Um grupo de cientistas internacional relatou a descoberta de locais de sepultamento que remontam a uma cultura antiga que existia no deserto líbio e permitiu a ascensão do Antigo Egito.
Membros da Expedição Pré-histórica Combinada, com autorização do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, estudaram locais de sepultamento com foco no Neolítico Final (4.600-4.000 a.C.), que foi construído sobre o sucesso do Neolítico Tardio (5.500-4.650 a.C.), e situados ao longo das antigas margens de um lago sazonal extinto perto de um lugar chamado Gebel Ramlah.
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Arqueólogos lançam luz sobre misteriosa sociedade neolítica por trás da ascensão do Antigo Egito
Cientistas publicaram algumas de suas descobertas na African Archaeological Review. Em "Gebel Ramlah – um Cemitério Único de Recém-Nascidos do Saara Neolítico", os pesquisadores oferecem importantes detalhes sobre os misteriosos modos de vida dos povos antigos.
Cemitérios descobertos
Nessa altura, o clima no deserto era mais úmido do que hoje, o que permitiu aos antigos agricultores povoar a região. Esta cultura era caracterizada pela cultura do gado e pela criação de estruturas megalíticas, santuários e mesmo círculos de calendário semelhantes a Stonehenge.
Durante a última parte do período neolítico, as pessoas começaram a enterrar seus mortos em cemitérios formais. Os esqueletos fornecem informações sobre sua saúde, relacionamentos, dieta e até mesmo experiências psicológicas.
Em 2001-2003, os arqueólogos escavaram três cemitérios desta época, tendo descoberto e estudado 68 esqueletos e os artefatos deixados nas sepulturas: ferramentas cosméticas elaboradas para mulheres, armas de pedra para homens, bem como cerâmica ornamental, conchas marinhas, joias de pedra e de casca de ovo de avestruz.
Pesquisadores descobriram que essas pessoas tinham um baixo nível de mortalidade infantil, alto crescimento e uma expectativa de vida relativamente longa (40-50 anos).
Desigualdade social
Em 2009-2016, foram descobertos mais dois cemitérios com 130 esqueletos e um pequeno número de artefatos. De acordo com os resultados da análise, estas pessoas eram baixas, havia um elevado grau de mortalidade infantil e tinham uma esperança de vida curta. Pensando nas razões para as tremendas diferenças nos locais de sepultamento, os investigadores chegaram a uma série de teorias.
É possível que alguns locais fossem destinados a pessoas de alto status social, enquanto outros eram para a classe trabalhadora. Esta poderia ser a primeira evidência de estratificação de classes no Egito, afirmam os especialistas.
Esses indicadores, juntamente com a arquitetura tecnológica e cerimonial inovadora, como os círculos de calendário e santuários, implicam que essas pessoas apresentavam um nível de sofisticação para além do dos pastores de gado bovino e ovino/caprino comuns. Os achados fascinantes podem ser vistos como um precursor das coisas que irão acontecer no Antigo Egito.
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