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A Face de Cristo
A chamada vida oculta de Jesus.
De fato, os Evangelhos citam as passagens do nascimento Dele, depois falam da passagem da perda no Templo de Jerusalém, aos 12 anos, e depois vão retomar apenas nas passagens do início da vida pública, aos 30 anos de idade. E milhões de pessoas sempre tiveram a curiosidade de saber o que aconteceu com Ele durante aqueles anos. Na verdade Jesus jamais ficou parado.
Desde a mais tenra infância, pela vida inteira, Ele sempre esteve trabalhando ciosamente na missão que Lhe foi confiada pelo Pai. Não sendo somente exemplo de vida, mas também doutrinando a todos aqueles que viviam ao seu redor, também visitando escolas, mas, sobretudo, rezando e meditando para fortalecer sua parte homem, preparando-o para o imenso sacrifício da cruz. Nesse tempo Ele fez grandes viagens, retornando inclusive ao Egito onde a família de Nazaré vivera por alguns anos, e depois visitando os três reis magos, em seus países de origem. Estas visões foram reveladas à privilegiada serva Ana Catarina, conforme relata a seguir.
Família, amigos, infância e mocidade de Jesus – A Vida Oculta de Jesus!
A Escritura Sagrada diz: “Quando veio à plenitude dos tempos, enviou Deus o seu Filho, nascido de mulher, sujeito à lei, a fim de remir os que estavam debaixo da lei, para que recebêssemos a adoção de filhos”. (Gálatas. 4, 4-5). Essas palavras nos ensinam que, com a vinda do Redentor a este mundo, começou uma era nova, a qual a Escritura Sagrada chama a plenitude e consumação de todos os tempos. Foi-o também, porque na pessoa de Jesus Cristo começou a última e perfeita era. Quantos períodos já tinham passado antes de começar esta última e mais sublime era! Segundo o que nos ensinam as ciências, tanto as profanas como as sagradas, já a haviam precedido muitos e, em parte, longos espaços de tempo. Mas a última teve ainda diversos períodos; pois no princípio ficaram os homens sob o império da lei natural, que Deus lhes gravou em letras indeléveis na consciência; com ela todos os homens conhecem o que devem fazer ou deixar de fazer e por isso Deus exige a observação dessa lei de todos os homens, mesmo dos pagãos que não o conhecem. Mas Deus não se contentou com isso; quis entrar em relações com os homens, pela graça e assim conduzir aqueles que Lhes obedecesse, a uma união mais íntima consigo. A primeira aliança foi a que começou pela escolha de Abraão para ser pai do povo de Israel e acabou com a promulgação da lei, no monte Sinai.
Para esse fim, serviam todas as leis especiais, cerimônias e preceitos do Velho Testamento; até dos pecados e das desgraças do povo israelita sabia o Senhor, pela sua Divina Providência, dirigir os efeitos, de modo que lhe serviam aos divinos desígnios. Sob esse ponto de vista encara a Serva de Deus especialmente a formação daquela família, da qual devia nascer o divino Salvador. Começou então uma segunda Aliança, abundante em graças, a qual foi confirmada no monte Sião, em Jerusalém, pela vinda do Espírito Santo, no dia de Pentecostes. Com essa Nova Aliança, que durará até o fim do mundo, principiou a consumação dos tempos, na qual foi proporcionada aos homens pecadores a salvação abundante na pessoa de Jesus Cristo e pela qual somos elevados do estado de servidão ao estado de liberdade e à dignidade de filhos de Deus.
Da família altamente privilegiada de Nosso Senhor
O evangelista S. Mateus começa a genealogia do Divino Salvador, segundo a sua humanidade, com as seguintes palavras “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão”. Reduz assim a linhagem do Salvador a Abraão, o pai do povo de Israel. Jesus descendeu dele por Judá e Davi; era, portanto, da tribo de Judá e da família real de Davi.
Catharina Emmerich narra a seguinte visão: “Vi a linhagem do messias dividir-se em Davi em dois ramos. A direita passou a linha através de Salomão, acabando em Jacó, pai de José, esposo de Maria... Vi esta linha unir-se pelo fim com a linha oposta, por um raio luzido; a significação sobrenatural e misteriosa desse raio me foi revelada: referia-se mais à alma e menos à carne; tinha algo da significação de Salomão; não sei explicá-lo bem. A linha da esquerda passou de Davi por Natan até Helí, que é o verdadeiro nome de Joaquim, pois recebeu este nome só mais tarde, como Abrão o de Abraão. Eu sabia o motivo desta troca e sabê-lo-ei talvez de novo. José foi chamado muitas vezes nas minhas visões “filho de Helí”... As pessoas ao lado eram menos altas do que as do lado oposto; tinham ramos mais curtos, pendentes para o lado, com folhas verde-amarelas e dentadas, os quais rematavam em um botão avermelhado, da cor da rosa silvestre; em parte estavam vigorosos, em outra parte murchos; o botão não era tanto um botão de flor, mas um ovário e sempre fechado. Sant’Ana descendeu, pelo pai, da tribo de Leví, pela mãe, da de Benjamin. Vi alguns de seus avós carregarem a Arca da Aliança, mui piedosos e devotos e notei que receberam nessa ocasião raios do mistério, os quais se lhe referiam à descendência: Ana e Maria. Vi sempre muitos sacerdotes freqüentarem a casa paterna de Ana, como também a de Joaquim; daí o parentesco com Isabel e Zacarias”.
“No ramo de Salomão havia diversas lacunas; os frutos estavam mais separados, mas as figuras eram maiores e mais espirituais. As duas linhas tocaram-se várias vezes; três ou quatro membros, talvez, antes de Helí, se cruzaram, acabando afinal em cima, com a SS.Virgem Maria. Creio que nesses cruzamentos já vi principiar o sangue da SS. Virgem.”
Os membros eliminados significam provavelmente ascendentes pecaminosos do Salvador. Se bem que Ele mesmo seja o “Santo dos Santos” e também tenha por Mãe uma Virgem Imaculada e por pai nutrício S. José, houve, todavia, pecadores e pecadoras entre os seus antepassados, por exemplo, o rei Salomão, Asa, Joram, Achaz, Manasses, Tamar e Betsabé; até duas pagãs: Racháb e Rut. Com certeza Jesus assim o permitiu, para manifestar a sua misericórdia e o seu amor para com os pecadores e também a intenção que tinha, de fazer participar da Redenção os gentios e conduzi-los à eterna bem-aventurança. Segundo as narrações de Anna Catharina Emmerich, eram os avós de Maria Santíssima piedosos Israelitas, que estavam em íntimas relações com os Essênios, os quais formavam uma espécie de ordem religiosa. “Vi os avós da SS.Virgem”, - conta Anna Catharina, “gente extraordinariamente piedosa e simples, que alimentava secretamente o vivo desejo da vinda do Messias prometido”. “Vi-os levar uma vida mortificada; os casados muitas vezes fizeram a promessa de mútua continência durante certo tempo. Eram tão piedosos, tão cheios de amor a Deus, que os vi freqüentemente sozinhos no campo deserto, de dia e também de noite, clamando por Deus com um desejo tão veemente, que arrancavam as vestes do peito, como para deixar que Deus entrasse pelos raios do sol, ou como para saciar com o brilho da lua e das estrelas a sede que os devorava, do cumprimento da promissão.” Segundo Anna Catharina, chamava-se Emorun a avó de Sant’Ana e teve do matrimônio com Stolanus três filhas, uma das quais Isméria, foi mais tarde a mãe de Sant’Ana. Ana tinha uma irmã mais velha, chamada Sobe e uma mais moça, com o nome de Maharha e uma terceira, que era casada com um pastor. O pai de Ana, de nome Eliud, era da tribo de Leví, ao passo que a mãe pertencia à tribo de Benjamin. Ana nasceu em Belém, mas os pais foram depois viver em Seforis, perto de Nazaré. Após a morte de Isméria, Eliud morava no vale de Zabulon. Ali se encontraram Ana e Joaquim e travaram conhecimento. O pai de Joaquim, Matthat, era o segundo irmão de Jacó, pai de S. José. Joaquim, cujo nome legítimo era Helí, e José eram descendentes, pelo lado paterno, da estirpe real de Davi (1). Joaquim e Ana, depois de casados, levaram uma vida piedosa e benfazeja, primeiro em casa do pai, Eliud, depois em Nazaré. A filha mais velha recebeu o nome de Maria Helí; conheceram, porém, que esta não era a filha da promissão. Ana e Joaquim rezavam muitas vezes com grande devoção e davam muitas esmolas. Assim viveram 19 anos depois do nascimento da primeira filha, em contínuo desejo da filha prometida e em crescente tristeza. Além disso ainda eram insultados pelo povo. Quando um dia Joaquim quis oferecer um sacrifício no Templo, recusou-o o sacerdote, repreendendo-o por sua esterilidade. Joaquim, muito abatido, não voltou a Nazaré, mas viveu cinco semanas escondido, com os rebanhos, ao pé do monte Hermon. Com isso aumentou ainda a tristeza de Ana, que chorou e rezou muito. Um dia, quando rezava com grande aflição, eis que lhe apareceu um Anjo, anunciando-lhe que Deus lhe ouvira a oração. Mandou-a ir a Jerusalém, onde se encontraria com Joaquim na Porta Áurea. Na noite seguinte lhe apareceu de novo um Anjo, dizendo que conceberia uma filha santa; e escreveu o nome de Maria na parede. Joaquim teve também a aparição de um Anjo; foi por isso ao Templo, ofereceu um sacrifício e recebeu nessa ocasião a bênção da promissão ou o santo da Arca da Aliança. Ana e Joaquim encontraram-se na Porta Áurea, transbordando de alegria e felicidade. Ali, diz Catharina Emmerich, “lhes veio àquela abundância da divina graça, pela qual Maria recebeu a existência, somente pela santa obediência e pelo puro amor de Deus, sem qualquer impureza dos pais.” Desse modo, após muitos anos de oração fervorosa, alcançou esse santo casal, Joaquim e Ana, aquela pureza e santidade, que os tornou aptos para receberem, sem o fomento da concupiscência, a santa filha, que foi escolhida por Deus para ser a Mãe do Redentor.
Outras pessoas bíblicas
Os discípulos de Jesus e outras pessoas mencionadas freqüentemente durante a narração, informações colhidas das comunicações de Anna Catharina Emmerich. Zacarias e Isabel, os santos pais de S. João Batista, moravam em Juta, perto de Hebron. Por sua conhecida virtude e descendência reta de Aarão, gozavam ambos de alta estima do povo; Zacarias figurava como chefe de todos os sacerdotes que moravam em Juta. Isabel era filha de Emerenciana, irmã de Isméria, que era a mãe de Sant’Ana. Por isso chama a Escritura Sagrada a Isabel prima de Maria. Maria, Mãe de Jesus, tinha uma irmã mais velha, de nome Maria Helí, cujos filhos eram Tiago, Sadah e Heliachim. Uma filha de Maria Helí era chamada pelo nome do pai - Maria Cleophas, que quer dizer Maria filha de Cleophas. Esta teve do primeiro marido, Alfeu, três filhos: Judas Tadeu, Simão e Tiago o Menor e uma filha, Suzana. Alfeu, que era viúvo, trouxe para esse matrimônio um filho, de nome Mateus, antes chamado Leví, que mais tarde tinha uma aduana perto de Betsaida, no lago Genezaré. Do segundo matrimônio, com Sabás, teve Maria Cleophas um filho, de nome José Barsabas, chamado na Escritura Sagrada “Joseph”. Depois da ascensão de Jesus, foi ele, junto com Matias, escolhido para um deles ocupar entre os Apóstolos o lugar de Judas; a sorte designou Matias. Do terceiro matrimônio de Maria Cleophas, com Jonas, irmão mais moço do sogro de São Pedro, nasceu Simeão, que, depois do martírio de seu irmão Tiago o Menor, lhe sucedeu na cadeira de Bispo de Jerusalém. Todos esses filhos de Maria Helí e Maria Cleophas se tornaram discípulos de Jesus, alguns até Apóstolos (Judas, Simão, Tiago e Mateus). Quatro filhos de Maria Cleophas são chamados no Evangelho “irmãos (isto é, parentes) de Jesus”. (Mat. 13, 55) Pedro e André eram irmãos germanos; eram filhos de Jonas. Ambos viviam de pescaria e moravam no lago Genezaré; Pedro em Cafarnaum, André em Betsaida. Pedro casou com a viúva de um pescador, a qual lhe trouxe do primeiro matrimônio dois filhos e uma filha; esta será provavelmente a Santa Petronila, muitas vezes mencionada como filha de S. Pedro. Pedro, porém, não teve filhos; tinha quase a idade de Judas Tadeu, cinco anos mais que Jesus. André tinha dois anos mais do que Pedro. Era pai de dois filhos e duas filhas; depois da sua vocação ao apostolado, viveu em perfeita continência.
Tiago o Maior e S. João Evangelista eram também irmãos, filhos de Zebedeu; a mãe chamava-se Maria Salomé e era filha de Sobe, irmã de Sant’Ana e, portanto, tia da Mãe de Deus. Foi ela que um dia apresentou os filhos ao Salvador, pedindo-lhe que os colocasse um à sua direita e o outro à sua esquerda, no reino do céu. S. Tiago tornou-se o Apóstolo da Espanha; seu sepulcro, em Compostela, é um lugar célebre de romaria. São João pregou em Éfeso, na Ásia Menor, onde morreu, na idade de mais de 100 anos, sendo o único dos Apóstolos que teve morte natural. Era o discípulo predileto do Salvador, não somente por sua fidelidade, singeleza e amor, mas também por causa de sua vida casta e pura. O Apóstolo S. Filipe morava em Betsaida e foi conduzido a Jesus por André. Bartolomeu era Essênio. O pai, Tolmai, era descendente do rei Tolmai de Gessur, cuja filha era casada com o rei Davi. Como escrivão, Bartolomeu era conhecido de Tomé, que tinha a mesma profissão e vivia em Arimatéia. O santo Apóstolo Matias era natural de Belém e pregou o Evangelho na Palestina. O Apóstolo S. Paulo pertencia à tribo de Benjamin e era natural de Gischala, a três léguas do monte Tabor. Os pais mudaram-se mais tarde para Tarso. Em Jerusalém teve Paulo como mestre o célebre e douto Gamaliel. Antes da conversão era partidário zeloso da lei de Moisés e por isso adversário encarniçado dos cristãos. O santo evangelista Marcos era pescador perto de Betsaida e tornou-se um dos primeiros discípulos de Jesus. S. Lucas Evangelista era natural de Antioquia; estudou pintura na Grécia e depois medicina e astronomia numa cidade do Egito. Durante a vida de Jesus, não se lhe associou, nem aos Apóstolos, ficando muito tempo indeciso, até que foi confirmado na fé pelo próprio Senhor, no domingo da Páscoa, em Emaús.Cleophas, que junto com Lucas foi favorecido com a aparição de Jesus, era neto do tio paterno de Maria Cleophae. José de Arimatéia (assim chamado porque era natural de Arimatéia) e Nicodemos eram escultores. Ambos moravam em Jerusalém e eram membros do Conselho do Templo. Menção especial merece-nos a família de Lázaro, que tinha íntimas relações com Jesus e sua SS. Mãe. Vindo Jesus a Betânia, onde morava Lázaro, ou a Jerusalém, hospedava-se geralmente em casa de Lázaro, um edifício em forma de castelo, rodeado de jardins e plantações. A irmã de Lázaro, Marta, tinha dois anos menos e Madalena nove anos menos do que ele. Uma terceira irmã, chamada Maria, a silenciosa, que era considerada como mentecapta, não é mencionada nos Evangelhos. Ainda muito moça, deixou-se arrastar às aventuras amorosas, tornando-se assim um escândalo para os irmãos, que viviam muito simples e recolhidos em Betânia. No começo do segundo ano da vida pública de Jesus, Madalena assistiu a um dos sermões do Divino Mestre e ficou inteiramente perturbada e arrependida; pouco depois ungiu os pés do Salvador, em casa de Simão Zabulon e recebeu nessa ocasião a consoladora certeza de que os pecados lhe foram perdoados. Mas pouco tempo depois recaiu nos mesmos vícios. Pelos insistentes rogos de Marta, deixou-se levar a assistir mais uma vez à pregação de Jesus. Enquanto o Salvador falava, saíram os maus espíritos de Madalena que, muito contrita, se juntou às santas mulheres. Lázaro recebeu uma prova especial do amor de Jesus na milagrosa ressurreição, depois do corpo já lhe haver estado quatro dias no sepulcro. O Evangelho e também a vidente mencionam muitas vezes as “santas mulheres”; além das já conhecidas, Maria Helí, Maria Cleophae, Marta, Madalena, Maria Salomé, mulher de Zebedeu e Suzana, filha de Alfeu, pertenciam ao grupo das santas mulheres. Entre essas temos: Maroni, a viúva de Naim, cujo filho, Martialis, Jesus ressuscitara dos mortos e Maria Sufanitis, Moabita, que Jesus livrara de um mau espírito.
Fonte: Recados do Aarã
Eu apoio com firmeza essa descrição da Santa, pois aceito a idéia de que Maria descendia de família nobre tanto quanto José, pois segundo as profecias, o ramo descendia do mesmo tronco. Também acho que Jesus tenha nascido de uma família pura especialmente escolhida pelo Criador. A presença do signo de Leão na casa 12 também serve pra nos atestar isso: que sua descendência vinha de reis. O regente da casa 4 se encontra em sextil com Vênus e dentro do signo solar em domicilio, pois sabemos que a casa 4 simboliza o inicio e a mãe, mostra assim a grande nobreza de Maria e uma descendência muito importante por parte dela.
Aqueles que não acreditam na virgindade de maria também não confiam no poder de Deus. “Se Deus é conosco que será contra nós”, na diziam os fies de tempos anteriores. A Bíblia também nos fala que: “Deus não habita em templos feitos por mao de homens”. Por isso o Verbo não viria ao mundo se não fosse através do Santíssimo Ventre puro de Maria.
Carlinhos Lima – Pesquisador.
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