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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VENCENDO OS LIMITES COM AMOR

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A limitação das escolas tradicionais como o sufismo e algumas formas de ioga, é achar que um mestre ou guru é absolutamente imprescindível para dar à luz a consciência espiritual. É claro que uma parteira é uma mão na roda e um hospital totalmente equipado é melhor ainda. Mas, quando não há uma parteira à mão ou hospital algum por perto, nem por isso os bebês deixam de nascer. Pelo método natural, que é mais perigoso e difícil, mais doloroso e mais sujo, porque o nascimento se dá inter faeces et urinam, no dizer de Santo Agostinho - mas se dá. Às vezes são natimortos, outras vezes não sobrevivem - mas nascem. E os que sobrevivem compensam as dificuldades do parto natural desenvolvendo uma saúde mais robusta e maior resistência física.

Uma vez, perguntaram a um mestre zen como saber se uma pessoa atingiu a iluminação. Ele respondeu: "Se você diferencia entre iluminados e não-iluminados, não atingiu”.

A lógica da iniciação vai mais ou menos por aí. Se você distingue entre este mundo e o outro é porque ainda não atingiu a iniciação suprema. Mesmo o gnosticismo - pelo menos, o gnosticismo valentiniano - diz isso. Apesar de, quando encarado superficialmente, ele parecer um dualismo radical, demonizando o mundo e a carne (o que confunde os especialistas até hoje), Valentino dizia com todas as letras que, quando você obtém a gnose e alcança a redenção, descobre que nunca houve nada do que ser redimido. Voltamos ao pleroma quando nos damos conta de que nunca saímos dele.

O Buda diz a mesma coisa. "O homem torna-se livre quando percebe que sempre foi livre", ele afirmou certa vez. E também costumava dizer que "o samsara é o nirvana e o nirvana é o samsara". Ou, nas palavras do Sutra de Diamante: "Forma é vazio, vazio é forma." Ou, pra não ficar só nos antigos, tem o poeta surrealista Paul Eluard (mais conhecido por ter tido a mulher, Gala, roubada pelo Salvador Dalí): "Há outros mundos, mas estão neste”.

Claro que ficar citando essa pletora de sábios, saber disso intelectualmente, é fácil e ninguém torna-se Adepto Maior decorando essas e outras frases bonitinhas. A grande questão é sentir isso, sentir na carne, saber com o coração - experimentar diretamente que forma é vazio e vazio é forma. É essa experiência direta que é a iluminação, a gnose. Para nós, não-iluminados, o xamã é aquele que consegue cruzar livremente a fronteira entre os mundos, mas para o iluminado, essa fronteira não existe. Há um único mundo, que a consciência iluminada abarca em sua totalidade.

Abrir as portas da percepção é descobrir não só que elas nunca estiveram fechadas, mas que nem existem portas pra começo de conversa. Não, antes que você pergunte, eu também não cheguei lá. Eu sei que a barreira não existe, mas isso não me impede de senti-la, e isso às vezes pode ser exasperante, como o parto-que-nunca-acaba da Kalyandra.

Um dia quando perguntaram a Jesus onde mora o Diabo, ele disse: “em teu coração”. Da mesma forma Jesus também nos deixou claro que o Reino dos Céus está tão próximo que podemos senti-lo dentro de nossa alma.

A evolução só começa quando queremos sentir a elevação do espírito e só termina quando sentirmos que a elevação não é mais necessária. Isso só acontecera quando formos unos com o Criador. Para isso o caminho é o Amor. esse amor não está presente nas pessoas sem que elas se respeitem e se ajudem. Esse amor só será construindo com caridade, humildade e misericórdia. O que poderemos dizer de alguém que tira uma arma e dispara em seu próximo varias vezes até matá-lo? Que nele não existe amor. E ao invés de evoluir ele está se degradando. Vamos evitar não matar, não roubar e nem tentar destruir o amor!

Carlinhos Lima – Astrólogo e Pesquisador.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Não cansam de ser hipocritas



Sexo é sem duvida um assunto que interessa a humanidade profundamente, a tal ponto que querem criar um dominio só para paginas pornograficas na internet, pois, tem milhões de paginas mundo à fora! Quando se fala em ensaios, vídeos e tudo mais, todo mundo fica doido pra vêr! Milhões correm pras bancas pra comprar revistas só pra ver as famosas peladas, milhões acessam os vídeos caseiros que caem na rede e todo mundo gosta de sexo, com excessão apenas aqueles que renegam sua sexualidade! No entanto, mesmo estando no segundo milénio da Era Cristã e com tanta informação aberta a todo mundo, o ser humano não deixa de ser hipocrita!

Sempre ocorreu aqui neste blog tentativas de idiotas que entram só pra denunciar ao google esta pagina, só pra tentar complicar o trabalho deste simples buscador! Pra esses imbecis, pode se falar de sexo, mas, não pode postar uma imagem de alguem nú! Pode se falar de umbanda, astrologia ou tarô, mas, nunca postar fotos de alguém sem roupa. Até mesmo tarólogos que tão cansados de ver nas laminas do Tarô, imagens de pessoas nuas, quando vêem alguma postagem com alguma imagem de alguem nú, querem logo se passar por puritanos! O interessante que querem se meter na vida dos outros, pois, se chocam-se tanto com alguem nú, devem simplesmente trocar de paginas e cuidar de suas vidas! Mas, além de hipocritas, são bisbilhoteiros, maldozos e malignos! Muitos fazem horrores na cama, mas, posam com ar de pureza na frente dos filhos, dos amigos e da comunidade. Pessoas que passam horas com a Biblia na mão, não saem da igreja, mas, com o corpo pegando fogo de tesão, sempre acabam se deixando levar pela sexualidade. Mas, ver imagens ou falar de sexo deixaria eles desequilibrados e perderiam sua santidade! Vão trbalhar o psicologico que teria muito mais efeito a espiritualidade, hipocritas!

Carlinhos Lima - Editor do blog Climazenconsultoria.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Felicidade conquista-se tambem com sexo! Mas, que venha do amor


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Os adeptos do tantrismos, homens e mulheres, adoravam a Deusa, através de suas inúmeras formas e nomes, Durga a deusa da força, Lakshimi, deusa da beleza e da prosperidade, Sarasvati, Parvati, etc. todas elas expressando suas diferentes características, como projeções num prisma, de um princípio único, arquetípico, que se manifesta de inúmeras formas na face da terra, através de todas as mulheres, ou iniciaticamente falando da hierarquia dos Barishades.

As mulheres, materializam através de suas características físicas e psicológicas os diversos aspectos da Divina Mãe.


Entre todas as representações da Deusa, no panteon tântrico, sem dúvida nenhuma Kâli, ou Maha Kâli, a deusa negra, nua, exerce um papel central, para o Adepto do Tantrismo que a adora nas profundezas de seu próprio corpo, na escuridão de seu santuário mais sagrado. Porém, para os não iniciados, Kâli apresenta-se como uma figura horrenda, macabra, pois seus aspectos externos foram forjados, ao mesmo tempo para confundir e afastar os profanos e instruir os discípulos, sobre os Arcanos e Mistérios do Culto da Grande Mãe. Ela, Kâli, personifica a força cósmica que devora e destroi as ilusões e a mediocridade dos seres humanos, "Sua ferocidade aparente, só tem igual na verdade metafísica da mensagem de libertação que ela encarna e ensina aos seus fieis" (O Tantrismo - Michel Jean Varenne).

Nua e Negra, Kâli não conhece diferenciação, encarnando a pura consciência, impenetrável, despojada das roupagens transitórias, ela se perpetua em meio a escuridão, sem nenhum condicionamento. Feche os olhos e a encontrará, na escuridão de seu próprio corpo.

Seus seios generosos, expressão a doçura materna, o afeto instintivo, de uma mãe para com seus filhos, perdidos.

O colar de crânios, que ostenta simboliza as letras do alfabeto sânscrito, representando a totalidade do conhecimento, que ela oferece a seus seguidores.

Sua vasta cabeleira solta, significa a trama que envolve os seres mortais, que condena todos, que não a conhecem ao desaparecimento.

Um cinto de mão decepadas, orna-lhe a cintura, para demonstrar que somente Kâli, pode nos livrar dos frutos kármicos, de nossas inumeráveis ações, através do acesso que a pura energia nos dá a consciência cósmica.

Seus três olhos, representam o despertar da tríade superior, Atmã, Budhi e Manas que ela promove nos Adeptos.

Seus dentes fulgurantes, dourados e sua língua vermelha, personificam a manipulação das energias, sattwica e tamasicas, ou seja, a manipulação do espirito e da matéria, onde o espirito é materializado e a matéria é espiritualizada, no verdadeiro sentido de solve et coagula, ou seja o dissolver e coagular dos alquimistas.

Suas duas mãos esquerdas, uma das quais empunham uma espada, afirmam o inevitável extermínio de nossa forma física, animal, e também a destruição dos liames que nos acorrentam à matéria.

Suas duas mãos direitas, nos levam a seguir com firmeza e coragem a via espiritual que conduz a libertação interior, a vitória sobre a morte física.

Kâli, é a expressão de um Mistério Arcano oculto aos olhos dos não iniciados, que conduz a valores espirituais transcendentes, personifica a força última, constitui a introdução ritual indispensável ao principio da Shakti (energia).

As sacerdotisas dravidas, despojavam a Deusa de todas os seus atributos externos, afim de obter a visão da energia impessoal, incondicionada, criadora e destruidora dos mundos.

Uma das características dos Adeptos do Tantrismo, é a capacidade de despojar cada acontecimento, quer seja uma sensação física, uma emoção ou um terremoto, para reconhecer a energia, a Shakti, em ação, livre de toda a qualificação moral.

A doutrina da Shakti, afirma que o mundo sem dúvida é Maya, ilusão, mas que ele é também a manifestação intempestiva da força, ou da Shakti. Ao invés dos vedantinos e budistas, que posteriormente, dotaram o conceito de Maya de uma interpretação profundamente abstrata e idealista, exacerbando seu aspecto ilusório, os dravidos, ressaltavam seu aspecto de ilusão gerada pela força da manifestação, que cria e destroi simultaneamente, chamando-a de Maya-Shakti, diziam que, "o conceito de força, para que se exerça na Sadhana, na prática, é um guia mais seguro do que a nebulosa idéia de espirito"(Tantra Tatwa).

As sacerdotisas ensinavam aos discípulos, através dos símbolismo da dança dos sete véus, os segredos, do desvelamento de Ísis, ou de Maya-Shakti, cada véu representando um aspecto da ilusão que ocultava a força geradora de mundos, plasmadora das formas e doadora da vida. Sendo que ao discípulo é indispensável conhecer a força, afim de libertar-se integralmente de sua rede, sem tal conhecimento da natureza de Maya-Shakti, a libertação que se alcança, não passa da ilusão da libertação.

Shakti é a força que transborda criando e destruindo as cegas, Maya é a ilusão da existência dos "eus" distintos do Todo, meros fantasmas criados por esta força, que precisa ser reconduzida a sua origem e reunida a consciência espiritual, ao Purusha.

Desde que o Adepto realize nele este princípio, desde que a força extraviadora e extraviada, deixe de diluir-se nos fenômenos, nos fantasmas, na mera procriação de formas cada vez mais inconscientes, então como diz o Kulanarva Tantra, ai então, "o mundo de sansara (o mundo do sofrimento) se torna o próprio lugar de libertação".

Maya-Shakti, é compreendida pelos Adeptos, como uma força desgarrada, inconsciente de si mesma, em movimento e em transformação constante, que deve ser conduzida a união com um polo de natureza impassível e serena, para o qual inevitavelmente a força se voltará enfim.

Esse polo é Purusha, ou o espirito, impassível ante as manifestações da força reprodutora, reverenciado na figura masculina de Shiva, o impassível, aí então surge a manifestação da divindade andrógina, o deus e sua força, Shiva-Shakti, não mais Maya-Shakti, a força inconsciente geradora de miragens, mas a suprema personificação do divino, Pai-Mãe, Brahma, "a união em nós de Shiva, o impassível, e Shakti a devoradora, provoca a libertação dos fenômenos perturbadores e o gozo da realidade última".

PARA AS MULHERES DE HOJE, SER A FEMÊA FATAL E DEVORADORA DE HOMENS É O MAIS IMPORTANTE, MAS NÃO SABEM QUE A CASTIDADE FAVORECE O ESPEIRITO LIBERTA A ALMA E ILUMINA.
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Postado por Carlinhos Lima

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Tamires Pereira Santiago, dando à volta por cima, pelos caminhos da aceitação



A vida é um desafio pra muita gente! E nosso ego inflamado, rebeldia, muitas vezes por simples teimosia, por achar que o mundo está completamente contra nós, faz com que cometamos muitas atitudes absurdas. Filhinhos de Papai, com muita grana, uma vida fácil e tudo aos seus pés, acabam como diz o ditado popuar "metendo os pés pelas mãos", ou pior, metendo as mãos nas algemas, tanto do carma e do destino, quanto das cadeias da justiça humana.

Quantos jovens tem mundo à fora que nasceram com a vida ganha, só dependendo do proprio empenho para empreender obras fantástica, tanto em prol das pessoas, quanto de si mesmo! Mas, se deixam levar pelas fraquezas da alma e acabam cometendo muitos pecados que vão matando seus dons à cada dia.

E tem tambem aquelas pessoas que nasceram como eu, sem um pai biológico que desse o apoio necessário, ou passar a enfrentar muitos desafios, por nem saber na verdade quem era o pai que te gerou! Enfim, cada um com sua missão e seu carma. O importante é ter consciencia de que devemos valorizar a vida, e transformar tudo aquilao que nos for dado em investimentos sábios, para que cada vez mais se torne muito mais valioso.

Em minha primeira viagem pra São Paulo, no ano de 1996 eu conheci uma mulher que morava na região do ABC, não sei bem em qual municipio, mas, ela se dizia dessa região belissima! Ela me disse que sua irmão tinha perdido o marido para uma mulher que o tinha enfeitiçado. Esse tal marido um irresponsavel, preguiçoso foi morar com essa outra mulher destruidora de lares e levou a pequena Tamires Pereira Santiago e seu irmãozinho com ele. De certa forma essa tal mulher cuidou bem das crianças sempre que pode, mas, era uma mulher egoista que não passava de uma ambiciosa total, vivia saindo com outros homens por dinheiro e fez de tudo para que esse tal cara mandasse as crianças de volta para a mãe biologica.

Tamires era uma menina especial tinha forte mediunidade e não sabia, tinha o dom de captar as imagens do universo, através de suas visões. No entanto, seu pai cachaceiro e sua mãe vadia, sempre repreendiam quando ela começava a contar seus sentimentos. Ela se tornou numa mulher muito bonita, mas, por tanto reprimir suas energias e se sentir desprezada pelo pai a quem era apegada, se tornou uma mulher mais gordinha! Claro que com o tempo e algumas dietas, ela é hoje uma mulher linda, morena de cabelos lisos e muito sensual, mas, sofreu muito com apelidos na escola e até da propria e cruel madrasta.

E o que fez ela superar essa fase negra de rejeição e tudo mais, foram duas coisas. A primeira foi que ela passou a seguir suas inspirações mediunicas, seus dons e seu coração. Tamires Santiago nunca foi de guardar magoas, sempre admirou as pessoas enchergando nelas o que tinham de melhor, por isso superou tudo, com a força do amor. No entanto, ainda teima em não seguir seus dons espirituais, tanto por medo, como por nunca ter encontrado quem incentivasse.

Esse dilema muita gente vive mundo à fora, por renegar suas energias herdadas e doadas pelo Astral Superior, temos na verdade que aceitar nossos dons, chamados e vocações para buscadores da luz. Lembrem que Moisés foi viver com o inimigo que lhe provou durante anos a existencia de outros deuses das trevas, mas, no momento certo, frente a Sarça Ardente ele foi chamado a cumprir sua missão!

Será que voce não tá sofrendo ai agora, porque renega o chamado do Astral Superior? Ouça a voz do seu coração e da consciencia iluminada.

Carlinhos Lima - Astrologo

O Amor tem que ser palpavel

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Ser o objeto amado, o outro eleito, é amar, e voltar ao si mesmo é doer. O amor e a dor são momentos diferentes do nosso psiquismo, amor quando estávamos intensamente sendo um outro em nós quando nosso psiquismo estava regulado e harmonioso. Uma vez rompido o laço de amor surge a dor dele, do amor, que veremos é o outro lado do amor, um sentimento obscuro e difícil de ser definido. Um afeto que escapa as definições pelo sentimento e pela razão. O amor dói, esta dor nos faz vivos porque nos obriga a autopercepção, uma autopercepção forçada pelo próprio amor. Nascida ou como abandono ou como humilhação, pois aqui não abordaremos a dor do amor pela perda, como luto.

A dor de amor é um sentimento de limite, é física e é psíquica, por isso dói. O amor é um afeto matriz, dele surgem todos os demais afetos, se o amor não levasse à sua dor, haveria a loucura e a morte do Ser. A dor é nossa recuperação, nossa salvação do limite,onde estávamos perdidamente sendo o outro, ela é o juntar forças para sobreviver em torno de si mesmo, reunir-se novamente. Todo mundo ama, ninguém existe sem amor, toda criatura que surge no mundo interage e assim ama e sofre a dor do amor.

O amor é a presença do amado, ou da amada como fantasia no inconsciente, mas a palavra fantasia pode parecer que seja uma ilusão ou que exista ainda outra forma de amar, mas não, nem a fantasia é ilusão e nem existe outra forma de amor. Esta presença inapreensível do outro em nós é que é o amor, e é dor quando esta pessoa amada nos deixa, sai de dentro de nós, mesmo por instantes breves. Esta dor pode ser insuportável quando este outro sai definitivamente de dentro de nós pela morte ou separação, o vazio deixado pelo amor perdido arrasta o eu que se percebe, mas se percebe pelos seus atos falhos e pelas suas defesas, por isto dói.

Aquele que amamos é um Ser exterior porque existe como corpo e ao mesmo tempo como uma imagem, que tenho dela dentro de mim, é um duplo, um externo, de carne e osso, como presença, com modos próprios, jeitos próprios, e outro como minha fantasia dele, dentro de mim. É este envolvimento exterior com o outro que me faz tê-lo em mim cada vez mais, mas este envolvimento é sempre voluntário, pois me deixo levar ao outro e admito isto até certo ponto, quando o outro já está construído dentro de mim e sua imagem em mim, já é parte de mim.

Voltando ao tema do outro dentro de mim, como meu eleito ou eleita, ela é fantasia porque não é igual ao Ser exterior, mas não é irreal, pois todas as relações são assim, não existe uma relação de amor somente com o objeto de meu amor externo, o real, ela se dá primeiro pela minha fantasia. É por isso que as pessoas as vezes ficam marcadas para sempre, pois quando amamos, buscando o amor em varias dimensões possiveis, tanto no fisico como na mente e no espirito.

O amor como o outro eleito dentro de mim existe como fantasia, na forma imaginária, simbólica e real. Apesar da forma imaginária ser a principal, ela se alimenta da forma real e tira dela sua força e nutrição, sem a presença física do amado não existiria um centro de gravidade para minha fantasia e minha relação seria doentia, virtual, o Ser seria acometido pela infelicidade e sofrimento, não de amor mas de impotência, incapacidade de ter alguém de carne e osso. Tal desordem pulsional colapsaria a psique, que descontrolada se tornaria compulsiva nesta busca.

Um corpo externo é capaz de produzir desejo, porque também é ativo de desejo, o outro externo produz em mim o impacto de sua excitação, ele deseja a mim e portanto eu o desejo, seu corpo tem detalhes que somente ele possui, tem modos de ser, e se mover que me cativam, tem formas de me tocar e cativar, enfim uma série de detalhes que são indispensáveis para mim, ou melhor, para as minhas fantasias.

Um "mestre" na arte de amar, o qual é muito raro de se encontrar, é aquele que sabe retribuir, que se preucupa com o proximo e que tenta passar o amor sem a companhia da dor. É um ser verdadeiro, sincero e sabe aproveitar o melhor do amor. Sendo que isso só é possivel com o uso da sinceridade.

Sem objeto o eu não pode ser autoconsciente, ele não pode ser, sem um isso . Sempre a autoconsciência é a união com o objeto, sendo o eu, naquele instante o objeto desejado. Esta união é yoga segundo Patanjali; esta união é maithuna segundo o tantra; esta união com o outro é a fonte das pulsões segundo a psicanálise. O tantra avança mais que o yoga e que a psicanálise porque prevê a união e a separação... Quando se fala aqui em objeto, fala-se que o amor se materializa em ações e atitudes. Essas ações se materializa, na retribuição do amor, na demonstração verdadeira dos sentimentos. Por isso todo aquele que se perde ou se mira apenas num amor fantasiado dificilmente será feliz.

O vinculo entre sexo e amor está aberto até hoje na nossa sociedade, é este vinculo que o "sexo tantrico" reata, segundo nossa ontologia, nossa formação física e psíquica. Sem este vinculo todos somos portadores da neurose ordinária, comum, a ferida narcísica da sexualização dos nossos pais a voltar e exigir resolução. Falar em transcendência sem o vinculo entre sexo e amor resolvido é manipular onipotentemente a realidade, viver na alienação. Reagir a esta falta é justamente criar um vinculo entre sexo e amor, restabelecer a ordem natural das coisas, buscar no sexo um reatamento e não mais uma separação.

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.

domingo, 8 de agosto de 2010

ASTROLOGIA E PREDIÇÃO

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Em minha opinião cada astrólogo tem que utilizar as técnicas que mais lhe aprouver e que mais se identificar. Pois com certeza terá muito mais proveito e saberá usar com maior precisão. Há um mito a respeito das previsões que só se pode fazer previsão perto da data de aniversário. Isso ocorre em virtude de que uma das técnicas de previsão, a Revolução Solar, é calculada para a época do aniversário. No entanto caso uma pessoa queira fazer sua previsão em qualquer época do ano, não haverá o menor problema, pois Trânsitos e Progressões podem ser calculados para qualquer época da vida.

O lado preditivo da Astrologia, com o fato de se antever acontecimentos é sempre fascinante e misterioso. É importante esclarecer que existem diversas técnicas de previsão. Algumas são bem antigas como Direções Primárias, Trânsitos Planetários, Revolução Solar, Lunações e outras mais modernas como Progressões Secundárias, Direções Simbólicas, Arco Solar, Evolutivo. Em nossa prática profissional, utilizam-se principalmente essas técnicas de previsão: Trânsitos, Fatum (evolutivo), Progressões Secundárias e Revolução Solar.

Um assunto também bastante comentado se refere ao melhor local para se passar o aniversário. Isso porque, a Revolução Solar é calculada para um determinado local, e vem da antiguidade que seria possível alterar uma previsão difícil se passássemos o aniversário em outro local. Como se calcula um mapa baseado em coordenadas terrestres (latitude e longitude), ao mudarmos de cidade alterar-se-ia as posições de astros difíceis que estivessem fortes na carta natal. No entanto o que certamente prevalece é o local aonde a pessoa realmente vive. Portanto, não adianta passar o aniversário em outra cidade, acreditando que irá se livrar de aspectos difíceis no mapa se depois a pessoa retorna para sua cidade onde tem residência; na verdade seria necessária a pessoa continuar na nova cidade para viver períodos melhores durante esse referido ano.

As tendências para um dado período são apontados pelas previsões astrológicas, bem como auxiliam-nos a compreender o momento que estamos vivendo. O homem sempre buscou no céu compreender o sentido da existência humana, pois os períodos dos movimentos celestes já mostravam aos nossos antepassados a compreensão da ordem e dos ciclos contidos natureza como noite e dia, estações do ano, etc. Como a Astrologia trabalha com ciclos e movimentos planetários, podem-se visualizar o término de uma fase difícil e aproveitar melhor as facilidades de momentos fluentes.

Cabe ao homem inteligente buscar conhecer a si mesmo e as energias que governam sua vida através do conhecimento astrológico deixado a nós por todos os Grandes Mestres. Eles nos deichou um grande legado que pode nos ser muito útil se bem usado com prudência.

Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.

Conheça o poder dos Cristais

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Cada cristal tem vários níveis de energia. Basicamente, o seu nível mais interior - o núcleo - mantém a sua integridade apesar das energias desarmônicas. Já os níveis secundários são relativamente sensíveis ao meio ambiente energético e, à medida que as energias estáticas se acumulam nestes níveis, podem bloquear a emissão energética do cristal. De forma geral, a força áurica de um cristal repelirá um percentual significativo de energia negativa. São as energias fortes e constantes que mais afectam o cristal.

Assim sendo, quando estiver a sentir raiva, frustração, tristeza, ou quando ocorreu alguma briga ou discussão no local em que estão dispostos, não se afaste de seu cristal; mas assim que ele tiver cumprido com a sua missão de aliviar este sentimento, trate dele com carinho limpando-o e energizando-o. Lembre-se que ao adquirir um cristal antes de mais nada devemos limpá-lo. A energia que sai dos Cristais, é uma composição dos elementos da natureza e de raios vibracionais, que absorvidos pelo corpo humano, desbloqueiam e alinham os chackras, que são os sete centros de energia. Cada Cristal tem uma função específica, variando de acordo com seu tamanho e coloração, os mais comuns são os de Quartzo (transparente), por ser fácil de alinhar qualquer chackra, os coloridos são usados acima de cada chackra, para problemas específicos.

A Druza sendo um Cristal grande e de várias pontas, é excelente para limpar ambientes e os cristais menores. Eu anteriormente de testar o contato com o esoterismo achavaa tudo isso besteira. Mas, após conhecer melhor os cristais e testa-los, posso garantir que eles emanam energias sim, descarregam o ambiente e servem como devesa contra ataques energeticos ruins.
O poder do cristal varia, pelo seu tamanho, origem e cor, como tambem é muito importante, saber como energiza-lo, purifica-lo de energias negativas e cuidar muito bem dele. Cada orixa na Umbanda-Astrologica, tem o seu cristal, o que os antigos chamam de otá. Como tambem na Astrologia, cada signo e astro regente tem uma pedra indicada.

PRINCIPAIS PEDRAS DOS SIGNOS
Áries: (21/03 a 20/04)
Jaspe, Topázio

Touro: (21/04 a 20/05)
Quartzo Rosa, Lápis Lázuli

Gêmeos: (21/05 a 20/06)
Citrino, Olho de Tigre, Ágata

Câncer: (21/06 a 21/07)
Quartzo cristal, Quartzo fumê

Leão: (22/07 a 21/08)
Quartzo cristal, Ágata

Virgem: (22/08 a 22/09)
Ágata, Jaspe

Libra: (23/09 a 22/10)
Quartzo cristal, Quartzo fumê

Escorpião: (23/10 a 22/11)
Jaspe, Citrino

Sagitário: (23/11 a 22/12)
Topázio, Quartzo cristal

Capricórnio: (23/12 a 19/01)
Quartzo fumê, Ônix

Aquário: (20/01 a 19/02)
Água marinha, Quartzo cristal

Peixes: (20/02 a 20/03)
Ametista, Quartzo cristal
Carlos Lima - Tarologo, Astrologo e Pesquisador.

PSICOLOGIA ASTROLOGIA E TRANSFORMAÇAO

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SEMEANDO A CONSCIÊNCIA

JEAN-YVES LELOUP
Nesta entrevista a PLANETA, o francês Jean-Yves Leloup - teólogo, filósofo, PhD em psicologia transpessoal e padre da Igreja ortodoxa - fala de busca espiritual, reencarnação, astrologia e evolução humana. Jean-Yves Leloup é um dos pensadores importantes da atualidade. Nascido em 1950, na França, ele é um cidadão do mundo. Filósofo, terapeuta transpessoal, teólogo, ele é padre da Igreja ortodoxa na França, tendo traduzido e interpretado textos bíblicos. Seu pensamento é poético, universalista, multidimensional. Conferencista reconhecido internacionalmente, Leloup vem regularmente ao Brasil proferir seminários organizados pela Universidade da Paz.
Para Marie de Solemne, uma estudiosa da sua obra, "a considerável força da palavra de Jean-Yves Leloup é que ela é sistematicamente informada, ao mesmo tempo, por uma reflexão filosófica, psicanalítica e espiritual"... Os livros de Jean-Yves estão publicados em vários idiomas e fazem sucesso no Brasil. Entre os seus últimos lançamentos estão Amar... Apesar de Tudo e A Arte da Atenção, ambos da Editora Verus. A entrevista a seguir foi concedida na sede da Unipaz, em Brasília.

PLANETA - Você é sacerdote da Igreja ortodoxa...
Leloup - A ortodoxia é a tradição das origens do cristianismo. Inicialmente, o cristianismo era uma comunhão de igrejas. Havia a igreja de Jerusalém, a de Antióquia, a de Éfeso, a de Roma. Foi só no século 12 que a igreja de Roma se separou. As diferentes igrejas ortodoxas preservaram a tradição de comunhão e permaneceram unidas apesar das diferenças.

PLANETA - Você acredita em astrologia?
Leloup - O homem é uma fração do universo e depende dos astros. Isso faz parte da sua unidade com o cosmo. Gosto das palavras de São Tomás de Aquino, que diz que os homens dependem dos astros, mas são maiores do que eles. Não somos completamente determinados pelos astros. O homem é uma mistura de natureza e de aventura. Creio na astrologia, mas não no determinismo.

PLANETA - Quando você diz que aceita postulados da astrologia, essa é uma opinião pessoal ou é um consenso em sua igreja?
Leloup - Na Igreja ortodoxa há diferentes teólogos, com pontos de vista diversos. A linha de pensamento em que estou engajado respeita a astrologia. A consciência da relação do homem com o universo, a consciência da sua liberdade e a consciência daquilo que o ser humano faz em relação ao universo - essas são questões muito tradicionais.

PLANETA - No livro A Arte da Atenção,você define o oceano como "um deserto em movimento". O deserto parece ser um dos seus temas constantes. Se para você o deserto é uma metáfora, o que exatamente ele simboliza?
Leloup - Simboliza o silêncio - o silêncio de onde vem a palavra e para onde a palavra volta. O deserto é também uma metáfora da vacuidade - a vacuidade de onde vem o mundo e para onde esse mundo volta. Quando estamos no deserto, nesse espaço de silêncio, nós nos aproximamos dessa vacuidade essencial e não somos distraídos pelas formas. Entramos em contato com o que não tem forma - a origem de todas as formas.

PLANETA - Você acredita em reencarnação?
Leloup - A reencarnação é uma explicação possível. Ela é importante para dar-nos um sentido de responsabilidade e para colocar-nos em contato com as conseqüências dos nossos atos. A idéia de reencarnação está ligada à idéia de justiça e à lei do carma. O Evangelho diz que você colhe o que planta. Nesse sentido, a idéia da reencarnação pode ser útil. Mas os grandes sábios da Índia dizem que a reencarnação é uma crença popular e uma forma de interpretar o que está além do espaço e do tempo. Crer na reencarnação é acreditar na continuidade do espaço-tempo. Por isso, há uma diferença entre reencarnação e ressurreição. O objetivo humano é sair do ciclo da reencarnação e atingir um estado de ressurreição que está além da necessidade de reencarnar e constitui uma libertação. Quando perguntaram ao indiano Ramana Maharshi para onde ele iria depois da sua morte, ele respondeu: "Irei para onde sempre estive." Ele não fala de reencarnação, nem do encadeamento de causas e efeitos. Ele destaca que há dentro de nós algo que está livre da roda de causas e efeitos, livre do samsara. É esse estado de despertar que devemos descobrir.

PLANETA - O que é Deus? É uma entidade antropomórfica que toma decisões como se fosse um ser humano, com seu hemisfério cerebral esquerdo, que gosta ou não gosta, que se apega ou rejeita algo? Ou Deus é apenas uma lei universal?
Leloup - Cada um tem sua religião conforme o seu nível de consciência. Nossa imagem de Deus é feita de acordo com o que a nossa consciência pode conter. É por isso que existem imagens de Deus muito infantis - Deus como uma grande mãe ou um grande pai, como uma fonte de segurança. Meister Eckhart escreveu que, para alguns, Deus é como uma vaca leiteira, algo que tem de suprir as nossas necessidades. Para outros, Deus é aquilo que coloca em ordem a sociedade humana e o universo, é a lei natural. Para outros, ainda, Deus é apenas uma palavra, e tudo o que podemos pensar de Deus não é Deus, mas apenas a nossa representação dele. Assim, também, o que conhecemos da matéria não é a matéria, mas apenas o que os nossos instrumentos de compreensão nos permitem perceber. Por isso, quando usamos a palavra Deus, é bom saber do que estamos falando. Ao longo da nossa vida pessoal, nossa imagem de Deus pode mudar. Aquilo que a gente aprendeu no catecismo, em outro momento ganha outro significado. O que aprendemos sobre química no primeiro grau não é o que aprendemos na universidade. Às vezes, no entanto, ficamos fixados nas imagens da escola de primeiro grau. O mais importante, claro, é a nossa experiência. O que quero dizer quando falo de Deus? Que experiências estão por trás dessa palavra? Para mim, essa é uma experiência de serenidade, de silêncio, de amor e de luz.

PLANETA - Em seus livros, você aborda "a memória do corpo"...
Leloup - O corpo é a nossa memória mais arcaica. Tudo aquilo que uma criança viveu fica guardado na forma de impressões em seu corpo. Quando tocamos um corpo, tocamos toda essa memória. Assim, você não pode tocar determinadas pessoas em determinadas áreas, porque ali há registros de memórias antigas. Karl Graf Dürkheim dizia que quando fazemos massagem em alguém, não estamos tocando um corpo, estamos tocando uma pessoa. O corpo é animado, pleno de memórias.

PLANETA - Como você vê a relação entre o individual e o social? Penso que ficamos capengas se nos engajamos na transformação social sem fazer uma autotransformação, mas também ficamos incompletos se tentamos uma autotransformação sem levar em conta a sociedade ao nosso redor.
Leloup - É importante observar as duas coisas. Isso me faz lembrar do que me disse um rabino em Jerusalém: que nunca haverá paz ali enquanto o ser humano não fizer a paz dentro de si mesmo... E fazer a paz em Jerusalém significa fazer a paz nos diferentes bairros. O bairro judeu, o bairro árabe, o bairro cristão, etc. Nós também temos de construir essa paz nos nossos diferentes bairros, o bairro do coração, o bairro da mente, o bairro do corpo. Se fizermos paz em nosso próprio interior, poderemos fazer a paz no mundo. Há uma interpenetração do individual e do social. Quando me preocupo com a sociedade, eu me transformo. Cuidar do outro me revela a mim mesmo. Quando conheço o outro, conheço a mim mesmo. O Evangelho de São Tomé diz que o reino está no interior e no exterior. Se o reino estivesse somente no interior, poderíamos abandonar o mundo e viver apenas em meditação. Se o reino estivesse só no exterior, não teríamos de meditar, e poderíamos ocupar-nos o tempo todo da sociedade. Mas o que Jesus fala é que o reino está dentro e fora, e eu acho que esse é o segredo do amor. Porque o amor é aquilo que o ser humano tem de mais interior e, ao mesmo tempo, ele tem conseqüências no mundo exterior.

PLANETA - Qual é o impacto que a busca espiritual dos indivíduos tem, ou deveria ter, sobre as estruturas sociais? A nossa cultura espiritual, hoje, não deveria incluir uma preocupação explícita com mudanças sociais?
Leloup - Não há oposição entre o que é interior e o que é exterior. Cada um deve seguir aquilo que o espírito lhe inspira. Para alguns, é através da ação que se ama. Para outros, é através da meditação ou da oração. A ação e a contemplação são como os dois olhos em um mesmo olhar. Às vezes o amor nos convida à interiorização. Em outros momentos o amor nos leva a agir, a produzir. A única condição necessária é que façamos todas as coisas a partir do melhor de nós mesmos. Não se deve comparar a ação de Madre Teresa com a ação de um eremita dentro de sua gruta. Cada um age da sua maneira pelo bem-estar da humanidade.

PLANETA - Como você vê, hoje, a marcha da evolução humana?
Leloup - Vejo a humanidade em uma situação de apocalipse, entendendo a palavra apocalipse como revelação. Há algo desmoronando, e há também algo que está nascendo. Nós escutamos o barulho do carvalho que cai, mas não escutamos o barulho da floresta que brota. Ouvimos o ruído das torres desmoronando, mas não escutamos a consciência que desperta. No mundo de hoje há muitas coisas que desmoronam, e em geral falamos das coisas que fazem ruído, mas não falamos das sementes de consciência e de luz que estão germinando...

PLANETA - Qual o significado do ascetismo no caminho espiritual?
Leloup - O ascetismo é um caminho para prazeres mais sutis.

PLANETA - O que separa uma religião da outra?
Leloup - Creio que é a ignorância, junto com a vaidade e o desejo de poder. Quando conhece o outro, você o respeita. Se não há desejo de poder, há lugar para todos. Em um canteiro de flores há lugar para as flores azuis, para as brancas, e cada uma delas cresce em direção à luz.

PLANETA - O que as religiões têm a ensinar umas às outras?
Leloup - Cada uma pode ensinar às outras a sua diferença, o que a distingue. Não podemos fazer um buquê, se todas as flores tiverem a mesma cor. Se todas as pessoas pensam igual, então elas não pensam mais. O pensamento dos outros estimula o nosso pensamento. A maneira como os outros consideram o absoluto me permite relativizar minha própria maneira de considerar o absoluto. Isso me impede de construir um dogma e me leva a um conhecimento mais profundo.

PLANETA - Como você vê o Brasil?
Leloup - Tenho a impressão de que o Brasil não tem uma coisa ou outra, ele tem todas as coisas. E há a riqueza da natureza, a riqueza das culturas mescladas. Mas sinto que no mundo político há alguma coisa artificial. Sinto que há uma esquizofrenia. O Brasil tem uma coisa muito forte, espontânea, próxima do paraíso talvez, mas há também algo que impede o surgimento desse paraíso.

PLANETA - Existe uma relação entre a atenção e a prática do desapego...
Leloup - Só podemos estar atentos instante a instante. Mas se estivermos atentos a este instante estaremos desapegados em relação ao instante anterior. A atenção é a arte de viver no momento presente, e para isso é preciso estar livre do passado e do futuro. A arte da atenção é a arte de estar no presente. O presente está ligado ao passado e ao futuro, mas ao mesmo tempo ele está desapegado em relação a eles. Isso me faz pensar em umas palavras de Buda: "Se quiser conhecer sua vida anterior", disse o Buda, "esteja atento para o que você é e faz hoje". Aquilo que você é hoje é o resultado do que você foi. Se você quiser conhecer a sua vida futura, esteja atento para o que você é e faz hoje. Porque o que você é hoje constitui a origem do que virá mais tarde. Há também as palavras de Cristo: "Não olhe para trás e não se preocupe com o futuro, mas faça bem aquilo que você tem de fazer no momento presente."

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O CARMA E LIÇÕES DE VIDA

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Há quatro grandes grupos de carma que operam em nossas vidas. O primeiro é chamado de carma reprodutivo. É a força daquelas ações que exercemos que tem o poder para determinar o renascimento. O tipo de ações que tem o poder de determinar se vamos nascer no mundo humano ou em mundos inferiores, nos planos celestes ou brâmicos da existência.

"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz a perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta e apertado o caminho que leva a vida, e poucos há que a encontrem." Jesus Cristo (Mateus – 7,13)

Uma vez perguntaram ao Buda porque algumas pessoas nasciam ricas, outras pobres; porque algumas tinham corpos saudáveis, outras doentes. Porque algumas pessoas são tão lindas e outras tão feias? E assim por diante! Muitas perguntas foram feitas a ele. Em especial o que causava essas diferenças que podem ser vistas entre as pessoas? Ele respondeu que todos os seres são herdeiros de seu próprio carma passado. São, na verdade, nossos atos passados o útero do qual nascemos. A vida como ela é experimentada no presente é o resultado da força acumulada de todas as nossas ações do passado.

O Buda continuou explicando quais tipos de ações levavam a quais resultados específicos. Ele disse que seres que tiram a vida de outros seres, vivem muito pouco tempo. Seres que se abstêm de matar, experimentam um tempo de vida longo. Pessoas que causam mal e dor a outros seres vivos, experimentam muitas enfermidades e doenças. Aqueles que praticam não causar mal aos outros, não-violência, experimentam boa saúde. Ele disse que aqueles que são gananciosos, miseráveis, experimentam grande pobreza. Aqueles seres que praticam a generosidade, o compartilhar, são mãos-abertas, experimentam a abundância. Esta é a lei da causa e efeito em funcionamento. Cada ação produz um certo resultado.

Os seres que se envolvem em comportamentos não-harmoniosos, tais como adultério ou roubo, têm como resultado a associação com pessoas insensatas, não conseguem muitos bons amigos, não chegam a entrar em contato com o Dharma. Aqueles que praticam as restrições morais básicas acabarão vivendo em locais agradáveis, terão muitos bons amigos e terão muita ajuda ao longo de seu caminho. Aqueles que nunca questionam o porquê da vida, que nunca tentam analisar ou compreender a natureza das coisas, nascem parvos ou estúpidos. Aqueles que questionam, que sondam, que investigam, que tentam buscar respostas para este mistério da vida tornam-se muito sábios. Novamente, é a lei da causa e efeito em funcionamento. Aqueles que praticam um falar gentil, amoroso e harmonioso acabam experimentando grande beleza como resultado. As pessoas que utilizam muita linguagem abusiva, rude, com palavras de ira, assumem uma aparência feia.

O segundo tipo de carma é chamado carma de suporte. São aquelas ações que apoiam o carma reprodutivo. Por exemplo: suponha que temos um bom carma reprodutivo e nascemos no mundo humano. Esse é um bom renascimento, um plano feliz de existência. O carma de suporte são todas aquelas ações que fazem nossa experiência como humanos ser agradável. Reforça um bom carma reprodutivo e é causa de todo o tipo de alegrias. O terceiro grupo é chamado de carma contra-ativo ou de oposição. Ele atrapalha o carma reprodutivo.

O carma necessário para o renascimento como ser humano foi benéfico, porém se houve um forte carma contra-ativo, ele cria situações desagradáveis. Isso também funciona ao contrário. Suponha que um ser renasça como um animal. Este seria um mau carma reprodutivo; trata-se de um renascimento inferior. Suponha que tenhamos um bom carma de renascimento como seres humanos, mas que experimentamos muita confusão, muita dor, muito sofrimento. Esse é o efeito do carma contra-ativo. O renascimento foi bom.

O carma contra-ativo pode tornar a existência do animal muito prazerosa, como ocorre com muitos animais de estimação. Esses animais vivem com mais conforto do que muita gente. Esse carma poderoso contrabalança o mau carma do renascimento. Ele funciona nos dois sentidos. O último grupo é chamado de carma destrutivo. Ele impede o fluxo das outras forças. Suponha que você atire uma flecha no ar. A flecha tem uma certa intensidade de movimento e, se não for impedida, continuará até que caia num certo lugar distante. O carma destrutivo é como uma força poderosa que segura a flecha no meio do ar, jogando-a no chão.

Há uma história a respeito de um homem da época do Buda que ilustra alguns dos funcionamentos do carma. Ele fez uma oferenda de alimento a um arhant, um ser plenamente iluminado. Após fazer a oferenda, ele começou a se arrepender de tê-lo oferecido. Há seres que experimentam uma morte precoce. Seu carma reprodutivo e o de apoio podem ter sido bons, porém, de alguma forma, por causa de uma ação passada um carma destrutivo poderoso derruba o vôo daquela flecha, interrompe o fluxo das outras forças cármicas.

Conta-se que durante sete reencarnações em seguida, ele renasceu milionário como resultado de ter dado a comida. Traz muito poder dar comida a um ser plenamente iluminado. Porém, como resultado dele ter tido aqueles momentos de arrependimento, esse homem muito rico viveu de uma forma muito miserável, completamente incapaz de curtir os frutos de sua riqueza, pois era muito avarento. Diferentes tipos de carma trazem diferentes resultados dependendo de nossos estados mentais mutáveis.

PALAVRAS DO MESTRE BUDA
Não ponhas tua fé em tradições, mesmo que tenham sido aceitas por muitas gerações e em muitos países.
Não creias em algo porque muitos o repetem.
Não aceites algo baseando-te na autoridade de sábios antigos, nem com base nas afirmações que encontreis nos livros.
Não creias em nada mesmo que as probabilidades estejam a favor.
Não creias em nada que tenhas imaginado, pensando que um deus te inspirou.
Não creias em nada baseando-te na autoridade de mestres ou sacerdotes.
Depois de haver examinado algo, crê no que tenhas comprovado por ti mesmo, achado razoável
e que esteja em conformidade com o teu bem estar e das demais pessoas.

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Despertando a alma



O primeiro princípio Hermético nos ensina que Deus é Mente e o Universo é mental. Segundo a Cabala Deus criou Adão ou Adão Kadmon – modelo da humanidade – e nós fomos criados segundo a imagem do Adão Kadmon. Este é o modelo gerado pela matriz. Ao encarnar Adão entra em estado de adormecimento, pois não está consciente das encarnações passadas, e assim se submete ao seu próprio destino de forma passiva. A humanidade, a grande massa humana, ao encarnar está adormecida, como estava adormecido Jacó, quando teve seu sonho relatado pela bíblia. Adormecido estava, ou seja, não possuía ainda uma consciência capaz de lhe indicar os rumos de seu próprio destino.

Da mesma maneira, o estado de consciência da maioria das pessoas se encontra, em condição normal, completamente adormecido. A grande massa humana vive sem ter consciência de seu destino, pois os registros das encarnações passadas estão apagadas de sua mente física que, sendo espiritualmente pouco desenvolvida, ainda não conseguiu acesso ao seu “banco de dados” pessoal. A nossa volta a vida por meio das varias encarnações atraves dos tempos é pra que possamos compreender todos os codigos contidos em nossa alma, os quais por estar adormecido não desenvolvemos todos em uma só existencia. É por isso que os monges budistas ao longo de sua preparação espiritual usam muito a meditação na tentativa de entrar em contato direto com a mente adormecida e tentar desperta-la.

Em seu sonho, Jacó vê uma enorme escada, unindo a Terra ao Céu, e pela qual sobem e descem Anjos, (na realidade Seraphim, Chatioth Ha Qadesh), Santas criaturas vivas, atarefadas com os afazeres divinos no mundo dos arquétipos. E Jacó exclama: “O Senhor está neste Lugar e eu não sabia”.
Na realidade, o aperfeiçoamento espiritual de que trata a Cabala tem a ver com este despertar. A humanidade toda precisa fazer este trabalho para conseguir alcançar a absoluta união com DEUS e cumprir o total caminho de evolução. Os Anjos nada mais são que a representação da emanação energética evolutiva do próprio DEUS manifestada nos mundos superiores. É pura Energia que se manifesta de estado em estado, do mais sutil ao mais denso, até materializar-se. Os anjos agem como mensageiros do despertar, pois todos nós precisamos de uma sacudida, por que despertar por si só é muito dificil. O homem precisa de um choque e é por isso que muitos na maioria dos casos só encontram o despertar por meio de grandes provações e sofrimentos.Justificar
A maioria das pessoas vive numa condição que está apenas consciente do seu corpo e seu raio de influência se estende somente ao lado mais egocêntrico de sua personalidade. Existem poucas almas humanas que realmente tomam consciência do seu grau de evolução espiritual, e consequentemente de sua tarefa no atual estagio em que se encontram e que, antes de mais nada, procuram fugir da escravidão da matéria onde cristalizaram seus corpos (em Binah – Saturno) para a atual encarnação em Malkut. Mas é claro que, mesmo poucas, elas existem, em todas as épocas e em todo lugar, independente da religião ou raça à qual pertencem. Elas se destacam das demais, pois conseguem vislumbrar seu próprio destino, tomá-lo inteiramente em suas mãos para cumprir os desígnios de DEUS e tem mais, estas pessoas servem de guias para que muitas outras possam seguir seus ensinamentos.

Sempre sofremos muito com aspectos dificies de Saturno sobre nossos planetas natais. É como se um Anjo Negro agindo brutalmente sobre nossa alma quisessi ativar nosso despertar. Quando Saturno está agido estamos sem a proteção de nosso anjo guardião e os medos mais internos são colocados pra fora.
Precisamos querer cumprir o processo individual do “vir a ser”, cumprir nosso destino voluntariamente e regressar ao ponto de partida que é a União com DEUS. Desta feita o trabalho esotérico é dificilmente demonstrado e muito pouco compreendido. Por isso para executar o seu próprio projeto de vida é necessário tomar consciência de que seremos censurados, mal compreendidos, muitas vezes ridicularizados pelos amigos, familiares e pessoas próximas. Ao buscar o caminho da iluminação acabamos isolados e atrairemos também as forças de oposição, aquelas forças do Mal que não desejam a evolução da humanidade para poder mantê-la escravizada, ao seu serviço.

Devemos lembrar que o Microcosmo do ser humano, por ser projetado com os mesmos princípios do Macrocosmo do Universo, é o instrumento através do qual é possível penetrar conscientemente nos Mundos maiores, nos mundos Superiores da evolução, sempre partindo da Matéria, em Assiah, subindo em Ietzirah, Mundo da Formação, em seguida em Briah, Mundo da Criação e por último em Atziluth, Mundo da Emanação. Primeiramente concebemos e treinamos nossos instintos e nossa psique, depois assumimos nosso homem animal e por fim empreenderemos nossa evolução espiritual. Mas entre Briah e Atzilutrh existe o Abismo do qual ninguém retorna a não ser de forma voluntária, como o fazem os grandes mestres ascensionados e como o fizeram e continuarão a fazê-lo todos os Iluminados para ajudar na nossa evolução.

Eu compreendo que nascemos num momento cósmico determinado anteriormente e que este momento cósmico é único, somente nosso, individual. Como nossa impressão digital cósmica o nosso Mapa Astrológico Natal nos fornece um “retrato” específico das energias atuantes no momento de nosso nascimento. Mas estejam certos, o caminho é difícil, longo, cheio de percalços, e o que colheremos não será seguramente o sucesso material, o dinheiro, o reconhecimento público tão efêmeros de nossa vida materialista, mas a harmonia íntima, a tranqüilidade interior e a certeza de que estamos cumprindo nosso Destino Individual de forma consciente, a serviço de DEUS.

Para fortalecer nosso EU INTERIOR podemos fazer exercícios de meditação, orar, nos recolher em nosso íntimo, podemos analisar em nossa própria vida nosso comportamento: como somos, quem somos, onde vamos... O homem terá sua missão realizada na Terra e evoluirá a contento, quando ele cumpri sua missão e quando tem seu espirito totalmente desperto.
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Postado por Carlinhos Lima

Saudação 'Salve Maria': Ave Maria! Ave Bernardo!

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Nada mais suave para os ouvidos de Maria do que a voz de seus filhos, dirigindo-lhe a saudação angélica. Esta saudação faz estremecer-lhe o coração, como no dia da Anunciação.

O fato seguinte o prova com evidência, e se deu com São Bernardo, um dos mais ilustres servos de Maria.

No meio do século XII, existia nas florestas que separam as Flandres do Brabante uma ermida de religiosos beneditinos, célebre sob o nome de abadia de Afligem.

Bernardo, percorrendo a Alemanha para pregar a segunda Cruzada, foi descansar alguns dias no piedoso convento. Uma estátua de Maria estava no fundo do claustro, na grande galeria.

Com o divino filho nos braços, Maria parecia olhar com ternura para os religiosos que ali passavam. Bernardo dirigia-lhe a saudação angélica todas as vezes que passava diante dela:

— Ave, Maria! — dizia ele.

Um dia, ajoelhou-se aos pés da imagem, repetindo com efusão sua saudação favorita. No momento em que acabava de dizer “Ave, Maria!”, da imagem Maria respondeu:
— Ave, Bernardo! — Eu te saúdo, ó Bernardo!

É impossível descrever a impressão que estas palavras produziram nos circunstantes, e em particular na alma de Bernardo.

Estremeceu, como Santa Isabel no dia da Visitação, quando Maria a saudou: “E donde me vem esta felicidade — exclamou Isabel — que a mãe de meu Senhor se digne visitar-me?” (São Lucas, 1,43).

Sem dúvida, a alma de Bernardo, ouvindo a voz de sua Mãe bem amada, derreteu-se de amor como a da esposa dos cânticos: “Minha alma desfez-se em ternura ao som maravilhoso de sua voz”.

Ao retirar-se, o santo abade de Claraval deixou na abadia a parte superior de seu báculo, como penhor de agradecimento. A estátua conservou-se milagrosamente no claustro até o ano de 1580, época em que foi despedaçada, e o convento saqueado pelos protestantes.

Dos pedaços recolhidos, fizeram-se duas novas estatuazinhas à imitação da antiga. Uma delas venera-se ainda, na igreja dos beneditinos de Termonde.

Fonte: http://oracoesemilagresmedievais.blogspot.com/2009/11/

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