Cabala: O numero da sefiroth

A Cabala nos revela a Sefiroth 10.

"Cada ação, seja positiva ou negativa, cria uma força energética comparável como resultado de uma consciência correspondente. Se nossa consciência estabelece algo de caráter negativo, isto então deve ser eliminado. Caso contrário, essa força negativa se torna parte de nosso software futuro que dita e afeta nossas vidas diárias." Tradicionalmente, dentro dos limites aceitos do judaísmo, o mês lunar de Virgem foi considerado como o período no qual os judeus devem se arrepender e reparar seus erros. Este conceito permaneceu reservado apenas para o povo judeu, excluindo a todos os outros povos. A idéia de que esta noção e a conexão com o mês de Virgem aplicava-se aos judeus, e tão somente aos judeus, persistiu por aproximadamente 2000 anos. A razão oferecida para esta exclusividade ao povo judeu era a proximidade de Virgem com o mês seguinte, de Libra, e sua associação com Rosh Hashaná, o Ano Novo Judaico. Desta forma, um chamado ao arrependimento surgia para garantir um ano de bênção, uma vez que sem o arrependimento tal realização seria duvidosa.

As coisas parecem ir de mal a pior, especialmente nos dias atuais de total incerteza em nossa vida e existência diária. Para começar, na Bíblia, faz-se referência a Rosh Hashaná como o sétimo mês do ano. A pergunta com a qual nos defrontamos é como reconciliar o dia do Ano Novo (Rosh Hashaná) com o fato de ele ocorrer no sétimo mês. Para a maioria de nós, senão para todos, não estamos acostumados a desejar uns aos outros um feliz ano novo em nenhum outro dia que não o 1o de janeiro. 

Ainda assim, a Bíblia considera o primeiro mês do ano hebraico como Nissan, ou o mês de Áries. "Não se pode obter um Ano Novo maravilhoso simplesmente por batermos ou socarmos nossos peitos até ficarmos roxos." Ademais, o dia santo de Rosh Hashaná parece estar restrito ao povo judeu, apesar de o Talmud e o Zohar deixarem claro e cristalino que esse dia de julgamento inclui todos os povos do mundo. Então, como se desenvolveu esta diferenciação entre as nações do mundo chegando ao ponto em que as outras nações não sentem nenhuma afinidade nem a mínima conexão com essa fortíssima festa de Rosh Hashaná? Segundo o Talmud e o Zohar, nesse primeiro dia de Tishrei, o mês de Libra, o futuro de cada indivíduo de toda a humanidade será determinado, no sentido de mais um ano devida ou parte de um ano ser acrescentado durante o próximo ano. Por que então não se incluíram todas as nações no que quer que se faça necessário para modificar o destino de sua população? Por que Elul, o mês de Virgem, foi considerado como um mês de arrependimento apenas para o povo judeu? Em primeiro lugar vamos abordar a designação bíblica do mês de Áries como o primeiro mês do ano. 

O que isso significa cabalisticamente, é que o mês de Áries incorpora uma estrutura interna de energia da Força da Luz. Com a qual a humanidade pode tomar controle sobre o mandato dado ao Satã ou à Lei de O mês de Nissan ou Áries é a oportunidade fornecida para que a humanidade remova a semente da Lei de Murphy do caos, a atividade do desejo de receber somente para si mesmo. A metodologia para que se atinja esta tão perseguida meta, e que tem escapado à humanidade desde o pecado de Adão, foi dada aos israelitas. Sendo que as outras nações, segundo o Zohar, não queriam assumir essa enorme responsabilidade, a tarefa foi entregue ao povo judeu, que aceitou esse encargo no Monte Sinai. E é disso que se trata em Pessach.

Com o conhecimento proporcionado pela Torá, o judeu, assim como toda a humanidade, poderia agora ter acesso ao segredo universal da realidade da Árvore da Vida, onde o caos é não-existente. É precisamente esta a razão pela qual o mês de Áries ou Nissan é considerado como o primeiro mês do ano, para anexar o significado interno à sua força energética externa, a fim de fornecer um ano todo livre do caos e da incerteza.

No ano de 2008 esse será o mês mais importante, pois o regente Marte passara a todos os povos a mensagem aos rebeldes sem causa; “esforçar para diminuir o desejo de receber só para si”. Pois isso gera confronto. É isto que são, na verdade, o tempo e a liberdade, sendo que a força de marte esta simbolizada na letra do alfabeto no Hei.

É por isso que o Zohar interpretou a liberdade da servidão no Egito meramente como uma metáfora. A Toráh não estava preocupada com a história do Egito e dos israelitas. O Egito era a semente do caos e da Lei de Murphy. Toda a narrativa a respeito do Egito continha o programa oculto para que a humanidade pudesse alcançar a verdadeira liberdade em algum momento qualquer no futuro, para todas as gerações por vir. Estes conceitos relacionados à Toráh e ao Monte Sinai tiveram que aguardar até o século vinte, quando através de Rabi Ashlag, a Cabala e o Zohar se tornaram acessíveis à humanidade. Áries e Pessach tornaram-se uma experiência verdadeiramente significativa. No mês de Áries tem lugar a batalha por quem estará no comando. Não existe dúvida a respeito de quem controlou as linhas da jornada da vida até agora: o Satã, com suas perturbações e práticas de caos. Mas houve uma virada nos acontecimentos. A Cabala agora chegou ao homem comum, ao leigo. Entretanto, Libra, ou o mês hebraico de Tishrei, é o momento no qual a humanidade é julgada por sua atuação no passado. Se a atividade prévia de uma pessoa consiste principalmente de pontos negativos, esta pessoa então não tem o direito de receber um ano de vida sem negatividade, que vem como resultado direto das ações do indivíduo. Por outro lado, para a pessoa cujos feitos se somam ao lado positivo da balança, o próximo ano irá trazer uma vida de positividade.

Com a disseminação do conhecimento e da informação cabalística, muitas das concepções erradas, das interpretações corruptas e das meias verdades a respeito do Monte Sinai e das festas judaicas estão vindo à superfície, e lenta, mas seguramente estão emergindo como aquilo que realmente são, fazendo-nos assumir que devemos fazer um salto de fé para restaurar a boa vida que Hashem (O Nome) nos prometeu. Chegamos agora à compreensão de que o controle sobre o nosso destino foi delegado a nós. E no caso de fracassarmos em assumir o controle de nosso destino, temos apenas a nós mesmos a culpar. Somos os capitães de nosso barco. Para alcançar o resultado de nossos bons desejos em Rosh Hashaná, não temos outra escolha senão tornarmo-nos conhecedores do programa que pode assegurar um próximo ano com a beneficência da Força da Luz, pleno de certeza e ordem na jornada de nossa vida. Não podemos mais aceitar as conhecidas expressões que definem nossas vidas em termos de "sorte" ou "azar". No entanto sempre existirão coisas que fogem ao nosso controle e coisas pré-determinadas que nos testem durante toda nossa vida. Esta tarefa foi entregue ao povo judeu, que aceitou esta responsabilidade. Temos a obrigação e a responsabilidade moral de fazer todos os esforços possíveis para nos comprometermos com uma consciência de compartilhar.

E é disso que se trata em Elul e Tishrei. Elul foi associado à constelação de Virgem pelo Livro da Formação, de autoria de Avraham, o Patriarca. Por que Avraham estabeleceu essa conexão? A finalidade dessas denominações por Avraham tinha a intenção única de beneficiar a humanidade. O Gênesis e a Força da Luz fizeram todas as tentativas para facilitar e melhorar o estilo de vida da humanidade, apesar da óbvia impressão em contrário. No momento em que Avraham declarou que o mês de Elul pertence ao signo de Virgem, estava fornecendo as pistas do programa que opera durante esse mês. Virgem deriva do conceito de virgindade, ou seja, intocado ou livre da adulteração ou da corrupção. Existe uma força nesse mês que pode prover uma oportunidade de nos restaurarmos e de ficarmos livres da atividade adulterada na qual possamos ter nos envolvido durante o último ano. Temos a oportunidade de apagar o passado e limpar nossa ficha das violações das leis e princípios universais.

Em terminologia cabalística isto é conhecido como uma "volta para o futuro."Estranhamente, o arrependimento é o procedimento pelo qual podemos viajar de volta no tempo e apagar nossa negatividade, e desta forma selecionar e estabelecer um futuro sem caos e infortúnios. Embora se tenha escrito muito a respeito da "volta para ofuturo", sua origem e compreensão permanecem algo bastante abstrato, se não um completo mistério.No entanto, a Cabala desmistifica esse novo coloquialismo, rendendo uma perspectiva clara de sua implicação. O Zohar, ao lidar com a idéia do arrependimento, examina a estrutura hebraica de DNA para este conceito de Teshuvá (arrependimento). O Zohar fornece o mecanismo pelo qual o arrependimento assume uma posição mais significativa na vida do homem. "Tashuv Hei, significando literalmente ‘o retorno do Hei final,’ é isto que significa na verdade o arrependimento," afirma o Zohar.

A visão padrão convencional de "Sinto muito, não vou fazer de novo" simplesmente distorce o propósito profundo do Arrependimento. Em termos gerais, o Zohar está se referindo ao Hei final do Tetragrama, que está alinhado de forma muito próxima com o a realidade da Árvore do Conhecimento, onde se dá a confusão e o caos, e onde nossas violações e transgressões ocorrem.

O que sugere o Zohar é que o nosso próximo ano depende completamente de nossa atuação no passado. E se nosso passado está cheio de consciência e atividade negativa, devemos então buscar a forma de eliminarmos a negatividade para assegurarmos para nós mesmos um Ano Novo feliz e saudável. Devemos retornar nosso estado negativo de consciência (o Hei final, onde esta atividade ocorre e é mantida) ao nível da realidade da Árvore da Vida, que não contém falhas, caos, confusão ou consciência negativa, retornar o Hei final ao Vav (a realidade da Árvore da Vida) do Tetragrama. Não se pode obter um Ano Novo maravilhoso simplesmente por batermos ou socarmos nossos peitos até ficarmos roxos. Embora esse tenha sido o método tradicional ou convencional de Teshuvá nas Grandes Festas, os resultados deste exercício não produziram nenhuma mudança relevante na forma como a humanidade experimenta a vinda de cada Ano Novo. Há muito a se desejar. Nem as Grandes Festas nem o mês de Elul atingiram de fato os resultados que esperávamos com nosso serviço e culto. Alguma coisa séria está faltando. O caos sem fim em nossas vidas ano após ano não parece diminuir de forma apreciável. Pelo contrário, parecemos obter mais caos do que ordem em nossas vidas.

O que o Zohar quer enfatizar aqui em relação ao Arrependimento e à garantia de um futuro melhor no próximo ano envolve mais que uma promessa de que a violação não será repetida novamente e o remorso por tal violação ter chegado a ocorrer. Cada ação, seja positiva ou negativa, cria uma força energética comparável como resultado de uma consciência correspondente. Se nossa consciência estabelece algo de caráter negativo, isto deve ser então eliminado. Caso contrário, esta força negativa torna-se parte de nosso programa futuro que dita e afeta nossas vidas diárias. A inserção de violações na rotina de nossas vidas irá inevitavelmente resultar em uma vida de dor e sofrimento. Entretanto, se fôssemos capazes de apagar essas falhas e desintegrar sua existência de forma a não deixar nenhum traço de sua Durante esse período o cosmos infunde a constelação de Virgem com a capacidade de remover qualquer adulteração ou impureza que possam ter sido estabelecidas por violações que cometemos. Daí a pista fornecida por Avraham, o Patriarca, quando escolheu o nome de Virgem para a constelação que precede a Rosh Hashaná ou ao mês hebraico de Tishrei.

HaShem proporcionou essa oportunidade de regressarmos ao passado e procurarmos a nossa negatividade que poderia afetar o nosso futuro. Essa possibilidade surgiu durante o mês de Elul, de ter acesso ao túnel do tempo cósmico que permite o fenômeno de "volta para o futuro". Sem essa oportunidade não temos chance de eliminar o caos, a dor e o sofrimento de nossa vida ou de nosso meio ambiente. O remorso e o compromisso de parar de poluir ou violar as leis e princípios de nosso universo agora permite que o praticante embarque nessa máquina do tempo que está em contínua operação durante o mês de Elul/Virgem; e que irá transportar o praticante em uma viagem de "volta para o futuro".

"O mundo inteiro anseia pelas verdades universais a respeito de nossa essência e existência. À medida que a humanidade adquire maior conhecimento das leis e princípios que a regem, podemos prever um amanhã melhor." As letras Resh e Iud, em conjunto com outras letras hebraicas, combinaram-se para formar o DNA cósmico que criou Mercúrio e Virgem, respectivamente. A meditação nessas duas letras e suas seqüências de DNA provê o controle necessário para a realização da viagem no tempo de volta para o futuro, nossa única esperança de salvação e de um Ano Novo melhor.

Toda a humanidade está chegando a uma aceitação deste único agente de ligação que é a Cabala. O mundo inteiro anseia pelas verdades universais a respeito de nossa essência e existência. À medida que a humanidade adquire conhecimento das leis e princípios que a regem, podemos prever um amanhã melhor, começando com um Ano Novo cheio da beneficência da Força da Luz e de boa vontade em relação aos nossos semelhantes.

Vamos analisar o próximo ano com os conhecimentos da kabala. A soma de 2 + 8 é = a 10. A Sefirah de n° 10 corresponde à Malkut (o Reino), no nosso planeta Terra na Arvore da Vida. Malkut - encontramos essa sefirah Logo abaixo na ponta do triangulo o qual aponta para baixo e se refere à ação de Deus sobre a matéria e simboliza o caminho que o espírito faz quando encarna e ganha forma física. Ela é a Sefirah que corresponde propriamente à matéria encarnada e ao nosso planeta Terra. Ela encerra a Base Vegetativa do ser humano, e é comum a todos os seres vivos, plantas, animais e humanos. O astrólogo kabalista procura encontrar na análise desta Sefirah e na energia do planeta Terra simbolizada no mapa natal de uma pessoa, com o Ascendente; as razões pelas quais ela reage aos desafios de uma determinada maneira e não de outra. Essa análise, chamada de Analise Astrológica Cabalística, é ideal para aqueles que procuram encontrar sua missão nesta encarnação. A astrologia tradicional considera o Ascendente como correspondente à Personalidade, a imagem e de que forma ela se apresenta ao mundo. Sendo ele regido analogamente pelo planeta Marte, pois se refere à casa 1 do mapa. Este agira juntamente com a energia entrelaçada com o regente do signo que transita pela casa 1.

A energia se revela nesse ano em conexão com a energia lunar o que reforça ainda mais o dever de reestruturar nossa sociedade, nossa família e nossos conceitos. O ascendente que entra no ano de 2008 vem trazendo a energia de Sagitário simbolizando a expansão dos estudos profundos do conhecimento e do estudo de nós mesmos. Júpiter o regente desse Ascendente transitando o signo de Capricórnio ira trazer a nos um maior interesse pelo cumprimento da Lei Cósmica e nos fará buscar mais o estabelecimento da Ordem Planetária.

O Planeta Marte se exalta em Capricórnio e o auxilio de Júpiter nesse signo mostra que a missão do homem durante esse ano é buscar conhecimentos novos, mas que sejam baseados nos conhecimentos antigos e dos Ancestrais. A oposição de Marte no inicio do ano a esse signo nos chama atenção para a manutenção da vida, o respeito ao meio ambiente, pois sem isso não conseguiremos atingir a idade avançada, pois Capricórnio simboliza o velho, mas um velho que foi embasado em boas e sólidas estruturas.

A carta do Taro, A Roda da Fortuna na minha concepção também pode ser comparada com o signo Dez do Zodíaco, pois é uma roda que se movimenta, mas esta preza as estruturas de uma base, a qual simboliza o signo oposto (Câncer). Sendo assim a força do Herói (Áries/Marte), é quem impulsiona essa roda do destino já que Marte se exalta em Capricórnio. Então que essa roda gira a nosso favor!

Vemos aqui como as Ciências Esotéricas são sabias e que o universo evolui com perfeita sabedoria, pois vemos aqui a revelação da energia do planeta regente do ano sendo manifestada também pelos números.

Que durante esse ano possamos repensar nossa vida, cometer menos erros e alcançar a luz e sabedoria contida no mês de Nissan.

Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.