
 “Os ancestrais tomaram realmente como uma chave geral de 
adaptação o céu e sua constituição. De forma que, embora todos os arquivos terrestres viessem a desaparecer, era sempre possível reconstruí-los com o
instrumento que formava a base de todas as
artes e de todas as ciências do céu.
É por isso que o conhecimento da antiga astrologia
é indispensável aos verdadeiros pesquisadores,
como também ao historiador digno desse nome.
O céu foi dividido pelos ancestrais em doze grandes divisões,
cada uma delas correspondia a um astro: estes, por sua vez,
tinham domicílios positivos ou negativos,
quer dizer, diurnos e noturnos, em cada uma dessas casas.
Se lembrarmos, na antiga astrologia, cada signo do Zodíaco tinha uma letra,
a mesma coisa para cada planeta, de tal forma que o céu era constituído
por um verdadeiro alfabeto em movimento, no qual as letras planetárias
se apresentavam em frente a cada uma das letras fixas zodiacais;
eles inscreveram no céu nomes que encontraremos novamente
em todas as grandes religiões: Ishva-ra ou Jesus Rei, Mariah ou Mayah,
Maha-maia ou a Virgem das grandes águas celestes;
possuem seus nomes inscritos com letras de fogo no
céu desde a constituição dos primeiros elementos terrestres.”.
O Arqueômetro (pág.196)
Dentre os conhecimentos correlacionados com a arqueometria temos a sonometria, estudo dos sons; aritmologia, estudo dos números e morfologia, estudo da formação das palavras.
Saint Yves d'Alveydre classificou os alfabetos de acordo com o número de letras, chamando os alfabetos de 36 letras de decânicos, os de 30 letras alfabetos mensais, os de 28 letras os alfabetos lunares, os de 24 letras alfabetos horários zodiacais e os de 22 letras alfabetos zodíacos-solares.
Percebe-se que os alfabetos foram formados numa relação direta com a formação dos calendários pelas religiões dos povos que os criaram e que por sua vez foram baseados na observação astrológica.
O Arqueômetro baseia-se no alfabeto zodiacal-solar de 22 letras, sendo representado pelos alfabetos siríaco, assírio, samaritano e caldeu, todos derivados ou relacionados aos alfabetos hebraicos, árabes, sânscrito e Wattan, este último considerado o alfabeto morfológico dos primeiros patriarcas, protótipo das letras védicas e sânscritas.
Saint Yves coloca, nas páginas do arqueômetro, que a partir do renascimento, a filosofia que dava a síntese de várias ciências foi rejeitada, e assim separou-se a química da alquimia, a física da magia, a teologia da teurgia, os números e a matemática oculta, e principalmente a astronomia da astrologia, nesse particular ele cita textualmente:
“A astrologia povoa o céu dos seres vivos e das forças inteligentes, enquanto a astronomia nos mostra acima de nossas cabeças um imenso cemitério de massas inertes e de forças cegas. Aguardando a união oficial das duas ciências, a séria astronomia e a oculta astrologia, indicaremos os elementos indispensáveis para compreender os livros dos antigos e dos modernos astrólogos. É necessário estudar três ordens de objetos: 1º.) Os planetas; 2º.) Os signos do Zodíaco e sua lista das casas planetárias; 3º.) As relações desses astros e desses signos com a vida e o destino dos entes que vivem sobre os planetas.”. Arqueometro (p.248)
Saint Yves vai mais além e coloca que além da separação entre astronomia e astrologia, a síntese dessas duas era a astrosofia, que se tornou praticamente desconhecida.
O
 Arqueômetro é um aparelho constituído por dois discos fixos e dois 
movediços, com redução de seus diâmetros, para permitir a leitura dos 
elementos de que se compõem os inferiores, de modo que, desenhado um 
triângulo eqüilátero em cada um, os quatro passarão a formar uma estrela
 de 12 pontas. 
Em
 cada uma das pontas dessa estrela de doze, há uma letra do alfabeto de 
22 letras usado por todos os templos da Antigüidade, correspondem às 12 
consoantes e às 12 constelações do Zodíaco, aí, também, inscritas em 
suas verdadeiras posições astronômicas.
Um
 dos círculos concêntricos é composto de seis pontas, e a cada uma 
corresponde uma letra das sete vogais em uso naquela época, bem como as 
sete notas musicais, as sete cores do espectro solar e os sete planetas.
 Mas, como as pontas são somente seis, vemos que a vogal A vai
 ocupar o centro, como diâmetro da circunferência, pois ela é, como já 
dissemos, sua figura geométrica ou morfológica na língua adâmica, como 
veremos mais adiante, ligando assim as seis cores homólogas ao centro, 
em que é reconstituído o raio branco em sua extrema pureza, 
contrariamente aos sistemas de Newton e de Chevreuil, em que ele é 
cinzento. A nota Mi, de uma importância capital, bem como o Sol, à roda do qual giram os seis planetas, também ocupa o centro.
Fazendo-se
 girar esse aparelho, assiste-se a um curioso fenômeno de vibrações 
ondulatórias do éter, em que a cor amarela, a única fotogênica, 
sobrepuja as outras mais vivas na aparência, pela coloração do ambiente.
 Também na mesma biblioteca pode ser visto esse aparelho.
Mas, para não complicar essa descrição, deixaremos de falar de suas funções.
Para
 nossa tese, precisamos unicamente utilizar o hexágono produzido pelos 
dois triângulos eqüilaterais, colocando-lhes exteriormente as letras que
 lhes pertencem e algumas interiormente em seus verdadeiros lugares 
matemáticos, para o caso a respeito do qual, também, teremos de nos 
ocupar.
Essas
 letras, representadas no Arqueômetro, em Wattan ou Adâmico, sânscrito, 
aramaico, sírio, hebraico, chinês, etc., tomam sons diversos no 
sânscrito, segundo as regras eufônicas do Ramayana , conforme a direção 
de sua leitura, da direita para a esquerda ou vice-versa, e o O tanto se pronuncia O como U ou V. O mesmo dá-se com a letra Y que tem som de I ou J.
Na
 Biblioteca de obras raras da Federação Espírita em Brasilia, acha-se um
 quadro arqueométrico onde pude ver pessoalmente o alfabeto templário 
das línguas orientais, até o do primitivo chinês, trigrama de Fo-hi, 
distribuído de acordo com seus valores, identificando-se mutuamente em 
sua morfologia universal.
"As letras colocadas sobre o Arqueômetro não obedeceram absolutamente
 à vontade humana, nem são o resultado de nenhuma combinação fantasiosa,
 o que afastaria, ipso facto, seu caráter científico na mais rigorosa 
acepção do termo. Elas ali se colocam autologicamente, obedecendo 
unicamente a uma lei divina, à Lei do Verbo, representando as 
forças fenomenais do Cosmos, e são falantes por sua própria natureza morfológica"
Aristides Leterre - Jesus e sua doutrina -1936
Não
 é em vão que a tradição se conservou sobre o valor cabalístico de 
certas palavras, empregadas ainda hoje por ocultistas, feiticeiros e até
 pelo próprio Catolicismo e seus exorcismos.
Para ser provado, seria preciso que reproduzíssemos aqui o primeiro alfabeto da humanidade, o Wattan, outrora chamado Adâmico, ainda conservado pelos Brahmanes.
A
 cada letra, no Arqueômetro, corresponde um Número. Esses Números, que 
constituem um capítulo especial da Bíblia, incompreensível a quem o lê 
sem possuir a chave, pertencem a uma matemática quantitativa e 
qualitativa.
Quantitativa
 pelo seu valor numérico e equivalente às vibrações sonoras e 
cromométricas dos gabinetes da física, e qualitativa pela 
correspondência verbal que possuem com as forças fenomenais do Universo 
sideral, com sua Logia, legislada, isto é, com o Verbo Criador, porque é
 bom dizer que a palavra humana não é a conseqüência do esforço dos 
primitivos seres racionais, como alguns antropologistas querem, mas, 
sim, uma incidência refletiva da Divina Palavra, dada ao homem para 
diferenciá-lo do resto da animalidade e poder glorificar seu Criador, 
que é o próprio Verbo.
Fonte: Abaara/bloger 
 

 
 

















 
 
 
 
