Ainda encontramos outros subgrupos identificados em alguns Orixás com o primeiro nome, seguido de um segundo, como por exemplo:
Bará: Bará Legba, Bará Lodê, Bará Lanã, Bará Adaqui e Bará Agelú
Ogum: Ogum Avagã, Ogum Onira, Ogum Olobedé e Ogum Adiolá
Iansã: Iansã, Oiá Timboá e Oiá Dirã
Xangô: Xangô Agandjú de Ibedji, Xangô Agandjú e Xangô Agogô
Xapanã: Xapanã Jubeteí, Xapanã Belujá, Xapanã Sapatá
Oxum: Oxum Pandá de Ibedji, Oxum Pandá, Oxum Demun, Oxum Olobá e Oxum Docô
Iemanjá: Iemanjá Bocí, Iemanjá Bomí e Nanã Borocum
Oxalá: Oxalá Obocum, Oxalá Olocum, Oxalá Dacum, Oxalá Jobocum e Oxalá de Orumiláia.
Essas definições vem do Batuque é um culto afro-brasileiro (por que não dizer afro-gaúcho), com influência sudanesa, onde são cultuados 12 Orixás. Os Orixás são espíritos naturais, a própria encarnação da natureza, que se utilizam do Cavalo-de-Santo para se manifestar na terra, trazendo suas características sob influência da Mãe Natureza.
Pra nós que trabalhamos com Astrologia e em consequência da fusão desta com a Umbanda criamos a Umbanda Astrológica, essa ideia de doze orixás é uma ideia tentadora de reduzir o numero de entidades. Mas, eu nem me apeguei na ideia de trabalhar com apenas 7 raios e orixás como nos ensinou a Umbanda Esotérica, nem só ficamos comprometidos com doze orixás como querem os batuqueiros.
Isso porque sabemos bem que as origens, tradições e manifestações vão muito mais além desse número. Antes prefiro aceitar uma base de 16 Odús para trabalhar em cima de uma regra de desenvolvimento, adaptado-os aos signos do Zodíaco, o qual também vai além da influência dos 12 signos. Ou seja, tem aspectos, posições planetárias e outras somatizações que podem nos mostrar configurações diversas.
Mas, voltando aos segundos nomes dos Orixás poderemos explicar como se em nossa vida terrena, fosse uma classificação por idade ou até mesmo sua área de atuação. Existem ainda um terceiro nome que cada Orixá identifica no jogo de Búzios, este nome passa a ser a identificação secreta, que cabe apenas ao Pai-de-Santo, ao filho e ao Orixá obviamente, ficando o Orixá com três nomes: como por exemplo Bará Lodê Beí, este terceiro é o segredo.
Os Orixás que não possuem a subdivisão, o segredo passa a ser o segundo nome, exemplo: Ossanha Ossí Assim como nomes, cada Orixá tem seu tipo de ave, seu tipo de animal de quatro patas e seu tipo de oferenda.
Toda pessoa ao nascer recebe um Orixá na cabeça, outro no corpo, este casamento de Orixás, da cabeça com o corpo, denomina-se de Adjuntó, e em alguns casos nas pernas, pés e assim por diante, este Orixá é visualizado quando é jogado os búzios pelo Pai-de-Santo, que também ficará sabendo, normalmente neste jogo, se esta pessoa necessitará fazer alguma Obrigação religiosa ou apenas um simples trabalho, não tendo que se comprometer mais a fundo com a Religião.
O jogo de Búzios é a principal, eficaz e mais rápida ferramenta, de sabermos sobre o mundo, necessidades de homens e dos próprios Orixás, a fim de melhorar o andamento das coisas. No entanto, vemos muitos mestres sendo ridicularizados na TV, especialmente quanto tentam adivinhar a vida de artistas, resultados de jogos ou até sobre o futuro do planeta. Isso porque como jogo sagrado ele não é pra ser usado pra sensacionalismos, além do mais, não basta saber jogar os búzios, na verdade é preciso ter além de dom, a licença para adentrar o mundo das revelações em cada momento. Como diz o ditado popular: "O futuro a Deus pertence". E assim só o Astral Superior pode se manifestar.
O Orixá sem ser em festas ou obrigações (rituais) que veremos a seguir, se comunica com seus fiéis através do Ofá (jogo de Búzios), utilizando as mãos e intuição de um pai ou mãe-de-santo. Assim também como por Tarôs, Astrologia e outros oráculos o Sagrado também se manifesta.
Carlinhos Lima
20/2/2011
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