Prazer e bem estar
O orgasmo tem muitas utilizações, em magia sexual a
libido ou impulso sexual não é desperdiçada, mas encarnada num meio ou forma
previamente formulada. Isto forma a base para muitos dos usos das energias
sexuais na magia. O sexo, nos trabalhos de muitos psicólogos modernos é a
conduta humana suprema, embora possamos não aceitar esta afirmação, sabemos que
realizá-lo corretamente abre uma porta para um imensurável poder pessoal dando
ao mago controle sobre seu organismo e habilidade para controlar o largo
espectro de estados de consciência.
O sexo é sagrado, ele é o Alfa e o Omega da criação,
a castidade cientifica, nasce da luta acirrada do iniciado em busca de si
mesmo, dos seus valores perdidos na obscuridade do ego. A pureza é uma virtude positiva: “Felizes os puros
de coração" (Mt 5,3). Esses são os "limpos de mente" em face do
outro sexo, disciplinando a imaginação e a vista (mídia, internet, etc.).
Pureza é uma atitude mais fina e interior que a mera continência ou mesmo que a
castidade. Ela vê sempre no outro e na outra uma pessoa, com nome, rosto e
coração, sem coisificá-lo/a, reduzindo-o/a a mero objeto fruitivo. Mais chega a
ver na corporalidade do varão ou da mulher a beleza e a sabedoria do Criador.
O pudor é a virtude anexa à castidade. Sinal e fator da
pureza é o pudor ou a modéstia, como virtude delicada que trata o sexo como
algo de íntimo e precioso e não como algo de provocante, e que mantém a
discrição ou reserva da vista, do aspecto, da fala e dos gestos - isso tudo,
porém, segundo os hábitos de cada povo. Tal delicadeza, contudo, não deve levar à afetação do
puritanismo rígido e da "tabuização" sexual envergonhada, que é o
extremo oposto, igualmente condenável, do permissivismo desabusado de hoje.
O pudor é o grau extremo do caminho que vai
da Continência à Castidade, desta à Pureza e da Pureza justamente ao Pudor. A atividade sexual mal dirigida pode aniquilar e destruir
a alma. Mas o sexo não pode ser condenado por ter a sua raiz na Divindade, o
sexo e a santidade são duas linhas paralelas que se encontram em Deus; mas os
olhos dos libertinos e os hipócritas e fanáticos não podem ver esse encontro. A
verdadeira castidade deve estar na pureza e na santidade do sexo. O verdadeiro casto é aquele que leva á Divindade a sua
virilidade. O sexo deve ser amor, mas o amor não deve ser o sexo, pois há
sexualidade carnal e sexualidade espiritual. A carnal é o nascimento e a morte,
ao passo que a espiritual é a ressurreição eterna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário