Denominado Livro T, um conjunto de textos sobre tarô publi- cado por uma facção da ordem. “T” é uma referência a Thoth, divindade egípcia à qual se atribui simbolicamente a criação dos hieróglifos. A idéia central do livro é de que existe uma precisa correspondência entre a Cabala Hermética (compre- endendo a Árvore da Vida, que possui 22 caminhos entre suas 10 sephiroth e as 22 letras do alfabeto hebraico) e o tarô, sendo ela uma chave não apenas para o tarô, bem como para todo o esoterismo ocidental.
Cabe esclarecer aqui que a Cabala Hermética é uma versão ocidentalizada da Cabala Judaica, surgida na Renascença por iniciativa de filósofos que tentaram incorporar ao pensamento cristão o misticismo judaico. MacGregor Mathers afirmava que o simbolismo do tarô retratava com precisão as forças ocultas do Universo. O Livro T inicia-se com uma passagem do Apocalipse de S. João, capítulo cinco, em que é mencionado um livro selado com sete selos (o Segredo do Universo). O Livro T sugere que o tarô é a chave para compreensão do Cosmos, na medida em que representa simbolicamente nossa percepção, isto é, nossa capacidade perceptiva de interpretar e compreender esses mistérios. Essa compreensão é o ato simbólico da abertura dos selos.
Os Tarôs da Aurora Dourada (de Mathers) e Thoth (de Crowley) são esotéricos, desenhados para uso exclusivo dos membros da Ordem. Infelizmente, seus trabalhos com o tarô, fruto de profundas pesquisas, não receberam o reconheci- mento devido, provavelmente por seus comportamentos extravagantes, que os transformaram em alvos das críticas mais ácidas dos historiadores. Mais bem-sucedido foi Arthur Edward Waite, que criou, em 1910, juntamente com a artista Pamela Colman Smith, o baralho de tarô mais popular da história, conhecido como Rider-Waite por causa de seu fabricante, William Rider & Son.
A grande inovação de Waite foi ter desenhado os arcanos menores de forma explicativa, imprimindo um significado mais específico a cartas que eram até então totalmente cifradas, sem nenhuma referência para interpretação (dois de gládios, três de taças, e assim por diante). Ao contrário de Mathers e Crowley, que enfatizaram o caráter esotérico e hermético do tarô, Waite concebeu seu baralho para uso prático, tornando-o mais acessível ao grande público.
Exemplificando: a carta DEZ DE TAÇAS, usualmente, significa grande sucesso no plano pessoal, felicidade, prosperidade. No baralho de Marselha encontramos o desenho de dez taças perfiladas; no baralho de Crowley, as dez taças estão colocadas na posição das dez sephiroth da árvore da vida cabalística, irradiando luz de dentro delas; no baralho de Waite, as dez taças estão num arco-íris sobre um casal abraçado e crianças brincando, ou seja, uma cena do cotidiano que representa metaforicamente o significado oculto da carta.
A grande inovação de Waite foi ter desenhado os arcanos menores de forma explicativa, imprimindo um significado mais específico a cartas que eram até então totalmente cifradas, sem nenhuma referência para interpretação (dois de gládios, três de taças, e assim por diante). Ao contrário de Mathers e Crowley, que enfatizaram o caráter esotérico e hermético do tarô, Waite concebeu seu baralho para uso prático, tornando-o mais acessível ao grande público. Exemplificando: a carta DEZ DE TAÇAS, usualmente, significa grande sucesso no plano pessoal, felicidade, prosperidade. No baralho de Marselha encontramos o desenho de dez taças perfiladas; no baralho de Crowley, as dez taças estão colocadas na posição das dez sephiroth da árvore da vida cabalística, irradiando luz de dentro delas; no baralho de Waite, as dez taças estão num arco-íris sobre um casal abraçado e crianças brincando, ou seja, uma cena do cotidiano que representa metaforicamente o significado oculto da carta.
O tarô Thoth Foi concebido por Aleister Crowley e pintado por Lady Frieda Harris. O projeto iniciou-se em 1938 e concluído em 1943, mas teve de esperar 25 anos para ser publicado. A primeira edição em cores surgiu apenas em 1971. Desde a época de Eliphas Lévi todo o tarô tem sido também chamado de Livro de Thoth, por sua suposta origem egípcia. As chama- das cartas “Thoth” afastam-se completamente dos desenhos usuais do tarô, recorrendo, nas palavras da própria artista, a (HARRIS, apud WANG, 1998, págs. 34, 35) ... tradições derivadas de fontes tão diversas quanto maçons, alquimistas, magos, cabalistas, geômetras, gemátricos, matemá- ticos, simbolistas, adivinhos, numerologistas, druidas, espiritua- listas, psicólogos, filologistas, budistas [sic], iogues, psicanalis- tas, astrólogos e, até mesmo, heraldistas, todos os quais deixa- ram sua marca nos símbolos utilizados.
A partir dessas diversas fontes, nós nos esforçamos por recuperar as simples formas originais das cartas, além de indicarmos o Novo Eon de Hórus, uma aparição aterradora. As cartas medem aproximadamente 7 x 10,8 cm (propor- cionalmente mais largas que as de Marselha). Arbitraria- mente, alguns arcanos receberam denominações distintas das tradicionais (A TEMPERANÇA foi alterada para ARTE, numa alusão à arte da Alquimia; A FORÇA para LUXÚRIA/ PRAZER (LUST); O JULGAMENTO para EON).
A estrutura das cartas da corte também foi alterada neste baralho: o rei foi chamado cavaleiro; o cavaleiro, príncipe; o pajem, princesa. Apenas a rainha permaneceu em seu lugar 3 . Todos os 78 arcanos possuem uma legenda escrita que visa à síntese de sua signi- ficação. Nas cartas trunfo, ao lado do nome, tem-se a letra hebraica e o símbolo astrológico correspondente. Nas demais cartas, esses símbolos aparecem incorporados à composição.
O naipe de moedas (ouros) é denominado DISCOS. Considerando-se a época em que foi concebido, seu visual é arrojadíssimo. Além de conter todos os adereços e ornamentos simbólicos acima descritos, as cartas estão repletas de alusões à magia e à sexualidade. As composições são extre- mamente dinâmicas, com figuras representadas sob diversos ângulos, enfatizando a tridimensionalidade; os desenhos estão repletos de diagonais, curvas, arcos, linhas cruzadas, espiraladas, formas orgânicas, imagens oníricas e padrões fantasia. Tratam-se de pinturas (e não de simples desenhos) profusamente coloridas, com dramáticos efeitos de iluminação e sombras. Algumas figuras são iluminadas de baixo para cima, como se estivessem sob luzes da ribalta.
A carta QUATRO DE DISCOS (moedas), originalíssima, é a vista aérea de um forte com quatro torres. Provenientes de um imaginário fantástico, não é possível determinar uma época para os trajes das figuras. A própria estética das cartas, com elemen- tos ora art-nouveau, ora art-déco, com traços que vão do gótico ao egípcio, não é facilmente classificável, mas certa- mente não pode ser chamada de cubista, como sugeriu Robert Wang.
Diríamos que se aproxima mais de um “ecletismo psicodélico”. Como obras de arte, poderiam situar-se dentro da escola simbolista, movimento que floresceu no final do séc. XIX, atravessando as primeiras décadas do séc. XX. Todas as lâminas possuem a mesma moldura em dois tons de cinza, com desenho decora- tivo que lembra a asa de uma borboleta e inscrições em preto. As pinturas aparentemente não estão assinadas. No verso das cartas há uma rosa-cruz pintada com as três cores primárias, branco e preto.
Enfim cada religião ou ordem deu de seu jeito, importantes contribuições as ciencias, cabe a você tambem que é um buscador fazer o mesmo. Seja bem vido ao Mundo ClimaZem! Axé a Todos.
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
Cabe esclarecer aqui que a Cabala Hermética é uma versão ocidentalizada da Cabala Judaica, surgida na Renascença por iniciativa de filósofos que tentaram incorporar ao pensamento cristão o misticismo judaico. MacGregor Mathers afirmava que o simbolismo do tarô retratava com precisão as forças ocultas do Universo. O Livro T inicia-se com uma passagem do Apocalipse de S. João, capítulo cinco, em que é mencionado um livro selado com sete selos (o Segredo do Universo). O Livro T sugere que o tarô é a chave para compreensão do Cosmos, na medida em que representa simbolicamente nossa percepção, isto é, nossa capacidade perceptiva de interpretar e compreender esses mistérios. Essa compreensão é o ato simbólico da abertura dos selos.
Os Tarôs da Aurora Dourada (de Mathers) e Thoth (de Crowley) são esotéricos, desenhados para uso exclusivo dos membros da Ordem. Infelizmente, seus trabalhos com o tarô, fruto de profundas pesquisas, não receberam o reconheci- mento devido, provavelmente por seus comportamentos extravagantes, que os transformaram em alvos das críticas mais ácidas dos historiadores. Mais bem-sucedido foi Arthur Edward Waite, que criou, em 1910, juntamente com a artista Pamela Colman Smith, o baralho de tarô mais popular da história, conhecido como Rider-Waite por causa de seu fabricante, William Rider & Son.
A grande inovação de Waite foi ter desenhado os arcanos menores de forma explicativa, imprimindo um significado mais específico a cartas que eram até então totalmente cifradas, sem nenhuma referência para interpretação (dois de gládios, três de taças, e assim por diante). Ao contrário de Mathers e Crowley, que enfatizaram o caráter esotérico e hermético do tarô, Waite concebeu seu baralho para uso prático, tornando-o mais acessível ao grande público.
Exemplificando: a carta DEZ DE TAÇAS, usualmente, significa grande sucesso no plano pessoal, felicidade, prosperidade. No baralho de Marselha encontramos o desenho de dez taças perfiladas; no baralho de Crowley, as dez taças estão colocadas na posição das dez sephiroth da árvore da vida cabalística, irradiando luz de dentro delas; no baralho de Waite, as dez taças estão num arco-íris sobre um casal abraçado e crianças brincando, ou seja, uma cena do cotidiano que representa metaforicamente o significado oculto da carta.
A grande inovação de Waite foi ter desenhado os arcanos menores de forma explicativa, imprimindo um significado mais específico a cartas que eram até então totalmente cifradas, sem nenhuma referência para interpretação (dois de gládios, três de taças, e assim por diante). Ao contrário de Mathers e Crowley, que enfatizaram o caráter esotérico e hermético do tarô, Waite concebeu seu baralho para uso prático, tornando-o mais acessível ao grande público. Exemplificando: a carta DEZ DE TAÇAS, usualmente, significa grande sucesso no plano pessoal, felicidade, prosperidade. No baralho de Marselha encontramos o desenho de dez taças perfiladas; no baralho de Crowley, as dez taças estão colocadas na posição das dez sephiroth da árvore da vida cabalística, irradiando luz de dentro delas; no baralho de Waite, as dez taças estão num arco-íris sobre um casal abraçado e crianças brincando, ou seja, uma cena do cotidiano que representa metaforicamente o significado oculto da carta.
O tarô Thoth Foi concebido por Aleister Crowley e pintado por Lady Frieda Harris. O projeto iniciou-se em 1938 e concluído em 1943, mas teve de esperar 25 anos para ser publicado. A primeira edição em cores surgiu apenas em 1971. Desde a época de Eliphas Lévi todo o tarô tem sido também chamado de Livro de Thoth, por sua suposta origem egípcia. As chama- das cartas “Thoth” afastam-se completamente dos desenhos usuais do tarô, recorrendo, nas palavras da própria artista, a (HARRIS, apud WANG, 1998, págs. 34, 35) ... tradições derivadas de fontes tão diversas quanto maçons, alquimistas, magos, cabalistas, geômetras, gemátricos, matemá- ticos, simbolistas, adivinhos, numerologistas, druidas, espiritua- listas, psicólogos, filologistas, budistas [sic], iogues, psicanalis- tas, astrólogos e, até mesmo, heraldistas, todos os quais deixa- ram sua marca nos símbolos utilizados.
A partir dessas diversas fontes, nós nos esforçamos por recuperar as simples formas originais das cartas, além de indicarmos o Novo Eon de Hórus, uma aparição aterradora. As cartas medem aproximadamente 7 x 10,8 cm (propor- cionalmente mais largas que as de Marselha). Arbitraria- mente, alguns arcanos receberam denominações distintas das tradicionais (A TEMPERANÇA foi alterada para ARTE, numa alusão à arte da Alquimia; A FORÇA para LUXÚRIA/ PRAZER (LUST); O JULGAMENTO para EON).
A estrutura das cartas da corte também foi alterada neste baralho: o rei foi chamado cavaleiro; o cavaleiro, príncipe; o pajem, princesa. Apenas a rainha permaneceu em seu lugar 3 . Todos os 78 arcanos possuem uma legenda escrita que visa à síntese de sua signi- ficação. Nas cartas trunfo, ao lado do nome, tem-se a letra hebraica e o símbolo astrológico correspondente. Nas demais cartas, esses símbolos aparecem incorporados à composição.
O naipe de moedas (ouros) é denominado DISCOS. Considerando-se a época em que foi concebido, seu visual é arrojadíssimo. Além de conter todos os adereços e ornamentos simbólicos acima descritos, as cartas estão repletas de alusões à magia e à sexualidade. As composições são extre- mamente dinâmicas, com figuras representadas sob diversos ângulos, enfatizando a tridimensionalidade; os desenhos estão repletos de diagonais, curvas, arcos, linhas cruzadas, espiraladas, formas orgânicas, imagens oníricas e padrões fantasia. Tratam-se de pinturas (e não de simples desenhos) profusamente coloridas, com dramáticos efeitos de iluminação e sombras. Algumas figuras são iluminadas de baixo para cima, como se estivessem sob luzes da ribalta.
A carta QUATRO DE DISCOS (moedas), originalíssima, é a vista aérea de um forte com quatro torres. Provenientes de um imaginário fantástico, não é possível determinar uma época para os trajes das figuras. A própria estética das cartas, com elemen- tos ora art-nouveau, ora art-déco, com traços que vão do gótico ao egípcio, não é facilmente classificável, mas certa- mente não pode ser chamada de cubista, como sugeriu Robert Wang.
Diríamos que se aproxima mais de um “ecletismo psicodélico”. Como obras de arte, poderiam situar-se dentro da escola simbolista, movimento que floresceu no final do séc. XIX, atravessando as primeiras décadas do séc. XX. Todas as lâminas possuem a mesma moldura em dois tons de cinza, com desenho decora- tivo que lembra a asa de uma borboleta e inscrições em preto. As pinturas aparentemente não estão assinadas. No verso das cartas há uma rosa-cruz pintada com as três cores primárias, branco e preto.
Enfim cada religião ou ordem deu de seu jeito, importantes contribuições as ciencias, cabe a você tambem que é um buscador fazer o mesmo. Seja bem vido ao Mundo ClimaZem! Axé a Todos.
Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário