O Natal e o Solstício
25 de Dezembro, dia em que festejamos o Santo Natal no mundo ocidental cristão. Mesmo que não sejamos católicos e que não cultuemos o nascimento de Jesus, podemos sentir como a energia desta data acaba contagiando a todos como uma onda de renovação especialmente nos relacionamentos pessoais. Acabamos fazendo, mesmo que inconscientemente, uma avaliação do ano que termina, sentimos saudades daqueles que já não estão mais entre nós, pensamos nos entes queridos que estão afastados e procuramos confraternizar com todos, amigos ou não. Mas em nosso mundo ocidental materializado ao extremo, esquecemos muitas vezes a mensagem que está por trás desta data. Às vezes lembra-se mais do Papai Noel do que fez esse pobre menino que escolheu uma encarnação do mais alto sacrifício pessoal e conseguiu deixar uma mensagem que perdura até hoje. Outros messias virão e substituirão o Cristo, outros Mestres nos deixarão suas mensagens para que continuemos evoluindo, mas será que aprendemos realmente a mensagem de Jesus? O Cristo que vive dentro de cada um de nós pode nos ajudar a modificar a energia que nos circunda de maneira a influenciar a Terra toda! O Sol se encontra em conjunção com Plutão, Mercúrio e Júpiter bem no meio de nossa Galáxia, nos indicando que estamos bem no centro do coração pulsante de onde nasce toda a energia que sustenta a própria vida. Então, porque não fazer deste Natal algo especial? Se esta data que marca o nascimento do Salvador coincide neste ano com algo tão extraordinário podemos procurar compreender a mensagem dos astros para transmutar a energia de Terra, TODOS NÓS JUNTOS!!! Em 22 de Dezembro às 04h07min. (horário de verão) o Sol ingressa no signo de Capricórnio, chegando ao máximo de sua inclinação Sul (23°45 no Trópico de Capricórnio) e marcando para nós o Solstício de Verão. "Sol-stício" quer dizer Sol estacionado: na verdade o Sol ‘parece estacionar’ por algum tempo no nosso hemisfério marcando então o Solstício de Inverno no hemisfério norte. Os povos antigos daquele hemisfério costumavam marcar esta data com rituais destinados a pedir aos céus a volta da energia solar que parecia se afastar com o longo inverno que iniciava. Da mesma forma os festejos do período natalino estão a indicar que, no momento em que a vida parece morta, a terra torna-se gélida e fria e as árvores estão sem frutos, devemos elevar nossas preces aos céus para pedir uma renovação da energia vital. Nossas preces e rituais se parecem com os rituais antigos e também indica com o nascimento de Jesus, a renovação de vida. Mesmo que aqui esteja iniciando o verão, o tempo quente nós devemos lembrar que este é um momento de recolhimento, interiorização e também de alegria, destinado principalmente a pedir graças a Deus pelos dons recebidos durante o ano que finda. Nos tempos antigos eram feitos cerimoniais em todos os ritos, com cantos e implorações, cerimônias de acasalamento a simbolizar a fertilização da terra. Os homens, em sintonia com os céus, pediam aos deuses que não deixassem a terra perecer sob o frio inverno e que enviasse novamente o Sol para renovar a vida que logo iria ressurgir sob a dura camada de neve.
No nosso Hemisfério estamos iniciando o verão, por essa razão é difícil falarmos em recolhimento e interiorização. O Sol forte e o tempo quente nos convidam a sair e aproveitar ao máximo as delícias da vida ao ar livre. Estamos num país privilegiado onde o inverno nunca é tão rigoroso e quase não sentimos essa necessidade de mantermos uma vida de recolhimento e interiorização. Então, mesmo se a energia solar agora nos inunda com todo seu vigor, devemos pensar que a simbologia permanece a mesma e por essa razão devemos pensar nesta renovação de energia buscando um novo suprimento de fé e esperança. No Solstício de Verão comemoramos o dia mais longo do ano e podemos aproveitar para agradecer ao Criador por todas as bênçãos que essa energia nos proporciona. Na Arvore da Vida - Arvore da Cabala - localizamos o Sol no ponto central, que corresponde ao chakra cardíaco em nosso corpo. Esse Sol é representado pela Cruz do Cristo e por uma Estrela de seis pontas, a Estrela de David. Esses símbolos entrelaçados indicam a necessidade de nos unirmos todos num sentimento de Paz e Amor universal movidos pela consciência ‘crística’ que fala através de nosso coração. Mesmo vendo tantos a atos de crueldade, agressões, guerras, violência e dor sem fim em nosso planeta. Podemos e devemos crer firmemente na nossa capacidade de renovação. Precisamos mais do que nunca nos concentrarmos em pensamentos de paz e amor, para poder sintonizar nossos corações com esta energia maravilhosa que permitirá a reestruturação de nosso corpo físico e, com ele, do corpo físico de nosso planeta Terra.
O Signo de Capricórnio tem analogia com a Letra Ayn do alfabeto hebraico, de valor 70, e nos indica como a projeção da determinação cósmica (Zayn) promove a possibilidade da vida biológica, como resultado da ação de Sammekh (60) que é a própria fertilidade feminina. O Pai e a Mãe que geram o filho, Jesus, o menino Deus que renova a vida.
Devemos desfrutar dos dons que a natureza nos forneceu, devemos também nos unir no banquete espiritual que Deus nos oferece através da energia gerada pelo campo astral.
Devemos neste natal perdoar a todos e deixar de lado mágoas e raivas passadas; e também perdoar a nós mesmos pelos erros que cometemos; devemos propagar o Amor Universal, rezando pela Paz Mundial; devemos agradecer, a Deus todos os bens preciosos que recebemos todos os dias, e o mais valioso de todos: a própria VIDA; devemos ter e passar Esperança, para abrirmos nosso coração às bênçãos futuras que virão se mantivermos a Fé na Providência Divina.
O Presépio.
A tradição do Natal revelou uma outra tradição que é a de montar o presépio. A palavra “Presépio” vem do latim e significa “lugar onde se recolhe o gado” e sua montagem representa o nascimento de Jesus. Sua historia natalina remonta ao inicio do século XIII, quando São Francisco de Assis decidiu celebrar um Natal realista e recriou a cena do nascimento com seus irmãos e cidadãos em um estábulo, com um boi e um jumento vivos, na cidade de Assis, Itália. Em pouco tempo, a tradição espalhou-se pelo país e a partir do XVII ganhou os lares da Europa e países latino-americanos. Hoje, durante esta época do ano, igrejas, casas, ruas e praças montam presépios de diversos materiais, como barro, plástico e madeira.
HO ho ho!
Conta à lenda que no século IV, em Myra (onde hoje é a Turquia), morava Nicolau, um rapaz rico, que após a morte de seus pais, tornou-se padre. Ele vestia-se com roupas vermelhas de capuz e tinha uma barba branca.
Nicolau tinha vizinhos pobres; um dia ele encheu um saco com moedas de ouro e jogou-as pelas janelas e lareiras das casas para ajudá-los. As vezes, as moedas caiam dentro de meias que ficavam penduradas na lareira para secar; após sua morte, Nicolau foi nomeado santo e passou a fazer parte das festas natalinas como o bom velhinho. Com o tempo, a historia de Papai Noel modificou-se. Ele passou a morar no Pólo Norte e a distribuir presentes. Sua lenda muda de país para país e seu nome também. Conheça alguns: Alemanha – Kriss Kringle; Estados Unidos e Canadá: Santa Claus; Finlândia – Joulupukki; Inglaterra – Papa Noel; Chile e Uruguai – Viejito Pascuero.
Que a paz do Senhor esteja em todos os lares neste natal e durante todo ano de 2008. Que a vida reine sobre a morte e que os homicidas não tenham animo para matar. Amem.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
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