Titã é a maior lua de Saturno
Foto: Nasa/JPL/Divulgação
A atmosfera de nitrogênio existente no entorno da maior lua de Saturno, Titã, poderia ter surgido há 4 bilhões de anos a partir dos choques planetários ocorridos no chamado período do intenso bombardeio tardio - quando o Sistema Solar, inclusive a Terra, outros planetas e suas luas, foram atingidos por diversos meteoros - , detalha um estudo publicado neste domingo no site Nature Geoscience.
A descoberta explicaria a peculiaridade da atmosfera da lua Titã, mais espessa que um corpo planetário de temperatura média. Pesquisadores da Universidade de Tóquio dirigidos pelo cientista Yasuhito Sekine investigavam esta formação de nitrogênio na atmosfera de Titã por meio de experiências com uma pistola de raios laser.
Os impactos dos raios laser transformavam amoníaco congelado - formado por três átomos de hidrogênio e um de nitrogênio - em nitrogênio e isso permitiu aos pesquisadores deduzir que Titã poderia ter adquirido sua atmosfera de nitrogênio em processo similar.
Para os estudiosos, se este foi o mecanismo responsável pela formação da atmosfera de Titã, a fonte do nitrogênio dessa lua é diferente da que formou a atmosfera da Terra, que é composta em sua maioria por este mesmo gás. Em artigo que acompanha o estudo, a professora Catherine Neish da Universidade Johns Hopkins (nos Estados Unidos), afirma que a pesquisa da instituição de Tóquio propicia com estas hipóteses um marco para futuras pesquisas.
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