A fuga para o Egito
“Viajavam sempre à distância de uma milha da estrada real, sofrendo falta de tudo. Vi-os chegar cansados e abatidos a uma gruta, perto de Efraim. Mas, para os refrescar, brotou uma fonte da terra e aproximou-se-lhes uma cabra selvagem, que deixou ordenhar-se por eles; apareceu-lhes também um Anjo, que os consolou. Tendo passado o território de Herodes e entrado num vasto deserto arenoso, não viram mais caminho, nem sabiam a direção; diante de si, viram serras inviáveis. A Sagrada Família estava muito angustiada; ajoelharam-se, pedindo a Deus socorro. Então vieram algumas feras enormes, que olharam para as serras, correram para frente e voltaram para trás, como cães que querem conduzir alguém a certo caminho. A Família Sagrada seguiu finalmente às feras, atravessou a montanha (Séir?) e entrou numa região deserta e inóspita. Vi-a cercada por uma quadrilha de salteadores: o chefe, com cinco ou seis homens. A princípio estes se mostraram malévolos; mas à vista do Menino Jesus, tocou um raio de graça o coração do chefe, que proibiu à sua gente fazer mal aos viajantes. Conduziu a santa Família à sua cabana, na qual a mulher lhes ofereceu alimentos; trouxe também uma gamela com água, para que Maria nela banhasse a Jesus. Nossa Senhora aconselhou-lhe que banhasse na mesma água o filho morfético. Esse menino estava cheio de lepra, mas, apenas mergulhado na água, caíram-lhe as crostas da enfermidade e tornou-se são e limpo. A mulher ficou fora de si, de alegria. Tive uma visão, na qual conheci que o menino curado se tornou, mais tarde, o bom ladrão (São Dimas). Pela madrugada, a Sagrada Família continuou a viagem pelo deserto e, tendo perdido de novo o rumo, vieram animais rasteiros mostrar-lhe o caminho... Moraram perto de ano e meio em Heliópolis; tiveram, porém, de sofrer muitas perseguições, depois de terem caído ainda outros ídolos, num templo vizinho. Pouco antes de deixar a cidade, teve a Santíssima Virgem, por um amigo, notícias da matança das crianças de Belém, Maria e José ficaram muito tristes; o Menino Jesus, que já podia andar, chorou durante todo o dia. Por causa da perseguição e por falta de trabalho, saiu a Sagrada Família de Heliópolis e, indo ao interior do país, em direção a Mênfis, veio para Mataréia, onde José executou muitos trabalhos de construção. À chegada, caiu também o ídolo de um pequeno templo e, mais tarde, todos os ídolos. Ainda pequenino, Nosso Senhor prestava muitos serviços aos pais, era muito atencioso e ajuizado: notava tudo. Ia também comprar pão no próximo bairro dos judeus, em troca dos trabalhos de Maria. Quando o Menino Jesus foi lá pela primeira vez tinha seis ou sete anos. No caminho, lhe apareceram dois anjos, que lhe anunciaram a morte de Herodes, o Grande... Na noite seguinte lhe apareceu um Anjo, que lhe trouxe a ordem de partir do Egito e voltar à sua terra, pela estrada real. A viagem correu sem maior perigo para a Santa Família. Mas Maria Santíssima muitas vezes ficou aflita por causa de Jesus, que sofreu muito com a caminhada através da areia quente. José quis ir primeiro a Belém e não para Nazaré; estava, porém, indeciso. Finalmente lhe apareceu um Anjo, que lhe ordenou voltar para Nazaré, o que fez imediatamente. Ana ainda estava viva. Jesus tinha oito anos, menos três semanas”.
A fuga para o Egito que pode ter acontecido por volta do terceiro aniversario de Cristo, nos mostra grande sofrimento e luta, com o signo de Peixes no Meio do Céu, na Revolução Solar e com Urano em conjunção com o Sol na casa 10. Plutao dentro da casa 4 (casa do Lar e da Terra Natal) se opondo ao Sol e a Urano, mostrando que uma atitude dominadora pode afastar dos outros membros da família e do seu lar natal. Essa posição de Plutao também traz circunstancias misteriosas em relação ao lar e a família. Por isso tiveram de fugir da maldade de seu próprio povo.
Aquário na nona casa com o Nodo Norte dentro dele mostra que ele iria conhecer terras estrangeiras e tudo isso já estava traçado em seu destino missionário.
Por volta de seu oitavo ano agora com Plutão na casa 5 (RS), a morte do Rei Herodes permite que ele retorne a sua terra e ao seu povo (Vênus, Urano e a Lua na casa 11) sendo que a casa 11 se refere ao social, aos amigos e ao povo.
A vida do Senhor, suas viagens apostólicas
“Depois de voltar de Jerusalém, viveu Jesus, até a idade de trinta anos, com Maria e José, em paz e recolhimento, na pequena casa de Nazaré. Nem a Escritura Sagrada, nem a tradição nos transmitem pormenores dessa época; o Evangelho diz apenas: “E era-lhes (aos pais) submisso.” (Luc. 2, 51). Aos 18 anos, começou a ajudar a S. José na profissão. Dos vinte aos trinta anos, teve muito que sofrer, por secretas intrigas dos judeus. Estes não podiam suportá-lo, dizendo, com inveja, que o filho do carpinteiro queria saber tudo melhor. Na época em que começou a vida pública, tornou-se cada vez mais solitário e meditativo. Quando Jesus se aproximava dos trinta anos, tornou-se José cada vez mais fraco. Quando José morreu, estava Maria sentada à cabeceira da cama, segurando-o nos braços; Jesus se achava em frente, junto ao peito do moribundo. Vi o quarto cheio de luz e de Anjos. O corpo de José foi envolvido num largo pano branco, com as mãos postas abaixo do peito, deitado num caixão estreito e depositado numa bela gruta sepulcral, perto de Nazaré, gruta a qual recebera como doação de um homem bom. Além de Jesus e Maria, foram poucos os que acompanharam o caixão; vi-o, porém, acompanhado de Anjos e rodeado de luz. O corpo de José foi levado mais tarde pelos cristãos para um sepulcro perto de Belém. Julgo vê-lo jazer ali, ainda hoje, em estado Incorrupto. José teve de morrer antes de Jesus, pois, sendo muito fraco e amoroso, não lhe teria sobrevivido à crucificação. Já sentira profundamente as perseguições que o Salvador teve de sofrer, dos vinte aos trinta anos, pelas repetidas maldades secretas dos judeus. Também Maria havia sofrido muito com essas perseguições. É indizível com que amor o jovem Jesus suportava as tribulações e intrigas dos judeus. Depois da morte de José, Jesus e Maria se mudaram para uma aldeia situada entre Cafarnaum e Betsaida, em que um homem chamado Leví ofereceu uma casa a Jesus. Maria Cleophae, que, com o terceiro marido, vivia na casa de Sant’Ana, perto de Nazaré, mudou-se para a casa de Maria, em Nazaré. Vi Jesus e Maria irem de Cafarnaum para lá e creio que Maria ficou ali, pois havia acompanhado Jesus a Cafarnaum. Entre os moços de Nazaré Jesus já tinha muitos adeptos; mas sempre o abandonavam de novo. Andava com eles pelas regiões marginais do lago e também em Jerusalém, pelas festas. “A família de Lázaro, em Betânia, era também já conhecida de Jesus”.
São estas as visões de Ana Catarina, e nos dão uma noção mais aproximada do que Jesus fez neste tempo oculto de sua vida. Tudo Nele impressiona a gente. Mas o que mais me deixou pasmo, foi saber que a grande arrogância dos homens daquele tempo, foi incapaz de perceber naquele jovem o Messias esperado. De fato, um homem que tinha uma tão vasta cultura, sem ter nunca freqüentado uma escola, deveria ser visto por todos com olhos muito diferentes, pois a sabedoria manda assim, somente os orgulhosos não a obedecem. Fonte: Recados do Aarã
Por volta dos doze anos encontramos um mapa de uma pessoa carismática (Urano na Casa 11 no signo de Áries) com muita iniciativa e força de convencimento. Já muito dotado de disciplina e conhecimento com Mercúrio e Júpiter no Meio do Céu e em conjunção com o Sol. Nessa época ele foi encontrado ensinando os doutores no Templo.
Por volta dos 18 anos encontramos Plutão no Ascendente mais uma Vez, mas agora em Libra, fazendo dele uma pessoa altamente misteriosa e concentrada; muito disciplinado e entendido por poucos, mas muito respeitado e admirado. Com um dom de orientar e pregar e também muito culto (Vênus na casa 7 Júpiter na casa 11: signos de Ar e de inteligência comunicativa).
Que Deus se mostre em cada um de nós através das forças da natureza, como as flores da Primavera ou a Brisa da Manha, para fazer de nós pessoas descentes e conscientes que só o Amor é importante. Para que amemos a esse Deus tão maravilhoso e ao próximo também, assim como Jesus fez em todos os dias de sua vida.
Carlos Lima - Pesquisador
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