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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Cuidado pra não se perder nos caminhos da Magia!


Pois é pessoal, hoje em dia a magia é uma palavra que serve em conceitos modernos pra dar lucro nos livros e no cinema. Em conceitos antigos, é o uso do sobrenatural, manipulado por alguém pra dominar, mudar coisas ou simplesmente pra dividir ou classificar Bem e Mal! Mas, quem estuda esse tema, logo saberá que esse tema é extenso, que sua visão mudará conforme o prisma usado. A lente da fé ou descrença, mudará o resultado final da imagem que se fé. A interferência do sectarismo, fanatismo, idolatria ou ceticismo, são elementos importantes que sempre acabam mudando o contexto final desse fantástico caminho. Na verdade o que sabemos hoje é que tudo está desvirtuado, o foco de quem se perdeu no materialismo ou ambições humanos, estão corrompidos e desviados. Assim como quem milita na politica que se perdem nas curvas tentadoras dos largos porões da corrupção, quem tenta encontrar na magia uma forma de poder dominar, acabará sendo corrompido, passando a ter estranhas ilusões ou percepções da realidade. Porque ao mesmo tempo em que esse imbecil acha que domina, estará na verdade sendo escravizado. Por isso cuidado ao adentrar os portões da magia, pois, pode ser um caminho sem volta. A palavra chave para o sucesso é prudencia! Esta é a maior dádiva da Sabedoria Cósmica! 

 Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador. Continue lendo sobre Magia:

Assuntos que mexe com todo mundo

domingo, 19 de dezembro de 2021

Dom e vocação são fundamentasis ao buscador!


Em se falando em magia, todos nós que já entramos alguma vez nesse terreno desafiador, na maioria das vezes amedrontador e muito obscuro, sempre nos deparamos com o uso dos elementos na composição da ritualística magica. Isso acontece em todos os cantos do mundo. Mas, trazendo em especial para o Brasil, sempre encontramos um foco nos elementos naturais, ou seja o uso de elementos na ritualística magista como uma principal forma de movimentar os

  Justificarpoderes mágicos. E como aqui em nossa terra, sempre tivemos as influências das crenças espiritualistas dos índios, dos negros que trouxeram ensinamentos da Africa e de uma grande mistura de crenças que veio pra cá de todas as partes do mundo, sempre tivemos o uso de elementos palpáveis na magia. Digo palpável, pois, o costume de usar ervas, pedras e outras coisas concretas, as quais se podem tocar sempre foi a principal fonte de movimentação da magia. Em especial no interior, sempre vimos falar da Benzedeiras, Rezadeiras e Mães de Santo! E muitas outras denominações. Quando falo nesses elementos palpáveis, quero dizer que existem muitos outros mecanismos, como por exemplo o uso da magia por meio de pontos riscados, cantados ou até evocações por meio de simples energia mental e ajustes vibracionais no âmbito espiritual! Coisa que somente é usada pelos magistas de muito conhecimento. 

 Uma coisa que sempre foi popular, por exemplo, foi a forma de mexer com o magico mundo dos encantamentos por meio de simpatias. Esse foi o nome divulgado com grande ênfase em especial pelas revistinhas que vendiam um numero expressivo de exemplares. Muitas pessoas achavam que com as chamadas "mandingas" poderiam resolver problemas de casamento, de emprego, de doença e até acertar na loteria. Assim como a a banalização do tema magia, desacreditou, distorceu e desalinhou o tema original em si, vimos também nos chamados horóscopos de jornais e revistas, uma forte banalização da Astrologia. 

Como também do Tarô, Numerologia e outros conhecimentos. No entanto, vendo pelo lado positivo, percebemos que essas atitudes também serviram pra divulgar esses conhecimentos, sendo que muita gente fez fortuna aproveitando essa fase! O lado profundamente negativo é que se vulgarizou demais um tema tão importante para que busca o saber Ancestral do saber cósmico. A magia assim com a fé, a religião ou qualquer campo da espiritualidades, não depende apenas de vocação, mas de dom! Assim como o sacerdote ao adentrar numa religião, apenas com a vocação poderá acabar desanimando e desistindo porque as provações vão minando suas forças, também o buscador de segredo magisticos passará pelas mesmas penas. Aliás são caminhos muito bem alinhados, os dá religião e da magia! A pessoa terá que ter dom, aliado a vocação e só assim ele conseguirá ir longe. Assim também como ter apenas o dom não bastará. Porque sem ânimo ele não irá muito longe, ou poderá´nem iniciar o processo de busca. Portanto queridos irmãos, meditação, busca interior e autocontrole são de suma importância. Tudo isso esta´inserido no termo "conheci a ti mesmo"! 

 Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador. Continue lendo:

Cuidado pra não se perder nos caminhos da Magia!


O poder dos elementos na magia!


Em artigos anteriores falei aqui do uso de elementos naturais, objetos e conceitos populares, na ritualística mais aberta ou quase banal. E ao estudarmos esse tema, com muita facilidade ou logo de cara vamos nos deparar com ensinamentos das pessoas, em grande parte por conhecimentos repassados de forma oral. Nesse conhecimentos vamos ver na área da saudê por exemplo, o uso de chás, banhos ou simplesmente, ascender-se velas e incensos. Assim nesses ensinamentos, muitas vezes passados de pai pra filhos ou usados pelos destacados curandeiros por todos os cantos do Brasil, temos dicas do uso de folhs, como ervas bem conhecidas e muitos outros elementos da natureza. 

Cabe a cada um entrar em contato com o que precisa naquele momento. Uma coisa que se nota nesse campo de crença, conhecimentos populares e mistura com o mundo religioso é que as pessoas criticam muito quando se encontram inseridos no terreno da intolerância, porém isso dura até um ponto onde ela não chegue a precisar de tais praticas. Falo isso, porque já conheci muitos evangélicos fanáticos, muito críticos, mas, que na hora da doença, numa busca desesperada pela medicina convencional e não encontrando respostas, grande parte desses buscam ajuda alternativa. Ai vemos o bom uso do ditado popular: "Não cuspa pra cima, pois, cairá na sua cabeça"! Tudo têm uma causa, e essa causa produzirá efeitos que nem sempre serão como queríamos. Mas, o universo tem suas regras próprias que nem sempre vamos compreender o ficar contentes com elas. Por isso o bom é não falar com orgulho de coisas que não temos o conhecimento profundo. 

 E por falar em elementos naturais usados nesse campo da magia, sempre vimos falar de algumas ervas que ficaram muito famosas no uso dos rituais. Muitos atestam seu poder, acreditam na sua boa aplicação e não abrem mão de seu uso. Como por exemplo, a arruda, o manjericão, o peão roxo e o alho, entre tantas outras. Por falar em alho, vamos destacar um pouco seus bons aplicativos: O alho neutraliza o poder das pessoas que, conscientemente ou não, sugam nossa energia vital. Para conseguir essa proteção, você deve levar um dente de alho no bolso ou na bolsa. E, se quer descobrir se está sendo vítima de um desses vampiros de energia, coloque três dentes de alho num copo com água. Se algum deles boiar, a resposta é positiva. Então, mais do que nunca, você deve recorrer ao alho para afastar as forças negativas. Lembro que essas são dicas populares! Mas, o alho não é só famoso nesse campo, como também na area medicinal. De gosto e cheiro intensos, ele transforma qualquer prato numa refeição saudável. Ele contém vitaminas A, B2, B6 e C, proteínas, sais minerais e antibióticos naturais. Quem consome alho ganha boa parte do que o organismo precisa para controlar a pressão arterial e o colesterol, e também previne-se contra o câncer e problemas do coração.

Como consumir

. Apesar de tantos pontos positivos, o ideal é consumir o alho com moderação. Doses elevadas podem provocar cólica, vômito, dores de cabeça e de barriga. Um dente de alho por dia é a medida exata para ter saúde! . Frito, o alho perde a maioria das propriedades benéficas. Prefira comê-lo cru, descascado e amassado, junto com a comida, ou tome um chá antes de dormir. Em 1 xícara de água ponha 1 dente de alho amassado. Adoce com mel, coe e beba.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

A Astrologia e Compreensão humana


A astrologia é antes de qualquer coisa, um instrumento de compreensão do homem no seu tempo e espaço de vida. Por milênios, o homem vem atribuindo, compreendendo significados através dos ciclos planetários. SOL — LUA — MERCÚRIO — VÊNUS — MARTEJÚPITER — SATURNO — URANO — NETUNO — PLUTÃO Não há como dizer que se acredita ou não na astrologia, pois a questão da crença não se aplica, assim como não cabe dizer que se crê ou não em um martelo, mas apenas nos utilizamos dele. 

Na verdade a fé é um dom, por mais acadêmico que sejamos, debruçados em livros e pesquisas, nunca conseguiremos colocar a fé dentro de nossa mente, se não tivermos o dom de sentir. Algumas pessoas já nascem com o dom de sentir o Sagrado, outros mesmo que sejam escolhidos, só vão se deparar com a fé depois de muita provação. Até mesmo grandes mestres, como Buda, só encontraram seu caminho após penoso sofrimento, entrega e esvaziamento do mundo real. "A vida ficaria sem emoção se soubéssemos o que aconteceria..." Esta afirmação não deixa de Ter a sua lógica. Contudo, o estudo da astrologia não preconiza o conhecimento daquilo que irá acontecer. Esta arte-ciência oferece uma visão das possibilidades, tendências de comportamento. A astrologia é um trabalho de autoconhecimento, uma filosofia de vida, antes de ser um processo divinatório. É um meio de alcançar serenidade em meio ao caos da existência quotidiana, através do estudo dos potenciais de cada um. 

 O planejamento (prognóstico) que ela pode oferecer, por exemplo, baseia-se na otimização do uso dos talentos e capacidades latentes do ser humano, não em fatores externos à própria psique. Se nós viemos a vida pra desenvolvermos nossa alma, não traríamos regras, ou um livrinho que nos dissesse como agir, como crer e como seguir. Na verdade vamos descobrindo e é justamente a busca pela descoberta que leva um contemplador a reparar em cada detalhe, todo dia de sua vida, pra captar tudo aquilo que o Criador vai nos revelando. Temos as leis, as tradições e regras, que as religiões nos pregam ou até nos ordenam a seguir. Mas, ao mesmo tempo temos o livre-arbítrio, porque as vezes uma escolha pode nos elevar a alma, ou nos perder de vez. 

É por isso que existe as leis, pra que possamos ter méritos ou deméritos na hora do julgamento, por ter feito ou não nossa trajetória, com heroísmo, sabedoria e amor. Mas, porque o valor tão alto do heroísmo? Justamente por enfrentar os perigos e ser um vencedor. Então se preciso é enfrentar coisas difíceis, é porque em determinados momentos, nem as leis e nem as regras conhecidas, são claras, por isso, aparece a coragem de seguir em frente mesmo que sejam coisas desconhecidas. Ai caberá o dom, a fé nascida do coração, a mediunidade viva e o amor por algo que toca nossa alma mesmo sem saber. Não é uma fé plantada, por pregadores hipócritas, que só pensam no dinheiro do nosso dizimo, mas, uma fé herdada de nosso Criador! 

  ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS: Qual é o seu signo? Com certeza você sabe a resposta, mas alguma vez você já parou para pensar por que é desse signo? Quem foi que definiu que alguém que nasce em determinada data é de um signo com características tão diferentes de quem nasce seis meses depois? Tudo isso tem uma explicação; é uma história que começou lá longe, há mais de 6.000 anos. O homem começou atribuindo significados ao ciclo dos dias e das noites, e daí derivam todas as idéias e conceitos contidos no Sol e na Lua, constituindo estes uma polaridade básica: · Sol representa o masculino, o dia, a consciência, a atividade, o dar, o criador, o emissor, a identidade, a irradiação, entre outros. · Lua representa o feminino, à noite, a inconsciência, a passividade, o receber, o nutridor, o receptor, a imagem, o reflexo, etc. 

Os responsáveis principais e primeiros por essa ciência foram os povos egípcios e gregos, que gostavam de passar as noites admirando o céu. Com o tempo, eles perceberam que as estrelas, muitas vezes, aparecem juntas em grandes grupos. Observando esses grupos, aprenderam a identificá-los e acabaram dando nome a cada um. É o que nós chamamos, hoje, de constelações. 

As constelações mais importantes para a Astrologia são justamente as de: Áries - Touro - Gêmeos - Câncer - Leão - Virgem - Libra - Escorpião - Sagitário - Capricórnio Aquário - Peixes. Mas, além dessas qualidades, intrisecas da tradicional astrologia, poderemos adentrarmos os portais do conhecimento, fazendo um longo caminho que muitos iniciados e iluminados fizeram. A astrologia não é só aforismas, ou definições escritas por astrologos, ela é um alfabeto sagrado, que pode nos mostrar muito mais. Como por exemplo os caminhos da cabala, a ação de um orixá, a espiritualidade em nós, o carma, ou simplesmente nosso potencial magico. Cabe a você decidir qual será o caminho de sua busca existencial. Assim nasceu a Astrologia... Mas eles também prestavam atenção ao Sol e à Lua e notaram que o Sol não nasce sempre no mesmo lugar. Durante um período, ele nasce mais à esquerda e, na medida em que os meses passam, vai caminhando para a direita. Nós também podemos ver isso. 

Com todos esses dados, os antigos acabaram concluindo que esse movimento do Sol fazia com que ele, a cada período de aproximadamente trinta dias, encobrisse uma dessas doze principais constelações(eles pensavam que o qual se movia era o Sol e hoje já sabemos que é a Terra). Também perceberam que as pessoas nascidas durante o período em que o Sol estava encobrindo a constelação de Aquário, por exemplo, tinham algumas características em comum, diferentes daquelas que nascem durante a época em que o Sol encobre uma outra constelação qualquer. 

 O zodíaco pode ser entendido como a trajetória aparente do Sol no céu. O cinturão zodiacal é simbólico, cada signo ocupando 30º do círculo. Março é o mês da entrada do Sol em Áries, é também o signo os começos, das germinações, o que traz o florescimento e a renovação da vida. Em Março comemoramos o ano novo astrológico, quando o Sol atinge 0º de Áries, ponto de cruzamento da eclíptica com o equador celeste, momento em que o dia e a noite tem idêntica duração. Marte, o planeta regente de Áries, reverenciado pelos romanos como um deus guerreiro, empresta seu nome ao mês. Porém, nossa personalidade não é tão simples para que baste nos dividir em doze grupos diferentes, somente de acordo com a data em que nascemos. 

 Procurando explicar melhor a diversidade e a complexidade dos nossos traços individuais, os estudiosos notaram que não só a data de nascimento tinha importância, mas a hora também. E, assim como a data tem relação com o movimento do Sol durante o ano, a hora está relacionada com a movimentação do Sol durante o dia, ou seja, a posição que ele ocupa em relação ao horizonte no momento do nascimento. 

  A essa nova descoberta deram o nome de Ascendente. Mas para que ele serve? É simples: a data de nascimento indica as características das pessoas, e o ascendente, o comportamento delas. Quer dizer, o seu signo é o que você é mesmo, o que sente dentro do seu coração e da sua alma. Já o ascendente é como você se mostra para o mundo. Para poder conduzir melhor a própria vida, é preciso conseguir harmonizar o seu signo e o seu ascendente. E assim pelo Ascendente que é o portal ou filtro, que mostra nosso ser no mundo, com corpo, cara ou mascara sobre a face, é em Umbanda Astrológica, a Entidade atuante de Frente, aquele que nos conduz diante da vida, diante da espiritualidade, como fiel escudeiro, compondo todos os nossos traços físicos. Por isso muitos filhos de fé, são batizados com orixás errados, porque o sacerdote enxerga a entidade de frente confundindo com o pai de de cabeça. 

 Você já deve ter passado pela estranha experiência de ouvir alguém dizer que você é assim e, no entanto, você pode jurar de pés juntos que é assado. Isso acontece por causa do choque entre o signo e o ascendente. Esse tipo de coisa é muito comum quando a pessoa tem um ascendente com características muito diferentes das do seu signo. E por causa de pessoas, que mesmo de boa fé fazem confusão, colocam você como filho de um outro orixá, que mesmo sendo um dos atuantes de seu odú ou mesmo de sua corôa, não é seu pai de cabeça, ai você sempre terá dificuldade em sua vida. Muitas vezes, são pessoas conflitantes, mas também existem aquelas que conseguem tirar proveito disso se saindo muito bem em qualquer situação. Já aquelas que têm signo e ascendente parecidos, ou mesmo iguais, têm menos conflitos internos. No entanto, podem acabar se tornando muito radicais e só admitirem uma maneira de ver a vida, a própria.

 As pessoas que tem a entidade de frente sendo a mesma que atua como seu pai de cabeça, são as mais facéis de se descobrir suas linhas, tem maior facilidade em se tratarem espiritualmente e por isso tem vidas mais tranquilas. Mas, antes de se dizer como filho desse ou daquele orixá certifique-se bem antes, pois erros podem se tornar graves entraves em seu desenvolvimento. 

 Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

O poder dos anjos em nossa Era

Os Anjos Cabalísticos atuante em NOSSA ERA É O Arcanjo Cassiel. A palavra hebraica para anjo é Malakl, que significa "Mensageiro". As primeiras descrições sobre anjos apareceram no Antigo Testamento. A menção mais antiga de um anjo aparece em Ur, cidade do Oriente Médio há mais de 4.000 a.C.. Na arte cristã eles apareceram em 312 d.C., introduzidos pelo imperador romano Constantino, que sendo pagão, converteu-se ao cristianismo quando viu uma cruz no céu, antes de uma batalha importante. Em 325 d.C., no Concílio de Nicéia, a crença nos anjos foi considerada dogma da Igreja. Em 343 d.C. foi determinado que reverenciá-los era idolatria e que os anjos hebreus eram demoníacos. Em 787 d.C. no Sétimo Sínodo Ecumênico definiu-se dogma somente em relação aos arcanjos: Miguel, Uriel, Gabriel e Rafael. 

 Os escritos essênios, fraternidade da qual Jesus fazia parte, estão repletos de referências angelicais. São Tomás de Aquino foi um estudioso do assunto. Ele dizia que os anjos são seres cujos corpos e essências, são formados de um tecido da chamada luz astral. Eles se comunicam com os homens através da egrégora, podendo assim assumir formas físicas. No Novo Testamento, anjos apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregações, martírio e "ressurreição". Depois da ascensão, Jesus foi colocado junto ao Anjo Metatron. Existem dois tipos de cabala: a teórica, que estuda o mistério da Divindade, a criação espiritual e a renovação do mundo em sete dias; e a prática, que estuda as Clavículas de Salomão, o Tarot, os Talismãs etc. A cabala prática, por sua própria natureza, só pode ser transmitida oralmente, de coração a coração, só podendo ser assimilada através de envolvimento individual, seguro e profundo. Para a cabala, a letra é uma potência. 

O agrupamento das letras forma um nome, dando origem a um centro poderoso de energia. Cabala - Kabbalah - deriva de Kabbel, que significa "recebimento", "aceitação", acervo de normas, heranças espirituais, religiosas, filosóficas e sociais, recebidas pelos iniciados. Tratado filosófico-religioso hebraico, cujo conteúdo visa decifrar um sentido secreto da Bíblia, através de uma teoria e um simbolismo dos números e das letras. A cabala é a ciência do nome de Deus, a tradição oculta ou esotérica dos hebreus. Deus é representado pela letra Yod que é a décima letra do alfabeto hebraico (Yod=10). 

Se juntarmos ao numero 10, as grandezas 15, 21, 26, que são pela numerologia os valores dos grupos de letras da palavra Jehovah, teremos como resultado 72 (10 + 15 + 21 + 26=72). Como os judeus ortodoxos não pronunciam o nome de Deus, os cabalistas desdobraram a palavra Jehovah através dos três versículos misteriosos do capítulo 14 do livro Êxodos e acrescentaram os nomes divinos IAH, EL, AEL, IEL; com esses desdobramentos e terminações deram nome aos 72 anjos. Cada anjo tem influência em cinco datas do nosso calendário, porque por ordem divina, cinco letras hebraicas se juntaram há cada anjo, portanto 72x5=360. Faltaram cinco dias (31/maio, 12/agosto, 24/outubro, 5/janeiro e 19/março) para completar os 365 que formam o ano; os cabalistas designaram então estas datas, aos anjos da humanidade. 

Os anjos estão reunidos em nove categorias cada uma liderada por um príncipe que governa oito anjos. A Angeologia é o tema mais fascinante das ciências esotéricas. Tudo o que é considerado um dogma deve ser transformado em dúvida para depois ser questionado. A Angeologia está baseada na idéia de que Deus está presente em tudo e em todos, principalmente nas coisas mais simples da vida. O anjo representa a energia e a pureza do conhecimento de Deus. 

Quando falamos em anjos os associamos às visões bíblicas ou aos milagres. Segundo Santo Agostinho, os anjos possuem suas próprias virtudes e direitos, agindo sob o nome de Deus. A palavra ANJO vem do grego Ângelus, que significa mensageiro ou emissário, isso quer dizer que os anjos são os mensageiros de Deus. Os anjos no Catecismo Holandês, de 1966, passaram a ser vistos como "elemento peculiar da cultura antiga". Curiosamente, ao passo que perdiam pontos entre teólogos da Igreja, os anjos voltavam à popularidade que já gozaram em outras eras. Nos últimos anos vem acontecendo um revival angélico. Nos Estados Unidos, onde uma pesquisa Gallup revelou que 75% dos adolescentes acreditam neles, proliferam associações e jornais angeológicos. 

 Os anjos eram chamados de DAIMONES pelos gregos, o que significa também gênios ou seres sobrenaturais. Nessa categoria, encontramos os obreiros de Deus: gnomos e duendes (terra); fadas e silfos (ar); salamandras (fogo) e ondinas (água). O nome Daimones, porém, correspondente à palavra "demônio", como entendiam os autores eclesiásticos. Tal fato desperta uma grande curiosidade sobre o tema, já que interesses religiosos fizeram de tudo para que isso não chegasse ao conhecimento popular, principalmente nas Cruzadas, onde textos e escrituras foram eliminados em nome de Deus. Os anjos (Daimones), que protegem os seres humanos, são diferentes dos Daimones, que ficam fora do nosso controle. Eles são perceptíveis ao nosso conhecimento, mas difíceis de mantermos contato, ainda que seja possível entrar em sua sintonia. 

 O Amplo conhecimento da CABALA teve origem por volta de 5.000 AC, quando foi entregue para a humanidade a grande iluminação cósmica divina. Esta sabedoria foi incorporada por alguns povos em todo planeta. A CABALA é um conhecimento revelado não pela busca mental ou intelectual, mas pelo despertar da consciência da essência de todas as coisas. Sua prática propicia a reintegração do homem com a natureza e com a fonte divina, como um cordão umbilical que nos reconecta de volta com a origem sagrada da união. 

 A KABBALAH é uma grande condução facilitadora para esta transformação, permitindo o despertar do ser (essência). Este processo de abertura ocorre não magicamente, mas através do estudo, de treinamentos progressivos e por meio de práticas cabalísticas que incluem não só meditações, mas técnicas milenares trazidos pelos cabalistas do norte do continente africano, entre outros conhecimentos. A Kabalah não tem nenhum envolvimento religioso, mesmo reconhecendo a importância da sobrevivência da Torah. Mas é importante esclarecer que a cabala não está ligada somente ao misticismo judaico. A sua origem é egípcia, assim como muitos dos conhecimentos contidos na Bíblia. Entretanto, a sua busca é espiritual e não religiosa. 

 O judaísmo conservou parte desta antiga sabedoria, mas há muitos conhecimentos que não foram acoplados à cabala judaica. A cabala por muito tempo foi mantida em segredo para que pudesse ser preservada e porque a humanidade não estava preparada para receber este conhecimento. Mas como Estamos entrando em um novo padrão vibratório na terra, onde a consciência está mais expandida e muitas pessoas estão buscando a re-conexão com a essência. 

A era de aquário marca a passagem de uma cultura de dominação para uma cultura de parceria. Muitos estão se desidentificando das distorções do ego e expandindo para uma consciência espiritual. Infelizmente muitos estão buscando a cabala para fins individualistas. É claro que há ensinamentos da cabala que podem trazer prosperidade, saúde, proteção, entre outras qualidades que todos precisam, entretanto esta é uma visão empobrecida da cabala. Isto que o grande cabalista Jesus quis dizer com buscar primeiro o reino de Deus que tudo vem por acréscimo. Acontece quando reconhecemos e expressamos a nossa essência recebemos tudo que necessitamos para a realização de nossos propósitos e para termos prazer na vida. A maior parte dos sofrimentos (são) provenientes do desligamento da nossa natureza essencial. 

 O significado da palavra KABALAH: É o processo de desobstrução do canal de recebimento. Leqabel receber לבקל Qabaláh recebimento הלבק Meqabel recebo לבקמ Mecabalim recebemos םילבקמ Os sons das respectivas letras:ל som de Lק som de Qב som de B ou Vמ ou ם som de Mה som rr como h de holyhood, no final da palavra o seu som é mudo. Metodologia astrológica da Cabala. 

 Umbanda Astrológica. Carlinhos Lima - Astrólogo


segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O Poder das cores em sua vida




As cores em sua vida e em sua casa.Escolher as cores, os móveis e os objetos que beneficiam o seu estilo de vida, atraindo mais harmonia e bem-estar para a sua família. Essa é a proposta da obra Seu Signo, sua Casa — A Influência dos Astros no seu Ambiente, sobre a energia de cada signo, a influência dos astros no ambiente familiar; as características dos quatro elementos e a importância das cores e dos astros; em rituais de magia; e a respeito das quatro direções.


Descobrir mais a respeito das características dos signos nos auxilia na escolha das cores, móveis e objetos que compõem os ambientes, criando maior harmonia entre nós e o espaço em que vivemos nos fazendo entrar em contato com as vibrações astrais.Desde os tempos mais remotos, o homem observou que apesar do caos aparente da sua vida havia uma ordem no céu.

Espelhando-se nos astros, ele fez a sua primeira tentativa de estabelecer uma ordem dentro de si mesmo. A astrologia se encontra entre os primeiros aprendizados humanos, antes da linguagem escrita. Já era codificada há cinco mil anos pelos povos da Babilônia, Suméria, China, Caldeia, Egito, Índia e da América pré-colombiana. Os egípcios alcançaram progressos no domínio da astronomia e, a partir do ano de 4.241 a.C., dividiram o ano em 12 meses e o dia em 24 horas.A Astrologia era levada tão a sério que, no século XIII, na Escola de Medicina de Bolonha, dizia-se que “um doutorado sem astrologia é como um olho que não pode ver”.

No século XX ganhou novas perspectivas e aprimorou seus conceitos, aliando-se à psicologia e a outros conhecimentos. Sua influência é tanta, que em pleno século XXI foi observada, inclusive, dentro do ambiente em que vivemos.Os astros não estão apenas no céu, mas na terra, nos mares e, também, dentro da nossa casa. O estudo dos astros expressa o relacionamento que existe entre todas as coisas, revelando a conexão invisível entre os habitantes do universo. Antes de ser um meio de prever o futuro, a astrologia é um instrumento de autoconhecimento e sua rica simbologia abrange todos os aspectos da vida.O zodíaco pode ser comparado a um muro que separa os habitantes da superfície da Terra do resto do universo.

Esse muro tem, simbolicamente, doze portões, doze canais por meio dos quais fluem as energias universais — os doze signos do zodíaco. Descobrir mais a respeito das características dos signos vai auxiliar na escolha das cores, móveis e objetos que compõem os ambientes, criando uma maior harmonia entre nós e o espaço em que vivemos.Como nosso corpo, nossa casa é um organismo vivo, que precisa ser alimentado e revitalizado. Ela reflete o que pensamos e sentimos, e quando está harmonizada com os quatro elementos da Natureza, sua energia flui mais livremente. Uma sensação de bem-estar é percebida em um ambiente onde os elementos estão em harmonia.

Devidamente combinados, eles se tornam grandes disseminadores de boas vibrações.Descobrir o elemento de cada pessoa que mora na casa ajuda muito na hora de planeja um espaço onde todos vivam em harmonia. Com pequenas alterações no equilíbrio dos elementos, pode-se até manipular um relacionamento. Quando for necessário ajustar uma relação, pode-se acrescentar ou retirar algum móvel ou objeto, ou realçar uma parede com determinada cor.A Influência dos Astros no seu Ambiente mostra o referencial sagrado da nossa casa e traz revelações incríveis acerca da nossa própria personalidade e do nosso modo de encarar a vida.

Por meio das características astrológicas, podemos aprender a nos conhecer melhor e compreendermos o porquê de termos sempre certa tendência a selecionar cores, formas e padrões que combinam com nossa personalidade e nosso estado emocional. É possível harmonizar o lar com a ajuda das características do seu signo, acentuando seus potenciais, talentos e despertando outro que você não sabia que existiam.


 Postado por Carlinhos Lima
20/1/2010

As praticas Xâmanicas




As culturas africanas, de tradição xamânica, desenvolveram um sistema apoiado em deidades, espíritos animais, espíritos ancestrais, anjos, conhecida como Obeah, que se tornou a célula dos praticantes de Vodu próprios. Também as primeiras cosmologias baseadas em visões xamânicas, que incluem conceitos de reinos superiores, inferiores. As práticas xamânicas influenciaram tais religiões organizadas, vários aspectos são encontrados em suas práticas místicas e simbólicas. O Paganismo Grego, influenciado pelo Xamanismo, é refletido na mitologia de Medeia, Prometeu e nos Mistérios Eleusianos e outros. Mais tarde essas práticas foram adotadas pela religião romana. Na Rússia, as tradições xamânicas sobreviveram, também, usando o cogumelo amanita muscária e outras plantas indígenas. Na Austrália, algumas plantas psicoativas (enteógenas), mais suaves, foram usadas conjuntamente com a tradição extática de cantar, contar histórias, no tempo do sonho. Nas Américas, uma fonte rica em psicoativos vegetais criou tradições xamânicas, principalmente através da ayahuasca ou iagé, utilizada por várias tribos na Amazônia, e, nos Andes, o Wachuma (cacto San Pedro) e as folhas de coca. Na América do Norte, o peyote serviu à mesma finalidade sagrada. O tabaco foi usado também como planta cerimonial. O estado do visionário envolve sempre algum grau de dissolução do ego. Quase toda a religião inclui este elemento em maior ou menor escala na reza de terços, no Catolicismo, na expansão do yoga, giro sufi, giras, recitação de mantras, etc. 

No Vodu há prática que envolve dançar até a exaustão e assim o corpo perde o controle, para conexão com o divino. Nas tradições tibetanas são usados também os harmônicos vocais, as posturas. O livro de Ward Rutheford (Shamanism, The Foundation of Magic), coloca o Tantrismo como uma das mais xamânicas religiões da Índia, seguida pelo Budismo Tântrico e o Hinduísmo. Quando o Xamanismo é comparado com a religião egípcia, as similaridades são grandes: uso de instrumentos de poder; a condução ao mundo dos espíritos com segurança; o enterro com objetos; preparação dos corpos dos mortos para o enterro; os paramentos dos sacerdotes, para os trabalhos espirituais (trajes de poder, o uso de talismãs e braceletes com peles, dentes e ossos de animais, tambores, pinturas faciais e no corpo). O Tantrismo prevê a existência dos sete chakras, ou sete7 pontos de poder em nosso corpo sutíl. 

Os chakras são vistos como microcosmos do Universo. O iniciado tântrico submete-se à tutela de um mestre que o ensina os segredos esotéricos da doutrina. Também o sacerdote do budismo tântrico conta entre seus instrumentos de poder, com um tambor pequeno, seu instrumento ritual para evocar os ancestrais. Nesse rito sexual do Tantrismo, o ato, ou maithuna, é considerado um modo de chegar à iluminação. Há também alguns vestígios da influência no Taoísmo, que também exalta o ato sexual como espiritualmente benéfico para mulheres e homens. O Taoísmo, em efeito, é o sistema xamânico que mais integra a força feminina. Como se vê na filosofia Yin Yang, claramente o masculino e o feminino, são opostos complementares. Como a mulher pode ser Yin e necessita intercâmbios com Yang, o mesmo se aplica ao homem. Qualquer contato com a força contrária servirá até certo ponto, mas a maior manifestação se produz no ato sexual mesmo. Tao significa "O Caminho" e é o caminho das forças naturais. O objetivo do Taoísmo era sincronizar-se, perfeitamente, com a natureza e deixar que suas pulsações atinjam a mente e corpo. Para conseguir a sincronia com a mente e corpo, recorriam a exercícios de Yoga, ginástica, elixires mágicos preparados por alquimistas, regras de dieta, atividade sexual variada, como elementos para melhorar a vitalidade e, finalmente, criar um corpo imortal tão refinado, que poderia abandonar o corpo mortal para compartilhar as bênçãos do Paraíso. Esse estado alterado de consciência é o que faz levantar vôo do mundo material e vencer os limites do espaço/tempo. Esse ser imortal era denominado de “pessoa alada” ou “gente alada”. 

O Xamanismo era tão incrustado na história da China, que fica difícil a quem atribuir o começo. O soberano 3.000 a.C. é representado por uma figura vestida com pele de leopardo, sentado numa pedra, contemplando uma tartaruga que o observa com veneração. Sobre o solo há os oito hexagramas do I Ching, que foram inspirados pelos desenhos de um casco de tartaruga. São óbvias as bases xamânicas de todas as religiões orientais. A estreita similaridade entre ela e sua tendência a formarem combinações, levaram, através dos séculos, um abafamento das diferenças. As disciplinas tântricas são uma conseqüência de práticas xamânicas adiantadas, onde o ego é suprimido durante o momento do orgasmo. No fim oposto, práticas ascéticas podem ser usadas para conseguir o mesmo efeito que o sexo, privando o corpo dos confortos e mesmo de alimento ou água, para ascender a reinos mais elevados. A tradição cabalística, conhecida como Merkabah são crenças que incluem a reencarnação e a crença de que a alma devia atravessar seu ciclo de reencarnação nas "Sete Moradas Celestiais", para ascender a mais alta de todas: “A Cabala, segundo os místicos, foi fundada pelo próprio Moisés. Veja como Moisés tinha traços xamânicos: utilizava um bastão para oração e fazia prodígios, mexia com forças da natureza, subia na montanha para falar com Deus, etc. Tuda trajetoria dos Patriarcas, nos mostram essa total ligação com o Xamanismo, mas, denominado com outra identidade, pois, xamanismo é mais indigenista. A árvore da Vida e a Montanha, Sinai por exemplo, são metáforas comuns para descrever as jornadas xamânicas. Como a montanha dos xamãs, a Cabala une os Três Mundos, como se demonstra no sonho de Jacó. 

Os temas que dão origem na cabala aos "lugares sagradas feitos com pedras", onde os profetas iam buscar a sua visão (Busca da Visão). Podemos ver o rabino como uma versão judaica equivalente ao xamã. Um curador, um homem de conhecimento, um guia espiritual. A Cabala é tão rica quanto a maioria das tradições xamânicas, compartilhando a terra, os elementos, a opinião que toda a criação é viva e consciente, que os planetas, as pedras, o Sol e Lua, são seres conscientes vivendo com sabedoria e alma. Quando os Hebreus não tinham, ainda, o Torah, eles aprendiam tudo que necessitavam saber dos animais. Pergunte aos animais e ensiná-lo-ão; e aos pássaros do céu, e informá-lo-ão. Ou fale à terra e mostrá-lo-á; e os peixes do mar declarar-lhe-ão. Eles só entraram em contato com o fantastico mundo da Torah que deu origem ao Tarot, pelo contato com os egípcios. Este Xamanismo judeu atribui importância enorme aos quatro sentidos, chamando-os ru'chot do ar'ba, ou "quatro ventos", também hebreu para "quatro espíritos," forçando a natureza orgânica, viva dos quatro sentidos. 

A cada vento ou sentido é designado um animal: a águia no Norte, o búfalo no Oeste, o ser humano no Sul, e o leão no Leste. Einayim, Bamidbar, cada vento tem também guarda do espírito, que, quando invocados em hebraico e aramaico, traz a dádiva desse vento particular. Os atributos destes guardiões, dos quatro espíritos são: cura, reflexão, conforto, e visão. Dizem muitas tradições que o ser humano, nos primórdios, podia se comunicar com animais e que havia um estado de confiança e amizade entre o Homem e a fera. Algumas lendas judaicas afirmam que, em todos os sentidos, o mundo animal tinha uma relação com Adão diferente da relação que tinha com seus descendentes. Não somente conhecia a linguagem do Homem, mas também respeitava a imagem de Deus e tinha medo do primeiro casal humano e tudo isso mudou, para o seu contrário, após a queda do Homem. 

 Na Cabala existem os Caminhos que vão para o Céu (Árvore da Vida). Cada caminho é simbolizado por um animal. O primeiro grupo de caminhos são chamados de Caminhos da Personalidade e os símbolos animais são: o crocodilo, o golfinho, o leão, o gavião, o pavão, o urso e o lobo; no Caminho da Individualidade ou do Eu Superior tem: o cavalo e o cachorro, o bode e o burro, o escorpião e o lobo; no Caminho do Adeptado: o elefante, o rinoceronte, o leão, a águia e o escorpião; nos Caminhos do Espírito: o cachorro, castor, carneiro e coruja, o caranguejo e a tartaruga, o touro; nos Caminhos da Divindade: o pardal, o pombo e o cisne, a andorinha e o macaco, a águia e o Homem. São essas as vinte e duas estradas que correspondem aos arcanos maiores. Na Cabala existem os Caminhos que vão para o Céu (Árvore da Vida). Cada caminho é simbolizado por um animal. 

 O primeiro grupo de caminhos são chamados de Caminhos da Personalidade e os símbolos animais são: o crocodilo, o golfinho, o leão, o gavião, o pavão, o urso e o lobo; no Caminho da Individualidade ou do Eu Superior tem: o cavalo e o cachorro, o bode e o burro, o escorpião e o lobo; no Caminho do Adeptado: o elefante, o rinoceronte, o leão, a águia e o escorpião; nos Caminhos do Espírito: o cachorro, castor, carneiro e coruja, o caranguejo e a tartaruga, o touro; nos Caminhos da Divindade: o pardal, o pombo e o cisne, a andorinha e o macaco, a águia e o Homem. São essas as vinte e duas estradas que correspondem aos arcanos maiores. Religião vem de religare - "religar", aquilo religa a Deus nas sociedades menores, mais primitivas, da Mesopotâmia, África e Oceania, Ásia, Europa e nas Américas, dominavam as religiões chamadas panteístas, crendo que tudo é divino, que Deus e o Universo são unos, que Deus vive em tudo. 

Num estágio posterior surgem as religiões politeístas e o paganismo (vem de “paganus=campo” têm forte ligação com a terra, natureza, tida como sagrada e viva). Em seguida as monoteístas que admitem somente a existência de um único Deus e dominam mais da metade da população mundial. Já as seitas são um segmento religioso menor, mas também é religião. Há uma forte influência xamânica na religião de Bön, na Ásia Central, e no Budismo Tibetano, Mongóis e Manchus, algumas dinastias chinesas que até se de utilizam substâncias enteógenas. Práticas xamânicas foram sendo excluídas de muitas culturas, com a propagação do Cristianismo, principalmente devido à crise das religiões greco-romanas, onde templos foram destruídos e as cerimônias excluídas, iniciando na Idade Média até o Renascimento pela Inquisição Católica. Essa repressão estendeu-se com a colonização espanhola, através dos conquistadores que destruíam as tradições locais, executando os praticantes. Essas práticas universais sobreviveram clandestinamente a essa repressão, principalmente pelos povos indígenas, o que torna o Xamanismo um fenômeno religioso. No entanto, mesmo sendo destruidas muitas provas, ensinamentos e livros sagrados, os registros, continuam documentados no Astral Superior, onde os Guias e Protetores, entram em contato, buscando informações.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
20/2/2011

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Magia não é brincadeira! Se ligue irmão!


A Magia; é muito comum encontra-la nas mais diversos meios de comunicação propagandas e chamamentos para "Cursos de Magia". Se você é candidato a um destes cursos, leia e reflita com muita atenção. Uma questão bastante delicada, o Espiritismo e a Umbanda, até onde podemos ir neste sincretismo. A Umbanda é um tipo de Espiritismo? Mas o que é a Umbanda? Devemos refletir sobre um assunto que a todo minuto é discutido nas salas de debates: A Codificação da Umbanda. A publicação de um texto se faz necessária, tratando sobre a "Existência e o Destino pessoal", na visão do Culto Omoloko, vale a pena conferir. Também, nos faz refletir sobre nossos "compadres" e as imagens que são utilizadas nos Terreiros para simbolizarem esta linha tão controvertida. Meus comentários sobre a Mediunidade. 

 O tema que irei abordar é bastante oportuno e contemporâneo servindo como um alerta para o amigo leitor, seja você um leigo, um iniciante dando os primeiros passos, ou mesmo alguém que já trafega há algum tempo por essa Umbanda de todos nós. Falamos também para aqueles que não comungam da nossa fé, mas que no âmbito das suas crenças, religião, filosofia de vida e estudos se debruçam ou tem interesse em Magia. Vivemos uma época bastante conturbada, em que muitos buscam vertiginosamente uma solução para os seus problemas e desejam ardentemente acreditar em qualquer coisa que possa transformar as suas vidas. Se por um lado existe o recrudescimento na adoção de soluções conservadoras e positivistas, calcadas em tradições seculares, imutáveis, perpetuadoras de dogmas; temos na outra extremidade a pluralização das soluções metafísicas e sobrenaturais que abrem um leque infinito para caminhos, que abarcam desde o oculto, passando pelo esoterismo e o misticismo em geral. Evidentemente, que em ambos os extremos, encontramos joio e trigo misturados. 

O foco desse artigo recai justamente sob esse joio que existe na contraparte das soluções metafísicas e sobrenaturais mais propriamente quando envolve a questão da Magia.Indubitavelmente a Magia virou moda. Presente no pacote do movimento "New Age", e disseminada pelo ressurgimento dos círculos néo-pagãos e das organizações esotéricas e ocultas de toda ordem, bem como propagada por uma vasta literatura, deixou a magia de ser tabu e restrito a um seleto grupo de estudiosos e praticantes. Invariavelmente homens e mulheres das mais diferentes classes sociais, idades, condições econômicas e culturais tem destinado o seu tempo e voltado a sua atenção para o seu estudo e prática. Assim encontramos sem muito esforço "magia" para todos os gostos, expectativas, anseios e desejos. 

A vulgarização do assunto e a proliferação indiscriminada de vários tipos de métodos de ensino e prática trouxeram conseqüências danosas para a Magia, sua integridade como arte e ciência e principalmente com respeito a sua função original. Essa massificação indiscriminada contribuiu para a disseminação dos famigerados "cursos de magia". Qualquer um tem hoje à sua escolha diferentes tipos desses ditos "cursinhos" que prometem ao seu final, dotar o interessado de conhecimentos suficientes para que se torne um "mago" e domine a forma e a prática de se utilizar os processos mágicos para uso próprio; em prol de outrem ou para os mais diversos objetivos e metas. Acreditam piamente esses incautos, que de posse dos seus certificados estão aptos como "magos". 

Como poderiam pensar diferente esses menos avisados, se seus preceptores se investem de uma aura de conhecimento e poder. Normalmente esses preceptores são pessoas que tiveram revelações fantásticas ou são assistidos por "mestres", às vezes por toda uma plêiade de seres "iluminados" que os transformam em fiéis depositários de uma tradição qualquer. De preferência sui generis, mas que permitam todo o desenvolvimento de um negócio lucrativo e rentável para o seu bolso. Facilmente encontramos esses "Mágicos de OZ" na mídia propalando seus cursos, seus conhecimentos, colocando seus prosélitos para darem testemunho de suas façanhas e tentando a todo custo vender suas fórmulas prontas de sucesso, felicidade e prosperidade. 

Muitos produzem uma literatura paralela para respaldar teoricamente os seus ensinamentos, muitas vezes com teorias que vão de encontro diretamente à lógica, à razão e ao bom senso, inclusive batendo de frente e ferindo de forma crassa as valorosas descobertas da gnose humana. Vestem-se de longas capas coloridas, suas túnicas esmeradas ou simplesmente roupas brancas; desembainham suas espadas, seus "athames", seus cajados ou varinhas, recitam fórmulas estranhas, riscam um belo círculo no chão, escrevem alguns sinais ditos cabalísticos ou mágicos; mexem em caldeirões vistosos, rezam conjurações e evocam entidades, espíritos e forças elementais; acendem velas coloridas, um incenso aqui outro acolá e pronto o circo está armado. Alguns desses muito raramente usam a verdade com seus alunos e realmente sabem alguma coisa. 

Tem sim muitos bons mestres no Brasil, mas o orgulho deles e o egoísmo diminuem seus poderes. Pois os conhecimentos são ampliados quando se juntam a humildade e a caridade. Assim é a verdadeira Umbanda. Pó de pirlimpimpim, fantasias. Definitivamente esse tipo de manifestações nunca foi não é, e jamais será Magia. Alerta amigo leitor! Não se aprende Magia em cursos intensivos, anuais ou de longa duração como se fossem cursinhos de pré-vestibular ou algo parecido. Ninguém se transforma em Mago da noite para o dia, tão somente porque lhe outorgaram um certificado ou um diploma.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador

A Umbanda mista

A finalidade da Umbanda é devolver ao homem sua cidadania espiritual, e sabe que isto só será possível quando estivermos irmanados, vencendo as barreiras do orgulho, da vaidade, das ilusões e do egoísmo, banindo de vez os três maiores venenos do planeta: a ignorância, o ódio e a inércia espiritual. Vencida esta etapa, podemos somente então nos credenciarmos a abrirmos os portais da estrada que nos levará ao Grau de Mago, pois finalmente descobriremos que a verdadeira Magia é decifrar a Esfinge que nos incita a constante prática do "Conhece-te a ti mesmo". 

 Voltando a Magia, chamamos a atenção de todos os aprendizes de feiticeiros, por favor, fechem os olhos, e saiam do "Mundo de Oz" e caiam na realidade. Não se deixem ludibriar por aqueles que apenas desejam dar vazão ao seu "Complexo de Merlin", verdadeiros ególatras, que vivem no mundo de fantasias e aparências, visando unicamente saciar a sua sede de poder, domínio e é claro, amealhar fortuna a custa de outrem. Para muitos o título desse artigo, "Umbanda não é Espiritismo", pode parecer algo impróprio, errado, e absurdo, pois consideram a Umbanda como uma forma de Espiritismo. Devemos lembrar que na prática, no dia-a-dia, podemos misturar ou sincretisar diversas formas do sagrado, como: costumes, ritos, doutrinas, criando outras práticas religiosas que não são a soma dessas crenças, mas outras formas de praticá-las, outras formas de manifestação de fé. Porém, isso não quer dizer que estejamos certos dentro dos preceitos, dos conceitos e dos fundamentos dessas práticas (individualizadas) que misturamos sem a menor cerimônia. 

Cada religião tem suas regras e suas normas, sejam elas codificadas ou não. Existem conceitos que devem ser seguidos que caracterizam e individualizam aquela religião, aquela forma doutrinária que, ao misturarmos, estamos quebrando. Isso acontece, pois existe um conhecimento superficial das religiões misturadas em seu aspecto individual, ou não se leva em consideração suas regras. Assim os indivíduos pegam o que "acham bonitinho", elevado, bom aos ouvidos, dessa ou daquela tradição, e acaba levando isso para sua casa, e, mais tarde, para o terreiro de Umbanda. À relação de alguns umbandistas e de algumas formas de Umbanda com o Espiritismo é algo muito curioso. Alguns umbandistas vieram de casas espíritas, pois lá não podiam trabalhar com seus guias (pretos-velhos, caboclos etc). 

Pessoas que às vezes passaram 5, 10, 15 anos dentro do Espiritismo e, sem mais nem menos, começaram "a receber" guias de Umbanda e foram "obrigadas" a se retirar dos centros Espíritas porque o trabalho desses guias não é aceito pela doutrina Espírita. Algumas dessas pessoas que vieram do Espiritismo acabaram criando, por uma necessidade de trabalho espiritual, suas casas e adotaram como forma doutrinária os livros espíritas e fizeram adaptações para que o trabalho realizado não fosse assim tão incompatível com o Espiritismo. Podemos destacar alguns exemplos, como: a negação de alguns elementos africanos (atabaques, culto aos Orixás, corte ritual, obrigações, confirmações, roupas especiais); não trabalhar com crianças (o espírito infantil, ibeji, não é suportável dentro da doutrina espírita, sendo uma condição que deve ser modificada para uma forma adulta); não trabalhar com exus (considerados pelo Espiritismo como obsessores ou "de baixa evolução") ; não utilizam imagens nem gongá (congá ou peji). Em outras casas os sacerdotes foram influenciados pela doutrina Espírita e começaram a adotar algumas práticas do Espiritismo (talvez por acharem que o Espiritismo fosse mais "evoluído do que a Umbanda"), mas sem modificar, inicialmente, sua estrutura ritual, ou seja, não retiraram seus gongás e nem as imagens sincretizadas dos Santos católicos, continuaram trabalhando com o culto aos Orixás só que abolindo o ritual de sacrifício substituindo por comidas e/ou frutas e flores; continuaram com seus atabaques e outros elementos africanos, mas adotaram preces espíritas, leitura de trechos dos livros Espíritas no início das sessões ou no encerramento das mesmas; algumas aboliram total ou parcialmente a utilização de bebidas e de fumo; o trabalho com exus ou foi sendo esquecido, ou continuado, mas sem roupas especiais e com uma dura doutrina encima dessas entidades limitando seu trabalho a sessões reservadas, ou sendo feitas uma vez por ano, ou mesmo só em casos excepcionais. 

Outros guias como marinheiros, boiadeiros, baianos ou têm o mesmo tratamento dos exus, ou nem são trabalhados. Algumas casas adotaram um misto de culto onde fazem a Umbanda e o Espiritismo em uma prática conhecida como "mesa branca". Nessa forma iremos encontrar coexistindo com os guias de Umbanda como preto-velhos, caboclos e crianças, os ditos espíritos de "grande evolução" como médicos, filósofos, pensadores e outros mais notadamente vistos em sessões Espíritas, sem interação com os guias de Umbanda. Já em outros casos encontramos o que é dito como "mesa branca de Umbanda", só que nos moldes de uma sessão Espírita; onde os guias de Umbanda como preto-velhos, caboclos e crianças trabalham na mesa (tudo acontece na mesa e ela passa a ser "o próprio terreiro"), mas não existe presença efetiva de espíritos como médicos, filósofos; às vezes "baixam orientais" para dar passes e fazer curas. 

 O que podemos notar é que esse misto entre Umbanda e Espiritismo se sustenta em uma linha muito tênue e sua intensidade varia muito. Existindo os casos em que a influência Espírita é só aparente, e não se reflete na forma de culto, indo até àquelas formas em que a Umbanda acaba perdendo terreno e as práticas Espíritas acabam sobressaindo, descaracterizando o culto Umbandista como um todo. Seriam a Umbanda e o Espiritismo formas tão diferenciadas assim, ou realmente a Umbanda "é uma forma de Espiritismo"? Para responder à pergunta, temos que ver o que a Umbanda tem em comum com o Espiritismo:- A Umbanda é espiritualista; o Espiritismo também; - A Umbanda rende culto a Deus; o Espiritismo também; - Nas práticas de Umbanda ocorrem fenômenos mediúnicos; no Espiritismo também; - A Umbanda aceita a reencarnação e o Karma; o Espiritismo também. - Na Umbanda se faz caridade; no Espiritismo também. - Na Umbanda existe uma preocupação com o próximo; e no Espiritismo também; - A Umbanda existe o auxílio espiritual; e no Espiritismo também; Agora vamos ver no que a Umbanda tem de incompatível com o Espiritismo: - A Umbanda crê na força dos Orixás; o Espiritismo não crê na existência dos Orixás; - A Umbanda tem culto, rito e liturgia; o Espiritismo não tem culto nenhum; - A Umbanda tem cargo funcional de sacerdote; o Espiritismo não admite cargos sacerdotais; - A Umbanda tem práticas de corte e/ou oferendas; o Espiritismo não adota esse tipo de prática; - A Umbanda trabalha com elementos materiais, como: velas, ervas, guias ...; o Espiritismo não trabalha com elementos materiais; - A Umbanda utiliza símbolos magisticos; o Espiritismo não utiliza nenhum símbolo; - A Umbanda trabalha com magia e no trato de desmanches de trabalhos e similares; o Espiritismo não trabalha com magia ou desmanche de trabalhos; - A Umbanda trabalha com o sincretismo de formas diversas; o Espiritismo não admite o sincretismo; - A Umbanda tem Jesus Cristo como a pessoa de Oxalá (uma divindade); o Espiritismo tem Jesus Cristo como um homem, o médium dos médiuns, e um exemplo de médium a ser seguido; - A Umbanda trabalha com guias, espíritos de grande força e saber, divididos em grupos como preto-velhos, caboclos, baianos, boiadeiros; o Espiritismo não admite o trabalho desses espíritos e os têm como sendo espírito não evoluídos; - A Umbanda trabalha com exus que são considerados guardas, executores das leis kármicas; o Espiritismo considera os exus como obsessores e repudia o trabalho desses espíritos; - A Umbanda não tem doutrina codificada, admite várias formas doutrinárias diversificadas; o Espiritismo tem sua doutrina codificada nas obras de Allan Kardeque e não admite diversidade doutrinária. Podemos notar que as diferenças entre a Umbanda e o Espiritismo, e somente colocamos algumas, são muitas e grandes. 

Não somos contra quem exerce o sincretismo Espírito-umbandista, mas temos que salientar que a Umbanda, como uma grande religião, tem que seguir seus próprios passos e ser valorizada em sua cultura, sua doutrina, seus ritos, no saber dos seus guias e em suas práticas. No Jornal A Tarde 24/06/2001 “Sou zelador-de-santo” ENTREVISTA Um dos mais respeitados pais-de-santo do Brasil, Agenor Miranda Rocha emite opiniões corajosas sobre o candomblé. Gladys Pimentel A reabertura dos terreiros de candomblé no feriado religioso de Corpus Christi traz, todo ano, à Bahia um dos mais queridos e respeitados sacerdotes do povo de santo, o oluwô (dono dos segredos) Agenor Miranda Rocha, 93 anos. No último dia 13, ele se dividiu na tríplice jornada de visitar o Gantois, a Casa Branca e o Ilê Axé Opô Afonjá. Poeta, intelectual, escritor, cantor lírico e educador, ele é o responsável pelo jogo que indica os representantes na sucessão para as grandes casas de candomblé da Bahia. Foi seu jogo que nomeou mãe Stella, para o Opô Afonjá, e Tatá, para a Casa Branca. Pelo apartamento de pai Agenor, no Rio, passam, diariamente, dezenas de pessoas, incluindo artistas globais e políticos, que confiam à vida ao seu jogo de búzios. 

 Natural de Angola, pai Agenor veio para a Bahia com 5 anos de idade. Ainda criança, recebeu, de Eugênia Ana dos Santos, mãe Aninha, a vocação para o candomblé. A vida do oluwô já foi registrada em um livro, de Diógenes Rebouças Filho (Pai Agenor, editora Corrupio, 1997), e, agora, será tema do documentário Um Vento Sagrado, com roteiro e direção de Walter Pinto Lima e Carlos Vasconcelos Dominguez (este, morto no ano passado). Nesta entrevista, concedida no último dia 16, antes de voltar para o Rio de Janeiro, pai Agenor fala sobre sua concepção de candomblé, critica o sacrifício de animais, o jogo cobrado e a grande exposição que a religião ganhou atualmente.

P - Quando e como surgiu sua vocação para pai-de-santo? R - Não sou pai-de-santo, sou zelador-do-santo. O santo é que é meu pai. Eu acho esta nomenclatura (pai-de-santo) muito errada. Eu zelo.

P - Qual é a diferença? R - Se eu sou pai-de-santo, o santo é propriedade. Para mim, os orixás são fragmentos da natureza. Cada orixá tem encantado um fator natural: Iansã, no vento; Iemanjá, no mar; Oxossi, nas matas, caçando; Ogum, desbravando estradas. Então, como eu posso ser pai deles? Quero que me chame de zelador. Pai, não. O zelador trata dos orixás, faz, todas as semanas, uma obrigação, que se chama ossé. Fazer ossé aos orixás é limpá-los, cuidá-los.

P - Como o senhor vê, então, a utilização da nomenclatura pai-de-santo pelo candomblé? R - Eu já encontrei isso quando fiz santo. Eu é que não me sinto bem em dizer que sou pai-de-santo. Para eles (algumas pessoas do candomblé), é uma glória dizer isso.

P - Voltando à sua vocação para zelador-de-santo, quando e como ela surgiu? R - Eu tinha 5 anos. Na verdade, não fui eu quem procurou o candomblé, o candomblé é que me procurou. Minha família era toda católica, apostólica, romana, nunca “assistiu” a um candomblé. Nasci em Ruanda, capital de Angola. Vim para a Bahia com 5 anos. A vocação surgiu desde que eu nasci. Um africano disse isso para minha mãe antes do meu nascimento. Ela não acreditou, mas ele acertou em tudo. Ela me esperava para outubro, ele disse que era para setembro. Eu nasci no dia 8 de setembro de 1907. Disse que eu ia trazer uma mancha vermelha na cabeça. Eu trouxe. Quando chegamos aqui, na Bahia, eu fiquei para morrer. Os médicos desenganaram-me. Minha mãe Aninha, a que fundou o Axé Opô Afonjá, fez o jogo e disse que eu não tinha nada, que era o orixá que iria ser feito. Fez-se o orixá, em 1912, e eu estou aqui.
P - O senhor ocupa um dos mais altos postos no candomblé. Como atua um oluwô? R - A mando dos orixás. Sem alarde e sem vaidade. Na realidade, o magistério é que foi minha carreira. Trabalhei no magistério 47 anos, e saí com pena. Eu nunca vivi do santo. Eu vivo para o santo. Até meu jogo de búzios, nunca cobrei. Não cobro, porque eu duvido um pouco dessa caridade cobrada. Ela deixa de ser caridade quando é cobrada. Eu sou feliz, os orixás me deram essa missão, mas me deram também uma profissão. Então, não há necessidade de eu cobrar.

P - Nesses seus 93 anos, houve algum fato, alguma experiência que o marcou? No candomblé, por exemplo? R - Diversos. Teve um episódio na minha casa, no Leme, no Rio, em 1947. Eu sonhei com Xangô me dizendo que estava segurando a casa até eu me mudar, pois a casa iria desabar. Eu mudei às 5 horas. Às 7 horas, a casa desabou. Então, eu tenho que ter amor aos orixás. Não posso vendê-los, me aproveitar.

P - Na Bahia do Senhor do Bonfim, o sincretismo religioso está muito presente. Qual a sua opinião sobre o sincretismo, considerando que o senhor é um zelador-de-santo, filho de pais católicos? R - Não há crime nenhum no sincretismo, porque, se não fosse o sincretismo, não haveria candomblé hoje. Essa é que é a verdade. As mães-de-santo e os pais-de-santo não querem o sincretismo. Mas tem que haver. Se não fosse o sincretismo, como é que o candomblé iria sobreviver até hoje? Teria morrido. Agora, eles não gostam quando eu falo isso. Mas eu falo o que sinto. Não falo pelos outros, falo por mim.

P - O senhor é devoto de Santo Antônio e de São Francisco de Assis e vai sempre à cidade de Assis, na Itália, venerar São Francisco. Como é que o senhor lida com isso dentro do candomblé? Existe preconceito? R - Se há preconceitos, é com eles. Eu sou eu. Nunca tive conflito. E, agora, tem mais uma coisa: eu sou do santo, católico e espírita. Assim como na família: nem todos são iguais, mas convivem bem. Não é isso? É uma questão de fé.

P - Qual a diferença do candomblé do passado para o candomblé atual? R - Bom, eu costumo, numa frase, mostrar: eu sou do candomblé de morim (pano de algodão muito fino e branco). Hoje, é candomblé de lamê (plumas, lantejoulas). Parece uma escola de samba.

P - O sacrifício de animais, um dos ritos mais comuns e simbólicos do candomblé, é contestado pelo senhor. Por quê? R - Acho que é uma maldade. Os orixás, que são fragmentos da natureza, precisam de sangue? Matar os animais que representam à natureza? Matar, além de tudo, com uma faca, devagarinho, com cantiga, até chegar em uma palavra para tirar a cabeça do bicho. Não dá! Sou contra a matança. Na vida, tudo evolui com o tempo. O candomblé podia ter evoluído um pouquinho, ser mais moderado. O candomblé, hoje, é um luxo.

P - Quanto à humanidade, que perspectivas há para ela diante das espécies em extinção, do desmatamento e da poluição ambiental? R - Desse jeito, vamos chegar ao caos. Destruindo a natureza, o homem acaba consigo mesmo. As pessoas deveriam seguir a evolução natural da Terra. Não deveriam ter tanta inveja, tanta sede de poder. Da sede do poder, nasce a inveja, que é um sentimento muito negativo. Destrói uma pessoa. Aconselho às pessoas a não terem inveja e a viver, cada um, com o que Deus lhe deu. Se eu não tenho inveja, quero que as pessoas subam e não que caiam. Cada um tem seu valor. http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=06&ano=2001&id_materia=3157
Assim pensam os grandes mestres que não se negam a falar a verdade e carregam em seu coração, ética, moral e amor. E eu assino em baixo tudo o que ele disse. Realmente o sincretismo não destrói os cultos afros, mas o tempera o embeleza ainda mais. Desde que não aja bagunça. Não podemos ver um preto-velho como um espírito atrasado só porque alguém assim o definiu pela forma que ele adota, ou pelo trabalho espiritual que ele exerce (suas mirongas).

Devemos ter ouvidos para tentar entender as mensagens que são emanadas pelos guias de Umbanda. Eles têm mensagens lindas, maravilhosas, e não devem ser menosprezadas, só porque saíram da boca de um espírito que foi escravo, e não de um grande médico, filósofo ou intelectual.

Carlinhos Lima - Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador
30/1/2010


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