estrela de Belém não esteja, afinal, escrita na observação de um fenómeno celeste espectacular, mas sim no simbolismo da astrologia antiga.
O certo é que esse não é um fenomeno normal que possa ser esplicado pela ciencia, pois se refere na algo extraordinario que marcou a humanidade para sempre. Na verdade, eu tenho por certo que a chamada “Estrela de Belem”, é sim um alinhamento astronomico, com interpretacao astrologica, por isso se deu a visita dos magos ao menino. Eles o encontraram atraves da Astrocartografia por isso discrevem a estrela como guia. Eles simplesmente usaram as cordenadas baseadas nas posicoes dos astros para encontrar aquela pessoa especial revelada pelo Mapa montado naquela epoca. Esse aspecto mistico nos é tambem confirmada na visao de Santa Ana Catarina: “Então se renovou nessas três tribos o estudo das estrelas e renasceu o desejo da vinda do Menino prometido. Desses três irmãos descenderam os Reis Magos em linha direta, por 15 gerações, após 500 anos; mas, pela mistura com outras raças, eram de cores diferentes. Desde o princípio desses 500 anos, ficavam sempre alguns dos antepassados dos Reis num edifício comum, para estudarem os astros; conforme as diversas revelações que recebiam, mudavam certas coisas nos templos e no culto divino. Todas as épocas que se referiam à vinda do Messias conheciam-nas nas visões Milagrosas, ao observar as estrelas. Desde a Conceição de Nossa Senhora, portanto há 15 anos, essas visões mostravam, cada vez mais distintamente, a vinda da criança. Por fim viram até muitas coisas que se referiam à paixão de Jesus. Podiam calcular bem o tempo da estrela de Jacó, que Balaão predissera. (Núm. 24, 17); pois viram a escada de Jacó e, segundo o número dos degraus e a sucessão das imagens que nestes apareciam, podiam calcular, como num calendário, a proximidade da Salvação; pois o cume da escada deixava ver a estrela ou a estrela era a última imagem dela”. Quando ela fala em visões milagrosas, nos mostra que a astrologia como Ciência Sagrada está ligada as Hierarquias Superiores, e por isso a Visão mística dos acontecimentos são palpáveis e possíveis.


Pesquisa desenvolvida por:
Carlos Lima - Astrólogo e Pesquisador – Shalom pra todos e que a paz de Cristo esteja com todos.

Veja no próximo artigo:
Tentação e morte de Jesus, na visão astrológica.

sábado, 21 de junho de 2008

Khem e os Gatos



Os GATOS E KHEM No antigo Egito, o gato era venerado como um deus, encarnado na cabeça de Bastet. Deusa da caça, da boa saúde, da fertilidade, do amor, da alegria, da dança e da luz; filha do Deus Sol. Representada com a cabeça de felino e corpo de mulher, trazia numa das mãos um sistro, instrumento de percussão usado pelas bailarinas, e, na outra, a cabeça da deusa leoa Sekhmet. Esta era, na verdade, a sua contraparte: quando Bastet se enfurecia transformava-se na terrível Sekhmet uma leoa que punha fogo pela garganta. Passada da
cólera metamorfoseava-se novamente em gata, reassumindo sua docilidade. Bastet era sempre representada com uma ninhada de gatinhos a seus pés para simbolizar a fertilidade. Não é sem razão que os egípcios deram a Bastet, o aspecto de gata. Pois é um animal notável de resistência, de saúde e fertilidade. Bastet significa "a-de-Bast" era a cidade onde se situava o principal templo dedicado aos gatos e para onde, todas as Primaveras, convergiam mais de 500 mil pessoas para assistirem ao festival sagrado. Cerca de 100 mil gatos mumificados eram enterrados em cada festival, em honra da felina "virgem-deusa" (a qual foi presumidamente segundo alguns sectários, a precursora da Virgem Maria). Os festivais de Bastet eram conhecidos como os mais populares e desejados em todo o antigo Egito, como um sucesso, talvez não totalmente alheio ao fato de incluir selvagens celebridades orgíacas e "frenéticos rituais". O culto do gato era tão popular que subsistiu durante perto de 2000 anos. Os gatos eram enfeitados com jóias e perfumados com as mais finas essências. Foram os egípcios, alias, que os domesticaram há 5.000 anos, quando capturavam gatos selvagens no norte da áfrica e os usavam para proteger suas mercadorias da invasão de ratos nos celeiros. Tinha uma cidade inteiramente sua e também um cemitério particular. (No inicio do século foi descoberto pelos arqueologistas, um fabuloso cemitério perto de Beni Hassan, onde repousavam há milênios 300.000 gatos embalsamados e mumificados, nas tumbas subterrâneos). Após a morte, os gatos egípcios eram embalsamados com todo o cerimonial, com os corpos envolvidos por faixas coloridas e o focinho coberto por mascaras esculpidas em madeira. Alguns eram colocados em esquifes de madeira com a forma de um gato, enquanto outros eram metidos em cestos de vime. Os bichanos eram mumificados e enterrados, acompanhados de ratinhos também mumificados, que lhes deveriam servir de
alimentos no outro mundo. Quem matasse um gato no Egito era punido severamente e os donos vestiam luto, assim como também raspavam as sobrancelhas em sinal de luto. Para se ter uma idéia do prestigio dos gatos naquela época, basta lembrar que o historiador grego Heródoto (cerca de 484 a.C. - 425 a.C.), considerado o pai da História, afirma num de seus relatos que, quando havia um incêndio numa casa egípcia, seus habitantes preocupavam-se "menos com o fogo e mais com os gatos". Num incêndio a prioridade era salvar os gatos mesmo que para isso os egípcios tivessem que arriscar a própria vida. A adoração dos egípcios aos gatos custou-lhes uma amarga derrota militar. O rei persa Cambesis tomou tranqüilamente Mênfis, a cidade sagrada dos faraós, amarrando mil gatos aos escudos de seus guerreiros. Claro que nenhum soldado do exército egípcio ousou erguer a arma contra os seus felinos senhores, que, aliás, foram mortos logo depois da vitória de Cambesis. Dois anos mais tarde Cambesis morria, vitima de uma doença misteriosa. Vingança dos gatos? Nem todo o gato era considerado um deus, mas havia uma forma na quais algumas das suas divindades podiam ser personalizadas. Era na forma de um gato que o grande deus sol Ra venceu Apep, a serpente da escuridão. Desenhos delicados de papiro mostram-no lutando contra o golpe da morte, com um punhal, uma vitória que tinha de ser repetida todo dia, pois o Sol e a Escuridão são imortais. A palavra egípcia que descrevia o gato era Mau, derivada da voz do gato. Uma outra divindade que matava a cobra era a deusa Mafdet, apresentada na forma de gatos nas gravuras esculpidas na parede da pirâmide da quinta e sexta dinastias, estimado anteriormente em 2.280 a.C. como protetor do faraó. Amuletos de gato e cabeça
de gato persistiram até quase os dias atuais. Embora fosse proibido tirar os gatos da terra dos faraós, a incansável destreza na perseguição aos ratos fazia deles convidados indispensáveis dos navegantes em suas viagens para afugentar os ratos dos navios. E logo começaram a surgir gatos na Grécia, em Roma... Na Grécia clássica, o gato foi associado à feminilidade, ao amor e ao prazer sexual, atributos de Afrodite. Também foi associado à Artemis, a deusa da caça e da lua, da qual se dizia que teria escapado um perseguidor, Tiphon, transformada em gata. Em Roma, no Império Romano, o gato esteve ligado a várias deusas. Diana, a caçadora, governava a fecundidade e a lua, assim como Bastet, e uma lenda antiga atribui a ela a criação do gato. Também a sensual Vênus é representada como uma gata, uma encarnação de emoções maternas. Não era só nas religiões egípcias e egipto-romanas que os gatos participavam. Os chineses tinham um deus da agricultura em forma de gato, alias eles possuíam estatuetas de gatos para afastar os maus espíritos; os peruanos tinham um deus felino da cópula, e os irlandeses, um deus com a cabeça de gato. Eles também estavam relacionados com duas deusas nórdicas. Os Hindus transformaram-no igualmente num animal sagrado. Os gatos atravessaram o Oriente, e foram se instalar, pouco antes da Idade Média, no coração da Europa. No princípio, foi muito bem recebido. Na época existia uma ordem real, que proibindo aos habitantes de Gales, na Bretanha, a posse de animais, à exceção do gato. Os ingleses, claro depois dos egípcios são os que mais se apaixonaram pelos gatos, vale citar que a primeira exposição de raças de gatos, aconteceu na Inglaterra, bem como o primeiro clube fundado. Adoradores confessos dos gatos até os dias atuais, podem-se encontrar-se em Londres imponentes estatuetas de gatos, que são verdadeiros monumentos. Na França do século XVI, o cavaleiro que quisesse conquistar uma dama, em vez de flores, lhe oferecia um gato. Alias, no sul da França, existia a lenda dos gatos mágicos chamados matagots, que traziam fortuna e sorte a quem os acolhia e amava. Na Rússia os gatos também eram estimados, onde era comum serem encontrados vários deles nos mosteiros e conventos. O Japão não ficou imune aos seus encantos. Os gatos chegaram ao país do sol-nascente ao mesmo tempo em que o budismo. Residiam nos templos para protegerem dos ratos os manuscritos sagrados. Séculos depois, no reinado do imperado Jedi-jô, no décimo dia da quinta lua, uma gata branca pariu três gatinhos da mesma cor, no palácio imperial de
Quioto. Maravilhado pelo espetáculo, o imperador ordenou que fossem tratados e adulados como crianças reais. O povo inteiro começou então imitar o soberano. Os gatos passaram a ser cuidados com todos os desvelos, amimados e passeavam a trela pelos jardins. De tal forma, esqueceram de caçar os ratos destruidores dos bichos de seda. Os Japoneses recorreram então ao ersatz: desenharam figuras de gatos nas portas das casas e fabricaram efígies do animal de madeira ou de porcelana, antes de restituir à liberdade de todos os gatos. Os comerciantes japoneses costumavam ter um gato em seus navios porque, segundo acreditavam lhes trazia boa sorte e lhes protegia dos maus espíritos do oceano, responsáveis pela tempestade e pelo naufrágio. Uma estatueta com a forma do gato era considerada como um poderoso amuleto. O gato tornou-se um animal de estimação das casas nobres e das cortes. Meio século mais tarde, os japoneses começaram, porém a ter medo os gatos, que consideravam como espíritos malignos ou demônios, e essas crenças refletiram se no tratamento dado aos animais. Uma crença tradicional muito antiga, que radicava no antepassado dos japoneses Ainus começou subitamente a ser levada a sério, e os japoneses passaram a cortar a cauda aos seus gatos, pois temiam que pudessem transformar-se em serpente quando os gatos assim o desejassem. Do século XIV em diante, quase todos os gatos representados em desenhos japoneses são desprovidos de cauda. (Os gatos sem cauda dos nossos dias são, porém resultado de uma mutação acidental e não gatos a que se tenha cortado a cauda). No Japão, os gatos continuam a ter o seu templo privativo em Tóquio. O Bobtais Japonês é uma raça de gato conhecida no Japão há muitos séculos. O Templo Gotokuji, em Tóquio, é decorado com várias fileiras superpostas de pinturas que representam um desses gatos, chamado Maneki-Neko. Cada pintura mostra-o com pata levantada num gesto de saudação, que se tem tornado um símbolo de boa sorte. Essa raça distinta aparece também em numerosos escritos e pinturas de grande fama na arte japonesa. O Templo Gotokuji, está rodeado por um cemitério com campas cobertas de inscrições, onde se exprimem votos para que os gatos defuntos aí enterrados em breve atinjam o nirvana (paraíso). Tornaram-no como tema em inúmeros quadros e esculturas. Na Idade Média, os gatos foram apontados como um símbolo das religiões pagãs e associado ás bruxas e demônios. E o gato que até então já era vedete dos rituais das magas atalógicas e madames mins da época, perseguido pela Igreja, não escapou da Inquisição . O papa Inocêncio VII, no final do século XV, mandou que todos os bruxos fossem queimados junto com seus gatos, cúmplices de suas feitiçarias. Muitos foram queimados em praça pública pelos romanos, que os consideravam agourentos. A perseguição por parte dos cristãos se deve por causa da mitologia egípcia, os gatos estavam então muito associados ao paganismo. Havia uma tendência no cristianismo de renegar tudo o que era cultuado nas civilizações mais antigas. Milhares de gatos e de seres humanos foram torturados e mortos. Um ato bárbaro de crueldade e ignorância. A perseguição cristã contra os gatos permitiu um crescimento incontrolado da população de ratos e contribuiu para a virulência das pestes disseminadas pelos ratos. Desde os tempos remotos, atravessando séculos e civilizações, principalmente no Egito o gato sempre foi considerado um animal sagrado, sua figura é usada como talismã, ligado às divindades lunares, o gato favorece a harmonia matrimonial e a felicidade doméstica. Vale citar que Estocolmo, quando um gato perdido é assinalado no Comissariado, logo o centro da especialidade envia um grupo de socorro. Em Istambul, os gatos são donos e senhores das ruas e amigos discretos, mas afetuosos dos marinheiros e dos lojistas da cidade. Os motoristas de táxi preferem bater num poste a atropelar um gato. O gato chegou ao Brasil nas caravelas portuguesas, na bagagem, trazia da Europa todas as lendas e superstições que tornaram célebre. Aqui adorado, mas também detestado e mesmo amaldiçoado. No jogo do bicho, é o número 14, serve tanto ao pavão, quanto à elite, além de ser um símbolo de azar, para alguns é claro... Acredita-se que o gato preto seja o mais maléfico, a quem diga que tenha parte com o Diabo, e ao andar na rua se o seu caminho é cruzado por um gato preto, logo se benze, para afastar o azar. (Curiosamente, na Inglaterra é o oposto gato preto lá é sinal de sorte). Há quem pense o contrário e quando não tem um exemplar vivo, tem em sua casa uma estatueta de gato preto, acreditando estar afastando o azar. Existem muitas superstições... Dizem que um gato quando vai embora de casa, seu dono não deve tentar impedi-lo, pois ele esta indo embora para levar todas as coisas ruins daquela casa. Também se acredita que quem bate num gato sofrerá de reumatismo. Durante séculos, no mundo inteiro os gatos conseguiram sobreviver ao fogo e a água (milhares foram mortos nas fogueiras e nos rios). Mas apesar da perseguição, sobreviveu perpetuado a espécie. Talvez por este motivo se diga que os gatos têm sete, ou nove vidas. Não há sem sombra de dúvida nenhum animal tão martirizado em todos os tempos. Nos tempos modernos continuam envoltos em lendas, crendices e preconceitos. Embora descendentes de protagonistas de uma história de amor e ódio tenha hoje mais aliados, que inimigos. Os celtas acreditavam que os gatos conviviam com os elementais, fazendo um elo entre o mundo invisível e o nosso. Através dos olhos felinos, como janelas, os homens conheciam o mundo mágico. Do outro lado, os elementais saberiam de nós da mesma forma. Matéria recorrente nos comix e em especial nas histórias de Neil Gaiman, a crença
nos Deuses seria o sopro que os mantém eternos. Se for verdade, BAST continua tão viva agora como há 5OOO anos atrás. Há igrejas modernas dedicadas ao culto dos antigos deuses de Kemet, onde a Deusa Gata é rainha.

Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

A poderosa Religião dos Gatos



Veja aqui alguma coisa traduzida pelo Livro dos Gatos:
A RELIGIÃO DE KEMET: Os antigos egípcios chamavam sua terra Kemet. É de lá que vem Bast. A palavra Egito, ou 'Aegyptos' é de origem grega. A religião de Kemet sempre foi considerada politeísta, mas pesquisas modernas questionam essa classificação e muitos egiptólogos consideram que, como a maioria das religiões indígenas e africanas, Kemet tinha
um só Deus que assumia múltiplas faces, chamadas Nomes pelos ortodoxos. Nesse texto a palavra Nomes é usada em vez da palavra Deuses, de acordo com esse ponto de vista. BAST, A DEUSA-GATA:Bast é um dos Nomes mais conhecidos e visíveis de Netjer, o Deus de Kemet. É um dos muitos Nomes que representam o Olho de Ra. Bast é um Nome da Segunda Dinastia (2890-2686 a.C.), tem cerca de 5OOO anos. É um dos Nomes mais antigos que se conhece. Sua missão primeira é proteger e vingar. Como Olho de Ra, sua ação é a de executora, sua missão é arrancar os corações dos transgressores e levá-los aos pés do faraó. Daí dá para ver como a imagem da Deusa Fofinha e Feliz do Amor vendida por esotéricos de hoje é falsa. Bast sempre aparece associada ao rei como protetora, traço característico de outros Nomes felinos como Mafdet, protetor dos aposentos do faraó, e Sekhmet, destruidora dos inimigos do rei. Seu papel inicial, proteger, se expande e suaviza mais tarde, à medida que sua imagem é associada aos deuses gregos Hathor e Isis e então ela passa a ser protetora de mulheres grávidas e crianças, invocada em rituais de fertilidade e associada à música e às artes em geral.

VERDADES E MENTIRAS: Bast e Sekhmet não são irmãs:Bast e Sekhmet têm sido associadas desde 1850 AC. Apesar de aparecerem juntas não existem evidências de laços consangüíneos entre elas, nem mesmo para a leitura de que sejam ambas uma só deusa com duas faces, meiga X raivosa. O papel de Bast como vingadora desencoraja essa interpretação. Mesmo nas eras mais recentes Bast ainda aparece carregando o Uadjet e vestindo o Wadjet, o que mostra seu papel de vingadora divina. Nem Sekhmet é o lado zangado de Bast nem Bast é o lado pacífico de Sekhmet. Bast era a Deusa do Norte e seu principal local de adoração eram as terras baixas, enquanto Sekhmet era a Deusa do Sul. As duas, Bast e Sekhmet, representavam o Norte e o Sul, e não a paz e o ódio. Bast não é a Deusa do Sexo: Por conta da associação moderna entre felinos e mulheres (mulher bonita=gata ou gatinha), Bast é vista como uma deusa da sexualidade feminina. Mas não se deve associar a visão que se tem dos gatos domésticos hoje com a existente no Egito antigo. Sensualidade não deve ser confundida com sexualidade e não existem evidências de que os antigos egípcios associavam gato com sexo. Isso desmente a crença de que Bast seria a Deusa das Lésbicas. Mesmo que essa seja uma idéia simpática não se devem transferir os tabus sexuais de hoje para o Egito Antigo. Se não pelo fato de que a alta taxa de mortalidade infantil naquela época estimulasse o sexo para a reprodução, não existiam motivos para que lá o sexo homossexual fosse tratado como diferente do sexo heterossexual. Isso também elimina a idéia de que os adoradores de Bast se envolviam em rituais de apelo sexual como prostituição religiosa, danças e orgias, divinação através de orgasmos ou strip-tease ritualístico. A prostituição religiosa nunca foi parte da cultura egípcia. As danças eram importantes e muitas sacerdotisas eram músicas e/ou dançarinas, mas sexo dentro do templo era heresia. Bast não é a Deusa do Prazer: Outra idéia falsa é a de ligar Bast à fruição hedonística geral, o consumo de drogas incluído nessa. Os egípcios usavam o cânhamo para fazer cordas, mas não existem registros que mostrem algum tipo de uso recreativo ou religioso da maconha. Bast não é a Deusa do Nascer do Sol: A crença em Bast como deusa do Nascer do Sol ou do próprio sol tem origem nos livros de Budge, que escreveu sobre ela sem base nenhuma. Outra idéia falsa difundida em seus livros é a de que Sekhmet seria a deusa do Por do Sol. Bast não é a Deusa dos Gatos: Essa se tornou uma crença geral moderna. Bast sempre foi associada aos felinos, mas não pode ser colocada na posição de defensora de gatos e donos de gatos: isso é ignorar muito do que ela realmente representa. É curioso notar como existe a conexão de Bast com gatos e nunca, ou quase nunca, as pessoas associam Heru (Horus em grego) como deus dos falcões, Khnum como deus dos carneiros ou Hethert (Hathor em grego) como deusa das vacas. Bast é uma protetora por excelência, não importa de que animal você esteja falando. Se no passado, assim como no presente, o gato foi à forma de melhor interpretá-la, reduzi-la ou limitá-la a ele é não compreender sua plenitude. Bast não é a Deusa da Lua: Bast nunca teve nada a ver com a Lua até sua associação com a grega Artemis. Antes da influência grega no Egito a lua era associada às divindades masculinas Heru (aparecendo como seu olho esquerdo, ou seu olho 'fraco'), Djehuty, lah, Khonsu e raramente com Wesir. Pode vir daí outra interpretação errada, de que Bast seria o Olho Esquerdo de Rá. Como filha do Criador, Bast é O Olho de Rá. Bast e Sekhmet não são Deusas Criadoras Existe a crença de que Bast e Sekhmet criaram juntas o mundo. Nenhuma das duas tem as características dos deuses criadores da religião de Kemet. Os deuses criadores são conceitos altamente abstratos (como Tem (ou Atum), Ptah, Geb, Ra e Nit) que dão origem a conceitos ainda mais abstratos (como Heka (ou Hike, na mitologia Grega), Ma'at, Tefnut e Shu. Não existe fonte satisfatória que sustente a versão sobre a criação das Deusas. Rituais e litanias de Bast: Assim como não existem nos dias de hoje templos erigidos a Bast , também não existem seus rituais ou litanias. Se isso à primeira vista parecer uma perda terrível, é só lembrar que a maior parte das litan não cultuava em templos. É impossível negar que todas as pessoas não tenham algum tipo de superstição. Algumas ou disfarçam ou tentam transforma-la em algum tipo de fé. No entanto a fé é na verdade irmã da superstição. Sua única diferença é que a fé se baseia na crença de uma coisa que achamos que seja real. Já a superstição se baseia em algo que nós achamos que possa ser real. Mas ambas caminham em estradas paralelas e que às vezes se cruzam e nos confundem. É inegável também não perceber que os gatos carregam em si uma forte misticidade. Principalmente as pessoas que tem uma forte mediunidade ira notar facilmente a força mística dos felinos e a sua ligação com a magia. O que notamos de mais perigoso na historia mágica dos gatos é a indução das pessoas a idolatria e na crença de que esses seres fossem fontes de poder. O que eu chego a aceitar, mas ainda relutante é que eles são animais com uma grande mediunidade e que realmente sejam capazes de operar efeitos magisticos os quais são dados a eles pelo Criador de todas as formas de vidas de nosso planeta. Na verdade só existe um único Deus Criador e toda e qualquer entidade tenha ela a forma que tiver ou use o poder que usar só poderá operá-lo com consentimento desse Deus Criador. Não descarto, no entanto a existência dos deuses, mas não tenho duvidas que estes tem o dever de obedecerem a Hierarquia Cósmica e que por causa de desobediências e estultícias é que muitos foram punidos. Tenhamos por certo que existe uma Lei operante e que todos os acontecimentos ao longo da historia foi necessário mesmo que parecendo horríveis aos nossos olhos. É claro que o massacre tanto de humanos quanto de gatos, foram causados por erros dos próprios homens. Mas Deus sempre esteve atento para corrigi-los com Justiça e Sabedoria.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O Segredo não funciona como dizem!



O Segredo: Reconhecer o fluxo é uma ilusão.
Desde que surgiu o vídeo do filme “O segredo” várias pessoas não param de me fazer perguntas a respeito dos assuntos tratados. O DVD que pode ser visto no YOU TUBE em pequenas partes nada mais é que uma bela embalagem para entregar de forma clara e explicativa um conteúdo conhecido há milhares de anos. Na verdade passa de marketing dos gringos! O DVD é a última panacéia da auto-ajuda! Vejam que não quero desmerecer seu conteúdo, aliás, eu o acho ótimo, pois ajuda as pessoas de forma clara e didática a compreender algumas Leis da Natureza que podem ajudar a melhorar nossa vida. O recado é óbvio! É a “Lei da Atração” muito bem explicada pelos autores do filme. Mas que na verdade não passam de meias verdades.
Conseguir agir da forma sugerida parece ser muito simples quando na verdade não é nem um pouco. Primeiramente devemos pensar que nossas escolhas dependem de nossa personalidade, que nos faz agir desta ou daquela maneira. Quando um astrólogo procura esclarecer um pouco de sua complexa personalidade através da leitura de seu Mapa Natal, não quer dizer que você terá a solução de seus problemas de vida! Se eu lhe explicar como se vai de São Paulo ao Rio Grande do Sul ensinando qual estrada fazer, quão longo será o trajeto, onde comer ou reabastecer, isso poderá nortear sua viagem. Mas você é que precisará fazer o trajeto (fisicamente falando), você precisará enfrentar as dificuldades e percalços do caminho. Minha descrição poderá ajudá-lo, mas as suas escolhas farão à diferença na viagem.
Uma das coisas que me marcam no DVD é o fato de um dos locutores falar na importância de reconhecer o fluxo energético que o está influenciando num determinado momento. Pois, mesmo sem mencioná-la, ele estava falando na astrologia. As influências astrais de um determinado período modificam o fluxo energético e influenciam nossa vida a cada momento. Por essa razão é tão importante “Reconhecer o fluxo”! Alem do mais não somos tão livres assim e esse locutor reconhece isso. Não viemos aqui pra fazer o que quisermos e seguir apenas o que acreditamos. Pelo contrario temos metas a cumprir e uma missão a nós é imposta querendo nós ou não. O livre arbítrio apenas nós dá o direito de escolher entre coisas pré-estabelecidas pelo “Governo Oculto do Cosmos”.
Aquele ditado popular que diz: “Quem nasceu pra quebrar côco não sai de cima da pedra” é uma descrição muito sabia de todas as regras que o ser humano tem a cumprir. Ele pode até se transformar num grande empresário de um negocio ligado ao côco mais sempre terá esse objeto em sua frente.
Tudo mundo conhece alguém que não acredita em nada, nem mesmo em si próprio e tudo que ele faz dar certo. Enquanto outros têm fé que tudo vai dar certo e não consegue realizar nada. Até a bíblia reconhece a missão do homem e sua purificação através do sofrimento. Alem do mais apenas alguns nascem pra ser reis e a grande maioria nasce mesmo pra servir. O pensamento positivo ajuda, mas não resolve. Quem nasceu pra ser pobre assim será.
Se fossemos realmente livres poderíamos escolher varias coisas como, por exemplo, o dia de nossa morte ou até se preferíamos ficar aqui na terra pra sempre. Sempre achei que nossa mente é capaz de liberar um imenso poder, mas por que será que nunca podemos desenvolver toda nossa capacidade mental? Independentes de crenças religiosas eu tenho por certo que estamos debaixo de um jugo muito pesado. Pra perceber isso basta olharmos a nossa volta e observar tudo o que acontece no mundo.
Se um trem lotado tomba e mata uma centena de pessoas será que todas elas iriam pensando negativamente pra ocasionar essa fatalidade? Ou seria determinação de uma força superior? Ou ainda somente coisas do acaso? Com certeza tudo que acontece tem um propósito e o carma existe.
O Apostolo Paulo inspirado certa vez disse: “Visto que fomos predeterminados segundo o propósito daquele que opera todas as coisas segundo o modo aconselhamos pro sua vontade”. (Efésios 1,11)O Profeta Isaias também assim nos fala: “Aquele que desde o principio conta o final e desde outrora as coisas que não se fizeram; Aquele que diz: “Meu próprio conselho ficará de pé e farei tudo o que for do meu agrado;”. (Isaias 46,10).
O que acredito é que são mostrados a nós caminhos e fatos predeterminados pra que possamos usar nosso livre arbítrio pra fazer uma escolha. E quando erramos, pecamos.
Logo no inicio do livro do Gênesis já vemos uma profecia que foi lançada no ar, a qual lançou uma maldição sobre a mulher, o homem e a Serpente. O que nos mostra que o homem não pode fazer o que quiser e pagará sim pelos seus erros.
Esse trecho da Bíblia também serve pra nos mostrar que alem de podermos fazer escolhas estamos vulneráveis a influencias externas e tentações que podem nos induzir ao erro. Por isso essa teoria de que o homem pode fazer seu próprio destino sem ajuda e sem interferências é no mínimo equivocada.
Qualquer pessoa ao observar uma praia poderá perceber que as ondas, mesmo raivosas e perigosas, são de certa forma ‘previsíveis’, ou seja, mantém certa regularidade. Assim, surfistas e praticantes de Windsurfe pra entrar no fluxo têm que observar o ritimo das ondas. Assim eles não têm que lutar ‘contra’ o mar, mas é preciso RECONHECER O SEU FLUXO e o respeita-lo, pois é muito importante respeitar a natureza do elemento em que a gente se encontra. Alem disso, usar a intuição, o instinto de preservação, para entregar o corpo ao mesmo movimento que nos é imposto pelas águas revoltas do mar. Por essa razão eles conseguem sair com vida da tempestade desafiadora das ondas.
Devemos sempre nos lembrar dessas experiências, pois elas são umas lições de vida. Nesses momentos ao agirmos atentamente aplicamos uma Lei Hermética mesmo sem se dar conta disso. Pois ele se revela no respeito à Lei do Ritmo, V° Princípio Hermético: “Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação”.
No entanto não devemos nos esquecer que esses fluxos são determinados por uma Lei Maior que rege a Natureza. É por isso que muitos acidentes acontecem, pelo fato de não se respeitar o equilíbrio determinado das coisas.
Da mesma forma, podemos aplicar a “Lei da Atração” que também é uma das Leis Herméticas que nos foram trazidas desde o antigo Egito através dos tempos e que estão contidas num pequeno livro de autoria desconhecida – Os Três Iniciados – Esse pequeno livro precioso é chamado “O Caibalion” e é editado pela Editora Pensamento. No livro estão contidas as 7 Leis principais que regem toda a matéria manifestada. A sua preciosidade é indescritível, mas seu conteúdo é difícil de interpretar logo na primeira leitura. Muitas vezes precisamos de um mestre para conseguir decifrar seu teor. Os mestres aparecem à nossa frente de tempos em tempos, sob várias formas, mas muitas vezes nossa mente não está devidamente madura para compreender seus ensinamentos. Nesta época de transição entre a Era de Peixes e a Era de Aquário, teremos muitas ocasiões de encontrar os ‘mestres’ sob muitos disfarces. Muitos deles nos revelarão os SEGREDOS! A energia de Aquário não aceita ‘segredos’, ela revela o oculto que precisa se tornar acessível para todos, para o bem de todos! No budismo esses segredos são chamados de “mensageiros divinos”, foram eles que despertaram o Buda (Sidarta). Veja no meu artigo sobre sofrimento nesse blog.
Podemos perceber que os ensinamentos que há milênios eram acessíveis somente a alguns poucos eleitos, se tornam atualmente mais acessíveis e estão sendo assimilados aos poucos pela humanidade, modificando a mente dos seres humanos cuja vibração irá evoluindo degrau por degrau, seguindo o fluxo natural do ‘caminho de volta’. Os espiritualistas sabem que, ao longo das encarnações, nosso espírito busca o caminho da evolução para voltar à Casa do Pai. Por essa razão não devemos temer nem mesmo as mais duras tempestades. São elas que nos tornam fortes e aptos a seguir nosso caminho. Devemos, porém, reconhecer qual Lei da Natureza está influenciando nossa vida naquele determinado momento e aplicá-la, com sabedoria e fé. Superaremos assim os momentos mais difíceis e criaremos para nós uma realidade mais completa e mais adequada ao cumprimento de nossa tarefa atual. Podemos criar a vida que desejamos, mas cuidado com aquilo que desejamos! Uma coisa importante que aprendi ao longo de meus estudos é que alem de cumprir o nosso carma pessoas, também cumprimos o carma coletivo e o que eu chamo de “carma herdado”. Esse carma vem de nossos antepassados e a nós são impostos pela impossibilidade deles reencarnarem. E dessa forma seremos portadores de um carma muito mais pesado. É por isso que muitos não aquentam o fardo e se destroem. O Provérbio explica muito bem isso: “Os pais comem as uvas e os filhos cegam os dentes”.
Vemos também na Bíblia relatos que atestam isso, uma prova é a vinda do Messias que veio pagar com um sacrifício pelos erros dos antepassados.
O Ingresso do Sol em Áries e o início do novo Ano Solar mudam a energia da Terra. Entremos neste fluxo e renovemos também nossa vida! Façam projetos, iniciem novas atividades, tomem decisões, agora é o momento! Leiam as Leis Herméticas.
Para nos conectarmos com DEUS e obtermos Sua ajuda, podemos usar um de seus 72 Nomes, ou Gênios da Criação: Entrem no Fluxo! Falem com Deus!

Carlinhos Lima – Astrólogo e Pesquisador.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Visitando os Orixas da Bahia



VISITADO O REINO DOS ORIXÁS.
Não é todo o dia que a gente pode visitar a casa de uma divindade. Mas através dos terreiros de Candomblé e Umbanda, pode-se conviver com Oxalá, Iansã, Oxossi e Oxum, junto a dezenas de outros santos africanos, é um privilégio vivenciado diariamente por milhares de filhos e filhas de santo, que dedicam boa parte da vida aos esses deuses. Qualquer pessoa pode visitar os orixás e seus seguidores. As portas dos terreiros estão sempre abertas. É preciso apenas pedir licença à mãe-de-santo e respeitar as normas desses locais sagrados, repletos de histórias, encantamentos e religiosidade. Aqueles que não libera o acesso aos “buscadores”, além de não estarem cumprindo o verdadeiro papel de mestre só visam seus próprios privilégios. Leve suas guias e oferendas, peça proteção ao seu santo e inicie seu passeio por uma das mais antigas religiões do mundo.
Divindade yorubá que simboliza a guerra e os trovões, Xangô, diz a lenda, é um homem vaidoso e bonito, que trança seus cabelos, carrega anéis em todos os dedos e usa argolas de prata. Violento e prepotente, porém justo e verdadeiro, o deus possui três esposas, Iansã, Oxum e Obá, que não raro brigam pelo seu amor. É o deus da guerra quem guarda o portão de entrada de um dos principais terreiros da Bahia, o Ile Axe Opo Aganju, comandado por um autêntico filho de Xangô, o babalorixá Balbino Daniel de Paula, que, a exemplo do seu pai, carrega várias tranças e traz no peito correntes de ouro e uma pedra preciosa.
Foi no Aganju que o antropólogo e filho-de-santo Pierre Fatumbi Verger realizou boa parte dos seus estudos sobre o candomblé baiano. A importância do terreiro e mesmo a fama de Balbino levam ao local dezena de turistas, principalmente no final do ano, quando acontecem à maioria das festas de santo.
Mas não são em todos os eventos que os visitantes podem entrar. No período em que está sendo realizada, por exemplo, o Axexê, ritual dedicado aos filhos-de-santo que passaram para o Orun, o reino dos mortos. Durante o Axexê, evento particular do qual podem participar apenas pessoas ligadas à roça (como também é chamado o terreiro), são oferecidas as comidas preferidas do morto. Se alguém quiser participar de celebrações públicas, tem que chegar no terreiro vestido de branco.
Para chegar ao posto de líder de terreiro, são necessários vários anos de dedicação. Assim como todo o mestre, não gosta de revelar os rituais praticados no local, nem falar sobre suas tarefas até chegar a pai-de-santo. Passa-se a vida sempre aprendendo, não é fácil chegar até o posto de mestre. São necessários vários anos de dedicação. Um exemplo desse esforço é a consulta dos búzios (Ifá). Para aprender a entendê-los, todo pai-de-santo precisa memorizar centenas de lendas sobre os orixás e seus filhos.
A CASA DE TEMPO - A vida no Axe Opo Aganju, assim como na maioria dos terreiros de Candomblé, assemelha-se bastante ao dia-a-dia das pequenas cidades do interior. Existem várias plantações, a principal delas a de Folhas Sagradas (aquelas utilizadas nos rituais e na cura dos filhos e filhas de santo). A principal construção do terreiro é o barracão, onde são celebradas as festas e demais rituais.
Cerca de oito famílias vivem permanentemente na roça, número que quadriplica durante o período de festas, quando vários filhos de santo vêm passar temporadas no local. Em frente às casinhas onde se hospedam o filho-de-santo (as casas dos orixás são reservadas apenas para seus objetos e seu espírito), mora Tempo (Irôco), orixá simbolizado por uma gameleira. Homenageado numa música homônima de Caetano, Tempo é um dos mais celebrados deuses do terreiro. Suas oferendas são colocadas aos seus pés, durante o mês de agosto. Neste dia, levanta-se, faz suas oferendas e saúda a alta gameleira com "Zaratempô!”

Cultos afros eram proibidos no início:

O Candomblé chegou ao Brasil no início do século 19, trazido pelo tráfico dos negros africanos. Cada tribo tinha diferenças e tradições particulares, mas foi à nação kêto que se destacou sobre tribos como hauçás e jêjes (ou êwês). Na Bahia, predominam os candomblés kêto. O Afonjá, o Aganju, o Gantois e a Casa Branca seguem os ritos dessa nação.
Perseguidos, os praticantes começaram a dar nomes de santos católicos aos seus deuses numa forma (hoje vista como danosa) de continuar os cultos aos orixás. Com medo da repressão, adeptos da religião africana montaram seus terreiros longe das áreas urbanas, razão pela qual grande parte deles ainda se situa distantes dos centros, mesmo após serem liberados. Outra característica: eles invariavelmente se encontram localizados em bairros muito pobres.
Bahia, Pernambuco e Maranhão, além do Rio de Janeiro, foram os estados que mais receberam o contingente de negros escravos, principalmente os vindos de Angola. Logo, o Candomblé estava sendo irradiado para todo o Brasil, curiosamente ganhando diferentes nomes (Xangô, em Pernambuco; Macumba, no Rio; Batuque em Minas Gerais). Alguns terreiros começaram a assimilar elementos do espiritismo e criaram a Umbanda, onde vários espíritos índios são celebrados. A parte "negra" da Umbanda seria a Quimbanda. Na Bahia, alguns candomblés (como o terreiro de São Jorge) começam a se mobilizar para assumir suas características banto e dar um basta à supremacia kêto.
Atualmente, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 0,4% da população brasileira (cerca de 650 mil pessoas) declararam, em 1991, serem praticantes dos cultos afro-brasileiros. Já a Federação Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Fenatrab) calcula que 70 milhões de pessoas, quase a metade da população do país, têm ligação com o Candomblé ou com a Umbanda. É famosa a resposta da Mãe Menininha do Gantois ao pesquisador do IBGE durante o censo de 1991, quando este lhe perguntou qual era sua religião: "Sou católica apostólica romana", disse Menininha. Na verdade todo brasileiro tem em seu espírito um pouco da Alma Umbandista e Candomblecista. Todo mundo acredita na existência de forças ocultas que controlam a natureza e tem medo de feitiços. Mas muitos se fecham em superticoes, falsas religiões e medos. Até mesmo os evangélicos passam a vida criticando os cultos afro-brasileiros, tanto por não entenderem direito, como por serem atraídos por esse fantástico mundo dos orixás e ficarem confusos; além disso, por não ter quem expliquem direito todos os conceitos desse maravilhoso mundo da fé ancestral.

Cerimônias e rituais sagrados no mais antigo terreiro do Brasil:

Foram três princesas africanas trazidas para o Brasil na condição de escravas que fundaram o mais antigo terreiro de Candomblé do Brasil, o Ilê Iyá Nassô Oká, Casa Branca do Engenho Velho. Por volta de 1830, as Iyás (sacerdotisas) Adetá, Kalá e Nassô fundaram na plantação de cana-de-açúcar onde foram levadas para trabalhar, um pequeno centro para adorar seus deuses. Mais tarde, as três princesas montaram um centro na Barroquinha, área urbana de Salvador, onde os negros escravos podiam realizar suas oferendas e cânticos, escondidos dos patrões. A casa, no entanto, ficava próxima ao Palácio Real, e, temendo que os atabaques fossem ouvidos pelos nobres, as sacerdotisas arrendaram as terras do Engenho Velho, longe do palácio, e para lá levaram sua crença.
Hoje, a Casa Branca possui o honroso título de primeiro monumento negro tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, e é bastante visitada por autoridades religiosas africanas e turistas. A iyalorixá (mãe-de-santo) da casa, mãe Altamira dos Santos, filha de Oxum, vem de uma antiga linhagem de mães-de-santo. Várias proibições foram impostas por essas iyalorixás, entre elas a de fotografar ou filmar as festas da casa. "Essas coisas a gente só vê e guarda na lembrança", diz dona Antonieta de Iemanjá, 66 anos, feita há 50 anos na Casa Branca.
As festas do terreiro se iniciam no fim de maio ou início de junho, com a celebração a Oxóssi, pai do terreiro. Depois, acontece a festa de Xangô, dono da principal casa do local. Na última sexta-feira de agosto, é realizada uma das mais belas cerimônias: as Águas de Oxalá, rito de purificação que prepara a casa para as celebrações de todo o período festivo.
Nas primeiras horas da manhã, ainda madrugada, as filhas de santo seguem em procissão até a fonte (sempre dedicada a Oxum), todas elas vestidas de branco. As sacerdotisas carregam vasos, potes e outros artefatos de barro, enquanto cantam e dançam ao som dos atabaques. Após encher os vasos de água, as mulheres voltam, em fila, com seus potes nos ombros. O ritual tem uma pausa e depois continua à noite, com uma longa festa no terreiro. Os três domingos seguintes às Águas de Oxalá são dedicados a Ododuwa, Oxalufan (Oxalá velho) e Oxaguian (Oxalá jovem).
Na primeira segunda-feira após esse ciclo, o orixá Ogum é celebrado, e, na segunda seguinte, Omulu. O ciclo de festividades termina no final de novembro, com várias cerimônias de iniciação, tributos a Xangô e a Oxum, dona do belo barco construído logo à entrada da Casa Branca. No dia de sua celebração o monumento é enfeitado de amarelo e dourado, e fica repleto de comidas e oferendas. O povo da Casa Branca gosta de lembrar que a água da fonte de Oxum, onde impera uma sereia prateada, corre até o mar, onde a rainha das lagoas e rios se encontra com Iemanjá, rainha do mar.
Dentro do casarão - a Casa Branca propriamente dita - existem quartos para Xangô e Oxalá e um pequeno assento a Oxóssi, além de quartos de iniciados e ekédes (ajudantes), bem como o próprio barracão onde acontecem as cerimônias. Fora da Casa Branca há dezenas de habitações, misturando-se as dos santos e as dos seus filhos mortais. Consagrada em nome de Oxóssi, dona Edurvalina Anunciação, 81 anos, feita em 1953, é vizinha da casa azul de Oxóssi, onde azulejos com a imagem de São Jorge (santo católico relacionado à divindade iorubá) foram colocados na porta da casa. "Morava ao lado dele antes mesmo de ser feita". Oké!

Abençoado por Xangô e Oxossi:
O Ilé Afonjá: Fundado em 1910, o Ilé Axé Opo Afonjá é uma das maiores e mais conhecidas casas de candomblé da Bahia. Liderado pela Yalorixá Mãe Stella de Oxóssi, ou Iya Odé Kayode, seu nome na religião, o Afonjá foi recentemente tombado pelo Ministério da Cultura pela sua importância histórica. Ali, onde o também filho de Oxóssi Carybé presidia o Conselho dos Obás, são realizadas algumas das mais belas festas de santo de Salvador, como a de Xangô, orixá-pai do terreiro. "Se o Engenho Velho é a cabeça, o Afonjá é o braço", disse certa vez a falecida fundadora da roça Mãe Aninha, uma das mais ilustres iyalorixás da Bahia.
A trajetória do Afonjá é marcada principalmente pelo comando de mães poderosas e decisivas. Mãe Stella, 74 anos, é vista como a iyalorixá mais politizada da Bahia (foi ela quem lançou, em 1983, uma campanha contra o sincretismo religioso). Hoje, ela luta para manter firme a estrutura do Candomblé e suas tradições orais e escritas. Em seu livro Meu Tempo é Agora, ela escreve todas as palavras do candomblé em Iorubá. Perguntada se não seria mais fácil escrever Xangô em vez de Sàngó, Stella respondeu: "E vocês escrevem chorte ou short?".
Já a revolucionária Mãe Aninha, filha de dois africanos trazidos pelo tráfico negreiro, pediu ao presidente Getúlio Vargas para que as perseguições da polícia com os praticantes da religião chegassem ao fim. Conseguiu que o presidente criasse o decreto nº 1202, que dava liberdade ao culto e condenava qualquer interferência aos hábitos da religião. Mãe Senhora, que substituiu Mãe Bada (a sucessora de Aninha) no Afonjá na década de 60, recebeu do príncipe de Oyó, Nigéria, o Oyé de Iyá-Naso, ou seja, o título de principal líder mulher do culto de Xangô. "Lembro-me de Mãe Senhora, vaidosa... gostava de perfumes, jóias, talcos, de comer bem e tomar vinho", conta Stella em Meu Tempo É Agora, ao falar sobre sua mãe de terreiro, uma exemplar filha de Oxum.
Assim como o Gantois de Pulchéria e Mãe Menininha, o Ilé Axé Opo Afonjá só pode ser comandado por mulheres, uma tradição, segundo Mãe Stella, exigida pela própria iyalorixá Aninha. "Apenas as iyás têm poder maior nesse terreiro", diz. Essa característica ganha ainda mais peso se levarmos em consideração que o Afonjá é dedicado ao viril Xangô, que vem passando seus recados e ensinamentos através da boca de uma geração de mulheres, já em sua quinta fase. Para manter essa ordem, foi criada uma sociedade que dirige todas as questões políticas do centro.
Assim como a mãe-de-santo, todo o povo do Candomblé aprecia muito o asseio e a boa aparência. As roupas precisam ser bem cuidadas, brancas, banhadas no anil. A vaidade espartana de Mãe Senhora ("com ela, não tinha essa de saia mal passada ou anágua amassada") fez de Stella uma mulher altiva, suntuosa, mesmo com suas vestes simples de dia-a-dia.
ONDINA NASCEU NO MAR - O Ilé Axé Opó Afonjá é um dos maiores terreiros da Bahia, vivendo no local mais de 40 famílias, número que aumenta ou diminui de acordo com a época. A fundadora da casa, Mãe Aninha, construiu uma casa para cada Orixá, sendo a de Xangô, com suas portas pintadas de vermelho, a principal delas. Perto destas moradias divinas, vive dona Valdete Ribeiro, a Detinha de Xangô, 71 anos, há 23 na roça.
Filha da Iyá Ondina, que recebeu este nome por ter nascido a bordo de um navio, dona Detinha é um dos braços direitos de Stella no terreiro. Ela conta que vários turistas procuram o local tanto em busca de ensinamentos quanto por simples curiosidade. As normas da casa, nestes casos, precisam ser cumpridas seriamente, e muitas vezes é Detinha quem anuncia o que é ou não permitido, tudo de acordo com os preceitos de Stella e dos Orixás. "Tudo precisa ser respeitado, não se pode ir a todos lugares. Casa de orixá, por exemplo, é casa de orixá", explica.
Suas belas bonecas vestidas de santo, que já foram objeto de exposições sobre Candomblé na Europa e nos Estados Unidos, podem ser compradas pelos visitantes da roça. Além das bonecas de Detinha, ainda podem ser encontrados à venda no Afonjá vários objetos utilizados nas celebrações do culto, como quartinhas, esteiras e efun, pó branco empregado para pintar os corpos dos iniciados e alguns livros sobre a religião, inclusive os de Stella. Aos visitantes, a iyalorixá manda um recado: "Os portões do terreiro estão sempre abertos para quem quiser entrar. A única coisa que a gente quer é respeito pelos orixás". Kawo Kabiyesi le!.

Mistério e reverência na festa dos Orixás:

Poucas cerimônias religiosas são tão bonitas e complexas quanto uma festa de um terreiro de Candomblé. Da importância dos elementos ali presentes - todos eles com significados muito singulares, próprios, invariavelmente mágicos - às homenagens prestadas aos orixás criadores das coisas do mundo, estas festas impressionam principalmente pela carga de energia que toma conta de seus participantes, sejam eles filhos-de-santo ou não. Das sábias iyalorixás às iniciantes abiãs, os santos parecem tocar a todos, uns de maneira especial, outros, apenas em rápidos relances. A festa é feita de cor, mistério e reverência.
Antes do início das festas são necessários vários rituais, como sacrifícios de animais e o padê (despacho) a Exu. Nos sacrifícios, apenas a mãe-de-santo e algumas filhas podem participar, além do axôgún, o sacrificador. A cerimônia é feita no santuário do candomblé, o pêjí, e o sangue dos animais rega as pedras (chamadas itás) dos orixás. Depois de feito o sacrifício, tem-se início o padê a Exu, onde são oferecidos pratos com farofa ou cachaça. As filhas-de-santo dançam ao redor da comida, para que em seguida uma das mais velhas, chamada de dagã ou sidagã, colha punhados das oferendas e vá jogá-los à porta do barracão, para que o senhor dos caminhos possa recebê-los. Depois dessa obrigação a festa é iniciada.
Munida com seu adjá, instrumento formado por duas campânulas de bronze que tem por função ajudar na chamada dos orixás, a mãe-de-santo comanda suas filhas no cântico e nas danças de todos os deuses. Cada dança representa a história de cada divindade, assim como os toques dos atabaques são destinados a cada um dos orixás. É exatamente nesse auge da festa que os santos começam a "descer". Várias entidades vão tomando conta dos corpos das filhas-de-santo, que estremecem, cambaleiam e entram em transe, finalmente tomadas pelo santo.
Neste momento, as ékédes (ajudantes) levam as filhas até um quarto onde estão as vestes dos deuses. A filha de Xangô carrega roupas vermelhas e brancas e o oxé (machado), enquanto a filha de Oxum veste roupas amarelas, se adorna com braceletes e uma ventarola na mão. Ao entrarem novamente no barracão, estas filhas - agora deuses e deusas - são saudados com um cântico especial entoado pela mãe de santo. Todos se levantam. Os orixás estão dentro do barracão.
ATÉ O DIA CLAREAR - Oxum, Oxóssi, Nanã e Oxalá, ou qualquer outro orixá que tenha "descido" começam a cumprimentar as pessoas de seu afeto, num abraço à direita e à esquerda. Os tocados pelos orixás chegam a chorar enquanto o ritual acontece. Em frente à mãe de santo, a reverência é maior: os deuses beijam sua face, abraçam, se curvam. Pedidos de cura são feitos pelos filhos-de-santo. A festa, que geralmente começa por volta das 22h, adentra a madrugada, horário em que a iyalorixá termina a celebração, em respeito ao cansaço das filhas e das obrigações que serão realizadas no outro dia.
Assim podemos notar a diferença entre os verdadeiros gurdioes da Tradição, da fé e da Ritualística Sagrada e os picaretas, demagogos e enganadores.
O CANDOMBLÉ além de Fé é Ciência Sagrada!

Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O mapa do sexo




Você sabia que quando estamos sendo influenciados por um trânsito de um astro maléfico muita coisa pode acontecer na nossa vida? No momento quero me referir ao lado do sexo e do amor.
Quando uma mulher está passando por um transito de planetas frios ela fica mais frigida e os homens não acham graça nela. Eu já vi muitos casamentos desfeitos por causa de o casal não se dar bem na cama. Ma tem também a influencia da Lua e vários outros fatores no mapa. Muitas mulheres têm dificuldade de arranjar casamento por causa de influencias astrais ou magisticas, ou seja, num momento de fraqueza espiritual, alguém a enfeitiçou e prejudicou a vida dela. Muitas mulheres se levam pro lado vulgar e se tornam mulher objeto por que são impulsionadas a isso. Outras se entregam ao celibato involuntariamente ou seguindo uma influencia maior. Você deve está até achando engraçado mas, nós vivemos num universo cheio de energias, e nem todas elas são positivas. Existem milhares de demônios tentando destruir a felicidade dos homens e que não tem um espírito forte esta mais vulnerável. Vemos na Bíblia vários exemplos disso. Bem voltando ao assunto de sexo, saiba que existem segredos que fazem de uma mulher mais sensual ou mais desejada do que outras. Algumas têm um carisma natural, mas outras sabem se produzir melhor e conseguem abafar com mais segurança o coração de quem deseja. Imagine essa produção baseada na sua energia cósmica. É comprovado por muitos estudos profundos que o uso de cores, incensos, perfumes e muitos outros elementos ajudam as pessoas a terem maior segurança e influencia sobre as outras. Vc já pensou porque a lua incita tanto as pessoas ao romantismo? Como é gostoso transar sob a luz do luar com alguém que amamos, e como é gostoso o beijo quando é dado com paixão recíproca? Alias a reciprocidade esta revelada no mapa de pessoas destinadas a se amarem. Vc já se perguntou por que certos homens gostam de trair e outros não? Isso ocorre devido à posição dos astros na hora do nascimento. E se vc conhecer o mapa de seu parceiro não poderá entendê-lo melhor? Existem várias formas de expressar um sentimento, vários degraus, várias vibrações desde a mais densa até a mais sutil. Os gregos atribuíam à manifestação amorosa à ação de vários Deuses: Eros era conhecido por inspirar a Paixão, era o Deus do amor físico, da atração sexual, é o anjinho que com sua flecha golpeia nosso coração de forma inesperada e inexorável. Philia, no entanto, inspirava o amor do companheirismo, aquele amor que muitas vezes surge na infância e que nos torna ‘amigos para sempre’, que nos torna solidários, que nos faz chorar quando o amigo chora, e rir quando o amigo ri. Pragma inspirava o amor racional, de cabeça, ‘pensado’, pé no chão’, e tem como intuito nos levar a cuidar do ser amado. Ágape era o Deus que inspirava o companheirismo e o amor altruísta, aquele que nos une uns aos outros de forma incondicional, elevada e sem restrições. É a forma mais espiritual do amor. Uma outra expressão de amor é encontrada na palavra Ludus indicando um sentimento do amor divertido, superficial, brincalhão (usamos a palavra lúdico para expressar algo que nos diverte). Mesmo esses ‘deuses’, podem inspirar o amor em vários graus, em varias vibrações.
Podemos dizer que quem não caiu sob as flechas de Eros uma única vez na vida nunca amou de verdade? Bem, eu creio que quem nunca se apaixonou quem nunca perdeu a cabeça por alguém, quem nunca ardeu à noite desejando os afagos da pessoa amada, pode ter perdido algo muito bom! Quando Eros nos faz arder de paixão, desejamos muito intensamente a união física com o ser amado e não pensamos em outra coisa. Se não existisse Eros talvez a humanidade se extinguiria, já que é ele que induz ao ato sexual que satisfaz o impulso erótico, e, conseqüentemente, à reprodução da espécie. Mas então, dirão vocês, e o amor entre duas pessoas do mesmo sexo, que não visa à reprodução da espécie, não é inspirado por Eros? Sim, creio que é o mesmo Eros que incita esse tipo de paixão que, por um capricho do acaso, acontece entre duas pessoas que não poderão procriar juntas. E existem vários níveis de paixão, que podem levar ao casamento, que sofrerá uma transformação com a chegada dos filhos. No entanto, a paixão que cega e que leva alguém a matar o outro que não quer se entregar, acontece num nível de vibração muito baixo, no nível inferior e denso que estimula somente nosso lado instintivo e animal. Para que exista esse impulso também, entra em jogo o planeta Marte, com sua vibração específica. A vibração mais intensa acontece somente em nível ‘lunar’ ou seja, para a astrologia cabalística, no lugar onde reside a vibração de Yesod, a Lua, que, em nosso corpo físico, corresponde aos nossos órgãos reprodutores.
Quando Pragma entra no jogo do amor, ele se torna mais sutil, vibrando acima, na altura do umbigo e do chacra esplênico onde residem os emoções e sentimentos similares àqueles que sentimentos por um filho ou por nossos pais, por exemplo. Esse amor pragmático deve entrar também no jogo de amor entre casais, para que se possa encontrar um equilíbrio entre o amor erótico e o amor sentimental e emocional. Passamos a cuidar do outro, não somente porque ele nos oferece prazer, mas porque sentimos prazer no impulso de cuidar, de aliviar a dor, de cativar, de proteger e de afagar. O carinho é uma expressão de Pragma. Sutilizando ainda mais a vibração do amor, encontramos o sentimento da amizade que é muitas vezes muito forte e pode unir duas pessoas durante a vida toda, mesmo estando elas separadas. Os amigos de verdade ouvem, dão colo, ajudam, correm e socorrem sempre que necessário! Aceitam o outro com suas imperfeições mesmo se, de vez em quando, os amigos se aborrecem e expressam divergências. Philia nos indica que o amor não pode ser egoísta e visar somente o nosso próprio benefício. O mais sutil de todos é o amor que vibra em nosso coração, é o amor ‘cristico’. É chamado assim porque é inspirado no próprio exemplo do Cristo e porque sua vibração tem como característica a doação de si mesmo, o sacrifício incondicional em beneficio do outro. Esse não é um amor comum e nem sempre é possível, mas podemos expressa-lo magnificamente se estivermos trilhando o caminho da espiritualidade. Eu diria que o amor que os colaboradores do STUM sentem quando escrevem seus artigos e respondem aos e-mails com a intenção de ajudar o próximo é um amor inspirado por Ágape. Em maçonaria é chamado de Ágape o banquete de confraternização que acontece entre os irmãos. Une os corações num único amor: o amor a Deus e suas criaturas, incondicionalmente!
Creio que todos nós sentimos esses tipos de amor em algum momento da vida, ou pelo menos expressamos esse tipo de amor com várias pessoas, nos vários relacionamentos ao longo da vida. Amor por um parceiro, amor pelos pais ou pelos filhos, amor por um amigo, amor por um bichinho de estimação, amor pela natureza, amor, amor, amor. Em astrologia o planeta associado ao amor é Vênus, Deusa Grega que, em suas várias expressões vibratórias pode ser confundida com todos os outros deuses descritos anteriormente. O princípio vibratório da Sefiroth de Netzah, que na Cabala tem analogia com Vênus, é aquele da atração, do magnetismo. Esse principio vibratório que tem o número 7 como expressão, torna a vida harmônica, prazerosa, bela e amorosa. Se a criação é um ato de Amor, podemos dizer que Deus cria através de Vênus. Vênus simboliza tudo o que de agradável e de belo existe em nosso planeta. Tudo o que é doce, agradável e que dá prazer é regido por esse planeta. No ser humano, a posição de Vênus nos signos e seus eventuais aspectos, indicarão de que forma iremos expressar o amor, iremos em busca do prazer e da satisfação. Se somos passionais, se somos superficiais, se somos frívolos, se somos aventureiros quando buscamos parcerias, depende da posição desse planeta. Seus aspectos, favoráveis ou desfavoráveis com relação aos outros planetas, indicam as prováveis tensões e os obstáculos que precisaremos superar para conseguir esse prazer, essa satisfação em nossa expressão amorosa. Vênus, segundo a astrologia, rege o sistema da sensualidade e da atração feminina, e, no nosso corpo físico, é responsável pelos ovários (juntamente com a Lua), o útero e pelos seios. Ele rege também o sentido do tato, a circulação venosa, a garganta, os cabelos, a boca e a pele do rosto. Neste caso saber qual a influencia que nós trouxemos é muito importante pra ajudar-nos a agir com mais harmonia.
Amar e ser amado são muito bons sentimentos, começando pelas palavras depois pelos beijos e enfim o ato mais gostoso da vida o sexo total! No entanto não só temos a influencia de um determinado ponto em nosso mapa, na verdade são vários e complexos. Por exemplo, uma pessoa que nasceu com Vênus na casa sete e num signo de ar tem maior possibilidade de se dar bem nos relacionamentos, no entanto, se ele tiver em mau aspecto com um planeta maléfico tudo será dificultado. Ao conhecer os trânsitos podemos nos preparar pra momentos mais difíceis e tentar tirar o melhor proveito.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

As Fadas e Seres Elementais



As fadas são uma "espécie" de Devas dos vegetais e estão diretamente ligadas à terra e ao ar. Fisicamente elas são pequenas e ágeis, irradiando-nos um brilho luminoso esbranquiçado, lembrando-nos um núcleo, um bloco de energia pura. São elementais que têm percepções naturais da sensibilidade e da harmonia da vida. São leves e sutis a ponto de realizarem trabalhos minuciosos, como o de preencher uma flor colocando-lhe as pétalas. Alegres e joviais podem desenvolver aspectos negativos, adquirindo características irônicas, como reprovação às atitudes humanas. Muitas pessoas provavelmente já se perguntaram por que as imagens dos anjos estão constantemente ligadas às imagens das fadas, gnomos, duendes e outros seres envoltos por mistério e magia. Entre religião, mitologia e crença ficam-se à mercê de tarefas espirituais, de sentimentos inexplicáveis e imagens elaboradas por seres humanos. Onde esta a explicação para o divino? Será que existe alguma possibilidade de externar em palavras qualquer que seja a experiência que se tem ao estreitar as relações com as forças do universo? Perdidos entre o “ver para crer” e o “crer no inexplicável e invisível”, eu escolhi a segunda opção, afinal de contas, creio em Deus mesmo sem tê-lo conhecido pessoalmente. Nem ao menos sei se Ele é realmente loiro e se tem olhos azuis... Portanto, acredito, assim como disse Sanit Exupéry, que o “essencial é invisível aos olhos”. Tudo o que pode ser explicado, perde sua magia, porque passa a ser exato. Os sentimentos são eternos, mágicos e milagrosos especialmente porque foram feitos para serem apenas aos olhos... Na busca por publicações sobre o mundo “encantado” das fadas e gnomos, podemos encontrar desde definições em dicionários, até relatos de experiências pessoais com ele. Eu mesmo não vivenciei nenhuma experiência direta com tais seres, no entanto, acredito que esse tipo de acontecimento exige um trabalho profundo de sensibilidade e espiritualidade. Reconheço-me que difícil acreditar no que não vemos, mas certamente existem pessoas com alta sensibilidade que já entraram em contato com outras dimensões e seres mágicos. Quando criança eu sempre acreditei na existência de fadas, duendes, gnomos e vários seres mágicos como por exemplo, os orixás. Eu sempre saia ao campo e beira de rio para meditar. Especialmente quando estava triste ou com uma alegria incomum é que eu saia para entrar em contato com a natureza e sempre conversava com o ambiente. Nunca vi nenhum desses seres fisicamente, mas sentia a presença deles num nível energético que não consigo descrever claramente. Alem do mais sempre senti inspirações como se eles conversassem comigo. Muitas vezes eu sei que era meu anjo da Guarda, pois já pude confirmar sua existência, mas outras vezes eu senti claramente que eram seres elementais, os quais são responsáveis pela manutenção da Natureza. Em textos de Ursula Burkhard, uma alemã cega de nascimento podemos encontrar depoimentos muito interessantes e bonitos sobre o mundo dos seres elementais. Curiosamente ou coincidentemente, eu sempre imaginei que todos os seres humanos deveriam passar por uma fase de suas vidas onde não pudessem enxergar, ou seja, seriam temporariamente cegos. Penso isso porque acredito que os olhos nos roubam muito de nossa sensibilidade original. Apegamo-nos muito mais ao que poder ser visto, como se tudo o que é palpável e visível fosse mais importante. Passamos a maior parte do tempo captando o mundo com a visão, um pouco menos com os outros sentidos (audição, olfato, paladar, etc.) e esquecemos de aguçar nossa percepção através dos sentimentos. Perdemos dimensão do que sentimos e atribuímos muito pouco valor ao que não conseguimos explicar ou ver. Perdemos o que o mundo tem de melhor, de eterno, de mágico... Por isso os mestres e monges orientais percebem melhor o contato com a natureza e o cosmos através da meditação. Essa meditação sempre de olhos fechados e sempre com uma harmonia profunda onde o espírito chega até a sair do corpo. Eu sempre que medito de olhos fechados tenho uma inspiração melhor e consigo sentir com maior perfeição as energias do ambiente. Medite concentre-se e tente entrar em contato com as dimensões e energias invisíveis que esta a sua volta, mas lembre-se busque sempre com o coração que se conectara a melhores e maiores forças positivas presentes no universo. Ritual das flores: Este é um ritual muito bonito que aumenta a ligação com as forças da Primavera, das flores, da juventude e da beleza. Você precisará de uma bacia de água e um lugar com flores. Com uma roupa bem colorida, vá até um lugar onde haja muitas flores e fique no meio delas apenas sentindo sua presença. De olhos fechados, você vai começar a senti-las de alguma forma. Ou surgirão cores em sua mente, ou você ouvirá coisas. Converse com as flores e peça-lhes para que o aceitem como irmão. Jogue a água na bacia e coloque suas mãos sobre ela. Energize-a, visualizando um raio dourado que vem do alto e entra pelo alto de sua cabeça (chakra da coroa) e sai pelas suas mãos. Então, usando as mãos, vá molhando todas as flores com essa água mágica. É um presente muito bonito e de bom gosto para elas e você atrairá também a simpatia das fadas!
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

domingo, 8 de junho de 2008

os efeitos da Lua sobre a Mulher




A Energia da Lua Sobre a Mulher
“Também a Lua, e não só o Sol é o legítimo cronômetro do alvorecer dos tempos, especialmente para as mulheres e para os homens se faz presente na manifestação da vida e atua na manifestação dos sentimentos".
A Lua sempre foi o marcador de tempo natural das mudanças periódicas que ocorriam em todos os reinos, era ela também que assinalava todas as etapas e padrões do eterno ciclo da vida e da morte. Sua misteriosa luz prateada apontava o momento certo para o plantio, para a colheita, para o acasalamento e para as mudanças climáticas. Os antigos gregos a representavam como um cálice vazio que se enchia e esvaziava-se lentamente, representando as alterações cíclicas das emoções, reações e necessidades humanas. Alem disso era usada na busca da magia e no uso ritualístico.
O símbolo escolhido para representar a esfera matriarcal é a Lua, em sua correlação com a noite e com a Grande Mãe do céu noturno. A Lua é o astro que ilumina a noite e é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. E, as fases da Lua, caracterizam os aspectos da natureza feminina, assim como representam os estágios e as transformações na vida da mulher. Por isso aquelas que não estão em harmonia com a energia lunar nem entende os seus significados não conseguem equilibrar seus sentimentos nem ter uma vida cheia de prazer.
O Mundo da Lua aparece na qualidade de um nascimento ou renascimento. Onde quer que se visualize seu símbolo, sempre estaremos diante de um mistério de transformação matriarcal, mesmo que algumas vezes, mostre-se camuflado no mundo patriarcal. Esse mistério nos chama atenção e nos deixa curiosos, mas mexe muito mais com a mulher.
Em especial os astros luminosos em sua dimensão arquetípica, sempre são símbolos da consciência e do espírito da psique humana. É por isso que sua posição nas religiões e ritos é característica das constelações psíquicas dominantes no grupo que, a partir do seu inconsciente, projetou-os no céu. Para ilustrar, o Sol tem sua correspondência na consciência patriarcal, enquanto a Lua na consciência matriarcal. Pois ela esta mais ligada à sujeição a passividade e a feminilidade presente no Universo.
O aspecto lunar do matriarcado não se refere ao espírito invisível e imaterial, bandeira defendida pelo patriarcado, mas foi à razão pela qual fez com que a Lua acabasse depreciada, assim como o Feminino a que ela corresponde. Todos seus princípios marginalizados levaram à conceituação abstrata da consciência moderna e, que hoje ameaça a existência da humanidade ocidental, pois a unilateralidade masculina acarreta uma hipertrofia da consciência, às custas da totalidade do homem. Mas isso vem tem uma transformação nos últimos tempos com uma forte penetração do poder feminino na sociedade moderna.
Atualmente, o conhecimento abstraído pela consciência coletiva da humanidade encontra-se nas mãos de representantes masculinos, que nem sequer são capazes de incorporar o princípio solar imaterial e puro. São poucos que conseguem aproveitar a positividade gerada pelo Sol em sua vida.
O Mundo da Lua está longe de ser, como supunha o mundo patriarcal, somente um nível de matéria inferior, de fugacidade telúrica e escuridão. Nos mistérios do renascimento ocorre a iluminação e a imortalizarão do homem, mas isso só está acessível aos mais iluminados, pois muitos se deixam levar pelos desejos e entram em contato com a energia inferior desse astro. Este mesmo homem, que é iniciado e iluminado pela Grande Mãe, como demonstra os mistérios eleusinos e o seu renascimento acontece como um nascimento luminoso no céu noturno, onde as ondas de energias criadoras vibram em perfeito equilíbrio com o Cosmos. Ele brilhará como um ponto de luz no manto negro da noite, iluminando o mundo noturno, mas mesmo tornando-se deste modo, imortal, a Mãe não o libera, mas o carrega para perto de si na mandala celeste, pois uma Mãe jamais abandona seu filho. E essa proteção e essencial, para a existência de seus descendentes e honra de seus ancestrais.
A LUA E A MENSTRUAÇÃO
A cada 28 dias a Lua completa seu ciclo de crescente a minguante. A Lua Nova marca a primeira iluminação e um fiapo fica visível no céu noturno. A Lua então cresce até o primeiro quarto, quando se pode visualizar a metade de seu disco. Continua a crescer e completa-se até atingir a Lua Cheia. Neste ponto, começa a diminuir de tamanho até o terceiro quarto, quando novamente só se vê a metade do disco e continua assim até que não se veja mais seu disco. Em quinta fase, esta Lua Escura dura três noites e esta, é este é o mais poderoso de todos os ciclos da Lua. Porque representa a verdadeira fusão da sombra com a luz universal.
Com seu ciclo de nascimento, á Lua de crescimento e morte, é um lembrete poderoso, todos os meses, da natureza dos ciclos. Em épocas remotas, os ciclos menstruais das mulheres eram perfeitamente alinhados com os da Lua. A mulher ovulava na Lua Cheia e menstruava na Lua Escura. A Lua Cheia era o ápice do ciclo da criação, era quando o óvulo era liberado. Nos 14 dias que antecedem esta liberação, as energias da criação reúnem tudo que é necessário para constituir o óvulo. Quando passava a Lua Cheia e o óvulo não era fertilizado, tornava-se maduro demais e se decompunha, derramando-se no fluxo natural de sangue na Lua Escura. Quando a mulher vive em perfeita harmonia com a Terra, ela só sangra os três dias da Lua Escura. Quando a Lua Nova emerge, seu fluxo naturalmente deve cessar e o ciclo da criação é reiniciado dentro dela. Mas o contato com a magia e uma sexualidade desregrada, drogas e mal uso de seu corpo desequilibrou o organismo da maioria delas.
Em nossa sociedade atual, o uso de pílulas anticoncepcionais, fez com que a mulher deixasse de incorporar e compreender este ciclo de criação e destruição dentro de si.
Alguns índios norte-americanos consideravam a Lua uma mulher, a primeira Mulher e, no seu quarto minguante ela ficava "doente", palavra que definiam como menstruação. Camponeses europeus acreditavam que a Lua menstruava e que estava "adoentada" no período minguante, sendo que a chuva vermelha que o folclore afirma cair do céu era o "sangue da Lua". Pois, em várias línguas as palavras menstruação e Lua são as mesmas ou estão associadas. A palavra menstruação significa "mudança da Lua" e "mens" é Lua. Alguns camponeses alemães chamam o período menstrual de "a Lua". Na França é chamado de "le moment de la luna".
Entre muitos povos em todas as partes do mundo as mulheres eram consideradas “tabus” durante o período da menstruação. Este período para algumas tribos indígenas era considerado um estado tão peculiar que a mulher deveria recolher-se à uma "tenda menstrual" escura, pois a luz da Lua não deveria bater sobre ela. O isolamento mensal da mulher tinha o mesmo significado que os ritos de puberdade dos homens. Durante este curto espaço de tempo de solidão forçada, as mulheres mantinham um contato mais íntimo com as forças instintivas dentro de si, com uma meditação profunda e dedicação a higiene de corpo e mente.
Já em tribos mais primitivas, nenhum homem podia se aproximar de uma mulher menstruada, pois até sua sombra era poluidora, sobre isso encontramos relatos na Bíblia sobre instruções de Moises sobre a higiene da mulher e vemos que nesse período ela era considerada imunda. O sangue menstrual, nesta época, era tido como contaminador. Acreditavam também, que a mulher menstruada tinha um efeito poluente sobre o fogo e se por algum motivo se aproximasse dele, esse se extinguiria. Ainda, de acordo com o Talmude, se uma mulher no início da menstruação passasse por dois homens, certamente um deles morreria. Se estivesse no término de seu período, provavelmente causaria uma violenta discussão entre eles, isso seria a ação da sobra da Terra em seu estado mais inferior agindo através da mulher. Isso se daria pelo processo refletor da mulher naquele período.
Por vários motivos as mulheres acabaram impondo à si mesmas uma abstinência, muito embora, tanto nelas como nos animais, o período de maior desejo sexual é imediatamente anterior ou posterior a menstruação. Isso acontece pela energia atuante ser extremamente mutável e provocar mudanças hormonais profundas e intensas.
Na Índia, acredita-se ainda hoje, que a Deusa-Mãe menstrua. Durante essa época, as estátuas da deusa são afastadas e panos manchados de sangue são considerados como "remédio" para a maior parte das doenças. Também na Babilônia, pensava-se que Istar, a Deusa Lua, menstruava na época da Lua Cheia, quando o "sabattu" de Istar, ou dia do mal, era observado. A palavra "sabattu" vem de sabat e significa o descanso do coração. É o dia de descanso que a Lua tem quando está cheia. Este dia é um percussor direto do sabá e considerava-se desfavorável qualquer trabalho, comer comida cozida ou viajar. Essas eram as coisas proibidas para a mulher menstruada. O sabá era primeiramente observado somente uma vez por mês e depois passou a ser observado em cada uma das fases da Lua.
Hoje, uma compreensão científica e objetiva já nos livrou de todos estes tabus, mas é bom lembrar que em certo momento histórico, inconscientemente, a natureza instintiva feminina podia provocar a anulação dos homens. E esse poder certamente está ligado a Lua.

Climazem Consultoria – Centro de Estudos Astrológicos, Místicos e Esotéricos.
Astrólogo Responsável: Carlinhos Lima.

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