Cientistas dos EUA libertaram pela primeira vez em um campo aberto insetos geneticamente modificados com o objetivo de diminuir radicalmente a povoação de sua espécie.
Os cientistas da Universidade de Cornell, Nova York, EUA, pela primeira vez libertaram os insetos geneticamente modificados da espécie Plutella xylostella da família Plutellidae. O inseto é muito prejudicial para as culturas do gênero Brassica, como couve, brócolos, couve-flor e a canola.
© CC BY-SA 2.5 / OLAF LEILLINGER / PLUTELLA XYLOSTELLA (LINNAEUS, 1758)
Plutella xylostella
O estudo recente busca avaliar o potencial da libertação da traça de couve geneticamente modificada no âmbito da proteção de plantações no futuro e foi publicado em 29 de janeiro na revista Frontiers in Bioengineering and Biotechnology.
Como funciona esta técnica?
Os genes de traças machos foram modificados de tal modo que ao acasalar transmitem à descendência um gene que impede a sobrevivência das fêmeas. Com liberações sustentadas, a povoação de pragas é suprimida de uma maneira específica e ecologicamente sustentável, afirmam os cientistas.
Antes da prova de campo foi realizado um estudo que demonstrou que a libertação sustentável da estirpe autolimitada suprimiu efetivamente a povoação de pragas e evitou o desenvolvimento de resistência a um inseticida, uma situação vantajosa para o controle de pragas.
"Nossa pesquisa se baseia na técnica de insetos estéreis para a manipulação de insetos desenvolvida na década de 1950", destacou o professor do Departamento de Entomologia de AgriTech da Universidade de Cornell, Anthony Shelton, citado pelo Eurek Alert.
O professor explicou que o uso da engenharia genética é o método mais eficiente para chegar ao mesmo fim e combater os insetos prejudiciais sem uso de inseticidas que danificam plantações.
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