Arqueólogos alertam para os planos do Egito de realocar uma antiga tumba encontrada em uma escavação ilegal.
O Ministério das Antiguidades do Egito decidiu transferir uma antiga tumba, descoberta em uma área arqueológica em Al-Dayabat, para o museu da futura capital egípcia, o que provocou a indignação dos pesquisadores. Mas as autoridades justificam sua decisão.
"No novo museu, todas as figuras importantes e turistas de todo o mundo terão a oportunidade de ver a tumba, o que permitirá que milhares, ou milhões de pessoas, o desfrutem", afirmou o secretário-geral do Supremo Conselho de Antiguidades, Moustafa Waziri.
A tumba pertence a um nobre chamado Tutu e sua esposa, que teria sido um músico da antiga deusa egípcia Hathor.
Segundo a declaração do ministério, as paredes da tumba foram cortadas em seções para facilitar seu transporte, informou o The Sun.
A decisão de desmontar a tumba teria sido necessária para salvá-la de ficar "em um local extremamente remoto, que está isolado [e] pode ser submetido à deterioração ou roubo", conforme declaração do ministério egípcio.
© REUTERS / MOHAMED ABD EL GHANY
Arqueóloga trabalha perto do sarcófago do faraó Tutancâmon no Grande Museu Egípcio em Gizé
Contudo, os arqueólogos manifestaram certa preocupação por a tumba poder ser danificada, o que poderia desencadear a "maldição dos faraós".
A arqueóloga egípcia Monica Hanna afirmou ao Daily News Egypt, que "a transferência da tumba é uma violação da Carta de Veneza sobre a restauração de lugares históricos, e que o ministério está destruindo a antiguidade ao invés de salvá-la".
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