Os sinais detectados pelo telescópio Parkes costumavam surgir uma ou duas vezes por ano e, curiosamente, apenas em horário comercial (Divulgação/VEJA)
Únicos sinais captados pelo ambicioso programa fundado por Stephen Hawking e Mark Zuckerberg parecem vir de celulares e outros aparelhos de uso terráqueo
Após um ano vasculhando o universo o maior e mais ambicioso projeto de busca de vida fora da Terra não encontrou evidências de seres alienígenas no espaço. O Breakthrough Listen Project publicou na última quinta-feira detalhes dos onze eventos captados por seus observatórios com maiores possibilidades de terem vindo de vida inteligente fora da Terra. Segundo os astrônomos, a análise das detecções mostrou que elas, provavelmente, vieram de celulares da Terra ou outros aparelhos eletrônicos de uso comum em nosso planeta.
“Embora a busca ainda não tenha detectado um sinal convincente de inteligência extraterrestre, este é apenas o início. O trabalho que foi concluído até o momento fornece as bases para análises mais profundas e abrangentes”, afirmou Andrew Siemion, diretor do projeto, em comunicado.
Vida fora da Terra - O Breakthrough Listen Project faz parte de um programa ambicioso fundado em 2015 pelo bilionário russo Yuri Milner para explorar o universo, buscar evidências científicas de vida fora da Terra e ampliar o debate sobre astronomia. O projeto que investiga o espaço para encontrar indícios de seres extraterrestres, ao custo de 100 milhões de dólares, tem o apoio do físico Stephen Hawking e de Mark Zuckerberg, do Facebook. Baseado na Universidade da California em Berkeley, nos Estados Unidos, o Listen Project utiliza dados recolhidos pelo radiotelescópio Green Bank, pelo observatório Lick, nos Estados Unidos, e pelo radiotelescópio Parkes, na Austrália. Os astrônomos analisam bilhões de sinais de rádio captados procurando algum que possa indicar a presença de tecnologia utilizada por vida sistema solar.
Os radiotelescópios captaram frequências de rádio de um a dois giga-hertz dados vindos de 692 estrelas próximas da Terra. Estudos anteriores mostraram que essas frequências são as mais promissoras para a busca de vida extraterrestre. A análise indicou que menos de 1% das estrelas a 150 anos-luz de distância (cada ano-luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros) estão transmitindo nas frequências escolhidas. Além disso, a maior parte dos sinais captados são interferência – ou seja, ondas de celulares ou outros eletrônicos usados por nós para transmissão de dados.
Segundo os astrônomos do projeto, os próximos passos serão ampliar o espectro de sinais captados e também de estrelas capazes de enviar sinais até nós.
Sinais extraterrestres?
Observações de radiotelescópios e de telescópios óticos que detectam possíveis sinais de vida extraterrestre têm chamado a atenção da comunidade científica internacional. Em março deste ano, cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, concluíram que uma das possíveis explicações para estranhos sinais de rádio captados poderia ser a utilização do brilho de uma estrela para um ‘barco a vela intergaláctico’.
A pesquisa foi publicada no Astrophysical Journal Letters.
Em 2015, a estrela KIC 8462852 causou alvoroço entre os astrônomos, que sugeriram que uma ‘megaestrutura alienígena’ poderia explicar sua luminosidade misteriosa. No fim do mesmo ano, cientistas propuseram que um ‘enxame’ de cometas poderia ser também uma explicação mais plausível para o comportamento aparentemente estranho da estrela.
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