O poder do fetiche nas pessoas |
Despertando o fetiche
Quem gosta de namorar sabe que para manter a magia do primeiro encontro, o prazer da conquista, é preciso imaginação. Um jantar romântico ou um bouquet de flores sempre funcionam nas datas especiais. Mas há que se ter uma certa criatividade para sair da rotina e surpreender a quem se ama. Determinados objetos, como uma peça do guarda-roupa ou até uma atitude podem despertar mais o interesse do outro e fazer toda a diferença.
O fetiche pode ser uma arma de sedução poderosa e uma boa inspiração. "Eu acho que hoje em dia o fetiche faz um pouco parte da vida da gente. Não nos damos mais conta do que é fetiche". "Sapato alto deixa a mulher poderosa, alta soberana". "Comigo o que funciona muito é o olhar". Essas são afirmações que vemos por ai tanto entre as mulheres quanto entre os homens. Dor, beleza e erotismo: os grandes psicanalistas, como Freud e Lacan, tentaram desvendar o mistério que transforma simples objetos em fonte de prazer e sedução. O bom do fetiche é a imaginação. Nas ruas, as pessoas lembram alguns objetos de sedução. "Uma langerie de seda", diz um jovem. "Eu gosto de cueca samba-canção. Acho bonito", afirma uma moça.
O fato é que até hoje muitos arriscam tentar, mas poucos conseguem provar a relação entre o prazer e esses adereços. Desde o Império Romano, o homem já destacava certas partes ou formas do corpo e objetos relacionados, que funcionam como uma espécie de atalho para prazer. Foi na recatada Era Vitoriana, no século XIX, que o fetiche mudou para sempre a maneira de encarar a sexualidade moderna. O puritanismo da época transformava em tabu qualquer pedaço de pele à mostra. O proibido é mais gostoso em tudo. Não só na moda.
As amarrações, a parte toda de couro, os rebites... Sempre vai ter alguma coisa de fetiche dentro da roupa. Acho que o glamour já é uma espécie de fetiche. Mas não foram os estilistas os primeiros a tirarem esses objetos das alcovas e das lojas especializadas. Os punks viram no fetiche uma forma de protesto. Liberdade ou Submissão? As feministas da década de 70 custaram a digerir a idéia de mulheres se apertando em espartilhos para agradar a um homem. Sequer imaginavam um homem se submetendo aos caprichos de beleza para agradar a uma mulher. Polêmica à parte, o mercado aproveita para faturar com a indústria da sedução.
Quem paga a conta sabe exatamente o que quer. "Meu prazer é em agradar a mim mesma. A partir daí posso agradar a quem eu quiser", diz as mulheres. "Fetiche tem a ver com querer agradar, fazer uma brincadeira. Acho que é um temperinho para o relacionamento, algo a mais", afirma outra mulher. Mas e quando o tempero vira o prato principal? "O fetichista desloca o seu desejo para um objeto. Não para a mulher, mas para o que a cobre, a reveste. Para o fetichista, a calça de couro ou o sutiã de renda são mais importantes que a própria mulher", explica os psicólogos. Para alguns a graça está aí, mas para outros... "É pouco. O fetiche por si só é interessante, ele provoca, é estimulante e motiva. Mas é um complemento, um detalhe do todo. A mulher não se resume só ao fetiche. Tem gente que se contenta com pouco. Eu prefiro o todo", diz um homem. O fetiche vem do francês fetiche, que significa sortilégio. Foi tomada por empréstimo do português feitiço, que, por sua vez, provem do latim factitius, ou “imitativo”, no sentido de “copiar a natureza”.
Interessante é descobrir o fetichismo como o primeiro traço da interação psíquica entre o homem e o meio, numa espontânea tentativa de compreender o todo. A mente fetichista atribui poderes a todas as coisas e declara-se deles imbuída quando se traz preso ao corpo certo objeto especial ou algo que o represente. No fetichismo está a crença de que os objetos “imitam”, isto é, representam entes espirituais com qualidades próprias. A psicanálise leu nesse arcaico mapa do psiquismo um desvio, uma perversão da libido, que, direcionada para qualquer parte corporal que não os órgãos sexuiais e potencialmente capaz de substituir o coito e produzir orgasmo, denuciaria um distúrbio psicológico.
A essa idéia contrapondo o simples fato de que a energia sexual, sendo manipulada pelo artifício do fetiche, traduz-se num dos mais eficientes recursos, inerentes ao pensamento primordial, capaz de resgatar para o ato sexual seu caráter mágico e verdadeiramente prazeroso. A palavra energia, inclua-se aqui a libido, oculta em si o segredo perdido do animismo. En, do grego, quer dizer “voltado para dentro”; ergon é “trabalho”.
Logo, todo aquele que lida com energia, seja o mago, o psicoterapeuta ou o casa à beira do altar do sexo, realiza um trabalho interior e procura pela vida guardada no âmago de cada ser e cada coisa.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
Quem gosta de namorar sabe que para manter a magia do primeiro encontro, o prazer da conquista, é preciso imaginação. Um jantar romântico ou um bouquet de flores sempre funcionam nas datas especiais. Mas há que se ter uma certa criatividade para sair da rotina e surpreender a quem se ama. Determinados objetos, como uma peça do guarda-roupa ou até uma atitude podem despertar mais o interesse do outro e fazer toda a diferença.
O fetiche pode ser uma arma de sedução poderosa e uma boa inspiração. "Eu acho que hoje em dia o fetiche faz um pouco parte da vida da gente. Não nos damos mais conta do que é fetiche". "Sapato alto deixa a mulher poderosa, alta soberana". "Comigo o que funciona muito é o olhar". Essas são afirmações que vemos por ai tanto entre as mulheres quanto entre os homens. Dor, beleza e erotismo: os grandes psicanalistas, como Freud e Lacan, tentaram desvendar o mistério que transforma simples objetos em fonte de prazer e sedução. O bom do fetiche é a imaginação. Nas ruas, as pessoas lembram alguns objetos de sedução. "Uma langerie de seda", diz um jovem. "Eu gosto de cueca samba-canção. Acho bonito", afirma uma moça.
O fato é que até hoje muitos arriscam tentar, mas poucos conseguem provar a relação entre o prazer e esses adereços. Desde o Império Romano, o homem já destacava certas partes ou formas do corpo e objetos relacionados, que funcionam como uma espécie de atalho para prazer. Foi na recatada Era Vitoriana, no século XIX, que o fetiche mudou para sempre a maneira de encarar a sexualidade moderna. O puritanismo da época transformava em tabu qualquer pedaço de pele à mostra. O proibido é mais gostoso em tudo. Não só na moda.
As amarrações, a parte toda de couro, os rebites... Sempre vai ter alguma coisa de fetiche dentro da roupa. Acho que o glamour já é uma espécie de fetiche. Mas não foram os estilistas os primeiros a tirarem esses objetos das alcovas e das lojas especializadas. Os punks viram no fetiche uma forma de protesto. Liberdade ou Submissão? As feministas da década de 70 custaram a digerir a idéia de mulheres se apertando em espartilhos para agradar a um homem. Sequer imaginavam um homem se submetendo aos caprichos de beleza para agradar a uma mulher. Polêmica à parte, o mercado aproveita para faturar com a indústria da sedução.
Quem paga a conta sabe exatamente o que quer. "Meu prazer é em agradar a mim mesma. A partir daí posso agradar a quem eu quiser", diz as mulheres. "Fetiche tem a ver com querer agradar, fazer uma brincadeira. Acho que é um temperinho para o relacionamento, algo a mais", afirma outra mulher. Mas e quando o tempero vira o prato principal? "O fetichista desloca o seu desejo para um objeto. Não para a mulher, mas para o que a cobre, a reveste. Para o fetichista, a calça de couro ou o sutiã de renda são mais importantes que a própria mulher", explica os psicólogos. Para alguns a graça está aí, mas para outros... "É pouco. O fetiche por si só é interessante, ele provoca, é estimulante e motiva. Mas é um complemento, um detalhe do todo. A mulher não se resume só ao fetiche. Tem gente que se contenta com pouco. Eu prefiro o todo", diz um homem. O fetiche vem do francês fetiche, que significa sortilégio. Foi tomada por empréstimo do português feitiço, que, por sua vez, provem do latim factitius, ou “imitativo”, no sentido de “copiar a natureza”.
Interessante é descobrir o fetichismo como o primeiro traço da interação psíquica entre o homem e o meio, numa espontânea tentativa de compreender o todo. A mente fetichista atribui poderes a todas as coisas e declara-se deles imbuída quando se traz preso ao corpo certo objeto especial ou algo que o represente. No fetichismo está a crença de que os objetos “imitam”, isto é, representam entes espirituais com qualidades próprias. A psicanálise leu nesse arcaico mapa do psiquismo um desvio, uma perversão da libido, que, direcionada para qualquer parte corporal que não os órgãos sexuiais e potencialmente capaz de substituir o coito e produzir orgasmo, denuciaria um distúrbio psicológico.
A essa idéia contrapondo o simples fato de que a energia sexual, sendo manipulada pelo artifício do fetiche, traduz-se num dos mais eficientes recursos, inerentes ao pensamento primordial, capaz de resgatar para o ato sexual seu caráter mágico e verdadeiramente prazeroso. A palavra energia, inclua-se aqui a libido, oculta em si o segredo perdido do animismo. En, do grego, quer dizer “voltado para dentro”; ergon é “trabalho”.
Logo, todo aquele que lida com energia, seja o mago, o psicoterapeuta ou o casa à beira do altar do sexo, realiza um trabalho interior e procura pela vida guardada no âmago de cada ser e cada coisa.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
Um comentário:
Acho que precisa sempre de inovação...cum modelito diferente para cada dia... tudo de bom...delícia...kkkkkkk
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