Vibrações Cósmicas reveladas pela Ordem Cíclica.
Todos os segredos do Cosmo vibram de acordo com o tempo e espaço. E assim como temos correlações astrológicas vigentes contidas na vibração de cada orixá, ou qualquer outro oráculo, temos também nos Arcanos do Taro. Assim como a Cabala que ao nomear os Anjos deu a eles um horário vibratório, ou como conhecemos na Umbanda-Astrológica os horários e correlações, temos também nos arcanos do Tarô.
Se consultarmos as Efemérides planetárias verificaremos que de uma forma geral e com pequenas variações de ano para ano, o Sol atinge a sua declinação-Norte, máxima (cerca de 23º 26'-Norte) no mês de Junho entre os dias 20-24, e a sua declinação-Sul, máxima (cerca de 23º 26'-Sul) no mês de Dezembro entre os dias 20-24. Como sabemos, a Astrologia funciona em projecção geocêntrica, e a declinação dá-nos a maior ou menor angulação que o astro considerado faz com o Equador, tal como visto da Terra.
Assim, à medida que os dias se vão aproximando de Junho, a declinação do Sol vai aumentando: passa de 0º em 21-22 de Março até atingir um máximo de 23º 26' em 20-21 de Junho: então parece que fica «parado» cerca de três dias nos 23º 26' (daí o verbo sistere, que compõe «solstício»), uma vez que estamos a vê-lo em projecção geocêntrica contra o fundo da Esfera Celeste, e a partir do dia 24-25 volta «para trás» e os dias começam a diminuir.
Em Agosto, por exemplo, já está nos 17º e depois decresce para 16º, 15º, etc, até que chega novamente aos 0º, ou seja, o momento em que «cruza» o Equador para passar do norte para o sul. Nesta «descida», os 0º ocorrem por volta de 22-23 de Setembro, e neste caso o dia é igual à noite (Equinócio). Em Dezembro ocorre o mesmo fenómeno mas em sentido inverso: quando chegamos ao dia 21 o Sol atinge a declinação-Sul máxima, e fica cerca de três dias «parado» nos 23º 26', até que depois começa a «subir» e os dias vão aumentando a pouco e pouco.
Ou seja, no momento do Solstício atinge-se o máximo de «nocturnidade», que dura (em projecção aparente) três dias, iniciando-se o renascimento da Luz a partir de 24-25 de Dezembro. A passagem do Sol por Carneiro (regido por Marte) simboliza o cordeiro Pascal, marcial, morte na cruz, o ferro da lança de Longinus, é o momento do Equinócio da Primavera (21-22 de Março: declinação de 0º) quando o Sol cruza o Equador celeste de Sul para Norte, voltando a alumiar os céus setentrionais, dando-se assim a passagem para Touro (regido por Vénus), símbolo do amor e da subida ao Reino dos Céus, ou regresso à «Casa do Pai».
Toda esta «liturgia» culmina em pleno no Ritual do Solstício de Verão (21-22 de Junho), que já era celebrado nos antigos Mistérios como festa das messes e das colheitas, e cujo exemplo literário mais conhecido é o clássico de Shakespeare, A Midsummer Night’s Dream, um grande festival esotérico das fadas e dos silfos, em que intervêm o rei das fadas, Oberon, e a rainha das fadas, Titania. A liturgia cristã associa este tempo ao festejo de S. João o Baptista, o Precursor (24 de Junho), que antecede e anuncia o Solstício seguinte, o de Inverno, ou o Natal do Cristo: daí as palavras de João o Baptista: «Fui enviado adiante d’Ele» (João 3, 28) e «Ele há-de crescer, e eu diminuir» (João 3, 30). Por sua vez a Páscoa cristã acabou por ficar definida, pela Igreja, de acordo com a data adoptada pelas primitivas comunidades iniciáticas cristãs, e que envolve uma relação Soli-Lunar: celebra-se no primeiro Domingo após a primeira Lua cheia após o Equinócio da Primavera. Esta relação, de um ponto de vista esotérico, era importante para simbolizar o significado cósmico desse evento: o Sol e a Lua são igualmente indispensáveis, pois não se trata apenas dum festival solar.
O Sol tem de «cruzar» o Equador (Crucificação), como o faz no Equinócio Vernal, mas a sua luz tem de se reflectir na terra através da Lua cheia, antes que a Ressurreição (iniciática) possa ocorrer. Isto significa que a humanidade ainda não atingiu o grau de evolução suficiente para receber em pleno a «Religião do Sol», do Cristo-Logos (Cristo Cósmico), ou seja, da «Irmandade Universal», e que ainda precisa das Leis dadas pelas Religiões Lunares, diversificadas consoante as raças, nações, etc. Outras comunidades, que haviam perdido o simbolismo oculto deste facto, adoptaram outras datas, como por exemplo o regresso à «verdadeira» Páscoa histórica ou Páscoa judaica, Pesach, no dia 14 do mês de Nisan[1].
Isto gerou controvérsias que chegaram a durar até ao século VIII. A Igreja Ortodoxa oriental adoptou uma data diferente da das Igrejas ocidentais, de modo que a Páscoa ortodoxa pode umas vezes coincidir com a Páscoa católica e protestante e outras vez ocorrer uma e até quatro ou cinco semanas depois. Antes de concluir, talvez valha a pena reflectir um pouco sobre alguma dúvidas que podem assaltar as pessoas que vivem no hemisfério sul do planeta Terra, sobre se os influxos ensinados por Max Heindel para o hemisfério norte também se lhes aplicam, ou não, e em que medida.
Aparentemente, o hemisfério sul do planeta Terra não é «contemplado» nas alegorias associadas ao Rosacrucismo e à Astrologia — e não só: o Hermetismo e a Cabala também estão vocacionados, praticamente, para os céus do hemisfério norte. Dois aspectos têm de ser considerados: o aspecto diacrónico, ou o que se passou historicamente, e o aspecto sincrónico, ou o que se passa na actualidade. Historicamente: — Os diversos esoterismos que surgiram e se desenvolveram ao longo da história, assentam nos seguintes «corpos disciplinares»: Astrologia, Alquimia (Hermetismo), Magia e Cabala.
O Sol e a Lua, os sete planetas e as 12 signos zodiacais constituem, naturalmente, uma antiquíssima matriz sobre a qual se construiu todo um sistema vital para os seres humanos, atendendo à importância que tinha (e ainda tem!) o conhecimento das estações, das chuvas, dos degelos, dos calores estivais, dos eclipses, das hibernações, etc. etc., enfim, todos os fenómenos que se repetem ao longo do ano e que afectam o «calendário», que importa conhecer para controlar a continuidade de vida, quer vegetal quer animal. Ora as grandes civilizações da história da humanidade desenvolveram-se no hemisfério norte: China, India, Japão, Pérsia, Suméria, Assíria, Babilónia, Egipto, Frígia, Grécia, Roma, Islão, etc., e até, além-Atlântico, os Maias, os Quichés, os Aztecas, etc. (A única excepção é o império Inca, a sul do equador, destruído no século XVI pelos Espanhóis).
As Astrologias daqueles povos eram naturalmente muito semelhantes, e acabaram por ser unificadas, de certo modo, depois das conquistas de Alexandre Magno (menos, claro, as do continente americano que ainda não era conhecido...), passando para o Ocidente por obra do famoso livro de Ptolomeu intitulado Tetrabiblos (séc. II d.C.). Não surpreende, portanto, que tenha surgido toda uma ritualização dos fenómenos celestes associada à religião e ao esoterismo: o Natal / Solstício de Inverno, Páscoa / Equinócio de Primavera, etc, bem como os festivais de fertilidade, das sementeiras, das colheitas, etc. associados aos fenómenos celestes, soli-lunares, zodiacais, etc. A associação do Cristo ao «Sol de Glória», ainda hoje corrente na Igreja católica, como vimos atrás, continua a ser um testemunho disso, para além de muitas outras ocorrências que se encontram tanto nas religiões de Mistérios como nos actuais esoterismos — rosacrucistas ou outros. Atualmente: — Antes da saga dos Descobrimentos (séculos XV e XVI), as regiões do hemisfério sul, constituídas por pouco mais do que uma parte da América do Sul, a metade inferior da África, e a Oceânia, eram habitadas por povos proto-históricos com pouco ou nenhum impacto civilizacional nas nossas culturas.
Com a «colonização» dessas regiões pelos povos do Norte, os mitos civilizacionais destes povos foram naturalmente implantados no Sul, incluindo os ritos e as festividades associados não só à religião, mas também aos mitos e aos ciclos astrológicos correlativos. Entretanto, as regiões do Sul que de início eram apenas «extensões» civilizacionais do Norte, foram assumindo progressivamente uma grande importância, com as sucessivas independências e autonomização cultural de países como a Argentina, o Brasil, o Chile, a África do Sul, Angola, Moçambique, Austrália, etc. etc. — Como as estações se apresentam invertidas em ambos os hemisférios — quando no Norte é Verão no Sul é Inverno, quando no Norte é Primavera no Sul é Outono — cria-se uma situação relativamente estranha nesses novos países do Sul, que naturalmente importaram os «mitos» do Norte donde provieram, mantendo as datas, mas com aspectos contrários: o Natal, por exemplo, é igualmente festejado no Norte e no Sul na mesma data, mas as estações são diferentes. Há no entanto uma coisa que se mantém idêntica no Norte e no Sul, independentemente da inversão das estações: é a DISTÂNCIA, maior ou menor, a que o Sol se encontra da Terra.
A Terra percorre uma elipse em torno do Sol, ao longo do ano, e não uma circunferência perfeita, e o Sol ocupa um dos focos dessa elipse. Por altura do Solstício de Dezembro, o foco em que o Sol se encontra está mais PRÓXIMO da Terra, fazendo portanto com que a Terra seja permeada mais fortemente pela aura do Sol Espiritual, com o correlativo aumento do Fogo Sagrado inspirador de crescimento anímico nos seres humanos.
Inversamente, no Solstício de Junho, a Terra está no máximo AFASTAMENTO do Sol, o que provoca uma diminuição de espiritualidade com o correlativa intensificação e pujança de vitalidade física. Portanto, é perfeitamente natural que a partir do Equinócio de Setembro, quando a espiritualidade áurica do Sol começa a aproximar-se e a vitalidade física começa a esbater-se, as pessoas sintam, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, um certo afrouxamento do ponto de vista físico, e, em contrapartida, uma maior propensão para o recolhimento interno, para a introvisão e atracção pelo estudo dos mais profundos mistérios da vida.
Enfim temos por certo, que os ciclos planetarios são imutaveis e que cada misterio foi impregnado nos Arcanos, como marca de cada naipe, para que cada buscador pudesse decifrar as verdadeiras mensagens dos Senhores do Carma. E embasado pelas forças vibratorias do Cosmo contidas nos 7 Raios de Umbanda-Astrologica temos todas as correlaçoes astrais contidas, não só nos orixas, como tambem nos arcanos do Tarô. Sendo que cada um tem um astro regente, uma vibração e um horario. Dividindo a função dos raios, em 4, que são os pilares básicos da Ciência Divina, Ciência, Arte, Filosofia e Amor.
Temos nas quatro estações do ano, e nos quatro elementos as regências planetárias contidas dentro da Hierarquia Superior as seguintes relações: Outono = Ogum, Inverno = Iemanjá, Primavera = Oxossi e Verão = Yorima. E assim no Inverno que temos a Regência da Lua, pelo governo de Câncer, temos um caráter de água, frio e úmido. Mas, que no inverno de 2008, através do horário vibratório revelado pelo movimento dos astros, encontramos um horário referente ao Arcano 19 do Tarô o Sol. Este Arcano traz luz à escuridão das águas profundas de Yemanjá, iluminando o interior dos templos e esquentando os corações.
Assim nesse ano de 2008, a partir desse Ultimo Trimestre, amplifica-se o combate a Pedofilia, ao abuso contra a mulher e esposas insatisfeitas criam coragem pra buscarem a liberdade. O que ocorre de negativo nesse contexto é que o mal, também se movimenta e que está em desarmonia espiritual sofre as conseqüências. Por isso muitos homicídios, suicídios, prostituição e abusos sexuais. Então busquemos paz interior, amor e harmonia espiritual.
Carlos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
Todos os segredos do Cosmo vibram de acordo com o tempo e espaço. E assim como temos correlações astrológicas vigentes contidas na vibração de cada orixá, ou qualquer outro oráculo, temos também nos Arcanos do Taro. Assim como a Cabala que ao nomear os Anjos deu a eles um horário vibratório, ou como conhecemos na Umbanda-Astrológica os horários e correlações, temos também nos arcanos do Tarô.
Se consultarmos as Efemérides planetárias verificaremos que de uma forma geral e com pequenas variações de ano para ano, o Sol atinge a sua declinação-Norte, máxima (cerca de 23º 26'-Norte) no mês de Junho entre os dias 20-24, e a sua declinação-Sul, máxima (cerca de 23º 26'-Sul) no mês de Dezembro entre os dias 20-24. Como sabemos, a Astrologia funciona em projecção geocêntrica, e a declinação dá-nos a maior ou menor angulação que o astro considerado faz com o Equador, tal como visto da Terra.
Assim, à medida que os dias se vão aproximando de Junho, a declinação do Sol vai aumentando: passa de 0º em 21-22 de Março até atingir um máximo de 23º 26' em 20-21 de Junho: então parece que fica «parado» cerca de três dias nos 23º 26' (daí o verbo sistere, que compõe «solstício»), uma vez que estamos a vê-lo em projecção geocêntrica contra o fundo da Esfera Celeste, e a partir do dia 24-25 volta «para trás» e os dias começam a diminuir.
Em Agosto, por exemplo, já está nos 17º e depois decresce para 16º, 15º, etc, até que chega novamente aos 0º, ou seja, o momento em que «cruza» o Equador para passar do norte para o sul. Nesta «descida», os 0º ocorrem por volta de 22-23 de Setembro, e neste caso o dia é igual à noite (Equinócio). Em Dezembro ocorre o mesmo fenómeno mas em sentido inverso: quando chegamos ao dia 21 o Sol atinge a declinação-Sul máxima, e fica cerca de três dias «parado» nos 23º 26', até que depois começa a «subir» e os dias vão aumentando a pouco e pouco.
Ou seja, no momento do Solstício atinge-se o máximo de «nocturnidade», que dura (em projecção aparente) três dias, iniciando-se o renascimento da Luz a partir de 24-25 de Dezembro. A passagem do Sol por Carneiro (regido por Marte) simboliza o cordeiro Pascal, marcial, morte na cruz, o ferro da lança de Longinus, é o momento do Equinócio da Primavera (21-22 de Março: declinação de 0º) quando o Sol cruza o Equador celeste de Sul para Norte, voltando a alumiar os céus setentrionais, dando-se assim a passagem para Touro (regido por Vénus), símbolo do amor e da subida ao Reino dos Céus, ou regresso à «Casa do Pai».
Toda esta «liturgia» culmina em pleno no Ritual do Solstício de Verão (21-22 de Junho), que já era celebrado nos antigos Mistérios como festa das messes e das colheitas, e cujo exemplo literário mais conhecido é o clássico de Shakespeare, A Midsummer Night’s Dream, um grande festival esotérico das fadas e dos silfos, em que intervêm o rei das fadas, Oberon, e a rainha das fadas, Titania. A liturgia cristã associa este tempo ao festejo de S. João o Baptista, o Precursor (24 de Junho), que antecede e anuncia o Solstício seguinte, o de Inverno, ou o Natal do Cristo: daí as palavras de João o Baptista: «Fui enviado adiante d’Ele» (João 3, 28) e «Ele há-de crescer, e eu diminuir» (João 3, 30). Por sua vez a Páscoa cristã acabou por ficar definida, pela Igreja, de acordo com a data adoptada pelas primitivas comunidades iniciáticas cristãs, e que envolve uma relação Soli-Lunar: celebra-se no primeiro Domingo após a primeira Lua cheia após o Equinócio da Primavera. Esta relação, de um ponto de vista esotérico, era importante para simbolizar o significado cósmico desse evento: o Sol e a Lua são igualmente indispensáveis, pois não se trata apenas dum festival solar.
O Sol tem de «cruzar» o Equador (Crucificação), como o faz no Equinócio Vernal, mas a sua luz tem de se reflectir na terra através da Lua cheia, antes que a Ressurreição (iniciática) possa ocorrer. Isto significa que a humanidade ainda não atingiu o grau de evolução suficiente para receber em pleno a «Religião do Sol», do Cristo-Logos (Cristo Cósmico), ou seja, da «Irmandade Universal», e que ainda precisa das Leis dadas pelas Religiões Lunares, diversificadas consoante as raças, nações, etc. Outras comunidades, que haviam perdido o simbolismo oculto deste facto, adoptaram outras datas, como por exemplo o regresso à «verdadeira» Páscoa histórica ou Páscoa judaica, Pesach, no dia 14 do mês de Nisan[1].
Isto gerou controvérsias que chegaram a durar até ao século VIII. A Igreja Ortodoxa oriental adoptou uma data diferente da das Igrejas ocidentais, de modo que a Páscoa ortodoxa pode umas vezes coincidir com a Páscoa católica e protestante e outras vez ocorrer uma e até quatro ou cinco semanas depois. Antes de concluir, talvez valha a pena reflectir um pouco sobre alguma dúvidas que podem assaltar as pessoas que vivem no hemisfério sul do planeta Terra, sobre se os influxos ensinados por Max Heindel para o hemisfério norte também se lhes aplicam, ou não, e em que medida.
Aparentemente, o hemisfério sul do planeta Terra não é «contemplado» nas alegorias associadas ao Rosacrucismo e à Astrologia — e não só: o Hermetismo e a Cabala também estão vocacionados, praticamente, para os céus do hemisfério norte. Dois aspectos têm de ser considerados: o aspecto diacrónico, ou o que se passou historicamente, e o aspecto sincrónico, ou o que se passa na actualidade. Historicamente: — Os diversos esoterismos que surgiram e se desenvolveram ao longo da história, assentam nos seguintes «corpos disciplinares»: Astrologia, Alquimia (Hermetismo), Magia e Cabala.
O Sol e a Lua, os sete planetas e as 12 signos zodiacais constituem, naturalmente, uma antiquíssima matriz sobre a qual se construiu todo um sistema vital para os seres humanos, atendendo à importância que tinha (e ainda tem!) o conhecimento das estações, das chuvas, dos degelos, dos calores estivais, dos eclipses, das hibernações, etc. etc., enfim, todos os fenómenos que se repetem ao longo do ano e que afectam o «calendário», que importa conhecer para controlar a continuidade de vida, quer vegetal quer animal. Ora as grandes civilizações da história da humanidade desenvolveram-se no hemisfério norte: China, India, Japão, Pérsia, Suméria, Assíria, Babilónia, Egipto, Frígia, Grécia, Roma, Islão, etc., e até, além-Atlântico, os Maias, os Quichés, os Aztecas, etc. (A única excepção é o império Inca, a sul do equador, destruído no século XVI pelos Espanhóis).
As Astrologias daqueles povos eram naturalmente muito semelhantes, e acabaram por ser unificadas, de certo modo, depois das conquistas de Alexandre Magno (menos, claro, as do continente americano que ainda não era conhecido...), passando para o Ocidente por obra do famoso livro de Ptolomeu intitulado Tetrabiblos (séc. II d.C.). Não surpreende, portanto, que tenha surgido toda uma ritualização dos fenómenos celestes associada à religião e ao esoterismo: o Natal / Solstício de Inverno, Páscoa / Equinócio de Primavera, etc, bem como os festivais de fertilidade, das sementeiras, das colheitas, etc. associados aos fenómenos celestes, soli-lunares, zodiacais, etc. A associação do Cristo ao «Sol de Glória», ainda hoje corrente na Igreja católica, como vimos atrás, continua a ser um testemunho disso, para além de muitas outras ocorrências que se encontram tanto nas religiões de Mistérios como nos actuais esoterismos — rosacrucistas ou outros. Atualmente: — Antes da saga dos Descobrimentos (séculos XV e XVI), as regiões do hemisfério sul, constituídas por pouco mais do que uma parte da América do Sul, a metade inferior da África, e a Oceânia, eram habitadas por povos proto-históricos com pouco ou nenhum impacto civilizacional nas nossas culturas.
Com a «colonização» dessas regiões pelos povos do Norte, os mitos civilizacionais destes povos foram naturalmente implantados no Sul, incluindo os ritos e as festividades associados não só à religião, mas também aos mitos e aos ciclos astrológicos correlativos. Entretanto, as regiões do Sul que de início eram apenas «extensões» civilizacionais do Norte, foram assumindo progressivamente uma grande importância, com as sucessivas independências e autonomização cultural de países como a Argentina, o Brasil, o Chile, a África do Sul, Angola, Moçambique, Austrália, etc. etc. — Como as estações se apresentam invertidas em ambos os hemisférios — quando no Norte é Verão no Sul é Inverno, quando no Norte é Primavera no Sul é Outono — cria-se uma situação relativamente estranha nesses novos países do Sul, que naturalmente importaram os «mitos» do Norte donde provieram, mantendo as datas, mas com aspectos contrários: o Natal, por exemplo, é igualmente festejado no Norte e no Sul na mesma data, mas as estações são diferentes. Há no entanto uma coisa que se mantém idêntica no Norte e no Sul, independentemente da inversão das estações: é a DISTÂNCIA, maior ou menor, a que o Sol se encontra da Terra.
A Terra percorre uma elipse em torno do Sol, ao longo do ano, e não uma circunferência perfeita, e o Sol ocupa um dos focos dessa elipse. Por altura do Solstício de Dezembro, o foco em que o Sol se encontra está mais PRÓXIMO da Terra, fazendo portanto com que a Terra seja permeada mais fortemente pela aura do Sol Espiritual, com o correlativo aumento do Fogo Sagrado inspirador de crescimento anímico nos seres humanos.
Inversamente, no Solstício de Junho, a Terra está no máximo AFASTAMENTO do Sol, o que provoca uma diminuição de espiritualidade com o correlativa intensificação e pujança de vitalidade física. Portanto, é perfeitamente natural que a partir do Equinócio de Setembro, quando a espiritualidade áurica do Sol começa a aproximar-se e a vitalidade física começa a esbater-se, as pessoas sintam, tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, um certo afrouxamento do ponto de vista físico, e, em contrapartida, uma maior propensão para o recolhimento interno, para a introvisão e atracção pelo estudo dos mais profundos mistérios da vida.
Enfim temos por certo, que os ciclos planetarios são imutaveis e que cada misterio foi impregnado nos Arcanos, como marca de cada naipe, para que cada buscador pudesse decifrar as verdadeiras mensagens dos Senhores do Carma. E embasado pelas forças vibratorias do Cosmo contidas nos 7 Raios de Umbanda-Astrologica temos todas as correlaçoes astrais contidas, não só nos orixas, como tambem nos arcanos do Tarô. Sendo que cada um tem um astro regente, uma vibração e um horario. Dividindo a função dos raios, em 4, que são os pilares básicos da Ciência Divina, Ciência, Arte, Filosofia e Amor.
Temos nas quatro estações do ano, e nos quatro elementos as regências planetárias contidas dentro da Hierarquia Superior as seguintes relações: Outono = Ogum, Inverno = Iemanjá, Primavera = Oxossi e Verão = Yorima. E assim no Inverno que temos a Regência da Lua, pelo governo de Câncer, temos um caráter de água, frio e úmido. Mas, que no inverno de 2008, através do horário vibratório revelado pelo movimento dos astros, encontramos um horário referente ao Arcano 19 do Tarô o Sol. Este Arcano traz luz à escuridão das águas profundas de Yemanjá, iluminando o interior dos templos e esquentando os corações.
Assim nesse ano de 2008, a partir desse Ultimo Trimestre, amplifica-se o combate a Pedofilia, ao abuso contra a mulher e esposas insatisfeitas criam coragem pra buscarem a liberdade. O que ocorre de negativo nesse contexto é que o mal, também se movimenta e que está em desarmonia espiritual sofre as conseqüências. Por isso muitos homicídios, suicídios, prostituição e abusos sexuais. Então busquemos paz interior, amor e harmonia espiritual.
Carlos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário