Homens costumam resistir mais a procurar médicos, seja para fazer exames de rotina ou para diagnosticar sintomas
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os brasileiros vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres e apresentam maior incidência de algumas doenças, sendo o câncer de próstata o segundo tipo mais comum de tumor no sexo. Segundo o urologista Rafael Buta, da Clínica Veridium, em Brasília, os homens ainda são bastante relutantes, especialmente quando o assunto é saúde preventiva. “Essa mentalidade está mudando nos mais jovens, porém, em pessoas de meia-idade e idosos, ainda é muito comum”, diz.
Confira três mitos sobre a saúde do homem explicados pelo urologista:
Câncer de próstata só acomete idosos: MITO
Até 40% dos casos de câncer de próstata são diagnosticados em homens com até 64 anos de idade. Na maioria das vezes, é uma doença silenciosa, sem grandes sintomas. Por isso, o acompanhamento regular do urologista é importante. Além do exame de sangue que pode acusar índices elevados do antígeno prostático específico (PSA), a avaliação digital da próstata (toque retal) é fundamental para verificar a glândula e detectar a presença de alterações suspeitas (nódulos endurecidos).
No entanto, quanto antes a doença for detectada, melhor. “Alguns tumores apresentam características de baixo risco e evolução lenta, podendo ser acompanhados de perto por meio de consultas periódicas. Caso a doença apresente progressão, aí sim é indicado o tratamento”, explica Buta.
Vasectomia causa impotência: MITO
É um procedimento cirúrgico que interrompe a circulação dos espermatozoides, produzidos pelos testículos, para o meio externo. Essa operação não interfere na potência das ereções, na produção de testosterona, na libido nem afeta a masculinidade do homem.
Disfunção erétil (impotência sexual) só acontece em idosos: MITO
Apesar de idosos terem maior risco de apresentar disfunção erétil, até 15% dos homens com menos de 50 anos podem manifestar essa condição. Homens que não cuidam bem da saúde sofrem maior risco, pois a presença de outras doenças (diabetes, obesidade, doença cardiovascular, hipertensão, depressão e distúrbios hormonais) eleva a chance de surgimento dessa disfunção.
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