OYE
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é uma posição sacerdotal nos candomblés de nação, pessoas são escolhidas para exercer determinadas funções para o bom andamento da casa religiosa. Aqueles que possuem oye são chamados " oloye masculino " e " ajoye feminino".
Essas pessoas serão adosu ou não , recebem o cargo na confirmação ou em sua iniciação de acordo com sua capacidade. Essas pessoas não adosu são os verdadeiros ogan e ekedi que nascem com os sete anos como reza a tradição, há casas que raspam para esses cargos, porém, esses iniciados não possuem status dos antigos e devem contar seu tempo de iniciação tal qual um ìyáwò, portanto não é de bom senso raspar e sim confirmar, destarte, afirmar que não existe ogans e ekedis para divindades como caboclos, baianos, exus, etc.
Todos oye são para os òrìsà.
Os títulos keto correspondem, sobretudo à estrutura da casa com seus fundamentos, por exemplo: o àtà - culmiera, ise (àsè opa) - ilê Omolu e família, ibo, etc.
A palavra oloye significa Ol = aquele que possui, oye um titulo e ajoye também, as ekedjis são chamadas assim nas casas grandes ou ìyákoroba.
A palavra oloye segundo mãe Stella do Afonja pode ser traduzido como conselheiro, que está registrado em seu ultimo ensaio Meu Tempo é Agora.
Observe agora alguns ipò e oye das casas antigas e de algumas casas novas sérias atuais que respeitam a tradição afro-brasileira:
Ìyálòrìsà ou ìyálàsè: Possui as mesmas funções sendo que a segunda responde na ausência da primeira, quando há as duas na casa, geralmente a ìyálàsè torna - se a segunda. Com o falecimento da ìyálòrìsà ela é pretendente a assumir seu lugar, e se for o caso receberia a mesma cuia da falecida. Esse oye só recebe-se no odun meje, ou seja, nos sete anos, é uma posição de adosu e não de alguém confirmado/a ou uma ekedji.
Ajibona: Mãe criadeira, escolhida pela ìyálòrìsà para criar ìyáwò.
Posteriormente esse filho fica responsável em zelar pelo òrìsà de sua mãe criadeira quando este se manifesta. No culto lesse Orumila chama-se ojubona e é um cago masculino cuja função é ensinar o futuro Omo -Ifa.
Ìyá Egbe: Mãe da comunidade tem as mesmas responsabilidades da ìyá kékeré Ilè, ou seja, da mãe pequena da casa. Geralmente são escolhidas entre as egbomi mais antigas da casa e são até mais antigas do que a própria ìyálòrìsà devido à antiguidade da casa. Lembrando que òrìsà não tem idade é inexistente, quem tem idade são as pessoas.
Ìyàmorò: Aquela que dança com a cuia no ritual do Ipade.
Casas sem ibós, sem arvores, não devem possuir esse oye, sobretudo as que não rodam Ipade. Não existe ìyámorò de Ogún, Osòósí, Oyá, etc.
As Iyamoro cuidam dos Esa (falecidos iniciados na casa com postos) e Ìyámi Osoronga. Ìyá: Mãe. Um: Que pega. Oro: Obrigação.
Oye só recebido nos sete anos.
Ìyádagan : Auxiliar direta da ìyámorò. Não existe Dagan para o orisa é desnecessário explicar. É oye dado aos sete anos também.
Ajiumida : Posto do culto de Oyá. A= aquela Ji = que acorda um = pega = ida = a Cargos Ipos e oyes da nação ketu e subdivisões nagôs:
Ogan ( Ogá em ioruba), protetores civis do terreiro antigamente, hoje passa a exercer funções religiosas também. Entre os Ogans destacamos certas funções importantes e de mando dentro do terreiro, juntos com os sacerdotes (as) eles administram os terreiros.
Alagbe : Chefe da comunidade (morada), o onilu é o escolhido para tocar o atabaque denominado run, possui seu otun Alagbe e seu Osi alagbe que tocam os outros atabaques e cantam os candomblés.
Pejigan : Zeladores do peji e responsáveis pelo ilê òrìsà. Posto da etnia ketu e não jeje como se equivocam alguns desinformados.
Asogun : Sacrifica os animais de quatro pés (eranko) a priori, e os outros também quando não há na casa seu otun e seu osi responsáveis para isso.
Posto proveniente do culto de Ogún na África e sua comunidade, portanto não é de bom senso haver Asoguns de outros òrìsà e sim somente filho de Ogún é fato a condição de supremacia que esse orisa possui sobre os obés sendo ele mesmo olobé, ou seja, o dono da faca e louvado antes de qualquer sacrifício para quem procede corretamente.
Olobé : Que vem a ser um epíteto de Esu é comum chamar Adébo a esse oye, possui as mesmas determinações se for feito os atos referentes a Esu dessa condição sacerdotal.
Sarapegbe : Era quem transmitia as decisões da comunidade, comunicando entre os terreiros, as festas e obrigações que seriam realizadas. Fazia os convites. Sara= o que corre, pé= e comunica, egbe = as coisas da comunidade, geralmente esse posto era dado aos filhos de Ogún. Hoje esta esquecida, sobretudo nas grandes cidades.
Apeja: Esquecido no Brasil por não haver sacrifícios de cães selvagens como na África.
Elemaso (Elemaxó): Oye referente à casa de Osalá, é um titulo do próprio Osalá como conta seu mito, há oye no culto para situações que envolvem seu culto como o de baba mi oro, faz-se necessário que o titulares sejam de Osalá.
Suas atuações não se limitam apenas a cerimônia do pilão como muita gente pensa.
Akirijebó : Pessoas que freqüentam varias casas e não se fixam em nenhuma antigamente eram chamadas de akirijebó, também é um oye da maior importância relacionado a entregas de ebós em locais determinados.
Eperin : Posto dado aos filhos do orisa Osòósí, (determinado Osòósí) e refere-se ao seu culto especifico nas casas antigas de candomblé.
Ojú Oba : Posto dado às pessoas de Sàngó, seu representante maior foi nosso saudoso Pierre Fatumbi Verger que tinha esse Oye no Àsè do Opo Afonjá. Ë necessário que a casa pertença a Sàngó até mesmo para formar os outros Oye referentes à situação da casa, como mogba, maye, etc.
Oju Ilê : O grande anfitrião da religião, sobretudo nas festas onde ficam encarregados de receber os visitantes e acomoda-los, quando se faz necessário ele ajuda em tudo dentro da casa na ausência dos outros Oye.
O oye de Iya Efun : É dado às pessoas de Osala e não muito longe para as de Iemanjá.
O posto de Dagan: É dadas às pessoas filhas de Oyá independente de ser mulher ou homen, como explicou para mim, o Ogan Agba Gilberto.
Há um outro posto relacionado ao ritual de Ipade chamado de Agaba Injena e para finalizar vamos esclarecer o posto de Ekeji (lê-se Ekedi).
Ekeji nada mais é que um numeral e significa, portanto segundo/a, ela auxilia a todos e na ausência das outras ajoiyes ela assume, algumas se destacam e são chamadas carinhosamente de mães, não só pelo filho do orisa que a suspendeu como por toda a comunidade.
As ekedi são confirmadas para casa de axé ou para o orisa que a suspendeu e se for o caso dela ser ekedi do orisa do sacerdote, ele não poderá por a mão e sim seu zelador, não pode o orisa confirmar ou raspar ninguém, o orisa não vem para o aye para isso é desnecessário explicar um assunto tão falado já .
As Ekedi podem ser: Iyalaso: Cuida das roupas, Iyale, mãe da casa, auxiliar direta da Iyalorisa e Iya Kekere, Dejó (Dere em jeje), as mais antigas, Ekedi é o Ipo (cargo), depois vem o Oye específico as condições de cada uma.
A Umbanda, por sua ampla diversidade e particularidade, é cercada de explorações conceituais, muitas vezes interpretada pela única e exclusiva vivência particular dos indivíduos, o que neste caso pode ser um perigo, uma vez que a Umbanda vivenciada no interior de um terreiro é apenas o fragmento da Umbanda manifestada num espaço terreno, restrita ao grupo onde ela se manifesta e vivenciada com as particularidades deste grupo.
No entanto, penso que o Umbandista no geral precisa separar o terreiro e as convicções internas daquilo que é Umbanda, no macro, numa visão global, pois o terreiro é de Umbanda, mas a Umbanda não é apenas o terreiro.
Neste sentido, diversos temas precisam ser consultados à espiritualidade de Umbanda, trazer ao meio aquilo que é ensinado pelo astral, compartilhado com o senso crítico, necessário para não criarmos fundamentalismos, numa religião ampla, maleável e em constante expansão…
Independentemente das teorias diversas sobre um ou outro assunto, o que é ou deverá ser comum aos terreiros é a presença das linhas de trabalho, reservadas, é claro, as particularidades internas. Ou seja, independentemente de minhas convicções, o Caboclo dentro do terreiro que frequento é a mesma essência manifestada em qualquer terreiro, Caboclo é Caboclo em qualquer lugar e pouco importa se num terreiro o Caboclo usa penacho, noutro usa uma fita ou noutro não usa nada; a forma, a particularidade, não é superior ou mais importante que a essência Caboclo. Assim para todas as outras linhas.
Há terreiros que trabalham com a linha de marinheiros, há terreiros que não. Há terreiros que manifestam ciganos, há terreiros que não. O fato de uma determinada linha não se manifestar no terreiro que frequento não significa que esta não exista e/ou que eu não preciso entendê-la.
A Umbanda é uma religião brasileira, por essência e fato registrado. Sua organização comprova isso. A maneira com que ela congrega a diversa cultura planetária numa realidade brasileira contemporânea adaptada nos leva à constatação desta ideia.
No astral se organizaram gradativamente linhas de trabalho espiritual baseadas no arquétipo do Brasil, do povo brasileiro, são grupos de espíritos que trazem consigo uma história evolutiva e graus de evolução semelhantes que se congregam pelo ideal vibratório e evolutivo da Umbanda Astral.
Brilhantemente, os Mestres da Luz, tutores do Ritual de Umbanda, fazem manifestar a cada Gira de Umbanda qualidades, especificidades, habilidades e saberes de um povo multicultural. Posso dizer que a vivência no interior de um terreiro durante alguns meses conduz o indivíduo a "viajar" por todo este imenso país e sua cultura.
Abaixo segue uma síntese desta organização do astral, que identifica a religião de Umbanda como uma religião Brasileira.
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