O Erotismo na Alma e a magia do orgasmo.
O amor que cura ensina os parceiros a circular energia de um para o outro, indo além do simples toque físico, sentindo uma conexão elétrica, mesmo que não estejam juntos. A vida sexual é uma realização concreta. A vida espiritual é um processo de sublimação desta mesma vida.
O amor tem como objetivo principal visar à vida divina. O fluido vital proporciona vigor, força física e mental aos seres humanos. Se for permitido a ele se esvair, o indivíduo se debilita. Se preservado, ele se converte em ojas, ou energia espiritual, que confere saúde, longa vida, coragem e poder de concentração ao indivíduo, dessa maneira tornando-o um indivíduo consciente.
O ato de amar é um processo yogui. Esse ato é muito negligenciado por todos nós. Um ato que gera novas vidas não poderia ser desprezado pelos deuses.
As pessoas que negativizam o ato sexual se esquecem de que é exatamente do clímax desse ato que uma alma desce e que uma nova vida é concebida.
A qualidade da alma tem uma relação direta com as circunstâncias. Se uma alma é concebida num momento de raiva, culpa ou qualquer outro sentimento, ela é atingida desde a concepção.
Para darmos vazão à raça de super-homens a que Nietzsche se referiu, temos de estar vibrando em circunstâncias superelevadas; só assim o padrão de consciência da humanidade se elevará. Essa mesma humanidade não poderá existir enquanto não conseguirmos trazer harmonia para o ato sexual, enquanto não dermos uma estrutura espiritual para o sexo, enquanto não respeitarmos o sexo como um dos primeiros portais para conseguirmos alcançar o êxtase espiritual.
E É EXATAMENTE AQUI QUE O SEXO SE ENCONTRA com a religião. Esta mesma energia sublimada nos chacras superiores eleva o ser humano para o mundo da libertação, onde não há morte, não há tristezas, somente a felicidade permanente; sendo assim, esse mesmo ser poderá se tornar supremo em sua máxima consciência. Mas... E o amor? Todas as religiões pregam o amor. Mas que tipo de amor elas pregam na verdade? Não existe coisa alguma na natureza que deprecie o amor. Não existe coisa alguma na natureza de Deus que seja imperfeita. Portanto, o amor não se compra não se vende, não pode ser importado de outras esferas. Ele habita e se nutre da essência do próprio homem; ele está centralizado na alma do próprio ser humano.
O amor é a fragrância da vida. Não existindo dogmas, o amor aparecerá. Não podemos deixar que preconceitos e falsos ensinamentos nos atinjam, nos transformando em seres medrosos na arte do amor. O amor é um sentimento inerente a qualquer ser humano. E se, conscientemente, deixarmos este sentimento fluir em nossos corpos, com certeza conseguiremos tocar Deus, já que Ele é essencialmente constituído de átomos de amor puro.
Começamos o amor por meio do sexo, da paixão; portanto, não faça dele seu inimigo. Sexo não é pecado! Ele é a própria energia que viaja e alcança o oceano interno do amor. Neste plano em que vivemos, da terceira dimensão, não podemos separar sexo de ser humano, porque é por intermédio dele que tudo começa; nós nascemos a partir dele, nós nascemos da maior magia do universo, nascemos da magia do amor (físico e espiritual).
Deus consideraria essa energia pecaminosa? Não estaria Ele se contradizendo? Acredito que esse pensamento – de que sexo é pecado e que nascemos de um ato de pecado – seja um pensamento puramente humano, próprio de um ser que ainda não se entregou à arte de amar, e tampouco se deixou experimentar na união de almas afins, por puro medo de se entregar ao seu próprio amor. Vamos, então, sublimar o amor que somos para sermos representantes fiéis e belos deste Ser Maior, que nos ama incondicionalmente.
QUANDO UM CASAL SE ENCONTRA deve haver entre ambos um sentimento de sacralizacão (com o coração aberto). Deixe florescer a plenitude em sua vida, aceitando-a com naturalidade e pureza. O que eu poderia dizer sobre o amor? Ele é profundamente subjetivo. Temos de vivenciá-lo, pois Ele simplesmente é. E não tenham dúvida de que quando nos unimos espiritualmente a uma pessoa, nos unimos a ela para toda a eternidade.
Para os taoístas, a arte da cama pode ser cultivada ao longo da vida. É chamada de “amor curativo”, porque se concentra na cura em geral e no amor.
O verdadeiro segredo do Tao é que a vida e o amor não têm metas. A vida, como o relacionamento, é um mistério que se revela constantemente para aqueles que não têm medo de viver.
O amor curativo do taoísmo (medicina chinesa) não se baseia na quantidade de orgasmos que você possa ter, mas sim na qualidade do amor e da cura que você experimenta no relacionamento. Eles dizem também que o amor é muito mais que um sentimento efêmero ou uma construção mental; é uma energia corporal centrada no coração. O Tao não coloca os benefícios espirituais do amor curativo acima dos benefícios sexuais, curativos ou emocionais.
Na verdade, todos são simultâneos e complementares. Para os taoístas, a energia sexual também é sagrada. Concordamos que sempre que fazemos sexo com amor liberado, entramos em comunhão com a energia divina, universal, já que tudo vem Dela mesma.
Esta ciência nos esclarece que os hormônios podem nos unir por meio do desejo, mas amor é muito mais do que química; amor é uma energia física do coração e não apenas uma emoção mental. Quando os parceiros experimentam a intensa troca de energia da “união de almas”, conseguem estender o prazer orgástico por muitas horas e estar em profunda conexão, ainda que separados.
E o que os taoístas chamam de “orgasmo da alma”.
Como o amor curativo ensina os amantes a circular energia de um para o outro além do simples toque físico, eles conseguem sentir essa conexão elétrica, ainda que não se toquem ou não estejam juntos. Enfim, o assunto é longo, profundo e apaixonante. Deixo aqui algumas de minhas idéias, mas o mais importante é que vocês repensem sobre elas. Não tenham medo de vivê-las. Dê oportunidades para que isso aconteça e deixe fluir o ser bonito e divino que habita em você. Não seja um ser comum: seja você. Seja fiel aos seus sentimentos e à vida que se expressa através de você, e lembre-se sempre de que a alma não tem sexo, e que o sexo não tem religião. Portanto, seja amado; seja amante; seja feliz.
Não há nada mais delicioso que a aventura do encontro de duas almas que se amam. A emoção que invade o coração do homem e da mulher enamorados é de importância vital para o êxito do relacionamento tântrico alquímico.
Os homens que influíram nos destinos da humanidade, que desenvolveram grande sensibilidade e que chegaram a alcançar grandes triunfos, sempre tiveram, em suas vidas íntimas, musas inspiradoras que os estimulavam a criar uma metafísica erótico-espiritual refinada, que incluía encontros secretos, doces poesias, anelos transcendentais, juramentos, olhares furtivos, a ânsia de união das almas e muito mais... Esses componentes altamente estimuladores que conduzem o ato sexual ao êxtase, convertendo-se numa grande celebração da alma e do corpo, estão comprometidos, em plena extinção, talvez pelo ritmo alucinante da vida moderna, ou simplesmente pelo processo decadente da humanidade.
É realmente irônico e paradoxal que justo agora que se vive um clima de liberdade sexual sem precedentes na história da humanidade, o sexo de uma forma geral está sendo absurdamente mecanizado e desfigurado com relação à sua origem sagrada.
Viver momentos de êxtase prolongado com descontração paradisíaca, viver momentos de paz nos braços da mulher amada ou é coisa do passado ou no mínimo ocorre de maneira fugaz, sem profundidade, sem magia, excessivamente fácil.
Os beijos e carinhos se banalizaram tanto que quase já não produzem assombro. Sem dúvida, a mídia e outros meios de comunicação modernos, têm contribuído muito para a robotização do amor. Parece que há uma constante busca de modelos humanos perfeitos. Homens que se apresentam sempre fortes, simpáticos, sorridentes, musculosos, vencedores, altamente sedutores, infalíveis, super-homens que deixam as mulheres fascinadas, mergulhadas nas mais absurdas fantasias eróticas e românticas. Elas sonham em ter um homem desses, mas na verdade, só existe nas telas de TV e nos cérebros dos seus inventores.
O mito de perfeição com relação à mulher é maior ainda. Não há comercial nem programa de TV de sucesso sem a presença de uma musa perfeita, sensual, provocante, bonita, que promete delírios e projeta tremendas fantasias nas mentes masculinas. Essas fantasias significam enormes gastos de energia intelectual, emocional e sexual que efetivamente reduzem as possibilidades de êxito no relacionamento amoroso.
Os chamados símbolos sexuais são responsáveis pelas grandes desilusões do homem e da mulher. Eles diminuem a capacidade de transcendência na união. Escravizam os sentidos com relação ao mundo das formas, que está em constante metamorfose, fazendo da beleza física algo efêmero e passageiro. Essa excessiva identificação com o mundo das formas dificulta a percepção da beleza da alma, que sendo imortal deveria ser o elo principal da união amorosa.
Uma das chaves mais simples para se compreender os dramas conjugais se encontra no fato de que os egos se odeiam enquanto as almas se adoram. Nos relacionamentos modernos é praticamente impossível fazer prevalecer à alma. Quem impera, aliena e escraviza é sempre o ego.
Quantos casais se unem levados pela chama ardente do amor que nasce do fundo da alma, se adoram e acreditam que nada nem ninguém poderão separá-los? Quando menos esperam são traídos pelo inimigo secreto, o ego, essa legião de agregados psicológicos que destrói a beleza do amor puro e inocente. Essa é a conseqüência da saída do Éden espiritual, terrível sequela deixada da nossa inconsciência, resultado de termos abandonado no passado a sabedoria dos Deuses.
O tantrismo branco, o Kriya Shakty, é o alicerce, o fundamento básico da sabedoria milenar dos Deuses. Para o êxito no amor tântrico, necessita-se de elevada sensibilidade física e psíquica, de capacidade de entrega total, muita renúncia, ausência de tensões e máscaras psicológicas que inibem e reduzem o prazer e impossibilitam a vivência do êxtase.
Por motivos já antes considerados, homens e mulheres recebem continuamente através dos meios massivos de comunicação centenas de impressões que provocam uma ansiedade que gera incerteza no êxito da relação sexual, uma insegurança fatal que reduz a sensibilidade e o desempenho sexual.
A prática da magia sexual branca é frutífera quando há muita confiança e intimidade entre os amantes. Também é preciso muita amizade, respeito mútuo, admiração, entusiasmo e carinho pelo parceiro. O encontro das almas será tanto mais profundo e duradouro quanto menor for à ingerência do ego. O clima propício para a magia, que é física e de almas, se consegue com muito diálogo, uma convivência parcimoniosa sem exageros, e um saudável namoro.
Não há normas a seguir e devem-se evitar os programas pré-estabelecidos pela mente que nos torna frios calculistas, verdadeiros autômatos.
O grande comandante deverá ser sempre o velho coração, essa voz silenciosa que encontra a medida certa, o momento adequado e cria as circunstâncias apropriadas para a celebração desta grande festa do amor. Para se criar um elo de ligação entre os primeiros encontros, o namoro e a união física completa, em vários textos tântricos tradicionais se recomenda ao casal a prática do método Diana. O termo Diana, origina-se do nome da deusa grega da castidade e trata-se de um método de adaptação através do qual o casal aumenta consideravelmente o seu magnetismo. E ao mesmo tempo cria uma intimidade especial, superando-se aquele estresse acompanhado de temores e angústias tão comum nos primeiros relacionamentos físicos, nas primeiras uniões sexuais.
Um dos maiores obstáculos para o casal alcançar a plenitude amorosa e o êxtase sexual é, sem dúvida, a expectativa criada no período que antecede a cópula física. As fantasias sexuais, as incertezas com relação à consumação do ato dentro dos padrões desejados, a possibilidade de não agradar seu parceiro, etc., normalmente consomem uma considerável quantidade de energias.
Na prática do método Diana, os parceiros usufruem de contatos corporais íntimos, repletos de carícias e estímulos eróticos, sem a conexão dos órgãos sexuais e evidentemente sem a perda das energias, mas sim as transmutando intensamente. De comum acordo, os parceiros, ao praticarem o método Diana, estarão aliviando consideravelmente a carga emocional do primeiro ato fazendo desaparecer a preocupação pelo desempenho.
O elemento surpresa vai diminuindo pouco a pouco.
O homem vai paulatinamente descobrindo o corpo da sua companheira e vice-versa. Isso permite que o início da prática tântrica propriamente dita se realize sem traumas, de uma forma natural e espontânea. O método Diana vitaliza o organismo, aviva o fogo criador e o fogo da mente. O corpo irradia magnetismo por todos os poros. Esse magnetismo preservado pela ausência do orgasmo fisiológico se multiplica e reorganiza todas as células do organismo. É evidente que esse método deve ser usado temporariamente, como um processo preventivo de adaptação, até que o casal sinta segurança e serenidade para a conexão sexual. Quando houver um excesso de excitação da libido sexual, recomenda-se a realização de exercícios respiratórios especiais com a finalidade de acelerar o processo de transmutação das energias.
A psicanálise leu o arcaico mapa do psiquismo um desvio, uma perversão da libido, que, direcionada para qualquer parte corporal que não os órgãos sexuais e potencialmente capaz de substituir o coito e produzir orgasmo, denunciaria um distúrbio psicológico.
A essa idéia contraponho o simples fato de que a energia sexual, sendo manipulada pelo artifício do fetiche, traduz-se num dos mais eficientes recursos, inerentes ao pensamento primordial, capaz de resgatar para o ato sexual seu caráter mágico e verdadeiramente prazeroso. A palavra energia, inclua-se aqui a libido, oculta em si o segredo perdido do animismo.
En, do grego que dizer “votado para dentro”; ergon é “trabalho”. Logo, todo aquele que lida com energia, seja o mago, o psicoterapeuta ou o casal à beira do altar do sexo, realiza um trabalho interior e procura pela vida gurdada no âmago de cada ser e cada coisa.
Onde Freud viu a perversão da libido, creio que uma mente mais aberta encontraria o sagrado modo de perceber o universo e de realizar magicamente sua obra pessoal, incluindo saudáveis celebrações do sexo – atividade que, sem encantamento, se reduz a instinto simplesmente.
Entre os inúmeros objetos da magia cerimonial quatro deles são universalmente eleitos – meramente de se aplicar o principio do fetiche ao ato mágico deliberado, pelo qual o mago busca alcançar certos efeitos e poderes. São eles: o caduceu, a taça, a espada e o pentagrama.
Cada um desses símbolos denota valores e desafios que o mago deve decifrar para incorporar-se de seus atributos ocultos. O caduceu seja um cetro real faraônico, o cajado sagrado de Moisés ou ainda a varinha dos mágicos de salão, representa o saber do mago, o conhecimento do truque; é o poder, portanto. Corresponde ao naipe de paus dos baralhos.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
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4 comentários:
Oi, Carlinhos, tudo bem?
Queria conversar com você no MSN, pode ser? Adorei seu blog. Queria que alguém me ajudasse com um aspecto sexual numa sinastria. Afinal, sexo é vida.
Tipo.. Marte em Virgem na Casa 6 é mto ruim?
Se você puder me ajudar, vou ficar mto feliz.
mariana_fernandes_2004@hotmail.com
Oi Carlinhos, como vai? Descobri seu blog viajando pela internet entre um assunto aqui, outro ali sobre, orixás, deuses e magias! Sao assuntos que inebriam minha alma e você tem um estilo sutil e especial de escrever que encanta o coraçao de quem lê seus artigos! Ainda nao consegui ler tudo o que publicou mas lerei com calma na medida do possível, sao artigos interessantes e de muita ajuda!! Sou apaixonada pela leitura e pelo aprendizado, sao coisas que cultivo todos os dias! Descobri recentemente, frequentando reunioes de Umbanda, que sou filha de Mae Oxum e Pai Oxalá! Nao sei até que ponto isso é bom, mas sinceramente estou muito feliz, radiante em saber!Tenho lido de tudo um pouco sobre espiritismo e espiritualidade e tenho muitas perguntas sem respostas seguras!Eu tenho um grau de energia muito elevado e nao sei como trabalhar isso. Tenho um sério problema sobre acreditar que espiritos possam usar meu corpo, sinto muito mal quando vou a algum lugar carregado de energias negativas. Gostaria que escrevesse sobre isso, se possível for! No mais parabéns pelo blog, é muito prazeroso ler o que você escreve! Um abraço!
Oi alice, obrigado pelo comentario, vou postar sim, assim que me sobrar um tempinho, o dia anda meio depressa, rss, mas, vou retomar os artigos sim, tenho outros blogs que voce tambem pode acompanhar!
http://portalesdoceu.blogspot.com/
bjs volte sempre!
Que texto lindo, não apenas de ler mas de sentir profundamente...deu lágrimas nos olhos tanta beleza...
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