Cientistas descobriram vestígios humanos de cerca de 16 mil anos nos Estados Unidos. Achado faz cientistas crerem que as Américas foram povoadas antes do que se imaginava.
Um grupo de pesquisadores encontrou 43 pedras trabalhadas na parte mais antiga do cânion de Cooper's Ferry, no estado americano de Idaho. De acordo com especialistas da Universidade Estatal de Oregon (OSU), Estados Unidos, estas peças foram retiradas de pedras maiores durante o fabrico de ferramentas, à semelhança das achadas em sítios arqueológicos menos antigos.
Além de pedras, os cientistas encontraram ossos de animais caçados pelos habitantes, assim como vestígios de antigas fogueiras, publicou o site sciencemag.org.
Os pesquisadores acreditam que o sítio tem uma idade entre 15.280 e 16.560 anos. A datação feita por radiocarbono pode mudar o conceito de como as Américas foram povoadas. Até então, o sítio arqueológico de Gault, no estado americano do Texas, era considerado o mais antigo das Américas, com treze mil anos de idade.
A diferença de cerca de dois mil anos entre os sítios poderia trazer uma nova visão sobre o caminho do homem até às Américas.
Acredita-se que os primeiros homens teriam chegado ao continente após o degelo do atual estreito de Bering. O novo achado seria um indício de que o homem chegou ao continente quando a porção de terra que ligava o Alasca com a Sibéria ainda estava coberta de gelo.
Além disso, os achados em Cooper's Ferry possuem semelhanças com artefatos encontrados na ilha japonesa de Hokkaido. Para o líder do estudo e arqueólogo da OSU, Loren Davis, a semelhança entre os artefatos na América e no Japão não é coincidência. Ele acredita que os antigos habitantes de Cooper's Ferry teriam vindo do Japão através do estreito de Bering ou por via marítima pelo Pacífico.
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