Amor, sexo e magia. Assuntos que mexe com o Ser Humano.
A questão do amor e do sexo no universo das práticas mágicas.
Amor e magia: eis duas palavras que o imaginário popular reúne e relaciona freqüentemente a enredos fantásticos e açucarados. A figura da cartomante, que a tende à mulher aflita e ciumenta, é uma tradição literária dos folhetins. As chamadas "simpatias" também são muito procuradas com suas receitas que misturam velas cor-de-rosa, melaço, fotografias, cuecas e mechas de cabelo.
Nas salas de bruxaria do Uol é comum à entrada intempestiva de alguém seguida da pergunta, algo redundante: "Algum bruxo (a) na sala?". É uma frase simples que aparece na tela, mas tudo ocorre tal como se fosse possível ver a pessoa, ler em seu rosto e seus gestos o motivo do interesse urgente em consultar a magia.
Quase sempre se trata de alguém com problemas amorosos, em busca de encantamentos de sedução, de conquista ou, pior, vingança contra rivais ou afeto não correspondido. Em qualquer caso, é impossível, para um verdadeiro ocultista, utilizar os conhecimentos da magia em empresas (atividades) dessa natureza, tão contrárias à essência do fenômeno amoroso em todas as suas dimensões. Definir o amor é uma tarefa quase impossível. Existe neste sentimento algo de tão sublime em altruísmo que faz suspeitar da capacidade humana de amar. Além disso, o amor se manifesta em vários sentidos; pode dirigir-se aos pais (amor filial), aos filhos (amor materno e paterno), aos amigos e irmãos (amor fraterno), amor à pátria, amor ao trabalho, à arte, à natureza, amor universal e, finalmente, o mais polêmico de todos, o amor sexual ou sexuado, que é o amor dos casais.
O amor sensual é um sentimento tão confuso que enseja, muitas vezes, a dúvida, sobre se de fato é amor, e a questão clássica, da diferença entre amor e paixão. Geralmente situado entre os mais nobres dos sentimentos, o amor "temperado" pela atração sexual apresenta-se como nebuloso terreno emocional. É um amor eivado de impulsos cegos, provenientes da esfera instintiva da constituição do ser humano, que mais se aproxima do animal e se afasta do racional produzindo situações das mais funestas, a exemplo dos crimes passionais, quando agressão física e assassinatos são cometidos "por amor" (!).
Fazer uma "simpatia", um feitiço a fim de obter acolhimento afetivo e (ou) sexual significa colocar a razão à serviço do desvario, uma atitude que por si somente representa uma derrota da inteligência e um desvirtuamento do amor em sua essência fenomenológica pura que se traduz na espontaneidade da ocorrência, ou seja, o amor, ou acontece ou não acontece e quando acontece, ainda assim, o mago deve avaliar a conveniência de se pode e deve, ou não, ceder aos apelos do amor. Fazer um feitiço é "forçar uma barra" e qualquer êxito obtido desta forma será efêmero e traiçoeiro.
O encantamento de amor é sempre uma violência, um crime de fraude, engodo, ilusão.
As pessoas que pedem tais "magias" devem saber que um mago (ou maga) que se respeite jamais se prestará à realização de tais operações, nem vai "passar" receitas ou "fazer trabalhos" e tão pouco vai abrir seus oráculos (cartas, búzios, I-Ching etc.) para questões tão levianas. Se alguém, dizendo-se bruxo, aceitar tão vergonhoso papel, esse alguém, com toda certeza, é um charlatão. Se cobrar a consulta, é caso para Código Penal e mais um pacote de milenares maldições que recaem sobre os que fazem da magia objeto de comércio ou meio para a obtenção de vantagens pessoais, seja no terreno amoroso ou profissional.
O ocultista sério busca e recomenda a liberdade que deriva do domínio das paixões, virtude que preserva a dignidade e fortalece o espírito em suas manifestações de vontade. Quem controla o amor que em si mesmo sente, possui o amor que deseja, naturalmente.
Observe, alguns trechos do pensamento do mestre ocultista Eliphas Levi comentando a relação entre magia e amor.
Pode verdadeiramente vencer a voluptuosidade do amor, somente quem venceu o amor da voluptuosidade. Poder usar e abster-se, é poder duas vezes. O amor vos prende pelos vossos desejos: sede senhor dos vossos desejos e prendereis o amor. (...) Dispõe do amor do outro quem é senhor do seu. Quereis possuir não vos deis. (...) Quando a atmosfera magnética de duas pessoas é de tal modo equilibrado que o atrativo de uma aspira à expansão da outra, produz-se uma atração que se chama simpatia; então, a imaginação (...) se faz um poema de desejos que arrastam a vontade e produz [nas pessoas envolvidas] um embebedamento completo de luz astral, que se chama de paixão propriamente dita ou amor. (...) O amor é um dos grandes instrumentos do poder mágico; mas é formalmente interdito ao mago, ao menos como embebedamento ou como paixão. (...)
O amor sexual é sempre uma ilusão, porque é o resultado de uma miragem (...) A luz astral é o sedutor universal, figurado pela serpente do Gênese. Para apoderar-se dela, [da serpente, do amor] é preciso como a mulher predestinada, por o pé sobre sua cabeça. (...) A luz astral dirige os instintos animais e dá combate à inteligência... (...) A antipatia outra coisa não é senão o pressentimento de um enfeitiçamento possível, enfeitiçamento que pode ser de amor ou de ódio, porque se vê, muitas vezes, o amor suceder à antipatia. (...) As paixões humanas produzem fatalmente, quando não são dirigidas, os efeitos contrários ao desejo desenfreado. O amor excessivo produz a antipatia...
· [LEVI, Eliphas.
Dogma e ritual da alta magia – p 76, 117, 119, 120, 180 – São Paulo: Ed Pensamento, 1993]
Realmente é uma ilusão pensar que através da magia podemos prender alguém, pois mesmo que consigamos, e muitos conseguem através de magia negra, acarretara em pesadas penas para quem isso fizer. As pessoas devem ser livres para amar e escolher a quem amar. A magia pode ser usada em sua forma mais elevada e iluminada para desenvolvermos nossa energia atrativa e magnética, mas sem um direcionamento ou indução para atingir ninguém.
Todos nós temos vibrações e essas vibrações atraem pessoas que vibram nas mesmas frequências e conforme nossos códigos genéticos, astrais e espirituais atrairão alguém que seja necessário a nossa evolução e realização amorosa.
Isso se dá através de muitos fatores importantes como: cheiro, aparência física, voz, ações e gestos, ou simplesmente carisma desenvolvida por uma soma de muitos fatores particulares e influencias externas que não dependem de nós.
As vibrações que citei acima atuam numa forma fluídica e invisível estimulando o outro numa ação atrativa inebriante por uma estimulação dos sentimentos de uma outra pessoa a fazendo sentir-se atraídas por um motivo enxergando por ela que a faz pensar que a sua felicidade dependerá exclusivamente de estar ao nosso lado. Mas esses sentimentos não são somente amores, mas podem ser vários outros sentimentos que vibram na mesma vibração e por muitas vezes podem ser confundidos com amor.
Os mais freqüentes são: Tesão, amizade, dependência de afeto e companhia etc., alem desses muitos sentimentos ruins podem penetrar na mente das pessoas e confundi-las, um exemplo disso é a obsessão que muitos confundem com amor.
Bem, como essas vibrações atuam em nossa mente através de ondas cerebrais agindo na forma de cinco sentidos, podemos afirmar que tem a forma de eletricidade. Pois os sentidos, paladar, olfato, tato, audição e visão, são desenvolvidos e sentidos na forma de ondas elétricas em nosso corpo.
Assim sendo podemos amplificar nossos fluidos magnéticos com estímulos, como por exemplo, com o uso dos perfumes certos que fazem nosso charme aumentar provocando atração nas pessoas que são estimuladas através do olfato; também o uso de roupas com a cor certa indicada pra nós ativa a atração das pessoas por nós através da visão, e não só a cor como o modelo e estilo das roupas são muito importantes pra dar moldes ao nosso charme amplificando nossa atratividade. Assim também o uso dos perfumes através de fragrâncias, banhos e incensos ativam o nosso chacras e nos dá magnetismo.
Eu já indiquei banhos e uso de perfumes a mulheres que não conseguiam casar e felizmente elas conseguiram um parceiro mais rápido do que imaginei. Isso baseado em seus signos e vibrações astrais. Pois as essências ativam em especial quando usadas corretamente o chacra Muladhara, purificando e desbloqueando toda positividade e liberando a atração através dos hormônios que atraem o sexo oposto. É através desse charme que se acumulam energias ruins tanto externas como internas, como por exemplo, vibrações vindas de feitiço, inveja e ressentimentos.
É nesse chacra também que canalizamos toda a energia sexual e parte daí todo nosso comportamento sexual, se ele estiver descontrolado ou bloqueado dificilmente conseguiremos atrair o sexo oposto. E esse é um assunto muito importante, pois a grande maioria depende do sexo pra ser feliz. E por mais que alguns mostrem aversão ou espanto ao falar de sexo no seu interior pode ter um desejo enorme de externar seus instintos eróticos.
Carlinhos Lima – Astrólogo e Pesquisador. 23/03/2009
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